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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Medicamentos antigos - Estriquinina


Image of bottle of strychnine from the Inventing Ourselves exhibition, Lemelson Center, Smithsonian Institution.


Propagandas antigas - Guaraína



Acho que a Guarayna chegou a ser comercializada até a década dos 1950's, posteriormente sumindo do mercado. O fabricante, no Brasil, era o Laboratórios Raul Leite S/A, pertencente a firma Dr. Raul Leite e Cia., o qual, ainda em 1941, publicava um folheto informativo chamado Almanaque Guaraína. A Guaraína era um concorrente do Melhoral, e provavelmente antecedeu o Melhoral, jaá que devia estar no mercado já desde os 1920s e, analogamente, que eu me lembre, era composto puramente de ácido acetil salicílico, o nome qui'mico da aspirina comum e era comercializado para dores de cabeça e outras dores.

http://fotolog.terra.com.br/luizd:901

Humor - Luftal Jacuzzi

Assista o video
http://www.youtube.com/watch?v=LKRXM4EsrHE&feature=player_embedded

Relação médico-paciente: humanização é fundamental

por Antonio Carlos Lopes*

13/05/2011

"Aquele médico de família, que acompanhava todos os seus integrantes ao longo de suas vidas, não existe mais", diz o expert

Vivemos tempos de grande avanço tecnológico. Com todas as vantagens da globalização, verificamos, ao mesmo tempo, entristecidos, o distanciamento entre as pessoas. Assim como em nossa vida particular, este distanciamento ocorre no campo profissional e também nos consultórios e hospitais. Cada vez é mais comum ver médicos e pacientes dando lugar a números, exames e diagnósticos tornarem-se códigos, e a comunicação perder sua essência.

Aquele médico de família, que acompanhava todos os seus integrantes ao longo de suas vidas, não existe mais. Ou restam pouquíssimos. Hoje temos um estranho avaliando outro estranho - em apenas alguns minutos de curto diálogo; provavelmente, nunca mais se encontrarão. É de se lamentar.

Entretanto, parece que, aos poucos, tanto os profissionais de medicina como pacientes vêm repensando conceitos. Constatam que nada substitui o tratamento humanizado, nada é mais importante do que o médico que tem nome e rosto e que conhece o nome e o rosto de seu paciente.

É tempo de recuperar nossas raízes, de resgatar do bom e velho médico, e suas principais qualidades sem, é claro, abrir mão de toda a modernidade a que temos direito. O resgate da humanização, tão bem inserida naquele contexto de antigamente, deve pautar sempre a prática da medicina, com principal objetivo de oferecer assistência digna e de qualidade à população.

Seja na rede pública ou privada, o médico necessita de tranquilidade e deve ter todas as ferramentas necessárias para um atendimento no qual possa oferecer o melhor do seu conhecimento, toda a sua atenção e, principalmente, todo o seu respeito. Ele precisa de tempo suficiente para conhecer o paciente, descobrir suas queixas, averiguar seu passado, seus anseios e angústias, e fazer com que saia aliviado, com perspectiva de ter seu problema encaminhado.

Enfim, queremos ver novamente o paciente confiando sua saúde com a mesma tranquilidade que confiávamos antigamente.

Ainda não é o que acontece na maioria dos casos. Em parte porque este profissional vestido de branco não dispõe de condições adequadas ao aprofundamento da relação com seu paciente. Pior, é pressionado por todos os lados. Na saúde pública pelas filas intermináveis, falta de equipamentos etc. Na rede privada, são as pressões das operadoras de planos de saúde, baixa remuneração e o constante descredenciamento da rede conveniada que frequentemente engessam o médico nas suas atividades.

A insegurança comum a médicos e população gera não apenas atraso em diagnósticos ou tratamentos; também traz consequências por vezes desastrosas. Ou seja, com todos os avanços, equipamentos de última geração e descobertas, temos hoje um dos piores cenários que este país já conheceu no sistema de saúde.

A medicina é humana em sua essência, feita de humanos para seres humanos. Não é possível mais assistir à sua fragmentação em duas medicinas - uma para os pobres e outras para os ricos. Dar e receber assistência médica de qualidade e universal, mais do que um anseio, é um direito de todos.

