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sábado, 29 de dezembro de 2012

Dicas para não adoecer na viagem

Comida de rua: alto grau de manipulação aumenta
 o risco de contaminação por bactérias
Ficar atento às mudanças de temperatura e ter cuidado ao comer na rua são duas delas; veja outras
 
Viagens são, em geral, uma oportunidade para sair da rotina – comer em lugares diferentes, experimentar pratos típicos do local, praticar esportes ou atividades que não são costumeiras. A chance de descansar, no entanto, pode se transformar em um grande problema se a saúde estiver comprometida.
 
Com a viagem programada – seja ela de curta ou longa duração, nacional ou internacional – é importante adotar alguns cuidados para manter o organismo funcionando bem. Assim, é possível evitar contratempos que podem fazer o turista trocar a praia, a piscina ou a montanha pela cama do hotel, ou pior, do hospital.
 
Separamos oito dicas úteis para quem vai viajar neste fim de ano ou no início de 2013.
 
1. Evite o descontrole na alimentação
A primeira dica importante a ser seguida quando se vai viajar para um lugar muito diferente é tentar manter a alimentação regrada, com porções adequadas e um cardápio balanceado. De acordo com o nutricionista clínico do Hospital Sírio-Libanês, Carlos Canavez Basualdo, o ideal é não mudar muito a rotina que o viajante já está habituado.
 
“O café da manhã, mesmo durante uma viagem, continua sendo a refeição mais importante do dia. Uma dica é fazê-la no hotel, pois normalmente o local oferece produtos de qualidade e preparados de uma forma mais confiável”, diz Basualdo.
 
“Como geralmente os passeios aos pontos turísticos são demorados, três refeições diárias às vezes não são suficientes. O melhor nesses casos é ter sempre consigo uma barrinha de cereal, uma fruta ou alguma outra opção mais saudável de lanche”, sugere o especialista. O segredo é controlar a ansiedade e a vontade de experimentar tudo de uma única vez e ter atenção ao que for consumir.
 
2. Cuidado com alimentos exóticos
Em viagens para lugares cujos pratos típicos são muito diferentes do cardápio brasileiro, a comida pode ser um perigo para o sistema digestivo.
 
“Em países asiáticos e africanos, muitas vezes ocorre um alto grau de manipulação do alimento, o que aumenta o risco de contrair bactérias”, alerta o nutricionista.
 
Se for alguma comida já preparada – como é comum em praias – é preferível optar por alimentos cozidos, que estejam em temperatura adequada, e não abusar de condimentos.
 
“Usar o bom senso é a melhor dica para evitar problemas com alimentação em viagens. Por mais que as pessoas tenham boas intenções, os riscos sempre existem.”
 
O nutricionista também determina uma série de grupos de risco que devem estar mais atentos na hora de se alimentar durante uma viagem: crianças, idosos, portadores de doenças e gestantes.
 
“Se a viagem for muito longa, o corpo muda de situação e tem de se readaptar. Por isso, principalmente para esses grupos, é importante tentar manter a rotina anterior à viagem”, diz.
 
3. Verifique a necessidade de se vacinar
De acordo com o médico Antonio Pignatari, infectologista do Hospital 9 de Julho, alguns estados brasileiros no centro-oeste, países como Peru e Colômbia, e ainda regiões da Oceania, requerem obrigatoriamente a aplicação de vacina contra a febre-amarela 10 dias antes da viagem.
 
“Se o destino é algum país na África ou ainda na região amazônica, algumas doenças como a malária não têm vacina. Nesse caso, o importante é observar o próprio corpo durante e depois das férias, pois a doença pode levar até meses para aparecer”, explica o infectologista.
 
No caso de doenças para as quais não há vacina, o viajante – sob orientação médica – pode fazer uso da profilaxia (um conjunto de remédios que podem prevenir infecções).
 
4. Prepare-se para a o movimento
Se você tem a intenção de praticar esportes durante as férias, mas não tem como hábito se exercitar, cuidado com as estripulias! A falta de preparo físico pode ser um complicador, principalmente se a atividade for ao ar livre e sob forte calor.
 
