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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

País terá campanha contra DSTs durante a Copa do Mundo

O Ministério da Saúde prepara uma grande campanha para a Copa do Mundo com o foco na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis
 
Chamada de Proteja o Gol, a campanha prevê a distribuição de 1,8 milhão de preservativos em unidades móveis nas 12 cidades-sede que receberão os jogos do torneio em junho e julho. "Queremos que as pessoas fiquem no 0 a 0", afirmou o ministro Arthur Chioro, fazendo uma brincadeira com o jargão futebolístico. "É 0 a 0 na transmissão de doenças."

Além da oferta de preservativos, o ministro informou que haverá 10 mil testes rápidos para detecção de doenças e equipes de aconselhamento. "Estamos fazendo uma preparação conjunta com as cidades-sede e teremos uma campanha de comunicação aos visitantes em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês", diz.

Para divulgar os projetos, o ministério colocou no ar um site que dá informações aos viajantes e pretende lançar em maio um aplicativo para celular chamado Saúde na Copa de 2014. "Nós vamos passar informações sobre as principais doenças do Brasil e seus sintomas, pois aí a pessoa poderá tirar suas dúvidas. O aplicativo também permitirá que os turistas encontrem informações sobre os hospitais mais próximos de onde estiverem. Isso também ficará de legado após a Copa do Mundo", afirma Chioro.

Copa das Confederações
Segundo dados levantados pelo Ministério da Saúde, de um total de 796.050 pessoas que foram aos estádios na Copa das Confederações no ano passado, apenas 1.361 delas precisaram de um atendimento específico nas arenas e somente 35 tiveram de ser removidas para hospitais da região.
 
Ele lembra que 10 mil profissionais foram capacitados para trabalhar na Copa - que será disputada em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Cuiabá, Manaus, Natal, Fortaleza e Recife.
 
Estadão

Combinação de chocolate com morango atua contra o diabetes

Combinação de chocolate com morango atua contra o diabetes Daniela Xu/Agencia RBS
Foto: Daniela Xu / Agencia RBS
A mistura é rica em flavonoides, compostos ligados à coloração de frutas e vegetais e capazes de reduzir os níveis de glicose no sangue
 
Com doçura, é possível prevenir o diabetes 2. Pesquisadores ingleses encontraram no chocolate substâncias naturais que regulam a quantidade de açúcar no sangue — um desequilíbrio nesse processo caracteriza a doença crônica que, só no Brasil, afeta mais de 12 milhões de pessoas. Muitos outros alimentos têm essa capacidade, indica o estudo publicado no Journal of Nutrition. O segredo está nos flavonoides, moléculas que conferem cor a frutas e vegetais e são ingeridas quando se consomem delícias como cacau, morango, vinho e frutas vermelhas.
 
Desde a década de 1930, quando o fisiologista e Nobel da medicina Albert Szent-Gyorgyi descobriu esses compostos, já se constataram inúmeros benefícios nos mais de 6 mil flavonoides existentes nos alimentos. Eles fazem bem ao coração, previnem Parkinson, lutam contra o câncer, combatem a obesidade, reduzem o estresse, entre outros. Isso tudo graças aos poderes antioxidantes, que evitam inflamações e danos celulares provocados pelos radicais livres.
 
De acordo com Aedin Cassidy, pesquisadora da Universidade de East Anglia e principal autora do artigo, há tempos desconfiava-se que alguns tipos de flavonoides poderiam também evitar a resistência à insulina — a propriedade benéfica já havia sido, inclusive, constatada em tubos de ensaio. Agora, um estudo de larga escala realizado na Inglaterra confirmou a tese. A pesquisa incluiu dados de 2 mil mulheres, com idade entre 18 e 76 anos e voluntárias do projeto TwinsUK Registry, que reúne informações sobre saúde de gêmeos para investigações a respeito de doenças crônicas e genéticas.
 
Vermelho e azul na dieta indicam mais benefícios para a saúde
As participantes completaram um questionário de 131 itens, fornecendo informações detalhadas sobre os hábitos alimentares. A partir das respostas, os cientistas estabeleceram os tipos mais comuns de flavonoides que elas consumiam e em quais quantidades. As mulheres também fizeram exames de resistência à insulina. A comparação de dados mostrou que as que consumiam mais de quatro porções ricas em um tipo específico de flavonoides apresentavam concentrações 20 vezes menores de glicose no sangue do que aquelas cuja dieta não incluía alimentos ricos nessas substâncias.
 
A classe de composto mais benéfica no combate ao diabetes 2 foi a das antocianinas, corante responsável pelos tons vermelhos e azuis de vegetais como berinjela, feijão preto, uva, gojiberry, cereja, ameixa, mirtilo, morango e framboesa.
 
Outro alimento rico em antocianina é o cacau do tipo forasteiro, encontrado no chocolate amargo.
 
Inflamações
A associação entre o flavonoide e a prevenção de diabetes não se limitou a comparações e estatísticas. Os cientistas também retiraram amostra de sangue das voluntárias e descobriram que, entre aquelas que consumiam frequente e abundantemente vegetais com antocianina, a quantidade de biomarcadores inflamatórios envolvidos na regulação da glicose e da insulina era menor.
 
— Juntas, as descobertas fornecem evidências fortes de que as antocianinas são substâncias que podem prevenir o risco de diabetes 2 — observa Cassidy.
 
Ela destaca que, pelo fato de processos inflamatórios em nível celular estarem por trás de todas as doenças crônicas, como câncer e problemas cardiovasculares, a ingestão dos compostos naturais também pode evitar o surgimento desses males.
 
— São resultados de grande importância para a saúde pública porque, para alcançá-los, não é preciso muita coisa, basta incluir esses alimentos na dieta — avalia Tim Spector, pesquisador do King's College de Londres e colaborador do estudo.
 
Correio Braziliense

Anvisa proíbe venda de quatro suplementos alimentares para atleta

Anvisa proíbe venda de quatro suplementos alimentares para atleta Genaro Joner/Agencia RBS
Foto: Genaro Joner / Agencia RBS
Três dos quatro suplementos proibidos são fabricados pela Maximum Human Performance Inc.
 
Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicadas no Diário Oficial da União suspendem, a partir desta segunda-feira a distribuição e a venda, em todo o território nacional, de quatro suplementos alimentares para atletas.
 
O primeiro deles, Alimento para Atletas da marca ISOFAST-MHP, fabricado por Maximum Human Performance Inc. e importado por Macroex Comercial Importadora e Exportadora Ltda, foi suspenso por apresentar BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e por não se enquadrar em nenhuma das classificações previstas pela agência.
 
Já o Suplemento de Cafeína para atletas, marca ALERT 8-HOUR-MHP, fabricado por Maximum Human Performance Inc. e importado por Macroex Comercial Importadora e Exportadora Ltda, foi suspenso por conter taurina em sua composição.
 
O produto Carnivor, fabricado por MuscleMeds e distribuído por Nutrition Import Comércio Atacadista de Suplemento Ltda, foi suspenso por apresentar teores de vitamina B12 e B6 acima da ingestão diária recomendada e por apresentar as substâncias glutamina alfa-cetoglutarato (GKC), ornitina alfa-cetoglutarato (OKG), alfa-cetoisocaproato (KIC), que não foram avaliadas quanto à segurança de consumo como alimentos.
 
Por fim, o produto Probolic-SR-MHP, fabricado por Maximum Human Performance Inc. e importado por Commar Comércio Internacional Ltda, foi suspenso por não haver comprovação de segurança de uso.

