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sábado, 29 de dezembro de 2012

Farmacinha pessoal

Saiba quais produtos e medicamentos podem ser úteis em viagens
 
Nada pior do que estar no meio das férias e ser surpreendido por um incidente. Seja uma queimadura de sol, uma indigestão pelo exagero em bebidas e comidas ou alguma reação alérgica, tais problemas podem acabar com o dia ou até antecipar o final do divertimento. Por isso, é bom estar preparado.

Ouvimos médicos e farmacêuticos para montar uma lista de produtos que podem salvar as viagens.
 
Uma farmacinha caseira, fácil de usar e à disposição sempre que necessário. Afinal, aquela cidade paradisíaca que você escolheu para se divertir pode ser linda e agradável, mas talvez não tenha uma farmácia com produtos de qualidade ou aberta 24 horas.
 
Em primeiro lugar, é importante levar medicamentos de uso contínuo e verificar se há quantidade necessária para os dias que você planeja ficar fora. Melhor ainda é levar um pouco a mais, para o caso de querer prolongar o passeio.
 
Leve protetor solar e use de maneira adequada. As queimaduras de sol são um dos principais problemas das viagens. E não pense que é algo de menor importância. Elas podem impossibilitar novas exposições ao sol por dias, antecipando o final das férias, e ainda causar febre, enjoo, fraqueza e dor de cabeça. Vale lembrar ainda que o efeito da exposição solar é cumulativo e pode causar câncer de pele, um dos mais incidentes no País.
 
Tudo para dar errado
Azia, queimação, intoxicação alimentar, indigestão, todos são problemas recorrentes em viagens de verão. O contexto ajuda. Primeiro, o calor reduz o tempo para ingerir o alimento com segurança. Aquele lanchinho que você leva para comer na praia pode se tornar um veneno em poucas horas, se não for devidamente armazenado.
 
“Leite, usado em algumas vitaminas em quiosques, é muito perecível”, alerta Patrícia Ramos, coordenadora do serviço de nutrição e gastronomia do Hospital Bandeirantes.
 
A especialista alerta ainda para o risco de consumir saladas e maionese fora de casa. “A salada precisa ser limpa com imersão em solução de hipoclorito para matar as bactérias e a maionese pode ter sido preparada com ovos. Há risco de infecção por salmonela”, afirma.
 
A ingestão de bebidas alcoólicas, muitas vezes combinadas com petiscos gordurosos, pode ser outro veneno. A bebida desidrata o corpo mais rapidamente, enquanto os petiscos gordurosos têm digestão mais lenta. Uma combinação perigosa para o malestar.
 
“Os frutos do mar, quando estão impróprios para consumo, liberam uma toxina que pode provocar reação alérgica”, alerta a nutricionista.
 
Além disso, parte das férias de verão acontecem no período de festa. E muita gente confunde festa feliz com fartura de alimentos, um convite aos excessos. Não há mágica para evitar problemas, é preciso pegar leve. Você certamente vai comer mais do que costuma, sendo os alimentos mais pesados do que o normal, num ambiente mais quente do que aquele de costume. O contexto é propício para passar mal, então contenha a empolgação e não exagere.
 
Vá ao médico
Ter uma farmacinha por perto é uma medida preventiva, que pode resolver situações delicadas. Mas não deixe de buscar uma opinião médica sobre qualquer problema, nem que seja para ele dizer que você deve continuar tomando as medicações que já estavam em sua mala de viagem. É preciso ter certeza de que os sintomas realmente indicam o problema que você suspeita ter.
 
“A brotoeja, por exemplo, é muitas vezes confundida com alergias”, explica o dermatologista Agnaldo Augusto Mirandez, diretor da clínica Perfetta. Ele esclarece que o suor em excesso pode obstruir alguns poros. Isso prejudica as glândulas sudoríparas e provoca vermelhidão, coceira e até bolhas.
 
“Parece uma alergia”, conta ele. Por isso, a avaliação de um médico é sempre necessária para acertar no diagnóstico.
 

