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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Qual o significado das tarjas dos medicamentos?

Relembre os significados das tarjas que classificam os medicamentos conforme o grau de risco que podem oferecer à saúde do paciente


Os medicamentos atuam e provocam alterações em diversos sistemas no organismo, desde os mais simples até os mais complexos. Portanto, são classificados conforme o grau de risco que o seu uso pode oferecer à saúde do paciente. Para essa classificação, foi adotado o critério de tarjas (faixas), que são facilmente identificadas nas embalagens dos medicamentos.

Veja abaixo o significado de cada uma delas:

Tarja vermelha – sem retenção da receita
Representa os medicamentos vendidos mediante a apresentação da receita, que não fica retida na farmácia. Esses medicamentos têm contra-indicações e podem provocar efeitos colaterais graves. Na tarja vermelha está impressa a mensagem “venda sob prescrição médica”.

Tarja vermelha – com retenção da receita
Representa os medicamentos que necessitam de retenção da receita, conhecidos como medicamentos psicotrópicos. Por isso, na tarja vermelha está impresso “venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção de receita”. Só podem ser vendidos com receituário especial de cor branca.

Tarja preta – com retenção da receita
Representa os medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o sistema nervoso central e que, portanto, também fazem parte dos chamados psicotrópicos. Por isso, a tarja preta vem com a inscrição “venda sob prescrição médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência”. Tais medicamentos apenas podem ser vendidos com receituário especial de cor azul.

Tarja amarela
Representa os medicamentos genéricos e deve conter a inscrição “Medicamento Genérico”, na cor azul.

Não tarjados
Os não tarjados ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentam poucos efeitos colaterais ou contra-indicações, desde que usados corretamente e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica. Os MIPs são utilizados para o tratamento de sintomas ou males menores (resfriados, azia, má digestão, dor de dente, etc.).

É importante ressaltar que esses produtos estão isentos de prescrição médica, porque a instância sanitária reguladora federal considerou que suas características de toxicidade apontam para inocuidade ou são significativamente pequenas. Porém, a utilização deve ser feita dentro de um conceito de automedicação responsável.

Guia da Pharmácia

Aprovado tratamento para pacientes com hemofilia A

Medicamento é destinado para o tratamento e a profilaxia de hemorragias em pacientes com hemofilia A

A Anvisa aprovou nesta segunda-feira (7/8) o registro inédito do medicamento Zonovate (alfaturoctocogue). O produto biológico novo é indicado para o tratamento e profilaxia de hemorragias em pacientes com hemofilia A. O registro foi publicado no Diário Oficial da União (DOU)l.

Para que serve o Zonovate?
O medicamento Zonovate é usado para o tratamento e prevenção de episódios de hemorragias em pacientes com hemofilia tipo A. Apresentado no formato de solução para injeções, o Zonovate (alfaturoctocogue) contém o fator de coagulação VIII recombinante humano, que está ausente ou não funciona em doentes com hemofilia A.

Como funciona o Zonovate?
O Zonovate contém como substância ativa o fator de coagulação VIII, que no sangue é necessário para formar coágulos e parar sangramentos. Tal medicamento substitui o fator VIII ausente e é utilizado para o tratamento e prevenção de hemorragia em pacientes com hemofilia A; podendo inclusive ser utilizado em todas as faixas etárias. Além disso, o Zonovate é preparado sem a utilização de componentes derivados de humanos ou animais.

ANVISA

Composto da maconha usado para tratar convulsões muda níveis de outras drogas

Regularizado no Brasil em 2015 para terapias experimentais, canabidiol interage com outros medicamentos antiepiléticos e pode alterar função hepática, aponta estudo publicado no ‘Epilepsia’

Estudo publicado nesta segunda-feira (7) no “Epilepsia”, revista científica do League Against Epilepsy, mostrou que o derivado da maconha canabidiol altera os níveis de outras drogas antiepiléticas no sangue. O composto é usado experimentalmente para o tratamento de convulsões ligadas a epilepsias resistentes a tratamentos. O achado é uma observação de estudo em andamento da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, que está testando a eficácia do canabidiol em convulsões ligadas à epilepsia. No Brasil, testes estão sendo conduzidos na USP em Ribeirão Preto.

O grupo do Alabama incluiu 39 adultos e 42 crianças. Como a maioria delas usa outras drogas, pesquisadores começaram a observar também como o CBD mudava o nível de medicamentos antiepiléticos no sangue. Eles observaram mudanças significativas em drogas como clobazam, topiramato e rufinamida em adultos e crianças — todas usadas também para o controle de convulsões. Em relação ao clobazam, adultos registraram maior sensação de “sedação”.

Os pesquisadores também mostraram que os participantes que tomavam valproato e CBD apresentaram função hepática alterada temporariamente. Exames indicaram níveis elevados de ALT e AST, testes que indicam função anormal do fígado. No entanto, elevação considerada significativa ocorreu apenas em um pequeno número de pacientes (4 crianças e 1 adulto).

Com os achados, cientistas chamam a atenção para a importância da observação de como o canabidiol interage com outras drogas, bem como a necessidade de se acompanhar a função do fígado nesses usuários. O uso do canabidiol foi regularizado no Brasil em 2015 para epilepsias resistentes a outras formas tratamento. A importação é concedida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mediante laudo médico. Há, no entanto, ainda muitas dúvidas quanto à interação do composto com outros medicamentos – já que a maioria dos usuários usa a substância combinada com outras drogas.

Gel sintético falha em estudo
Uma outra linha de pesquisa sobre o canabidiol é a tentativa da fabricação sintética com os mesmos efeitos anticonvulsivos observados experimentalmente. Atualmente, o composto é extraído da cannabis. Nesta segunda-feira (7), no entanto, a Zynerba Pharmaceuticals informou à Reuters que seu gel sintético não apresentou redução significativa das convulsões em estudo. A empresa testava o gel sintético em adultos.

G1