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terça-feira, 14 de junho de 2016

Pesquisa reforça ideia de que não se deve comer doces à noite

Reprodução
Corpo tem menor sensibilidade à insulina no período noturno. Hábito pode aumentar o risco de sofrer de diabetes e obesidade

Cientistas da Espanha e dos EUA identificaram pela primeira vez a existência de um "relógio" celular nos tecidos adiposos que afeta diretamente a tolerância à glicose e reforça a tese de que não se deve comer doces no período da noite, quando o corpo tem mínima sensibilidade à insulina.

Esta pesquisa, que acaba de ser publicada na revista "FASEB" (da Sociedade Americana de Biologia Experimental), foi dirigida pela professora de Fisiologia da Universidade de Múrcia, na Espanha, e professora visitante em Harvard, nos Estados Unidos, Marta Garaulet, e pelo diretor da divisão de Medicina do Sono dessa universidade americana, Frank Scheer.

Segundo constatou o estudo, o "relógio" achado no tecido funciona, além disso, muito melhor nas pessoas que se deitam cedo e dormem mais horas do que naquelas com déficit de sono ou horários irregulares.

"Este relógio celular pode contribuir ao ritmo diário da tolerância à glicose", disse à Agência Efe Marta Garaulet, membro da Sociedade Espanhola de Nutrição.

"Nosso estudo demonstra que o tecido adiposo subcutâneo tem um relógio interno que é capaz de regular a sensibilidade à insulina inclusive estando in vitro, fora do corpo", informou o pesquisador americano, que acrescentou que esse ritmo "se adapta muito bem ao observado nos seres humanos em geral quando examinamos como se comportam perante uma comida ou uma carga de açúcar".

Para realizar esta pesquisa, diferentes equipes de cientistas das quatro universidades trabalharam durante todo um ano na análise e observação de amostras de gordura subcutânea e gordura visceral extraídas de 18 pessoas de perfis muito diferentes que se submeteram a cirurgia de "by-pass" gástrico no Hospital Virgen de la Arrixaca de Múrcia.

Com essas amostras, a pesquisadora María Paz Carrasco, também da universidade murciana, e membros de seu grupo criaram mais de mil explantes ou cultivos de tecido adiposo que serviram para identificar as mudanças que ocorriam no funcionamento do hormônio da insulina em função da hora analisada.

Garaulet, uma das impulsoras da cronobiologia e sua relação com a obesidade na Espanha, ressaltou que este trabalho explica por que os açúcares são pior tolerados no período da noite, o que "pode nos levar a picos de insulina que com o tempo nos farão engordar" porque "favorecem a entrada de gordura ao tecido adiposo".

Segundo a especialista, comer doces à noite pode aumentar o risco de sofrer de diabetes e obesidade, embora esse problema poderia ser amenizado com um número suficiente de horas de sono por dia (pelo menos sete em adultos).

Por outra lado, a pesquisadora espanhola ressaltou à Agência Efe a importância da colaboração interdisciplinar.

G1

Farmacopeia Brasileira ganha novos lotes de substâncias de referência

A Anvisa publicou novos lotes de substâncias químicas de referência da Farmacopeia Brasileira, por meio da RDC 80, de 30 de maio de 2016

Essas Substâncias Químicas de Referência (SQR) são materiais utilizados na avaliação da conformidade dos insumos farmacêuticos e dos medicamentos, sendo utilizados como referência de controle de qualidade nacional.

O programa de estabelecimento de Substâncias Químicas de Referência é coordenado pela Anvisa em parceria com a Comissão da Farmacopeia Brasileira e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), contando ainda com a colaboração de algumas universidades federais e indústrias farmacêuticas.

A realização de um grande número de procedimentos analíticos, descritos nas diversas monografias oficiais, solicita o uso destas substâncias possibilitando a identificação, caracterização e atribuição de valores de propriedades e assegurando, assim, a qualidade de matérias primas e de produtos farmacêuticos.

Até pouco tempo, a única opção para adquirir Substâncias Químicas de Referência era o mercado internacional a um alto custo, sem considerar a demora do processo de importação.

Atualmente, essas substâncias já estão disponíveis para atender a demanda nacional e são distribuídas pelo INCQS, que é o único órgão oficial responsável pelo seu fornecimento. O estabelecimento de Substâncias Químicas de Referência produzidas no Brasil confere, portanto, maior agilidade na disponibilização destes produtos, diminuindo custos e facilitando o acesso na aquisição dessas substâncias, consequentemente, gerando menos dependência externa do país.

A utilização das SQRs está respaldada oficialmente por resoluções publicadas pela Anvisa.

Para acessar a relação dos lotes de SQR correntes ou para informações adicionais quanto ao processo de aquisição, acesse o endereço eletrônico: http://www.incqs.fiocruz.br  > Produtos e Serviços > Substâncias Químicas de Referência, ou diretamente o link:


ANVISA

Lotes de antisséptico e anti-inflamatório são suspensos

Após um desvio de qualidade, a Anvisa determinou a suspensão do lote R1503603 do Digliconato de Clorexidina 2%, 100ml, marca Riohex 2% com tensoativo, da empresa Indústria Farmacêutica Rioquímica Ltda.

A solução é indicada como antisséptico tópico de uso pré-operatório e apresentou uma alteração na cor do produto.

Anti-inflamatório
Uma reprovação no teste de aparência também motivou a suspensão do lote 15060517 do anti-inflamatório Ariscorten® (succinato sódico de hidrocortisona) 100 mg, com validade até maio de 2017, da empresa Blau Farmaceutica S/A.

Ao notar os desvios, as empresas enviaram comunicado de recolhimento voluntário e a Agência determinou a suspensão dos medicamentos citados. Diante disso, as fabricantes devem promover o recolhimento do estoque no mercado.

Confira as Resoluções 1.545 e 1.546, publicadas ontem, segunda-feira (13/6) no Diário Oficial da União (DOU).

ANVISA