ProblemaProduto / Medicamento
Queimadura do solCaladryl (calamina)
Pasta d’água (óxido de zinco)
Micose adquirida em praia ou piscinaIsomax (isoconazol)
Daktarin (miconazol)
Canesten (clotrimazol)
Verme de gato e cachorro adquirida na areia (larva migrans)Foldan (tiabendazol)
Dor de cabeçaTylenol (paracetamol)
Novalgina (dipirona)
Cafi Lisador (dipirona e cafeína)
VômitoDramin (dimenidrato)
Plamet (bromoprida)
Pequenos cortes nos pés (por ficar andando descalço)Nebacetin (neomicina e bacitracina)
Pés ressecados devido ao solLipikar Podologics Creme (hidratação dos pés)
Cetaphil
Má digestãoSal de frutas
Eparema
Epocler
Estomazil
AziaKolantyl (hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio)
Gaviz (hidróxido de alumínio e carbonato de magnésio)
Abuso de bebidas alcoólicasEngov (mepiramina, hidróxido de alumínio, ácido acetilsalicílico, cafeína)
Queimadura por água vivaLavar com água ou vinagre e ir para hospital
DiarreiaFloratil (saccharomyces boulardii-17 liofilizado 100mg)
Repoflor
Lactiplan
Picada de mosquitosCreme Fenergan (prometazina)
Dexametasona de uso tópico
Cólica abdominalBuscopan Duo (escopolamina e paracetamol)
Alergia no geralClaritin (loratadina)
Cólica MenstrualBuscofem (ibuprofeno)
FebreTylenol (paracetamol)
Novalgina (dipirona)
Ibuprofeno
TraumasDiclofenaco Gel
Gelol
Massageol
Salompas
GasesLuftal (dimeticona)
Cortes / lesõesMerthiolate
Band-Aid Spray
CurativosGases
Esparadrapo
Algodão
Band-Aid
Soro fisiológico
Assepsia das mãosÁlcool Gel
ConstipaçãoÓleo Mineral
Plantaben
Tamarine
Naturetti
QueimadurasUnguento Picrato de Butesin
Paraqueimol
 
Fonte iG

Como proteger a saúde nas viagens de navio

Diarreias são os principais problemas de saúde que aparecem em cruzeiros. Saiba como evitá-los
 
Dados oficiais do governo federal mostram que, nas duas últimas temporadas de viagens de cruzeiros que passaram pelo Brasil, desembarcaram dos navios 5.233 tripulantes acometidos por algum problema de saúde. As doenças mais frequentes foram as infecções gastrointestinais (diarreias).
 
Elas são resultantes das inúmeras bactérias e vírus que circulam por entre as comidas expostas o dia inteiro em bufês e nas águas paradas. Além disso, alguns microorganismos acabam trazidos na “bagagem” dos turistas, de origens totalmente diferentes e reunidos em um único ambiente.
 
A boa notícia é que os especialistas falam que é possível evitar as contaminações com medidas simples – uma delas, por exemplo, é aumentar a frequencia da lavagem das mãos.
 
O último sinal de alerta sobre a saúde dentro dos cruzeiros marítimos veio na semana passada, quando uma mulher norte-americana, de 61 anos, morreu dentro de um navio que chegou no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. As primeiras informações dão conta de que ela foi vítima de uma doença cardiovascular, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que o relatório do Serviço Médico do navio indicou notificação de 86 casos de gastroenterite, sendo 79 em passageiros e sete tripulantes.
 
A gastroenterite pode ser provocada por vírus ou bactéria e causa inflamação das mucosas intestinais, resultando em vômitos e diarreias. Além desta doença, o Centro Brasileiro de Medicina do Viajante já elencou o norovírus como outro desafio da indústria dos cruzeiros. Os dois problemas são proliferados pelos mesmos motivos: fragilidade na higiene da equipe que atua nas cozinhas dos navios, temperatura e tempo de exposição dos alimentos nas bancadas dos bufês e também negligência na hora de lavar pratos, talheres, guardanapos e roupas de cama usados nas embarcações.
 
Excessos
Além dos vírus, outro agente causador de problemas sérios dentro dos cruzeiros é a oferta excessiva de bebidas alcoólicas nas viagens, em especial no esquema ‘tudo incluso’. Comer demais também pode provocar danos e sobrecarga do organismo, assim como tomar sol sem a proteção adequada.
 
Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem elencou uma série de dicas para amenizar os problemas de saúde nos cruzeiros. Boa viagem!
 
