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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Teste do coraçãozinho é fundamental para tratar cardiopatias congênitas

O dia 12 de junho é reconhecido oficialmente em várias cidades brasileiras como o Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita, data em que se pretende informar a população sobre esse grupo de doenças e enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento precoce

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Todo ano no Brasil, estima-se que nasçam aproximadamente trinta mil crianças com cardiopatia congênita, tendo em vista a taxa de incidência estimada em 1 caso a cada cem nascidos vivos. Mas, você sabe o que é essa doença que atinge tantos bebês? As cardiopatias congênitas consistem em anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração ou dos grandes vasos associados, que produzem insuficiência circulatória e respiratória e outras consequências graves.

Como é feito o diagnóstico?
O acompanhamento médico no pré-natal é importante para o diagnóstico, caso existam fatores que levantem a suspeita clínica de problemas cardíaco-fetais. O ultrassom morfológico também pode apontar indícios de cardiopatia. Além disso, o teste de coraçãozinho realizado antes da alta hospitalar, entre 24 e 48 horas após o nascimento. “O teste do coraçãozinho é um exame indolor e rápido, feito ali nas primeiras 48 horas do nascimento da criança na própria maternidade. É por meio deste teste que as cardiopatias mais graves são diagnosticadas” explica Eduardo Gomes, coordenador-substituto da Alta e Média Complexidade do Ministério da Saúde.

Logo no início da gravidez, com onze semanas, a economista Mariana Piola descobriu pelo ultrassom morfológico que a formação do coração da Valentina, sua segunda filha, não estava normal. “O primeiro momento foi um baque muito grande, mas logo depois do diagnóstico do exame fomos procurar um especialista e com vinte e quatro semanas fizemos exames mais específicos para que ela nascesse em um local apropriado para fazer cirurgia”, disse.

Até hoje não existe uma causa bem específica que possa explicar as cardiopatias congênitas. Na maioria dos casos não há explicação, por isso, quanto mais cedo se descobre, mais chances de vida terá o bebê. “Por isso a importância do pré-natal. No caso da Valentina que nasceu com uma cardiopatia congênita grave, a Transposição das Grandes Artérias (TGA) a cirurgia foi feita com apenas 7 dias de vida. Se não fosse os primeiros exames, não teríamos nos preparado tanto”, fala Mariana.

No SUS
Além das maternidades e dos demais serviços que integram o Sistema Único de Saúde, os quais contam com profissionais qualificados para identificar os sinais e sintomas das cardiopatias, diagnosticá-las e prover o acompanhamento apropriado, o Brasil possui hoje 68 unidades habilitadas junto ao Ministério da Saúde para realizar cirurgias cardiovasculares pediátricas. Considerando que 80% das crianças cardiopatas precisam ser operadas em algum momento da vida – e que metade delas, quase doze mil bebês, precisa da cirurgia no primeiro ano de vida –, o governo federal percebe ser preciso ampliar o número de procedimentos historicamente realizados no SUS, abaixo dos dez mil.

Nesse sentido, no dia 11 de julho de 2017 foi lançando o Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita. Na ocasião, houve o reajuste dos valores pagos por 49 procedimentos de cirurgia cardiovascular pediátrica, com um aumento médio em torno de 60%. Além disso, foi modificado o tipo de financiamento federal, passando o custeio dos procedimentos a ser realizado por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC), instrumento que assegura o pagamento pós-produção dos procedimentos realizados sem qualquer interferência por parte das decisões em saúde locais. Em linhas gerais, o governo federal propôs o acréscimo de R$ 39,3 milhões adicionais por ano, um crescimento de 75,2% do orçamento anual destinado ao pagamento das cirurgias cardiovasculares pediátricas.

Ainda que tenham ocorrido avanços no acesso dos cardiopatas ao tratamento cirúrgico, é necessário manter as ações conduzidas desde então e incentivar outras medidas propostas pelo Plano, entre as quais a ampliação do acesso ao diagnóstico e a capacitação da equipe multidisciplinar no cuidado. Afinal, a expectativa de todo cardiopata, bem como de seus familiares, é a de garantia do acesso e do cuidado integral, resolutivo e de qualidade.

