Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 1 de agosto de 2017

Anvisa recebe apoio para não liberar cigarro eletrônico

anvisa cig eletre A Associação Médica Brasileira (AMB) se manifesta no sentido de manter a proibição de cigarros eletrônicos e diz que RDC 46/2008 da Anvisa é um marco contra o tabagismo

A Associação Médica Brasileira (AMB) e as sociedades médicas a ela afiliadas manifestaram apoio à Anvisa no sentido de manter a proibição de cigarros eletrônicos no país. O documento foi enviado ao diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

No documento, a AMB chama a atenção para os “recentes movimentos da indústria do tabaco junto a segmentos da mídia, das sociedades médicas e sociedade em geral na tentativa de convencer autoridades sanitárias a modificarem a RDC 46/2009, com o claro objetivo de liberar a produção e comercialização de cigarros eletrônicos”.

Segundo a nota, a Câmara Técnica de Tabagismo do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Comissão de Combate ao Tabagismo da AMB emitiram, em 2014 e 2017, respectivamente, um alerta aos médicos e à sociedade sobre a inexistência de comprovação científica da eficácia do cigarro eletrônico para a redução do consumo do cigarro tradicional. O uso desses produtos também já foi desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no final de 2008.

A Anvisa proibiu o comércio e a importação de qualquer dispositivo eletrônico de fumar, popularmente conhecidos como cigarros eletrônicos, e-cigarretes, e-ciggy e ecigar, entre outros, por meio da RDC 46, em agosto de 2009.

Após uma consulta pública, que contou com a participação de órgãos de defesa do consumidor, a Anvisa decidiu pela proibição desses dispositivos.

A RDC 46/2009 atinge especialmente os produtos que se apresentam como alternativa ao tratamento do tabagismo. A proibição encontra respaldo na ausência de conhecimento da segurança e eficácia do produto, especialmente no que concerne às suas propriedades terapêuticas e/ou potencial redução de risco, conforme alegado e difundido pela indústria do tabaco.

A medida abrange ainda acessórios e refis destinados ao uso nos dispositivos, assim como a propaganda, a publicidade e a promoção, inclusive na Internet, desses produtos.

O cigarro eletrônico nunca teve registro no país. Não há previsão de rever a regulamentação.

Fonte: Ascom/Anvisa

Anel vaginal com antirretroviral pode proteger mulheres do HIV

O anel vaginal é flexível, do tamanho dos diafragmas usados como anticoncepcionais, e é colocado no colo do útero

Um anel vaginal pode ser uma nova arma para combater o avanço do vírus HIV entre a população feminina. Hoje, adolescentes e mulheres entre 15 e 24 anos respondem por cerca de um quinto de todas as novas infecções, e a solução liberta as mulheres da dependência dos homens no uso do preservativo. Em testes, ele foi capaz de reduzir os riscos de contágio em 56%.

— Se você puder dar às mulheres a oportunidade de se protegerem numa forma completamente confidencial, será um grande passo para ajudá-las — comentou Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, em entrevista à BBC. — Em sociedades onde as mulheres são, infelizmente mas verdade, como cidadãos de segunda classe, elas são extremamente vulneráveis a serem infectadas com HIV.

O anel vaginal é flexível, do tamanho dos diafragmas usados como anticoncepcionais, e é colocado no colo do útero. Ele libera uma droga antirretroviral, chamada dapivirina, que atua no organismo durante o período de um mês, quando ele deve ser substituído.

No mais recente experimento, os cientistas testaram a adoção do método por adolescentes americanas. Durante seis meses, 96 garotas sexualmente ativas, entre 15 e 17 anos, fizeram uso do anel. Os resultados mostraram que 87% delas tiveram níveis detectáveis da droga na vagina, 74% disseram não perceber o anel no dia a dia, e 95% consideraram o anel de fácil uso.

Existia a preocupação antes dos testes se os parceiros das meninas gostariam ou não do anel, mas eles relataram aumento do prazer. Os resultados foram apresentados nesta terça-feira, na Conferência IAS sobre o HIV, que acontece em Paris.

— O HIV não distingue entre uma menina de 16 anos e uma mulher de 18 — disse Sharon Hillier, da Universidade de Pittsburgh. — Acesso a métodos de prevenção ao HIV seguros e efetivos também não deveriam, jovens mulheres de todas as idades devem ser protegidas.

Agora, os pesquisadores planejam testes com adolescentes na África, continente mais atingido pela epidemia global de Aids. Caso o anel vaginal consiga aprovação regulatória, ele será o primeiro método de prevenção exclusivamente para mulheres.

Gazeta