Agência Brasil

Taxa de mortes por câncer é 50% maior entre os homens, aponta pesquisa

Taxa de mortes por câncer é 50% maior entre os homens, aponta pesquisa divulgação/stock xchng
Foto:            Divulgação / stock xchng
Dados divulgados pelo Cancer Research UK revelam que mais de 4,6 milhões de homens morrem por causa da doença a cada ano
 
As taxas globais de morte por câncer são 50% maiores em homens do que em mulheres, de acordo com dados divulgados pelo Cancer Research UK. As estatísticas revelam que mais de 4,6 milhões de homens morrem por causa da doença a cada ano — o equivalente a 126 homens em cada 100 mil. No universo feminino, 82 mulheres em cada 100 mil acabam falecendo vítimas da doença.
 
O número total de mortes por câncer no mundo fica além dos oito milhões a cada ano. Os tipos mais comuns são os cânceres de pulmão, fígado, estômago e intestino, que juntos são responsáveis por quase metade de todas as mortes pela doença no mundo todo.
 
Há uma grande variação nas taxas de mortalidade dos homens, que são mais altas da Europa Central e Oriental. A África Oriental tem as mais altas taxas de mortalidade para as mulheres e é uma das poucas áreas onde estas são maiores do que as dos homens.
 
Os números também mostram que, a cada ano, mais de 14 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com câncer, com os homens com probabilidade 24% de serem diagnosticados com a patologia.
 
— O contraste entre as taxas de morte por câncer entre os sexos pode ser devido aos diagnósticos dos tipos de cânceres que são mais difíceis de tratar nos homens, como o da bexiga, fígado, pulmão e do esôfago— afirma o diretor de estatísticas da instituição, Nick Ormiston-Smith.
 
A idade é o maior fator de risco para desenvolver a maioria dos tipos de câncer e, como a expectativa de vida mundial aumentando, a tendência é acompanhar mais pessoas diagnosticadas com a doença.
 
O estilo de vida também desempenha um papel importante nesse aspecto. No mundo, o consumo de tabaco foi responsável por cerca de 100 milhões de mortes no século passado. O tabagismo é, de longe, a principal causa evitável de câncer no mundo.
 
— É vital que os governos ao redor do mundo combatam essas desigualdades— diz o chefe executivo da organização, Harpal Kumar.

Zero Hora

Solidão extrema pode aumentar em 14% as chances de morte entre idosos

Solidão extrema pode aumentar em 14% as chances de morte entre idosos  Reprodução/ANSA
Foto: Reprodução / ANSA
Interrupção do sono e elevação da pressão arterial são
alguns sintomas desencadeados
Segundo pesquisa, impacto de sentir-se isolado é tão forte quanto o da obesidade para a saúde dos mais velhos
 
Sentir solidão extrema pode aumentar em até 14% as chances de morte prematura em uma pessoa mais velha, de acordo com pesquisa realizada pelo professor de psicologia da University of Chicago, John Cacioppo.
 
O estudo mostra que o impacto da solidão na morte prematura é quase tão forte quanto o impacto da situação socioeconômica desfavorecida, a qual aumenta em 19% as chances de morte prematura.
 
Uma análise de 2010 mostrou que a solidão tem o mesmo impacto sobre a morte precoce que a obesidade.
 
Os cientistas analisaram as diferenças significativas na taxa de declínio da saúde física e mental a partir do envelhecimento. A equipe examinou o papel de satisfazer as relações sobre as pessoas idosas no desenvolvimento da resiliência, a capacidade de se recuperar após adversidades.
 
As conseqüências para a saúde são enormes. Sentir-se isolado dos outros pode interromper o sono, elevar a pressão arterial, aumentar os níveis do hormônio do estresse pela manhã — o cortisol —, alterar a expressão genética em células do sistema imunológico e aumentar a depressão.
 
Pessoas mais velhas podem evitar as consequências de solidão ao ficar em contato com os ex-colegas de trabalho, participando de tradições familiares, e compartilhando bons momentos com a família e amigos. Tudo o que der a oportunidade de se conectar a outros com as quais elas se importam é bem-vindo.
 
— Estamos passando por um tsunami demográfico. A geração dos baby boomers está atingindo a idade da aposentadoria. A cada dia, entre 2011 e 2030, uma média de 10 mil pessoas atingem os 65 anos. As pessoas têm que pensar sobre como proteger-se de depressão e da mortalidade precoce— afirma o professor.
 
Embora alguns sejam felizes sozinhos, a maioria das pessoas prospera a partir de situações sociais em que elas fornecem apoio mútuo e desenvolvem relações fortes. A evolução encorajou as pessoas a trabalhar em conjunto para sobreviver e, portanto, a maioria gosta mais de companhia do que de estar sozinho.
 
Cacioppo identificou ainda três dimensões essenciais para as conexões entre as pessoas:
- relacionamentos íntimos saudáveis, quando você tem alguém em sua vida que sabe exatamente quem você é; conexão relacional, pessoas com quem você tem contatos cara a cara que são gratificantes; e conexão coletiva, que vem da sensação de fazer parte de um grupo ou coletivo.
 
Pessoas mais velhas que vivem sozinhas não são necessariamente solitárias se permanecerem socialmente engajadas e desfrutarem da companhia dos que os rodeiam. Alguns aspectos do envelhecimento, tais como cegueira e perda de audição, no entanto, colocam as pessoas em um risco especial para tornarem-se isoladas e solitárias.
 
Zero Hora

Crianças obesas têm mais chances de manter a má condição de saúde

arquivo stockxpert
Situação pode ocorrer devido à falta de campanhas na fase
escolar contra obesidade
Etnia e renda familiar são fatores que influenciam fortemente
 
Nova York, EUA. Um estudo publicado no “New England Journal of Medicine”, com mais de 7.000 crianças dos Estados Unidos, revelou que um terço dos menores que estavam acima do peso adequado no jardim de infância eram obesos quando chegaram à oitava série.
 
Além disso, uma criança que é obesa no jardim de infância tem risco quatro vezes maior de ser obesa na adolescência do que uma criança com peso normal. “A mensagem principal é que a obesidade se estabelece muito cedo na vida e continua na adolescência e na idade adulta”, afirmou ao jornal “The New York Times” Ruth Loos, professora de medicina preventiva da Icahn School of Medicine, em Nova York, que não esteve envolvida com a pesquisa.
 
O resultado surgiu a partir da análise de um estudo que acompanhou crianças dos 5 aos 14 anos. Segundo os autores, os dados podem ajudar a reformular iniciativas de combate à obesidade infantil e sugerem que os esforços devem começar mais cedo.
 
Causas. Os resultados não explicam por que isso acontece. Predisposições genéticas e ambientes que estimulem as crianças a comerem mais são algumas das razões apontadas por especialistas. O estudo, porém, ajuda a explicar por que muitos dos esforços feitos para que as crianças percam peso muitas vezes não surtem efeitos.
 
A resposta pode estar no fato de que muitas campanhas de combate à obesidade hoje têm como foco crianças em idade escolar, em vez de começarem antes, em crianças do jardim de infância e já com problemas de peso.
 
Estudos anteriores já relacionavam a obesidade à idade de crianças, mas não mostravam se e como o peso delas mudava com o tempo. Embora importantes para entender a obesidade infantil, as pesquisas não indicavam como a doença se desenvolve.
 
“É quase como se o estudo dissesse que, caso você consiga chegar ao jardim de infância sem aumento de peso, as chances de você não se tornar obeso são maiores”, explicou ao “NYT” Jeffrey P. Koplan, vice-presidente do Emory Global Health Institute.
 