*Antonio Carlos Lopes é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Decisões da ANS podem prejudicar o setor da saúde"

por Saúde Business Web

13/05/2011

Segundo o expert, agência não tem competência para tratar de assuntos abrangentes como é a relação da operadora e o serviço de saúde

favor: deixe o mercado em paz !

Manchete de ontem no SaudeBusinessWeb:

"ANS criará consulta pública sobre descontos nos planos de Saúde.
Objetivo é incentivar a participação da sociedade em programas de maior cuidado com a saúde."

Quando a gente pensa que chegou ao fundo do poço, descobre que tem alguém cavando de baixo para cima !

É mais ou menos a mesma coisa que aconteceu com o seguro do automóvel:

Custava 10 pra todo mundo;
Começaram a dar desconto para os carros que dormiam na garage – passaram a pagar 8, enquanto os demais continuavam a pagar 10;
Depois aumentaram o preço dos que dormiam na garage para 10 e ou outros passaram a pagar 12.
... porque os ladrões continuaram a roubar o mesmo volume de veículos (não diminuiu o numero de ladrões), e o volume de carros que dorme na garage e tem seguro é pequeno em relação aos demais ... que passaram a pagar por todos !!!

Vamos combinar que na semana em que os médicos articularam o maior movimento já visto em saúde suplementar para reivindicar remuneração mais justa, ver as manchetes divididas com uma proposta que caminha na direção contrária não tem graça nenhuma.

Continuo creditando os erros da ANS ao fato de que ela não tem competência para tratar de assuntos tão abrangentes e antagônicos.

1º Prevenção à saúde deve ser atribuição exclusiva do Ministério da Saúde, porque todo associado da saúde suplementar utiliza algum serviço público, mas a maioria dos usuários do SUS não usa qualquer tipo de serviço em saúde suplementar ... e a ANS só enxerga a saúde suplementar – mesmo que tente fazer mais que isso não conseguirá (e dá mostras que não consegue nem entender isso).

2º Não é possível cuidar da relação entre o segurado e a operadora e ao mesmo tempo da relação entre a operadora e o serviço de saúde:

São atividades antagônicas – a operadora ganha quanto menos o segurado usar o serviço de saúde ... e o serviço de saúde só ganha se o segurado estiver ‘estrupiado’ – precisando muito do serviço de saúde;
A relação operadora/segurado é 100 % saúde suplementar, mas quase 100 % dos serviços de saúde se relacionam tanto com operadoras quanto com o SUS, portanto suas atividades extrapolam a saúde suplementar da ANS.

Passou da hora da ANS passar a se preocupar apenas com a relação segurado/operadora (a única 100 % saúde suplementar), mas sem truques milagrosos ou ações que não deram certo no mundo da SUSEP/Seguros: se restringir a tabular de forma adequada quanto custa o serviço e quanto se deve cobrar do associado.

Que venha outro órgão que entenda as diretrizes da saúde suplementar e do SUS para regular a relação operadora/serviço de saúde – está fazendo muita falta.

E em relação à prevenção à saúde chega de amadorismo:

Ministério da Saúde: por favor cumpra seu papel e determine que apenas seus órgãos especializados em saúde pública se aventurem neste assunto;
ANS: pede pra sair !

postado por Enio Salu

Rede Brasileira de Bancos de Sangue será ampliada

por Agência Brasil| repórter: Alana Gandra

13/05/2011

Complexo passará a contar com 13 unidades até o próximo ano. E contará com um investimento de R$ 52 milhões

A Fundação do Câncer, principal parceira privada do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, está implantando a fase dois da Rede Brasileira de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BrasilCord), que envolve a construção de mais oito bancos.

Com isso, a rede passará a contar com 13 unidades. Segundo o superintendente da Fundação do Câncer, Jorge Alexandre, essa etapa deverá estar concluída até o próximo ano,

O projeto é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A Fundação do Câncer capta os recursos, constrói e o Inca faz a gestão técnico-científica", disse Jorge Alexandre.

A fase três da expansão, já em análise no BNDES, prevê ampliar o número de bancos para 17, até 2015. O financiamento do BNDES para essas duas novas fases soma R$ 52 milhões.

A Fundação do Câncer está completando 20 anos. Nesse período, a entidade investiu em projetos no Inca R$ 1,5 bilhão. Mais de 4 mil profissionais do instituto participaram de programas de desenvolvimento e treinamento, englobando recursos de R$ 39,3 milhões.