Outros testes em recém-nascidos realizados no SUS

Teste da Orelhinha – realizado por meio de exames fisiológicos e eletrofisiológicos da audição, para identificar o mais precocemente possível as deficiências auditivas em recém-nascidos e lactentes e encaminhar para intervenções adequadas à criança e sua família. Realizado, preferencialmente, nos primeiros dias de vida (24h a 48h) na maternidade, e no máximo, durante o primeiro mês de vida, a não ser em casos quando a saúda da criança não permita a realização dos exames.

Teste do Olhinho – Com oftalmoscópio ou qualquer instrumento com fecho de luz, como caneta de luz, o exame busca identificar agravos que levam a opacificação do cristalino, com diagnóstico presuntivos de retinoblastoma, catarata congênita e outros transtornos oculares congênitos e hereditários.

Teste da Linguinha – é realizado durante o exame físico de rotina do recém-nascido, para identificar a presença de anquiloglossia, popularmente conhecida como língua-presa

Teste do Coraçãozinho – Este teste consiste na aferição da oximetria de pulso (quanto oxigênio o sangue está transportando) de forma rotineira em recém-nascidos, entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar. O objetivo é a detecção precoce das cardiopatias congênitas.

Luíza Tiné, para Blog da Saúde

Miopia: estudar demais pode desencadear a doença, revela pesquisa

Resultado de imagem para miopiaSegundo os cientistas, o início precoce dos estudos estimula mais rápido o distúrbio

Quanto mais uma pessoa estudar, maior será a necessidade de usar óculos, aponta estudo publicado no periódico British Medical Journal (BMJ). De acordo com a BBC, o artigo encontrou uma conexão entre o gene da miopia e os genes responsáveis pela predisposição para estudar.

Miopia e estudo
Os pesquisadores da Universidade de Bristol e da Universidade de Cardiff, ambas no Reino Unido, analisaram o DNA de 68.000 participantes e descobriram que as pessoas com o gene que as tornam mais predispostas para estudar tinham maiores risco de desenvolver miopia. No entanto, as pessoas com predisposição à doença não tinham maior probabilidade de estudar por mais tempo.

A pesquisa indica que pessoas que finalizam um curso universitário podem ter o grau de miopia aumentado, em comparação com quem parou de estudar aos 16 anos. Segundo os cientistas, apesar de pequeno, esse aumento pode exigir que o indivíduo necessite de óculos para dirigir, por exemplo. “Isso não significa que as pessoas devem parar de estudar. Obviamente, queremos que elas frequentem a escola, mas queremos estimular uma discussão sobre como educar melhor nossas crianças”, alertou no relatório Denize Atan, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.

Fatores ambientais e sociais
De acordo com o Science Daily, em um editorial, o professor Ian Morgan, da Universidade Nacional da Austrália, sugere que não são apenas genes, mas fatores ambientais e sociais que podem ter efeitos importantes na miopia. Isso porque pesquisas realizadas no Leste Asiático — onde há intensa pressão educacional desde cedo — indicam que ficar ao ar livre protege a visão, uma vez que a luz solar ajuda no desenvolvimento ocular, assim como previne a miopia.

Essas mesmas pesquisas mostraram que 50% das crianças asiáticas analisadas desenvolveram miopia até o fim da escola primária por causa das muitas horas de estudo e pouco tempo para brincar ao ar livre. Em análise comparativa com a Inglaterra, notou-se que menos de 10% das crianças britânicas tinham esse problema. “O início precoce permite mais tempo para a miopia progredir para uma miopia elevada e potencialmente patológica. Os sistemas educacionais devem mudar, a fim de ajudar a proteger a saúde visual das gerações futuras”, orientaram os pesquisadores.

Miopia
A miopia é um problema ocular em que o indivíduo consegue enxergar perfeitamente objetos próximos, mas quando estão mais afastados, eles ficam desfocados. Em casos mais graves, a miopia pode elevar o risco de deslocamento de retina e degeneração macular, que gera uma piora gradual da visão. Em ambos os casos, há o risco de cegueira. Como apontado no estudo, a principal causa da doença está relacionada à genética, mas fatores externos também podem afetar a visão e provocar o problema, como a grande incidência de luz nos olhos, por exemplo.

Por isso é sempre necessário manter a televisão, os smartphones e os computadores mais afastados dos olhos. O tratamento consiste no uso de óculos ou lentes de contato para corrigir a visão desfocada. Outra solução é a cirurgia corretiva da miopia, embora nem todas as pessoas estejam qualificadas para passar por esse procedimento. No Brasil são registrados cerca de 2 milhões de casos de miopia por ano.

Veja