O levantamento acompanhou 7.738 crianças norte-americanas. Ao longo do estudo, pesquisadores mediram a altura e o peso dos participantes sete vezes.
 
Quando as crianças entraram no jardim de infância, 12,4% eram obesas. Na oitava série, esse índice era de 20,8%. Metade das crianças que eram obesas aos cinco anos permaneceu obesa quando chegou à oitava série e grande parte das crianças que eram muito obesas continuou assim aos 14 anos. Etnia e renda familiar foram variáveis importantes – crianças hispânicas e com renda menor tinham risco mais alto de serem obesas.
 
iG Minas

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Ocorrência de pintas é sinal de desordem no maior órgão do corpo humano

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Ocorrência de pintas é sinal de desordem no maior órgão
 do corpo humano
Segundo especialistas, até as de nascença precisam ser observadas regularmente como forma de prevenção a cânceres
 
Belo Horizonte — Nevos, do latim, defeito. Ou seja, antes de achar uma pinta (nevo, como dizem os médicos) charmosa, tenha bem claro que ela é um alerta sobre uma deformidade, uma malformação.
 
Apesar de a maioria ser realmente uma vantagem estética — basta pensar em Cindy Crawford e Marilyn Monroe —, Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), avisa:
 
“Há chances de ter vários tipos de defeito. A mancha vermelha no rosto, o hemangioma, é um nevo vascular, defeito da célula do vaso. Há falhas de outros tipos de células, manchas de cores diferentes, mas as que mais preocupam são os nevos melanocíticos, que são as pintas escuras”.
 
Os nevos escuros podem ser congênitos e adquiridos. Os primeiros estão presentes ao nascer ou próximo do nascimento. “Trata-se de uma fatalidade. Não é genético, mas um defeito intrauterino.
 
De tamanhos variáveis, podem ser pequenos, médios e grandes. O grande, como se fosse um calção de banho, é raríssimo. O médio, de 3cm a 20cm, também é considerado raro. Os pequenos são mais comuns e 5% nascem com esse tipo.
 
A maior incidência são os menores, de 3cm ou menos.”
 
Correio Braziliense

USP estuda os riscos de toxinas nocivas ao homem se acumularem em vegetais

Mudas de alface usadas no projeto da Esalq/USP: objetivo é medir o nível de toxinas e o tempo que seria necessário para desintoxicá-las  (Esalq/USP/Divulgação )
Foto: Reprodução
O objetivo é contribuir para ações que tornem o consumo das folhas mais seguro
 
Belo HorizonteEm 1996, mais de 50 pessoas morreram na cidade de Caruaru (PE) devido ao consumo de água contaminada com uma toxina chamada microcistina.

Estudos mostram ainda que pequenas quantidades de toxinas de cianobactérias que agem no cérebro e no sistema nervoso em geral, se ingeridas a longo prazo, podem causar doenças neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson e a de Alzheimer.
 
Em São Paulo, um grupo de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/ USP) vem investigando a bioacumulação — fenômeno pelo qual determinados compostos vão aumentando sua concentração nos organismos vivos ao longo das cadeias alimentares — e a desintoxicação nos tecidos foliares de hortaliças, como a alface e a rúcula. O objetivo é fornecer base para uma maior vigilância quanto ao controle de qualidade de alimentos vegetais e prevenir riscos de intoxicação alimentar humana.
 
O projeto, coordenado pela professora Maria do Carmo Bittencourt de Oliveira, do Departamento de Ciências Biológicas da Esalq, é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
 
A doutoranda Micheline Kézia Cordeiro de Araújo também está à frente do programa. “Os estudos com alface e rúcula têm previsão de duração até 2015, mas, neste ano, novos resultados estarão disponíveis. Posteriormente, pretendemos estender os estudos a outros vegetais, para que, com dados mais conclusivos, podermos alertar as autoridades competentes”, revela Oliveira.

Correio Braziliense

Cientistas do Brasil avançam em testes para obter vacina contra o HIV

Foto: Reprodução
Experimentos feitos com macacos apresentaram resultados promissores. Foco é obter vacina que proteja humanos que contraírem o vírus da Aids
 
Pesquisadores brasileiros deram mais um passo para a obtenção de uma vacina anti-HIV.
 
Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) testaram em primatas uma vacina com 18 fragmentos do HIV (causador da Aids) e constataram que o sistema imunológico dos primatas – parecido com o dos humanos – conseguiu se fortalecer para combater o vírus.
 
Segundo o pesquisador Edécio Cunha-Neto, do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração, ligado à USP, o resultado é considerado positivo, pois se mostrou mais eficaz  que os experimentos feitos com camundongos que tiveram o DNA modificado para imunologia similar à dos seres humanos.
 
“A pior e a melhor respostas obtidas nos testes com macacos foram de quatro a dez vezes maiores que os resultados com os camundongos”, disse o especialista ao G1.
 
Na prática, o sistema imunológico dos primatas, mais parecido com o dos humanos, ficou mais fortalecido para combater o vírus da Aids em caso de contaminação.
 
O objetivo dos pesquisadores é chegar o mais próximo da realidade humana, até que os testes clínicos com pessoas, previstos para começar em três anos, tenham início.
 
Projeto de longo prazo
O desenvolvimento desta vacina começou em 2002 e se baseia premissas jamais pesquisadas no mundo. O imunizante contido nela, batizado de HIVBr18, foi desenvolvido e patenteado pela USP.
 
Para criá-la, os pesquisadores resolveram identificar fragmentos do HIV que pudessem desencadear uma reação ao vírus no corpo humano, por meio de um software. Foram encontrados 18 e todos eles foram embutidos na vacina de DNA.
 
Em testes feitos com camundongos, e agora com os macacos, esses fragmentos, chamados de peptídeos, se mostraram eficazes em gerar uma reação para combater o vírus HIV.
 
A próxima etapa dos testes deve acontecer com outros 28 primatas ao longo de 24 meses. Eles serão divididos em quatro grupos e receberão duas ou três doses da vacina, com diferentes combinações de três vetores virais (adenovírus 68, que causa resfriados em chimpanzés; vírus da vacina da febre amarela e um derivado da vacina da varíola).
 
A equipe acredita que os fragmentos de HIV contidos na vacina já sejam suficientes para o hospedeiro (macaco) combater uma infecção.
 
G1

O ar seco pode aumentar a chance de infarto ou derrame?

Névoa seca cobre o céu de Goiânia, GO
Foto: Handerson Pancieri/TV Anhanguera
Névoa seca cobre o céu de Goiânia, GO
Nos dias mais secos, há um aumento de aproximadamente 40% nas consultas hospitalares. Pesquisas coordenadas pelo Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo apontam que quando o clima está mais seco, uma média de 8 idosos morrem a mais por dia. Por várias causas, não só por problemas respiratórios.
 
A incidência de doenças cardiovasculares, especialmente infartos, derrames e tromboses também aumenta de forma importante. Entender as causas é fundamental para executar medidas preventivas. E com certeza há medidas simples que podem evitar, de forma bastante eficiente, os efeitos de um clima seco e adverso para a saúde.

A umidade relativa do ar ideal para o organismo situa-se ao redor de 60%. Podemos perguntar: por que a quantidade de água suspensa no ar é tão importante para a saúde? Vamos entender: em dias quentes, para regular a temperatura do corpo - que deve ser constante, ao redor de 36,5ºC - a pele abre os poros permitindo maior transpiração e, portanto, maior perda de calor e água. Suamos mais. Por outro lado, sabemos que a água é vital para o corpo humano.
 