Em equipamentos e bens para o Inca, o volume de recursos atingiu R$ 75,3 milhões. Também foram destinados recursos para ações de prevenção e controle de câncer. O Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu da fundação R$ 1,6 milhão entre os anos de 2005 e 2010.

Cerca de 150 projetos são desenvolvidos pela Fundação do Câncer. A entidade atua também na área de mobilização, buscando cada vez mais conscientizar a população e disseminar a informação, de forma lúdica, interativa, para prevenção e detecção precoce do câncer.

Desemprego causa morte precoce em homens

Estudo foi feito com milhões de pessoas em todo o mundo


Estresse causado pela demissão pode ser faltal
Foto:  Claudio Vaz  /  Agencia RBS

Uma pesquisa realizada pela McGill University, do Canadá, revelou que o desemprego é a causa mais frequente de morte precoce de pessoas do sexo masculino. Segundo o estudo conduzido pelo prof. Israelense Eran Shor, o fato de estar empregado — bem como a qualidade da ocupação — pode significar vida mais longa. Ele analisou dados históricos de 20 milhões de pessoas em 15 países nos últimos 40 anos, no mais amplo estudo desse tipo já realizado.

Os pesquisadores demonstraram uma forte relação entre o desemprego e morte precoce — principalmente em homens. A taxa de mortalidade prematura de homens desempregados foi de 78%, e das mulheres desempregadas de 37%.

O maior grupo de risco são homens abaixo dos 50 anos. Os pesquisadores também encontraram relação entre longevidade e o fato de as pessoas poderem exercer plenamente suas qualificações no cargo que ocupam.

Shor não encontrou diferenças entre homens de diferentes países. Mesmo em lugares onde os desempregados recebem boa assistência do governo, como é o caso do Canadá e dos países escandinavos, o nível de mortalidade entre os desempregados é o mesmo.

O pesquisador lembra que, ao ficar desempregado, o homem na maioria das vezes fica estressado, recorrendo, muitas vezes, ao abuso no uso de drogas e de álcool.

http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/donnadc/19,375,3305572,Desemprego-causa-morte-precoce-em-homens.html

Preço de genéricos varia até 986% em farmácias

Procon-SP recomenda que consumidor pesquise antes de comprar; site da Anvisa traz lista de preços máximos

O Procon-SP fez um levantamento, nos dias 13 a 15 de abril, dos valores de 52 medicamentos em 15 drogarias de cinco regiões do município de São Paulo. A pesquisa revelou que os preços dos genéricos podem variar até 986,96%. A maior diferença foi encontrada no medicamento Diclofenaco Sódico (50 mg, com 20 comprimidos), com variação de R$ 9,08 no valor do genérico.

A pesquisa também mostrou que vários fatores são determinantes para estabelecer preço neste segmento. Os descontos nos medicamentos podem variar de acordo com as condições locais de mercado, rentabilidade da loja e condições comerciais de compra, já que em algumas drogarias de rede há políticas diferenciadas. Além disso, existem redes que se enquadram no sistema de franquia, e não há uma política única de precificação entre os franqueados.

Na comparação dos preços médios de medicamentos genéricos com os de referência de mesma apresentação, o levantamento mostrou que, em média, os genéricos são 57,25% mais baratos. Entre os de referência, a maior diferença de preço encontrada foi de 134,90%, no medicamento Amoxicilina (500 mg, com 21 cápsulas) – com o maior preço de R$ 49,00 e o menor de R$ 20,86.

Segundo o Procon, antes do consumidor pesquisar os valores dos medicamentos, é interessante que procure a lista de Preço Máximo ao Consumidor (PMC), disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa (http://www.anvisa.gov.br/) e também nas farmácias e drogarias.

http://economia.ig.com.br/financas/credito/preco+de+genericos+varia+ate+986+em+farmacias/n1596954757575.html

Pesquisadores descobrem gene que controla a gordura do corpo

Cientistas britânicos descobriram que um gene ligado ao diabetes e ao colesterol é capaz de controlar o metabolismo da gordura no corpo.

O estudo foi publicado na revista "Nature Genetics". Segundo os autores do trabalho, a descoberta pode ajudar na pesquisa de novos medicamentos para tratar doenças relacionadas com a obesidade.

