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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Uso contínuo do descongestionante nasal traz consequências para saúde

Produto vicia e pode causar problemas cardíacos

Um dos órgãos mais afetados pelo tempo seco é o nariz. Ele coça, irrita, incomoda, fica entupido. A falta de chuva aumenta o número de partículas suspensas na atmosfera, que irritam e ajudam a formar crostas no nariz. A irritação facilita a entrada de vírus e bactérias nas vias aéreas.

Quando o nariz entope, muitos consumidores recorrem ao descongestionante nasal para aliviar o incômdo. Entretanto, o uso contínuo pode trazer consequências para a saúde. Em excesso, o produto pode provocar lesões na mucosa. Isso gera uma dependência do medicamento, o que impacta em riscos cardiovasculares, como taquicardia e angina. Quando o descongestionante é pingado no nariz, os vasos se contraem, desincham e sobra mais passagem do ar. O problema é que logo os vasos voltam a inchar e o nariz entope de novo. Com o tempo a pessoa vai precisar de doses cada vez maiores para ter o efeito esperado.
 
Em crianças, o uso do descongestionante pode até matar, por isso não é indicado. A superdosagem pode levar a reações cardiovasculares e até a um choque, com falta de ar e parada cardíaca. “Ele pode aumentar a pressão da criança a nível muito alto, inclusive atrapalhando a circulação”, explica o pediatra e toxicologista Dr. Anthony Wong.

De acordo com os médicos, a melhor maneira de limpar o nariz é com soro fisiológico a 0,9%. Duas vezes ao dia (manhã e noite) são suficientes para uma pessoa saudável, sem rinite ou qualquer outra inflamação, manter o nariz limpo e descongestionado.
 
Bem Estar

Falta de equipamento provoca morte de uma criança a cada dois dias nas estradas

No primeiro semestre deste ano, uma criança morreu a cada dois dias nas rodovias federais de todo o país
 
Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atribui parte das mortes à falta de equipamentos de segurança, como bebê conforto, cadeirinha, assento de elevação e o cinto de segurança.
 
De acordo com o policial rodoviário Diego Brandão, é comum flagrar motoristas trafegando com crianças sem os equipamentos exigidos por lei. Ao serem flagrados em blitz, alguns condutores acham que não há necessidade do uso de equipamentos de segurança para proteger as crianças, outros alegam que ocupa lugar no carro e ainda há os motoristas que não usam por falta de conchecimento, disse Diego.
 
“Esses equipamentos são desenvolvidos com base na massa muscular da criança, da dinâmica de projeção em um acidente. Eles fazem com que a criança não saia da proteção do assento, limitando o deslocamento do corpo, e dão a segurança para que ela não seja arremessada para fora do veículo”, exlica o policial.
 
O Código de Trânsito determina que crianças com menos de 10 anos de idade devem ser transportadas nos bancos traseiros. Para o transporte de crianças com até um ano de idade, deve ser usado o bebê conforto. Com mais de um e até quatro anos, deve-se usar a cadeirinha. Já o assento de elevação deve ser usado por crianças entre quatro anos e sete anos e meio de idade.
 
A multa prevista pelo não uso de equipamentos de segurança é R$ 191,54, além da perda de sete pontos na carteira e da retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.
 
O vendedor Eduardo Reis, pai de duas crianças, de dois e seis anos, o espaço que os equipamentos ocupam no carro não é desculpa para andar sem eles. “A segurança dos meus filhos é o mais importante”, diz.
 
Desde 2010, quando o uso dos equipamentos como a cadeirinha começou a ser fiscalizado, a PRF já autuou quase 60 mil condutores de motos e carros transportando crianças de forma irregular. Só neste ano, o número já passa de 11,6 mil infrações. Em 2014, foram 12.550 autuações.
 