Cada célula precisa estar adequadamente hidratada para exercer suas funções. Nos dias muito secos, quando a umidade do ar está menor que 30%, a água “sai” do corpo muito mais facilmente, através da pele e das mucosas expostas – como a mucosa do olho e a respiratória - para o meio externo. Funciona como se o ar muito seco “sugasse” mais facilmente a água do corpo para o ambiente. Portanto, perdemos uma quantidade MUITO maior de água. Se esta água não for adequadamente reposta, o sangue também se “desidrata”, ficando mais “espesso”.

Duas consequências importantes imediatamente decorrem:

1. Aumenta a chance de infecções oculares e respiratórias
A falta de água nas células provoca um processo inflamatório no local e com isso a chance de infecções aumenta consideravelmente. Na prática observamos olhos vermelhos, ressecados, ardendo, irritados, com mais chance de conjuntivite. Nas vias respiratórias pode ocorrer dor de garganta, tosse, e maior probabilidade de bronquite, sinusite, faringite, laringite e tantas outras afecções. A baixa umidade do ar concentra partículas e poluentes ambientais, causando dias mais poluídos. O resultado é que aspiramos uma quantidade maior de gases e partículas que podem exacerbar crises de asma e broncoespasmo ou penetrar na circulação levando a processos inflamatórios ou alérgicos em várias regiões.

2. Aumenta a possibilidade de doenças cardiovasculares como pressão alta, infartos, derrames ou trombose
O sangue também sofre efeitos do clima seco. Fica com menor concentração de água. Isso significa que fica mais “grosso”. Essa alteração na consistência sanguínea pode, mais facilmente, provocar o entupimento de vasos, levando ao infarto agudo ou a um derrame. A chance de coagulação do sangue também aumenta, favorecendo o aparecimento de trombos, que são como se fossem umas “pedrinhas” que se formam nos vasos sanguíneos e obstruem a passagem de sangue para uma determinada região. Se a região acometida for vital, como o pulmão, por exemplo, um trombo pode ser fatal. Também pode ocorrer aumento da pressão arterial com todos os seus efeitos deletérios na saúde.

Por isso água é vital para o corpo humano. Dias secos nos tiram esse “nutriente” absolutamente essencial. Portanto, para minimizar os efeitos adversos da baixa umidade do ar basta uma ação concreta e eficiente: hidratar-se. Isso significa também hidratar o corpo e as mucosas. Vamos ver como fazer isso:

1. Para hidratar o corpo: tome mais água que o habitual. Ande com uma garrafinha na bolsa ou na mochila. Coloque uma jarra de água em vários cantinhos da sua casa. Assim você vai poder tomar água com maior frequência, onde estiver. Tome água no mínimo a cada hora. Lembre-se de oferecer mais água à crianças e idosos. Faz toda diferença!

2. Para hidratar as mucosas expostas: aplique soro fisiológico no nariz pelo menos 3 vezes ao dia e hidrate o ambiente. Uma das formas mais eficazes é colocar uma – ou mais de uma, dependendo do local -  toalha de banho molhada e aberta em cima de uma cadeira no ambiente em que você estiver. Na sala ou no quarto. A superfície da toalha de banho é grande o suficiente para proporcionar mais umidade ao ambiente.

G1

Por que mesmo cansados não conseguimos dormir no calor?

Foto: Reprodução
Este verão registra as temperaturas mais elevadas dos últimos 74 anos. Mas, por mais que os termômetros variem, a temperatura interna tem que ser constante e perfeita para o funcionamento dos órgãos. Então, quando está muito calor, o corpo se defende. Como? "Jogando” o calor para o ambiente.

E como isto acontece? Entenda! Durante o dia, nossas células trabalham ativamente, principalmente os neurônios, que são as células cerebrais. À noite, estas células precisam se “recompor” e se “reorganizar” para enfrentar o novo dia. Mais ou menos como a cozinha de uma casa em que se faz café da manhã, almoço e jantar. Dali saem os alimentos prontos para o consumo, e ali ficam o lixo: embalagens, restos... que precisam ser descartados. Além disso, é preciso organizar a bagunça da pia para que no dia seguinte esteja tudo em ordem para começar de novo. O nosso sono é como se fosse este "faxineiro” que garante a limpeza e a reorganização do local.

O sono normal tem 4 fases: 1, 2, 3 e fase REM (que quer dizer “movimento rápido dos olhos”).

Fase 1 - O sono chegou. Nesta fase fechamos os olhos. Surge um hormônio chamado melatonina – que é liberado principalmente com a ajuda do “escuro”. Portanto! Apague as luzes! Neste momento também é importante que a temperatura ambiente esteja mais baixa, pois isto prepara o corpo para a fase seguinte.

Fase 2 - Nesta fase pegamos no sono e estamos dormindo. Os músculos relaxam. A temperatura corporal diminui e os batimentos cardíacos e a respiração desaceleram. Economizamos energia. O hormônio de crescimento  é liberado e isto aumenta a massa muscular.

Fase 3 - O sono fica mais profundo. A economia de energia é maior: o coração bate mais devagar ainda e a respiração fica mais leve. O metabolismo do corpo fica lento, muito lento!

Sono REM - É a fase mais profunda do sono. É quando sonhamos. É neste momento que acontece toda a “recuperação” do trabalho celular. Graças a esta fase é que nosso cérebro assimila o que aprendemos durante o dia. Nossa memória se organiza. E se isto é essencial para todos imagine para quem estuda e tem muitos conhecimentos para armazenar. Agora, se o sonho é muito intenso e vira um pesadelo, por exemplo, o corpo libera adrenalina. Aí o coração e a respiração aceleram.

As fases 1, 2, 3 e REM compõem o que chamamos de “ciclo de sono”.  Cada ciclo dura mais ou menos de 1 hora e meia a duas horas. Exatamente assim: dormimos, relaxamos, desaceleramos e sonhamos. Depois superficializamos o sono, damos uma viradinha na cama e... dormimos, relaxamos, desaceleramos e sonhamos... Tudo de novo! Uma noite bem dormida deve ter de 4 a 6 ciclos.

No calor, podemos estar exaustos e até dormir. Mas a temperatura ambiente muito alta dificulta as fases 2 e 3, que são as de relaxamento. O corpo fica trabalhando para colocar o calor para fora! E sem passar pelas fases 2 e 3, fica difícil alcançar o sono REM que é essencial para o descanso completo. Consequência:   sem “afundar” no sono, não sonhamos e, no dia seguinte, ficamos mais cansados, com pensamentos embaralhados, falta de concentração, e às vezes até dor muscular. Naturalmente, acordamos com mau humor.

Tomar um banho frio ajuda a “esfriar” o corpo antes de dormir. Lençóis frescos também favorecem que a temperatura externa fique mais baixa.

Areje e refresque-se! Seu corpo e sua cabeça agradecem!
 
G1

Beber água aumenta a sensação de saciedade e pode ajudar a emagrecer

Além de auxiliar na perda de peso, ela traz muitos benefícios para a saúde
 
Beber água é fundamental para a saúde e, além de trazer diversos benefícios e manter o corpo hidratado, pode ajudar também na perda de peso.
 
Como explicou o endocrinologista Alfredo Halpern no Bem Estar desta segunda-feira, (17), estudos mostram que beber água antes das refeições, por exemplo, ajuda a emagrecer já que ela distende o estômago, aumentando a sensação de saciedade e diminuindo a fome. Além disso, a água gelada antes das refeições faz o corpo trabalhar mais e ajuda ainda a queimar mais calorias, como lembrou o médico.
 