Foram analisados mais de 20 mil genes em amostras de gordura de 800 voluntários. Os resultados foram confirmados em outras 600 amostras.

De acordo com os pesquisadores, o gene KLF14 funciona como um interruptor de outros genes do tecido adiposo, relacionados a uma série de características metabólicas, incluindo o índice de massa corporal, obesidade, colesterol, insulina e níveis de glicose.

"Esse é o primeiro grande estudo que mostra como pequenas alterações em um gene regulador podem causar outros efeitos metabólicos", disse Tim Spector, do King's College London, que liderou o estudo.

Exame periódico para achar tumor na próstata divide especialistas

Testes para detecção precoce de câncer de próstata são motivo de estudos e orientações conflitantes.

Desde 2008, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) desaconselha os exames de toque retal e de PSA para pacientes sem sintomas.

Em nota, o Inca afirmou que o rastreamento para câncer de próstata (a convocação da população para fazer os exames) não deve ser organizado, por falta de evidências científicas de que isso produz mais benefícios que danos.

Segundo especialistas, há casos de câncer indolente, que tem progressão lenta e recebe tratamentos sem necessidade.

O Inca diz ainda que recomenda o diálogo entre médico e paciente para que o especialista analise a necessidade de exames. Caso o paciente peça o teste, ele deve ser informado sobre os riscos.

Quando tomou essa decisão, há três anos, o Inca foi criticado por especialistas. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens com mais de 40 anos com história familiar de câncer e acima de 45 anos, sem história familiar, façam os exames.

PESQUISAS

Os estudos sobre os benefícios do rastreamento de câncer por toque retal e testes de PSA são contraditórios.

Duas grandes pesquisas publicadas no "New England Journal of Medicine", em 2009, chegaram a diferentes conclusões sobre o PSA.

Um estudo americano afirmou que o exame não salva vidas. O segundo, europeu, indicou que o teste reduziu em 20% a mortalidade.

Segundo Gustavo Guimarães, oncologista do Hospital A.C. Camargo, é temerário dizer que o teste não vale a pena. "Nos EUA, mostra-se que a mortalidade vem caindo por causa do rastreamento. Descobrir qualquer tumor cedo aumenta a chance de cura."

História das técnicas de operação mostra tentativa e muito erro

No século 19, se alguém procurasse um hospital para tratar um problema no joelho, seria amarrado a uma mesa, e dois ou três enfermeiros segurariam seus ombros e braços enquanto o cirurgião, com as mãos ainda sujas por ter feito a autópsia em um cadáver, serraria seu osso para amputar o membro. Tudo isso sem anestesia.

Descrições como essa, de um tempo em que o necrotério ficava bem ao lado da sala de operações, estão nas páginas de "Sangue e Entranhas", livro que conta a história das cirurgias.

O autor, Richard Holligham, jornalista de ciência e apresentador da BBC, recua aos tempos de Galeno, e suas operações em gladiadores feridos nas arenas do Império Romano, e chega às técnicas recentes, como implantes de eletrodos no cérebro.

Nessa trajetória, Hollingham não poupou detalhes: fala de sanguessugas famintas, transplantes desastrados, lobotomias e máquinas futuristas que faziam as vezes dos órgãos do corpo.

"Muitos dos relatos parecem cena de filme de terror, mas ser operado antigamente era exatamente assim", disse ele à Folha, por telefone, de sua casa, em Londres.

"As necessidades dos cirurgiões eram extremas. Só se operava quando não havia outra saída."

MÉDICOS E MONSTROS

Hollingham escolheu cinco eixos para contar a evolução das operações: as cirurgias cardíacas, neurológicas, plásticas, a traumatologia e os transplantes.

Em todos, a figura do cirurgião evolui de um barbeiro ou outro membro das classes mais baixas até o profissional altamente especializado.

"Os médicos tinham boa reputação na sociedade, haviam estudado. Mas quem salvava as vidas eram os cirurgiões, menos letrados, mas habilidosos", afirma.

Para salvar a vida valia tudo, até derramar óleo fervente sobre as feridas à bala, para neutralizar os efeitos 'venenosos' da pólvora.

"Imagine o que era operar sem anestesia. As possibilidades eram limitadas", diz André Mota, professor de história das práticas médicas e coordenador do Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP.

"Dizia-se que o cirurgião tinha que ter olhos de lince, mãos de mulher e a rapidez de uma lebre", afirma.