Agência Brasil

Especialistas debatem no Rio casos de mortes hospitalares

Considerado um problema para o sistema de saúde do ponto de vista financeiro, o número de pessoas que morrem em hospitais no Brasil foi discutido na conferência de geriatria, promovida pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, na capital fluminense, que terminou ontem (6)
 
Com o envelhecimento da população, o alto número de mortes de brasileiros em hospitais tende a aumentar ainda mais, destacou o presidente da entidade, João Bastos. "No Brasil, 72% das mortes hoje no país são causadas por doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares e respiratórias, sendo que a população idosa é a mais acometida por doenças crônicas."
 
O especialista lamentou a carência de serviços de cuidados paliativos prestados em ambiente familiar no Brasil. Cuidados Paliativos foram de nidos pela Organização Mundial de Saúde como abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida.
 
Ele explicou que, no sistema de saúde suplementar, os chamados serviços de home care existem para poucos com planos de saúde. “Precisamos avançar na capacitação de profissionais em atenção domiciliar e em cuidados paliativos, além de claro, além de profissionais que entendam da população idosa. Hoje somos 1.160 geriatras para 28 milhões de idosos”. Uma média de um geriatra para cada 20 mil idosos, conforme dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM).
 
Questão cultural
Para o diretor do Departamento de Geriatria da Universidade de Cornell (EUA), Fernando Kaway, convidado ao evento, o alto número de mortes hospitalares não é apenas de fundo financeiro, mas também cultural.
 
“Infelizmente, na medicina moderna, poucos médicos têm a coragem de iniciar essa discussão e reconhecer que o paciente está em um estágio avançado da doença e que o fim está próximo”, disse ele sobre a situação dos doentes terminais. “Vivemos em uma sociedade em que a medicina é algo milagroso que salvará sua vida, é muito difícil reconhecer que o final chegou e que não há nada que a medicina possa fazer”, acrescentou.
 
Kaway defende que o Brasil implemente os chamados Hospices Cares, uma realidade nos EUA e em outros países desenvolvidos, que consiste em equipes multidisciplinares domiciliares para pacientes crônicos ou terminais. “Um paciente que opte por um tratamento menos agressivo pode ser tratado em casa, com controle da dor, apoio emocional e social para a família. Segundo ele, enquanto o reembolso do Medicare de um dia em unidade de terapia intensiva (UTI) sai por US$5 mil, a de um Hospice Care sai por US$250.
 
Em um estudo que ele fez pela universidade de Standford, na Califórnia (USA), dos 315 pacientes acima de 85 anos internados em um hospital com doenças crônicas e terminais, 73% preferiam ir para casa a continuar o tratamento agressivo. “É preciso uma conversa franca e apoio à família, pois ninguém quer passar seus últimos dias longe da família, cercado de máquinas e alarmes”.
 
Programa Melhor em Casa
O Programa Melhor em Casa, do Ministério da Saúde, tem um perfil parecido ao Hospice Care, porém com foco nas pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica. O programa visa a melhorar e ampliar a assistência do Sistema Único de Saúde (SUS) aos pacientes com agravos de saúde, que possam receber atendimento humanizado, em casa, e perto da família e reduzir as filas das emergências nos hospitais e unidades de pronto-atendimento.
 
Agência Brasil

Lote do comprimido Metronidazol 250 mg está suspenso

Nesta última sexta-feira (4/9) a Anvisa suspendeu o lote 13L95F do comprimido genérico Metronidazol 250 mg com validade até dezembro de 2015
 
O remédio fabricado por Prati Donaduzzi & Cia Ltda apresentou resultados insatisfatórios nos ensaios de aspecto e descrição da amostra conforme consta no Laudo de Análise Fiscal de amostra única 1487.00/2014, emitido pelo Instituto Adolfo Lutz.
 
Ainda de acordo com o Laudo, o lote citado contém comprimidos com manchas irregulares e pontos de cor preta, com isso, a Anvisa determinou que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado.
 
A medida está na Resolução 2.479/2015 publicada nesta sexta-feira (4/9) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Anvisa suspende lote do Cloridrato de Metformina 850mg

O lote 13L829 do medicamento genérico Cloridrato de Metformina 850 mg está suspenso. O remédio tem validade até novembro de 2015 e é fabricado por Prati Donaduzzi & Cia Ltda.
 