Fora isso, a água é importante também para prevenir problemas, como pedra nos rins, prisão de ventre e desidratação, como lembrou o fisiologista do esporte Paulo Correia.
 
No entanto, mesmo com esses riscos, tem gente que não bebe de jeito nenhum, como é o caso da coordenadora escolar Nilza Cardana Sinésio, de São Paulo - por achar que a bebida tem gosto ruim, ela evita ao máximo.
 
Além de beber pouca água no dia a dia, a Nilza bebe pouco líquido de maneira geral - em um dia, ela ingere cerca de 650 ml de líquido, mas aumenta essa quantidade para 1.350 ml quando vai para a academia, por exemplo.
 
Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, a recomendação era ingerir 2 litros de água por dia, mas o Ministério da Saúde publicou um novo guia alimentar com a orientação de que a quantia pode variar de pessoa para pessoa, de acordo com o peso, idade e rotina.
 
De maneira geral, porém, para avaliar se o corpo está ou não recebendo água suficiente, a dica é observar a cor da urina - se ela estiver muito amarelada e escura, por exemplo, pode ser que o corpo precise de mais água. Os especialistas alertam, no entanto, que a primeira urina do dia é sempre mais concentrada, o que não significa que o corpo esteja desidratado. Por isso, é importante observar as mudanças ao longo do dia.
 
O fisiologista Paulo Correia explica ainda que quem não bebe muita água não deve começar a ingerir tudo de uma vez só - da mesma maneira que a recomendação é comer pouco várias vezes ao dia, é ideal beber água várias vezes ao dia em pouca quantidade.
 
Para hidratar mais o corpo, é possível ainda ingerir mais frutas, mas sem deixar de beber água - frutas como melão, melancia, laranja e abacaxi, por exemplo, são ricas em água, como explicou o endocrinologista Alfredo Halpern. Fora isso, legumes como brócolis, berinjela, alface e pepino também têm água e fazem bem para a saúde.
 
Apesar de algumas frutas e legumes também hidratarem, eles não são as escolhas das pessoas na hora da sede.
 
Na enquete feita no site do Bem Estar, a grande maioria dos internautas, 93%, disse que escolhe a água natural na hora da sede. O endocrinologista Alfredo Halpern alerta ainda que as bebidas aromatizadas têm calorias, ao contrário da água natural e com gás, que não têm.

G1

Ministério publica penalidades para ausências no Mais Médicos

Punições vão de advertências, para ausências até dois dias úteis, ao desligamento do programa
 
Resolução do Ministério da Saúde publicada nesta quinta-feira (13) no Diário Oficial da União dispõe sobre a aplicação de penalidades no caso de ausência injustificada das atividades do Programa Mais Médicos.
 
O texto prevê a aplicação de advertência, em casos de ausência por períodos de quatro horas a dois dias úteis, e o desligamento do profissional de saúde que se ausentar por mais de dois dias ou que tenha recebido três advertências.
 
A notificação será feita por e-mail e, caso não haja defesa, a penalidade será publicada no Diário Oficial.
 
SaudeWeb

Maioria dos médicos que tratam HIV tem relações com indústria farmacêutica

Foto: Reprodução
Professor Mário Scheffer, da FMUSP, defende maior divulgação das diretrizes do Ministério da Saúde para orientar profissionais
 
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) com 300 médicos de pacientes com o vírus HIV no Estado de São Paulo revela que 64% desses profissionais de saúde tiveram alguma relação com empresas farmacêuticas.

O estudo do professor Mário Scheffer analisou a interação entre médicos e empresas produtoras de medicamentos antirretrovirais (ARVs) no contexto de uma política pública universal de tratamento do HIV e da aids. O pesquisador defende maior divulgação das diretrizes clínicas do Ministério da Saúde para orientar os médicos de forma mais adequada na escolha dos medicamentos.
 
O trabalho é descrito em artigo publicado na revista São Paulo Medical Journal, editada pela Associação Paulista de Medicina. Foram realizadas entrevistas estruturadas, por meio telefônico, em amostra probabilística de 300 médicos de uma população de 2.361 profissionais que assistem pacientes com HIV e aids no Estado de São Paulo.
 
“Aproximadamente 218.000 pessoas estavam em tratamento com ARVs na rede pública de saúde no Brasil no final de 2013 e, em média, são identificados 38.000 novos casos de infecção pelo HIV por ano, o que gera aumento progressivo do número de pessoas que passarão a receber ARVs”, afirma o professor do Departamento de Medicina Preventiva. “Em 2013 foi lançada nova política que prevê a antecipação do tratamento. Calcula-se que pelo menos mais 100.000 pacientes iniciem tratamento.”
 
De acordo com Scheffer, o programa público brasileiro de tratamento da aids deve considerar o potencial de influência das empresas farmacêuticas na prescrição dos médicos. “Isto é ainda mais necessário em um momento de ampliação do uso de antirretrovirais, com a política de antecipação do tratamento para todos as pessoas diagnosticadas HIV-positivas e diante do potencial uso dos medicamentos na prevenção (profilaxia pré e pós exposição)”, ressalta.
 
O grande consumo de ARVs no Brasil, inserido em uma política pública de acesso universal, faz com as empresas farmacêuticas acionem as mais variadas estratégias de promoção, atividades informativas e de persuasão com o objetivo de induzir à prescrição, dispensação, aquisição pelo poder público e utilização de seus medicamentos. “Neste sentido, o médico prescritor de ARV, que conta com o auxílio de diretrizes clínicas produzidas pelo programa governamental, mas também goza de autonomia profissional no momento da prescrição, passa a ser alvo prioritário do marketing promocional das empresas”, afirma o professor da FMUSP.
 
Relacionamento
Cerca de dois terços (64%) dos médicos que prescrevem ARVs declararam que tiveram alguma relação com empresas farmacêuticas, sendo mais frequentes o recebimento de publicações (54%), visita de propagandistas (51%) e de objetos de pequeno valor (47%). Com menor expressividade, declararam receber almoços ou jantares (27%), viagens para congressos nacionais (17%) e internacionais (7%), convites para participar ou conduzir pesquisa clínica (15%).
 
“A oferta e o recebimento de benefícios são mais expressivos conforme aumenta o tempo de experiência do médico com o tratamento de HIV e aids, o volume de pacientes e a idade”, conta o pesquisador. “Também são mais significativos entre os médicos especialistas em infectologia.”
 
No Brasil os medicamentos ARVs não são comercializados no mercado, integram um programa público de distribuição gratuita no SUS e estão inseridos em diretrizes clínicas atualizadas periodicamente e aceitas pela comunidade médica. “Por outro lado, os ARVs dependem de prescrição médica, vários desses medicamentos concorrem na mesma indicação terapêutica e constantemente são lançados novos produtos de marca patenteados, fazendo com que as empresas produtoras lancem mão de todos os recursos disponíveis para a conquista do mercado”, diz Scheffer.
 
O professor ressalta que no Brasil é incipiente o debate sobre os valores éticos que permeiam a relação entre os médicos e as empresas que fabricam e comercializam medicamentos. “Também são tímidas as iniciativas na direção do aprimoramento da regulação da interação entre prescritores e indústria farmacêutica. O Código de Ética Médica, atualizado em 2010, as resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são insuficientes”, alerta.
 