Mesmo após a chegada da anestesia, os pacientes continuaram morrendo aos montes. "Com as mesmas mãos que o cirurgião fazia uma autópsia, ele comandava um parto", diz Mota.

Para Hollingham, o período entre o surgimento da anestesia e a descoberta da importância da assepsia é o mais sombrio da história das cirurgias. "Muita gente morreu nessa época, porque graças à anestesia as operações puderam ser mais longas e profundas, sem que houvesse cuidado com limpeza."

ENTRAR NA FACA

Apesar dos avanços, da medicina computadorizada e das cirurgias minimamente invasivas, o medo de deitar na maca ainda persiste.

"Nos primeiros anos dos transplantes de coração no Hospital das Clínicas, tinha paciente que fugia, com medo de ser usado como cobaia", conta André Mota.

Em novembro do ano passado, foi a vez do próprio Hollingham passar pela faca, como muitos dos personagens que descreve no livro.

Deitado numa maca à espera de uma operação na articulação do joelho, ele diz ter parado para pensar que uma cirurgia como essa, há 200 anos, teria resultado numa amputação.

Indagado sobre se sentiu medo enquanto esperava a sua hora de ser operado, ele responde: "Eu tinha razões para isso. Sei muito sobre cirurgias".

SANGUE E ENTRANHAS
AUTOR Richard Hollingham
EDITORA Geração Editorial
QUANTO R$ 42 (360 págs.)

Dengue faz mosquita ficar hiperativa, mostra estudo da Fiocruz

Enquanto nos seres humanos o vírus da dengue provoca dores e cansaço, nos mosquitos ele age da forma oposta. Os insetos ficam mais ativos e se locomovem até 50% a mais do que o normal.

A descoberta é de pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, que analisaram em laboratório o comportamento de fêmeas do Aedes aegypti com o tipo 2 da dengue, um dos mais comuns no Brasil.

"Ficamos surpresas com o resultado. Um aumento de 50% na locomoção normal é algo muito significativo e que nós não esperávamos", disse à Folha Tamara Lima-Camara, doutoranda do IOC (Instituto Oswaldo Cruz) e uma das autoras do trabalho, publicado na revista "PLoS One".

Além de se mexer mais, elas também faziam isso em horários incomuns. Embora a espécie tenha hábitos diurnos, as contaminadas estenderam sua locomoção também durante parte da noite.

LANCHINHO

Esse aumento de locomoção e atividade poderia afetar outros aspectos biológicos, como a postura de ovos e o período em que as fêmeas da espécie se alimentam. Ou seja: quando saem em busca de sangue humano.

Embora a influência do vírus do tipo 2 tenha sido significativa, os autores dizem que é cedo para saber se isso se repete com os outros sorotipos ou mesmo com o vírus da febre amarela, que também pode ser transmitido pelo A. aegypti em área urbana.

Para os cientistas, conhecer bem as atividades do mosquito pode ajudar nas estratégias de controle da disseminação do inseto e da própria dengue, ajudando a escolher o período mais propício para começar a liberar inseticidas, por exemplo.

"Mas, nesse caso é preciso cautela. Usar veneno indiscriminadamente pode deixar os mosquitos mais resistentes, o que só criaria um outro problema", completa Raquel Bruno, que também participou do trabalho.

No caso do A. aegypti, estudos anteriores já tinham mostrado que ele tinha seu comportamento alterado quando era contaminado com outros parasitas. O trabalho com a dengue, porém, é muito mais significativo para o Brasil e outros países em que a doença causa muitas mortes, sobretudo no verão.

INFLUENCIADO

Ainda não se sabe exatamente como o vírus age para que isso aconteça, mas um de seus maiores alvos é o sistema nervoso do inseto. Para o experimento, os pesquisadores inocularam o vírus em algumas fêmeas, enquanto mantinham um grupo controle "saudável".

Depois disso, os mosquitos foram colocados em tubinhos de vidro. Nele, os pesquisadores mediram, com luz infravermelha, a locomoção das fêmeas individualmente por quase uma semana.

Para averiguar a "hora" de atividade, os cientistas simularam períodos de claro e escuro de 12 horas cada. As infectadas andaram de 10% a 50% mais do que as não contaminadas.