Antes de viajar
• Consulte um médico de viagem ou que tenha experiência para fornecer as diretrizes da vacinação e da prevenção de doenças de acordo com o estado de saúde prévio do viajante, com a duração da viagem, com os locais a serem visitados e com as prováveis atividades recreativas que ele terá

• Atualize o calendário de vacinação de acordo com a faixa etária e as condições específicas de saúde, inclusive com a vacina da gripe

• Informe-se sobre o medicamento mais adequada em caso de enjoo

• Leve todos os medicamentos dentro das embalagens originais, com a prescrição do médico e relato da indicação

• Informe-se sobre o tipo e a qualidade dos serviços médicos no próprio navio e também ao longo do itinerário. É essencial saber se e como os passageiros e a tripulação podem ser enviados para a terra em caso de necessidade

• Verifique a existência e a qualidade da enfermaria do navio
 
 Durante o cruzeiro
• Lave as mãos frequentemente, com sabão e água ou use um sanitizador à base de álcool. Isso ajuda a prevenir tanto a gripe quanto o norovírus

• Só beba água mineral industrializada

• Tome cuidado com o que come – confie no seu nariz e utilize bem os seus olhos. Evite maionese

• Aos primeiros sintomas gastrointestinais ou respiratórios, procure o serviço médico do navio

• Use talheres e copos descartáveis
 
Fonte iG

Dicas para não adoecer na viagem

Comida de rua: alto grau de manipulação aumenta
 o risco de contaminação por bactérias
Ficar atento às mudanças de temperatura e ter cuidado ao comer na rua são duas delas; veja outras
 
Viagens são, em geral, uma oportunidade para sair da rotina – comer em lugares diferentes, experimentar pratos típicos do local, praticar esportes ou atividades que não são costumeiras. A chance de descansar, no entanto, pode se transformar em um grande problema se a saúde estiver comprometida.
 
Com a viagem programada – seja ela de curta ou longa duração, nacional ou internacional – é importante adotar alguns cuidados para manter o organismo funcionando bem. Assim, é possível evitar contratempos que podem fazer o turista trocar a praia, a piscina ou a montanha pela cama do hotel, ou pior, do hospital.
 
Separamos oito dicas úteis para quem vai viajar neste fim de ano ou no início de 2013.
 
1. Evite o descontrole na alimentação
A primeira dica importante a ser seguida quando se vai viajar para um lugar muito diferente é tentar manter a alimentação regrada, com porções adequadas e um cardápio balanceado. De acordo com o nutricionista clínico do Hospital Sírio-Libanês, Carlos Canavez Basualdo, o ideal é não mudar muito a rotina que o viajante já está habituado.
 
“O café da manhã, mesmo durante uma viagem, continua sendo a refeição mais importante do dia. Uma dica é fazê-la no hotel, pois normalmente o local oferece produtos de qualidade e preparados de uma forma mais confiável”, diz Basualdo.
 
“Como geralmente os passeios aos pontos turísticos são demorados, três refeições diárias às vezes não são suficientes. O melhor nesses casos é ter sempre consigo uma barrinha de cereal, uma fruta ou alguma outra opção mais saudável de lanche”, sugere o especialista. O segredo é controlar a ansiedade e a vontade de experimentar tudo de uma única vez e ter atenção ao que for consumir.
 
2. Cuidado com alimentos exóticos
Em viagens para lugares cujos pratos típicos são muito diferentes do cardápio brasileiro, a comida pode ser um perigo para o sistema digestivo.
 
“Em países asiáticos e africanos, muitas vezes ocorre um alto grau de manipulação do alimento, o que aumenta o risco de contrair bactérias”, alerta o nutricionista.
 
Se for alguma comida já preparada – como é comum em praias – é preferível optar por alimentos cozidos, que estejam em temperatura adequada, e não abusar de condimentos.
 
“Usar o bom senso é a melhor dica para evitar problemas com alimentação em viagens. Por mais que as pessoas tenham boas intenções, os riscos sempre existem.”
 
O nutricionista também determina uma série de grupos de risco que devem estar mais atentos na hora de se alimentar durante uma viagem: crianças, idosos, portadores de doenças e gestantes.
 
“Se a viagem for muito longa, o corpo muda de situação e tem de se readaptar. Por isso, principalmente para esses grupos, é importante tentar manter a rotina anterior à viagem”, diz.
 
3. Verifique a necessidade de se vacinar
De acordo com o médico Antonio Pignatari, infectologista do Hospital 9 de Julho, alguns estados brasileiros no centro-oeste, países como Peru e Colômbia, e ainda regiões da Oceania, requerem obrigatoriamente a aplicação de vacina contra a febre-amarela 10 dias antes da viagem.
 
“Se o destino é algum país na África ou ainda na região amazônica, algumas doenças como a malária não têm vacina. Nesse caso, o importante é observar o próprio corpo durante e depois das férias, pois a doença pode levar até meses para aparecer”, explica o infectologista.
 