“A maior divulgação e implementação das diretrizes clínicas do Ministério da Saúde para prescrição de ARVs é um dos caminhos para a garantia de que os médicos tomarão decisões exclusivamente de acordo com as credenciais científicas dos medicamentos, as recomendações padronizadas por um programa de saúde pública e as necessidades de saúde do paciente”, conclui Scheffer. O trabalho foi realizado no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na modalidade Auxílio à Pesquisa.
 
SaudeWeb

19 milhões receberam remédios de graça em três anos

Foto: Reprodução
Meta do governo de atingir 1.377 municípios de extrema pobreza até 2014 foi superada, informou o Ministério da Saúde
 
No aniversário de três anos do início da ação Saúde Não Tem Preço, nesta sexta-feira (14), o Ministério da Saúde informou que 19,4 milhões de brasileiros receberam remédios gratuitos para asma, hipertensão e diabetes em 4.119 cidades, e 30.146 farmácias públicas ou privadas aderiram à ação. Desses municípios, 1.464 são de extrema pobreza e estão inseridos na estratégia de subsidiar os medicamentos em drogarias particulares, complementando os pontos de retirada de itens que já eram ofertados de graça nos postos de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
O número de municípios mais carentes do país contemplados supera a meta traçada pelo governo federal de alcançar 1.377 municípios de extrema pobreza até 2014. Quando o Saúde Não Tem Preço foi lançado, em 2011, havia 578 municípios com este perfil contemplados.
 
Desde a criação da Saúde Não Tem Preço, o número de pessoas beneficiadas pelo programa Farmácia Popular cresceu quase seis vezes – um salto de 450% –, passando de 1,2 milhão em janeiro de 2011 para 6,9 milhões em janeiro de 2014.
 
Do total de 19,4 milhões de pessoas beneficiadas, 18,2 milhões retiraram medicamentos de graça para hipertensão arterial e diabetes. O número de diabéticos e hipertensos beneficiados pela ação passou de 853 mil em janeiro de 2011 para 5,9 milhões em janeiro de 2014. Desde junho de 2012 o governo federal distribui gratuitamente três medicamentos para asma, beneficiando 1,2 milhões de pessoas.
 
O número de estabelecimentos privados credenciadas mais do que dobrou em três anos – eram 14 mil em 2011, para 29,6 mil em janeiro 2014. Em todo o País, são 30.146 farmácias, entre públicas (rede própria administrada pelo governo) e particulares credenciadas, que distribuem os medicamentos.
 
O Saúde Não Tem Preço faz parte do programa Farmácia Popular, criado em 2004 inicialmente com farmácias montadas pelo governo para distribuir medicamentos com até 90% de desconto. Só a partir de 2006 foram incluídas no programa farmácias da rede privada, que passaram a ofertar produtos até 90% subsidiados pelo governo federal.
 
Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 3,9 bilhões no programa Farmácia Popular. Foram R$ 774 milhões em 2011, R$ 1,3 bilhão em 2012 e 1,9 bilhão em 2013. O orçamento para 2014 é cerca de R$ 2,6 bilhões.
 
* com informações da Agência Saúde, ligada ao Ministério da Saúde
 
SaudeWeb

CFM entra na Justiça contra restrição ao acesso à mamografia

CFM entra na Justiça contra restrição ao acesso à mamografia
Entidade espera que a Justiça determina à União, no âmbito do SUS, que garanta o acesso ao exame de mamografia bilateral em todos os Estados às pessoas a partir dos 40 anos de idade
 
O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou nesta sexta-feira (14), na Justiça Federal, em Brasília, com uma ação civil pública contra a União em defesa da ampliação do acesso das mulheres aos exames de prevenção e de diagnóstico do câncer de mama. O questionamento tem como foco a portaria do Ministério da Saúde (nº 1.253, de 12 de novembro de 2013), que garante o custeio dos procedimentos de mamografia bilateral para rastreamento somente executado em mulheres com idades entre 50 a 69 anos.
 
Por meio da concessão da tutela antecipada, o CFM espera que a Justiça determina à União, no âmbito do SUS, que garanta o acesso ao exame de mamografia bilateral em todos os Estados às pessoas a partir dos 40 anos de idade. O pedido do Conselho contesta a decisão do Ministério da Saúde, que, com seu ato, não inclui mulheres abaixo dos 50 anos, que teriam garantido o direito apenas à mamografia unilateral.
 
Para o CFM, a Portaria do Ministério da Saúde conflita com as determinações da lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008.
 
“A exclusão das mulheres dessa faixa etária, até 49 anos, de realizarem mamografia diagnóstica no SUS, nada mais é do que um retrocesso social, ferindo um dos Princípios Constitucionalmente protegidos. A proteção dos direitos sociais deve considerar o direito adquirido e combater as medidas restritivas aos direitos fundamentais, preservando todas as conquistas existentes”, ressaltou o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital.
 
Agressão à legislação
Pela lei, as ações de saúde relacionadas ao combate e tratamento dos cânceres do colo uterino e de mama são asseguradas, em todo o território nacional, nos termos desta Lei, ficando o SUS obrigado a oferecer a assistência integral à saúde da mulher, incluindo amplo trabalho informativo e educativo sobre a prevenção, a detecção, o tratamento e controle, ou seguimento pós-tratamento, das doenças. A norma ainda explicita que o exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos deve ser assegurado.
 
No entendimento do CFM, o Ministério da Saúde agrediu a lei e expôs as mulheres mais jovens a situação de risco, limitando o acesso à mamografia bilateral. Recentemente, em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Conselho Federal divulgou nota de repúdio às mudanças implementadas pelo Ministério.
 
Indicadores
O câncer de mama é a mais frequente e principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e no mundo. A mamografia é o principal exame para detectá-lo precocemente. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 57 mil novos casos sejam diagnosticados no país em 2014. De forma geral, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem ressaltado a necessidade de prevenção às neoplasias, doença que deve atingir 24 milhões de pessoas até 2035.
 
Para a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia, há estudos regionais que comprovam grande incidência desse tipo de câncer em mulheres de 40 a 49 anos. Na nota divulgada, as entidades argumentam que “diante do subfinanciamento da saúde no Brasil, com a diminuição progressiva da participação da União no custeio do SUS e consequente oneração dos municípios, na prática, a portaria 1.243/13 nega às mulheres com até 49 anos a prevenção e o tratamento precoce do câncer de mama”.
 
A incidência global do câncer de mama aumenta progressivamente. De 641.000 casos, em 1980, passou para 1.643.000, em 2010, sendo responsável por 27% dos novos casos de câncer diagnosticados em mulheres. Desse total, cerca de dois terços ocorreram em mulheres acima de 50 anos, principalmente nos países desenvolvidos. Já nas mulheres abaixo dos 50 anos (entre 15 e 49 anos), a incidência de câncer de mama foi duas vezes maior nos países em desenvolvimento, conforme dados da Comissão Nacional de Mamografia. Estando o Brasil no grupo de países em desenvolvimento, a população abaixo dos 50 anos está ainda mais exposta ao risco.
 
No Brasil, de acordo com o Inca, a mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos preconizados para o rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher. O Instituto de Câncer (Inca) recomenda que o exame seja feito a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica. O Inca calcula que câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano.
 
Se diagnosticado e tratado precocemente, os resultados são razoavelmente bons. Antes dos 35 anos, a doença é relativamente rara. Acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Em 2010, no Brasil, morreram 12.705 mulheres e 147 homens em decorrência do câncer de mama. Em 2011, foram 13.225 mortes pela doença.
 