"Embora na natureza os mosquitos voem muito mais do que andem, existem estudos que mostram uma ligação entre o aumento da locomoção e o da atividade de voo", disse Lima-Camara.

Maioria dos brasileiros não sabe descrever sintomas da fibromialgia

Publicado em 12/05/2011

Uma pesquisa divulgada na terça-feira (10), há dois dias do Dia Mundial da Fibromialgia comemorado hoje, indicou que 63% dos brasileiros diagnosticados com a doença não sabiam como descrever os sintomas ao médico. Cerca de 70% dos que receberam diagnóstico nunca haviam ouvido falar da enfermidade.

A doença, que acomete mais mulheres do que homens, é caracterizada por dores generalizadas pelo corpo todo de no mínimo três meses de duração. Também conhecida como "dor de todo dia", pode provocar alteração de sono, fadiga, ansiedade e depressão.

O reumatologista Eduardo Paiva, chefe do Ambulatório de Fibromialgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, explica: "Está tudo na cabeça. O problema é causado pela sensibilização do sistema central da dor. A dor crônica leva a uma resposta emocional diferente da dor aguda, que ativa áreas de desprazer no cérebro."

Realizada pelo instituto Harris Interactive, a pesquisa ouviu 904 pessoas --604 médicos e 300 pacientes-- em três países --Brasil, México e Venezuela.

Segundo o estudo, a doença é desconhecida não só pelos pacientes, mas também pelos médicos. A enfermidade leva cerca de 4,7 anos para ser identificada no país. Outro dado da pesquisa mostra que os pacientes chegam a consultar mais de sete médicos até receber o diagnóstico

"Os pacientes esperam os sintomas se tornarem prejudiciais à qualidade de vida até consultarem um médico", diz o reumatologista.

"É preciso ficar alerta aos sinais da doença, como dor generalizada, dor articular e cefaleia. Caso o paciente tenha uma dor que não passa durante três meses, ele deve procurar um médico."

O problema pode ser tratado por reumatologistas, neurologistas, psiquiatras e especialistas em dor.

A fibromialgia não tem cura, mas a prática regular de exercícios moderados pode controlar as dores.

"A doença não tira férias. O paciente pode até ficar sem medicação, mas não sem exercício", segundo Paiva. "Um músculo bem condicionado dói menos."

Ele indica uma atividade aeróbica gradativa, acompanhada de alongamento muscular, e alerta que o sedentarismo pode provocar o surgimento do problema.

Além de frequente, a dor da doença é tão forte que um simples carinho chega a doer. Numa escala de 0 a 10 pontos, 84% pacientes no Brasil classificam o sintoma com severidade entre 7 e 10.

A enfermidade atinge cerca de 2,5% dos brasileiros, sendo que entre 80% e 90% são mulheres.

Café pode proteger mulher de forma agressiva de câncer de mama

O café pode proteger as mulheres de uma forma agressiva de câncer de mama, especialmente se tomadas cinco ou mais xícaras ao dia, de acordo com pesquisa que aparece nesta quarta-feira na publicação "Breast Cancer Research".

As mulheres que bebem bastante café têm possibilidades menores de desenvolver o chamado câncer de mama com receptores de estrogênios negativos, que não respondem a certos fármacos, por isso que a quimioterapia é geralmente a única opção.

Por este estudo, feito por analistas do Instituto Karolinska de Estocolmo, as mulheres que tomam muito café têm possibilidades menores de desenvolver o câncer do que aquelas que bebem pouco.

Os investigadores analisaram os casos de 6.000 mulheres que entraram na menopausa.

Assim, entre as que bebiam cinco xícaras ou mais de café ao dia o risco de desenvolver o câncer de mama se reduzia em 57% comparado com as que tomavam menos de uma xícara cheia.

"Acreditamos que o alto consumo diário de café está associado à significativa redução de câncer de mama com receptores de estrogênios negativos entre as mulheres que entraram na menopausa", assinalam os analistas na citada publicação.

Outros estudos sugeriram que o café reduz o risco de outros cânceres, incluído o de próstata e o de fígado. Os pesquisadores do instituto acreditam que o café pode ter compostos que afetam diferentes tipos de câncer de mama.

Para a diretora de política da organização Breakthrough Breast Cancer, Caitlin Palframan, "o interessante é que esta investigação sugere que o café pode reduzir o risco de câncer de mama (de estrogênios) negativo".