No caso de doenças para as quais não há vacina, o viajante – sob orientação médica – pode fazer uso da profilaxia (um conjunto de remédios que podem prevenir infecções).
 
4. Prepare-se para a o movimento
Se você tem a intenção de praticar esportes durante as férias, mas não tem como hábito se exercitar, cuidado com as estripulias! A falta de preparo físico pode ser um complicador, principalmente se a atividade for ao ar livre e sob forte calor.
 
“Para evitar problemas ainda maiores ao praticar atividades físicas, o ideal é manter-se sempre hidratado, com uma garrafa de água sempre à mão”, diz o nutricionista Carlos Basualdo.
 
O especialista faz ainda um alerta quanto ao uso de produtos que teoricamente dão um ‘gás’ na atividade.
 
“Muitos viajantes aventureiros tomam café e produtos energéticos para aumentar a atividade corporal. É preciso muita atenção ao ingerir tais bebidas, já que pessoas com problemas cardíacos e hipertensão podem sofrer com os efeitos colaterais, como ansiedade e irritabilidade, além de ter um aumento descontrolado da adrenalina”, diz Basualdo. A recomendação é de não tomar mais de uma latinha de energético por dia ou três xícaras de café.
 
5. Fique atento ao fuso e às mudanças de temperatura
Em viagens de longa duração, é importante se informar com antecedência sobre as diferenças de horas entre o lugar de origem e o destino e como isso pode causar problemas à saúde.
 
“O fuso horário pode acarretar sérios problemas antes mesmo da viagem. Com uma diferença muito grande de tempo, o organismo mantém seu funcionamento no horário antigo e até ele se adaptar a pessoa corre o risco sofrer uma queda na imunidade”, esclarece o infectologista Antonio Pignatari.
 
As diferenças de altitude e de temperatura, associadas à queda da imunidade por causa do fuso também podem resultar em doenças.
 
“Ainda no avião, idosos ou pessoas com sobrepeso podem sofrer de problemas vasculares, trombose e embolia pulmonar", alerta o médico.
 
Ainda com relação às mudanças na temperatura, os jovens levam vantagem e se adaptam às diferenças climáticas mais facilmente. Porém pessoas com problemas pulmonares crônicos ficam mais expostas a infecções devido ao frio e correm mais risco de contrair pneumonia, independente da idade. Já onde o clima é de extremo calor o perigo da desidratação é permanente. Por isso, recomendam os especialistas, é importante se hidratar constantemente.
 
Remédios na mala: medicamentos de uso contínuo devem
ficar acompanhados das prescrições médicas
6. Remédios: não esqueça as prescrições
Em caso de alguma condição que necessite tomar remédios durante uma viagem ao Exterior, a boa medicina do viajante recomenda levar a prescrição do medicamento feita pelo médico no Brasil e, se possível, escrita em inglês. No entanto, não é garantido adquirir remédios em drogarias fora do país.
 
“Em alguns lugares é proibido vender remédios com prescrição estrangeira”, diz o infectologista Antonio Pignatari. Para evitar esse tipo de inconveniente, o médico recomenda que se reserve a quantidade de medicamento necessária para os dias de viagem.
 
“Levar um relatório do histórico do paciente, em inglês, também é recomendável”.
 
7. Contrate um seguro saúde com cobertura internacional
No caso de algum problema de saúde durante a viagem, o ideal é sempre procurar auxílio médico. Se o viajante estiver em algum lugar fora do Brasil, contratar um plano internacional é a melhor indicação. Alguns países da Europa, por exemplo, exigem que o turista contrate esse seguro para passar pela imigração.
 
Com este serviço a pessoa tem direito a consultas clínicas e laboratoriais com médicos especializados, que podem analisar a situação com agilidade, especialmente se tiverem em mãos o histórico do paciente. Mesmo em algumas regiões com pouco acesso à medicina, é importante pensar na contratação, já que alguns planos têm até mesmo o serviço de transporte para lugares com maior estrutura de atendimento.
 
8. Cuidado aos detalhes que fazem a diferença
Independente do destino da viagem ser no Brasil ou no Exterior, é muito importante buscar informações sobre o local. Certifique-se que toda a documentação pessoal esteja em um lugar seguro e sempre acessível, como identidades, passaportes, bulas e prescrições dos medicamentos mais importantes, além de endereços que podem ser úteis, como hospitais, embaixadas e consulados.
 
Fonte iG