A mamografia é o único método de rastreamento que demonstrou ser capaz de promover uma redução absoluta da mortalidade nos casos de câncer de mama (em torno de 50%). Apesar de a incidência ser menor nas mulheres com menos de 49 anos, os tumores têm crescimento rápido.
 
Pesquisas internacionais concluíram que quase 20% das mortes por câncer de mama e 34% dos anos de expectativa de vida perdidos por câncer de mama ocorreram em mulheres abaixo de 50 anos.
 
Resposta ao Ministério
Após a entrada na Justiça, o Ministério da Saúde divulgou nota onde insinua que a ação se baseia em falsas informações, sem lastro científico. O CFM rebateu os comentários e afirmou, por meio de comunicado à imprensa, onde repudia o posicionamento do Governo ao questionar decisões tomadas que têm trazido prejuízos às mulheres nos campos da prevenção e do diagnostico precoce do câncer de mama.
 
Para o CFM, se esta Portaria for mantida, “será inevitável o aumento de mortes e de retirada de seios (mastectomias) que poderiam ser evitadas”. Diante dos comentários indevidos do Ministério da Saúde, o CFM reitera sua indignação pelos equívocos cometidos e estuda a adoção de outras medidas judiciais cabíveis.
 
Fonte: Com informações do CFM

SaudeWeb

Infraestrutura hospitalar é maior desafio polonês

Foto: Reprodução
Modernização, melhor acesso e maior equilíbrio entre público e privado também são desafios prementes do país europeu
 
Uma certa imunidade aos impactos da recente crise mundial, crescimento médio anual de 4,8% do PIB e o aumento nas exportações de 113% (125 bilhões de euros) em 2011, quando comparado com 2010, fazem da Polônia um atrativo mercado para investidores. De acordo com dados do ministério da economia, o país conta com apoio de cerca de 67 bilhões de euros do orçamento da União Europeia até 2015, além de possuir uma rede de fundos de empréstimos composta por 70 instituições, com capital estipulado em R$ 1 bilhão.
 
Neste contexto econômico favorável está a indústria de equipamentos médico-hospitalares, alcançando a soma de US$ 1,2 bilhões em 2010, 5% maior do que o ano anterior. A previsão da agência PMR Publications é de que a dinâmica de crescimento se eleve em mais de 25% até 2016, sendo o ano limite estabelecido para a adaptação dos centros de saúde pública aos padrões europeus.
 
Apesar do aquecido setor industrial, do esforço do governo em promover a economia polonesa a mercados estrangeiros, o sistema de saúde ainda enfrenta problemas como longas filas de espera, principalmente na esfera pública e infraestrutura obsoleta. Para o arquiteto da VK Architects & Engineers, Serge Cappon, é preciso modernizar e, para isso, “mudar a mentalidade, combater os entraves regulatórios e trazer soluções móveis”.
 
Com aproximadamente 40 milhões de habitantes, cerca de 836 hospitais, a maioria da população (65%) utiliza o sistema privado, apesar de 65,8% dos hospitais pertencerem à iniciativa pública. Em 2011 o valor do mercado privado de saúde cresceu US$ 9,2 bilhões, o equivalente a 7% em comparação ao ano anterior. A previsão é de que a alta se mantenha e chegue a US$ 10,8 bilhões este ano.
 
Similar ao Brasil, as necessidades de mudança em relação ao acesso da população à saúde, modernização das instituições hospitalares e maior equilíbrio entre os sistemas público e privado são urgentes. A população polonesa também está envelhecimento, tendo um perfil mais jovem quando comparada à Europa Ocidental. Estima-se que a população acima de 65 anos será superior a 40% em 2050.
 
SaudeWeb

Cade pede condenação de cartel de próteses em SP

Doze empresas e uma associação são acusadas de fraudar licitação do INSS no município de Bauru
 
Um parecer da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) publicado nesta sexta-feira (14) recomendou a condenação de doze empresas fabricantes de órteses e próteses ortopédicas por prática de cartel em licitações promovidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no estado de São Paulo. Sugere ainda sanção administrativa à Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec) pela elaboração e divulgação de tabela de preços de referência para empresas do setor em licitações públicas.
 
O caso segue para julgamento pelo Tribunal do Cade. Caso condenadas, as empresas poderão pagar multas de até 20% do valor do faturamento registrado no ano anterior à instauração do processo. A associação está sujeita ao pagamento de multa que varia entre R$ 50 mil e R$ 2 bilhões.
 
São citadas no processo as empresas Ortopedia Mathias Ltda; Ortopedia Lapa Ltda; Ortopedia Kamia Ltda; Ortopedia Germânia Ltda; Ortopedia Fubelle Ltda; Ortopedia Americana Ltda; Ortopedia A Especialista Ltda; Ortoservice Comércio e Serviços Ortopédicos Ltda; Ortolab Órtese e Prótese Ltda; Ortopedia Belo Horizonte Ltda; Casa Ortopédica Philadélfia Ltda; Estar Bem Aparelhos Ortopédicos e Podologia Ltda; além da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec).
 
O processo nasceu de denúncia apresentada em 2004 pela Gerência Regional do INSS em Bauru, interior do estado. A Procuradoria Federal do INSS no município emitiu parecer apontando indícios de infração à ordem econômica após verificar propostas idênticas apresentadas por empresas que participaram de processo de licitação promovido pelo órgão.
 
De acordo com a Superintendência do Cade, há evidências de que as fabricantes teriam organizado um esquema de rodízio, definindo previamente as vencedoras de processos licitatórios organizados pelo INSS. Também verificou que a Abotec criou uma tabela de preços mínimos de produtos e serviços ortopédicos como servir de parâmetro para definição dos valores cobrados pelas fabricantes em licitações.
 
Decisões anteriores do Cade consideraram que elaborar e divulgar tabelas de custos mínimos uniformiza os preços e pode prejudicar a concorrência, gerar ineficiências e provocar a adoção de preços acima dos praticados pelo mercado.
 
SaudeWeb

Home care: preconceito e regulamentação freiam desenvolvimento


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Home care: preconceito e regulamentação freiam desenvolvimento
IT Mídia reúne players do setor e academia para discutir principais percalços do segmento, que apesar das dificuldades cresce a passos largos
 
Em um cenário sabido de envelhecimento da população e aumento das doenças crônicas, a atenção domiciliar – conceito para promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio – se mostra em crescente descompasso com a realidade.
 
Diante do atual e futuro perfil demográfico e epidemiológico do brasileiro, há grandes dificuldades para o desenvolvimento do “home care”, entre elas a falta de regulamentação; riscos do paciente internado em domicílio; formação profissional; judicialização; o desconhecimento do paciente e de seus familiares sobre a prática; e a ausência de articulação dos agentes envolvidos na prestação do serviço – este último um problema bastante atual do setor de saúde. Permeando tudo isso, uma palavra que poderia abarcar todos estes problemas: a cultura, ou mais precisamente, a falta dela.
 
Enquanto a prática é muito difundida em outros lugares do mundo, como Estados Unidos e Europa, a cultura do home care ainda é pouco conhecida no Brasil, e à ela se soma uma série de confusões que começam pelo próprio conceito. Um exemplo é abordar a atenção domiciliar e a internação como sinônimos da mesma atividade.
 
De acordo com o Núcleo Nacional das Empresas de Atenção Domiciliar (NEAD), o “Atendimento Domiciliar” é a visita ou procedimento, isolado ou periódico, realizado no domicílio do paciente por profissional habilitado na área da saúde, como alternativa ao atendimento ambulatorial, a paciente que não necessite de hospitalização.
 
