É da casca do salgueiro que vem o princípio ativo da aspirina. A salicina e o salicilato, extraídos dessa árvore, eram usados contra a cefaléia na Mesopotamia, 3 mil anos a.C.
No entanto, a aspirina foi patenteada pela indústria alemã Bayer em 10 de outubro de 1897. O químico Felix Hoffmann, com a ajuda do professor Heinrich Dreser, sintetizou o ácido acetilsalicílico para aliviar as dores reumáticas do seu pai. O nome do remédio mais popular do século foi formado assim:
“A” vem de acetil; “spir” é a raiz do ácido epírico (substância quimicamente idêntica ao ácido acetilsalicílico); e o “ina” é um sufixo que se adicionava ao nome de todos os medicamentos no final do século XIX.
“Uma mistura preparada com 50 partes de ácido salicílico e
75 partes de anidrido acético é aquecida por cerca de 2 horas a cerca
de 500 C num balão de refluxo. Um líquido claro é obtido do qual, quando
resfriado, é extraído uma massa cristalina, que é o ácido
acetilsalicílico. O excesso de anidrido acético é extraído por pressão e
o ác. acetilsalicílico é recristalizado em clorofórmio seco.” Estas foram as anotações do caderno de Felix Hoffmann, um químico da
Bayer, que, em 1897, sintetizou o AAS a partir do ác. salicílico. A
Bayer mandou o produto para testes médicos e os resultados foram
impressionantes.
Ela alivia febre e dores de cerca de 216 milhões de pessoas
no mundo diariamente. Além de aplacar os mais variados tipos de dor,
pesquisas mostraram que seu uso frequente pode combater o mal de
Alzheimer e reduzir as chances de enfarte.
Conheça um pouco da trajetória da aspirina que começou no ano 400 antes
de Cristo e se tornou o 3º remédio mais popular do mundo.
00 A.C – O grego Hipócrates foi o primeiro a descobrir os
poderes analgésicos da casca do salgueiro branco, que contém o ácido
salicílico, pricípio ativo da aspirina. Chás de folhas e de casca de
salgueiro aliviavam dores de cabeça, febre e dores reumáticas.
1793 – O gosto amargo da casca dessa árvores, similar ao de
uma planta que combatia a malária,, levou o reverendo inglês Edward
Stone a fazer testes com paroquianos febris e descobrir sua eficácia
contra a febre.
1853 – O ácido salicílico foi sintetizado pelo químico
francês Charles Gerhardt, mas causava irritação no estômago. Ele então o
neutralizou com acetato, criando o ácido acetilsalicílico. Mas não
faturou nadinha com a descoberta.
1897 – Foi Felix Hoffman, químico da indústria alemã
Friedrich Bayer & CO (ou só Bayer mesmo) quem recebeu os créditos
por ter criado o analgésico. Alguns historiadores dizem que foi outro
alemão, Atrhur Eichengun, quem teria inventado o composto.
1900 – Chegam ao mercado os novos comprimidos. Acredita-se que tenha sido o primeiro remédio vendido sob este formato.
No Brasil, passa a ser comercializado em 1901.
1906 – A aspirina é registrada internacionalmente pela Bayer.
Hoje, a empresa é dona do nome aspirina na Alemanha e em outros 80
países.
1943 – Historiadores dizem que judeus de Auschwitz, campo de
concentração na Alemanha, serviram de cobaias para medicamentos,
consuzidos pelo conglomerado farmacêutico alemão I.G. Farben – do qual o
Bayer fazia parte. O conglomerado foi desfeito pelos aliados com o fim
da Segunda Guerra Mundial.
1948 – O médico Lawrence Craven mostra que uma aspirina por dia pode reduzir drasticamente o risco de ataque cardíaco.
1950 – O Guinness Book of Records registra a aspirina como o analgésico mais popular do mundo. Hoje é o terceiro, atrás do Tylenol e do Advil.
1969 – Os astronautas da Apollo 11, primiera missão a pousar na lua, levam aspirinas nas cápsulas espaciais.
2002 – Estudos indicam que o remédio pode ser importante contra o câncer, doenças cardiovasculares e artrite.
Cientistas americanos encontram evidências de que ela pode adiar – e até mesmo evitar – os sintomas do mal de Alzheimer.
2010 – Pesquisadores da Universidade de Harvard revelam que a aspirina pode reduzir risco de morte em vítimas de câncer de mama.
E você já tomou sua aspirina hoje?
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