A Anvisa decidiu suspender o medicamento após resultados insatisfatórios nos ensaios de aspecto e descrição da amostra, conforme consta no Laudo de Análise Fiscal de amostra única 1604.00/2014, emitido pelo Instituto Adolfo Lutz.
 
Segundo o Laudo, os comprimidos do lote citado apresentam manchas irregulares e pontos de cor preta, com isso, a Agência determinou que a empresa deve promover o recolhimento do estoque existente no mercado.
 
A medida está na Resolução 2.480/2015 publicada nesta sexta-feira (4/9) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Vigilância Sanitária multa médicos por letra ilegível em receita

Esta é uma das receitas prescritas por um dos médicos multados. Letra ilegível coloca em risco a saúde dos pacientes (Crédito: Reprodução)
Reprodução: Esta é uma das receitas prescritas por um dos médicos multados.
 Letra ilegível coloca em risco a saúde dos pacientes
Órgão multou três profissionais no valor de R$ 2 mil cada, mais advertência. Médicos terão prazo de 15 dias para apresentar defesa por escrito
 
A Vigilância Sanitária de Londrina multou nesta semana três médicos que atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por redigirem receitas com letras ilegíveis. Segundo o coordenador da Vigilância, Rogério Lampe, a multa para cada profissional é de R$ 2 mil e os médicos têm o prazo de 15 dias para apresentar defesa por escrito, a partir da segunda-feira. Os profissionais também receberam uma advertência do órgão.
 
De acordo com Lampe, nos primeiros quatro meses de 2009 a Vigilância recebeu aproximadamente 30 reclamações de pacientes e de farmácias, que não conseguiram entender a letra nas receitas. Dos médicos multados, um foi denunciado pelo próprio serviço municipal de saúde, outro por um paciente e o terceiro por uma farmácia. “Tivemos um aumento significativo das reclamações e de dúvidas na hora da comercialização dos medicamentos, pois nem os farmacêuticos estão entendendo as letras dos médicos e acabam ligando para a Vigilância. No entanto, de todas as reclamações, recebemos apenas três receitas, que serviram de base para autuação”, explicou.
 
O coordenador relata que um dos médicos multados alegou, verbalmente, que a letra ilegível nas receitas se deve ao fato dos pacientes do SUS não saberem ler, por isso não merecem uma letra legível. “É inadmissível que um profissional de medicina fale desta forma, pois ele está colocando em risco a saúde dos pacientes, uma vez que doses erradas podem ser ingeridas”, comentou.
 
De acordo com Lampe, este caso específico será encaminhado para o Conselho Regional de Medicina (CRM), para que o médico possa ser punido. “Ao tomar uma atitude desta, este médico feriu a ética profissional”, disse.
 
Para realizar as autuações, o coordenador da Vigilância disse que foram levadas em consideração duas leis que regulamentam a prescrição de medicamentos por meio de receitas no Brasil: a Lei 5.991, de 1973 (artigo 35, letra a) para medicamentos considerados de linha geral e a Portaria 344 de 1998 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para medicamentos controlados. “Com essa atitude, os médicos estão afrontando a legislação e o usuário. E os casos das autuações têm o agravante de todas as receitas serem de medicamentos controlados, o que aumenta o risco para a saúde do paciente”, afirma.
 
Lampe ressaltou que as fiscalizações serão intensificadas e as pessoas que quiserem denunciar novos casos devem levar a receita até a Vigilância. “Para multarmos precisamos das receitas. Por isso, quem quiser denunciar esta prática deve encaminhar a receita para a Vigilância, que tomaremos as medidas cabíveis”, disse.
 
Segundo o coordenador em caso de reincidência as multas passam para R$ 4 mil, além dos casos serem encaminhados para o Ministério Público (MP), por colocar a saúde pública em risco.