“Para evitar problemas ainda maiores ao praticar atividades físicas, o ideal é manter-se sempre hidratado, com uma garrafa de água sempre à mão”, diz o nutricionista Carlos Basualdo.
 
O especialista faz ainda um alerta quanto ao uso de produtos que teoricamente dão um ‘gás’ na atividade.
 
“Muitos viajantes aventureiros tomam café e produtos energéticos para aumentar a atividade corporal. É preciso muita atenção ao ingerir tais bebidas, já que pessoas com problemas cardíacos e hipertensão podem sofrer com os efeitos colaterais, como ansiedade e irritabilidade, além de ter um aumento descontrolado da adrenalina”, diz Basualdo. A recomendação é de não tomar mais de uma latinha de energético por dia ou três xícaras de café.
 
5. Fique atento ao fuso e às mudanças de temperatura
Em viagens de longa duração, é importante se informar com antecedência sobre as diferenças de horas entre o lugar de origem e o destino e como isso pode causar problemas à saúde.
 
“O fuso horário pode acarretar sérios problemas antes mesmo da viagem. Com uma diferença muito grande de tempo, o organismo mantém seu funcionamento no horário antigo e até ele se adaptar a pessoa corre o risco sofrer uma queda na imunidade”, esclarece o infectologista Antonio Pignatari.
 
As diferenças de altitude e de temperatura, associadas à queda da imunidade por causa do fuso também podem resultar em doenças.
 
“Ainda no avião, idosos ou pessoas com sobrepeso podem sofrer de problemas vasculares, trombose e embolia pulmonar", alerta o médico.
 
Ainda com relação às mudanças na temperatura, os jovens levam vantagem e se adaptam às diferenças climáticas mais facilmente. Porém pessoas com problemas pulmonares crônicos ficam mais expostas a infecções devido ao frio e correm mais risco de contrair pneumonia, independente da idade. Já onde o clima é de extremo calor o perigo da desidratação é permanente. Por isso, recomendam os especialistas, é importante se hidratar constantemente.
 
Remédios na mala: medicamentos de uso contínuo devem
ficar acompanhados das prescrições médicas
6. Remédios: não esqueça as prescrições
Em caso de alguma condição que necessite tomar remédios durante uma viagem ao Exterior, a boa medicina do viajante recomenda levar a prescrição do medicamento feita pelo médico no Brasil e, se possível, escrita em inglês. No entanto, não é garantido adquirir remédios em drogarias fora do país.
 
“Em alguns lugares é proibido vender remédios com prescrição estrangeira”, diz o infectologista Antonio Pignatari. Para evitar esse tipo de inconveniente, o médico recomenda que se reserve a quantidade de medicamento necessária para os dias de viagem.
 
“Levar um relatório do histórico do paciente, em inglês, também é recomendável”.
 
7. Contrate um seguro saúde com cobertura internacional
No caso de algum problema de saúde durante a viagem, o ideal é sempre procurar auxílio médico. Se o viajante estiver em algum lugar fora do Brasil, contratar um plano internacional é a melhor indicação. Alguns países da Europa, por exemplo, exigem que o turista contrate esse seguro para passar pela imigração.
 
Com este serviço a pessoa tem direito a consultas clínicas e laboratoriais com médicos especializados, que podem analisar a situação com agilidade, especialmente se tiverem em mãos o histórico do paciente. Mesmo em algumas regiões com pouco acesso à medicina, é importante pensar na contratação, já que alguns planos têm até mesmo o serviço de transporte para lugares com maior estrutura de atendimento.
 
8. Cuidado aos detalhes que fazem a diferença
Independente do destino da viagem ser no Brasil ou no Exterior, é muito importante buscar informações sobre o local. Certifique-se que toda a documentação pessoal esteja em um lugar seguro e sempre acessível, como identidades, passaportes, bulas e prescrições dos medicamentos mais importantes, além de endereços que podem ser úteis, como hospitais, embaixadas e consulados.
 
Fonte iG

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