Já a Internação Domiciliar é o serviço prestado no domicílio do paciente, em substituição ou alternativo à hospitalização, por equipe técnica habilitada e multiprofissional, da área da saúde, com estrutura logística de apoio, integrado a um programa específico com essa finalidade, realizado por instituição médica prestadora de assistência domiciliar e, obrigatoriamente, coordenada e supervisionada por médico, além de registrada no Conselho Regional de Medicina. Ambos embaixo do guarda-chuva “Atenção Domiciliar”.
 
Alguns dados também ajudam a ilustrar o tardio desenvolvimento da prática no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2012, as internações hospitalares somaram 7, 4 milhões, enquanto as domiciliares contabilizaram 106 mil, números de um País em que a taxa de ocupação hospitalar parece estar sempre no limite e as filas de pacientes no atendimento público e privado traduzem os gargalos do setor.  
 
É neste mesmo País, onde se prevê ainda mais crescimento na área hospitalar projetando uma demanda crescente que, segundo levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), precisará de 13,7 mil leitos até 2016, caso o número de pessoas com plano de saúde aumente 2,1%.
 
Logicamente, a atenção domiciliar não resolverá os problemas do setor ou como disse um dos debatedores, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviço à Atenção Domiciliar à Saúde (Sinesad), Ari Bolonhezi: “ela não é a panaceia para todos os males de saúde”, muito menos atenderá aos problemas de saúde de todos os futuros pacientes internados nestes novos leitos, porém, é preciso entender para onde caminhará a estrutura de saúde que comportará um aumento significante de idosos – segundo projeções do IBGE ela quadriplicará em 2060,  com uma população com mais de 65 anos que deve passar de  4,9 milhões de pessoas (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), – e cuja 72% das causas de mortes já ocorrem por doenças crônicas no Brasil, conforme o Ministério da Saúde. Perfis estes comuns à atenção domiciliar.

SaudeWeb

11 alimentos proibidos na lancheira das crianças

Empanado de frango: é, normalmente, frito. O excesso de consumo
de óleo não é indicado tanto para crianças como para adultos
“Os lanches devem ser escolhidos com a preocupação de serem saudáveis, e não pela praticidade”, alerta médica. Veja itens que não devem fazer parte da alimentação na escola
 
Em muitos casos, são cinco opções durante a semana. E esse número pode chegar a uma dezena. Tudo depende se a criança faz um ou dois lanches durante o período que fica na escola. É preciso muita criatividade para manter a lancheira escolar abastecida com opções atrativas para as crianças e, acima de tudo, saudáveis.
 
Veja abaixo, alimentos que não devem fazer parte da lancheira:
 
Bala: em muitos casos, esse tipo de doce é puro açúcar, sem valor nutricional algum. Pode causar cáries
 
Batata frita: deteriora facilmente e possui valor energético exagerado
 
Bolacha recheada: rica em gorduras, sódio e açúcares. Se for necessário mandar biscoitos, prefira os sem recheio
 
Bolo com recheio: alimento rico em açúcar, podendo causar obesidade
 
Empanado de frango: é, normalmente, frito. O excesso de consumo de óleo não é indicado tanto para crianças como para adultos
 
Lanches com embutidos: salsicha, salame, presunto e outros embutidos possuem alto teor de sódio, realçadores de sabor e conservantes
 
Leites e derivados: quando não há refrigeração para armazenar os alimentos, evitar estes itens já que podem estragar
 
Refrigerante: além de não ter valor nutricional, traz sódio, gorduras e açúcares em excesso em sua composição
 
Salgadinho de pacote: o excesso de sódio na composição pode levar a alterações no metabolismo infantil
 
Salgados fritos: alimento frito deve ser evitado na lancheira. Além de se deteriorar facilmente, possui alto valor energético
 
Suco em pó: com elevador valor energético, não tem quase nenhum valor nutricional

“Os lanches devem ser escolhidos com a preocupação de serem saudáveis para o bom desenvolvimento das crianças. Os pais não devem optar por determinados alimentos apenas pela praticidade”, observa Sonia Liston, pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcellos.
 
“A preocupação maior dos pais deve ser oferecer uma refeição balanceada aos filhos, principalmente observando a oferta energética das opções escolhidas”, alerta Ana Luisa Vilela, nutróloga da clínica SlimForm.
 
De acordo com Sonia, a lancheira ideal não precisa conter muitos itens. A médica sugere dois alimentos por lanche: “Uma fruta e um suco ou uma fatia de pão integral com algum tipo de queijo e uma água de coco são boas opções”. Ofertar menos itens também é uma boa estratégia para evitar muitas repetições durante a semana. Ana Luisa concorda: “Se o lanche for monótono, sem variação, a criança perderá o interesse e pode se recusar a comê-lo”.
 
Escolhas corretas
No caso das frutas, prefira as que podem ser consumidas com casca ou que ela possa ser retirada com facilidade, ensina a nutróloga. Para hidratar, sucos naturais são uma boa opção. Se a escola não oferecer condições ideias de armazenamento, como uma geladeira para as lancheiras, os pais devem optar por água de coco de garrafinha ou sucos de caixinha sem adição de conservantes e açúcar. Os sucos de caixinha, aliás, merecem atenção redobrada. Fuja de bebidas industrializadas ricas em açúcar e sem valor nutricional.
 
Ana Luisa alerta ainda para a necessidade de ofertar carboidrato e proteína diariamente na lancheira escolar. “O carboidrato, preferencialmente integral, é importante para manter a energia e a proteína é indispensável para o crescimento e desenvolvimento da criança”, explica.
 
Delas

As calorias que você consome em atividades do dia-a-dia

30 minutos faxinando a casa consomem 111 calorias
Andar de bicicleta por meia hora faz perder 300 calorias, o equivalente a metade de um cheeseburguer, 30 minutos de faxina dá direito a um brigadeiro; veja mais
 
30 minutos faxinando a casa consomem 111 calorias. É o suficiente para eliminar:
 
-  um brigadeiro de 40 gramas (106 cal)
 
- acabar com 10 palitos de batata frita (105 cal)
 
- exterminar as calorias de uma taça de vinho tinto (108 cal)
 
- saborear sem culpa 200 ml de suco de laranja sem açúcar (116 cal)
 
Corrida: correr por 30 minutos mantendo uma média de 10km/h consome 350 calorias. Fazer isso permite:
 
- beliscar 120 gramas de picanha (344 cal)
 
- beber 1 copo de 200 ml de refrigerante de cola (92 cal)
 
Dança: 30 minutos dessa atividade correspondem a 187 calorias perdidas. Com isso dá para:
 
- beber 2 copos de 200ml de cerveja (148 cal)
 
- comer um potinho de 100g de açaí (184 cal)
 
Bicicleta: um passeio de 30 minutos com a magrela faz o corpo gastar até 300 calorias. Isso corresponde a:
 
- metade de um cheeseburguer ou (300 cal)
 
- 70 gramas de bolo de chocolate recheado e com calda de chocolate (320 cal)
 
- 4 colheres de sopa de musse de maracujá (284 cal)
 
- 1 copo de 200 ml de caipirinha (300 cal)
 
- 1 pão ciabatta (100 cal) com 2 fatias de queijo prato (118 cal) e 2 colheres de sopa de requeijão (90 cal)
 
Caminhada: andar por meia hora faz o corpo gastar 147 calorias. Com isso, dá para:
 
- eliminar as calorias de metade de uma fatia de pizza de mussarela.
 
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