"Mas nem todos os estudos estão de acordo sobre os efeitos de consumir café e, portanto, não encorajaríamos as mulheres a aumentar o consumo de café para protegê-las do câncer de mama".

"O que sabemos é que as mulheres podem reduzir as possibilidades de desenvolver câncer de mama se mantêm bom peso, reduzem o consumo de álcool e fazem atividade física regularmente", acrescentou Palframan.

Escolas nos EUA apertam cerco a calorias nos pratos dos alunos

Tom Reel/The San Antonio Express-News/Associated Press
A estudante Alexis Brooks põe bandeja em aparelho que registra refeições, nos EUA

Na tentativa de reduzir os níveis de obesidade infantil e melhorar os hábitos alimentares das crianças, cinco escolas em San Antonio, no Texas (EUA), iniciaram um projeto para fotografar as bandejas de almoço dos estudantes antes das refeições e o que restou no prato depois.

Um programa de computador vai, então, analisar as fotos para identificar os alimentos no prato. O software sabe até quantos gramas sobraram do purê de batatas, por exemplo, e calcula quantas calorias cada aluno comeu.

O projeto é financiado pelo governo. Cerca de 90% dos pais deixaram que o almoço dos filhos fosse registrado.

Reforma psiquiátrica completa dez anos em meio a crítica

No mês passado, a lei que estabeleceu a reforma psiquiátrica no Brasil completou dez anos. A regra mudou a estrutura do atendimento em saúde mental e também abriu uma cisão entre os especialistas da área.

De um lado, entidades como a Associação Brasileira de Psiquiatria criticam a redução do número de leitos em hospitais psiquiátricos e o que chamam de visão ideológica dos transtornos mentais. Do outro, o Ministério da Saúde e o movimento de Luta Antimanicomial, cujo dia é comemorado na quarta-feira, se levantam contra o tratamento nos hospitais, tido como desumano e ineficaz.

Com a reforma, o atendimento foi transferido dos hospitais psiquiátricos para a rede extra-hospitalar, em especial, os Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Em 2002, havia mais de 52 mil leitos em hospitais psiquiátricos no país. Hoje, segundo o Ministério da Saúde, são menos de 33 mil, mais a rede de 1.650 Caps e 571 residências terapêuticas.

Para Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, o saldo é negativo. "O doente foi despejado na rua."

Segundo ele, parte do problema foi transferido para as prisões. Silva estima que 12% da população carcerária tenha doença mental grave.

Para o psiquiatra Roberto Tykanori, coordenador técnico de saúde mental do ministério, a reforma ampliou o atendimento. "Antes, o acesso se resumia aos hospitais. Agora, a pessoa é atendida no ambiente em que vive, e não em um local isolado, segregador, cheio de desconhecidos."

"ERA TERRÍVEL"

Os Centros de Atenção Psicossocial já existiam antes da lei, mas passaram a ter um papel central no sistema. Nessas unidades, os pacientes são atendidos por médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais.

José Rinaldo da Silva, 37, frequenta o Caps da Vila Brasilândia, em São Paulo, desde o ano passado. Portador de esquizofrenia e epilepsia, ele conta que já morou na rua e passou por 49 internações em hospitais: "Juquery, Pinel, Charcot, Vera Cruz, João de Deus...", enumera.

No Caps, ele recebe atendimento médico e participa de oficinas de arte. "Aqui, a gente fica aliviado. Antes, se eu via uma ambulância, já saía correndo, com medo de me internarem", diz. Aos 18 anos, ele passou seis meses no hospital psiquiátrico do Juquery, em Franco da Rocha (Grande São Paulo).

"Era terrível. Tinha briga na fila da comida, e aí eles amarravam, davam choque." O técnico Luiz Franco de Godoy, 57, tem transtorno bipolar e frequenta o mesmo Caps. "Aqui não é clausura. Tenho a liberdade de sair e voltar quando preciso."

SURTO À NOITE

A maior parte dos Caps funciona só durante o dia. Na cidade de São Paulo, dos 65 Centros existentes, só seis têm atendimento 24 horas e leitos para internações curtas.

"Imagine um paciente que tem surto à noite. Ele acaba em prontos-socorros inadequados ou amarrado em casa", diz Valentim Gentil, professor de psiquiatria da Universidade São Paulo (USP).

Para o psiquiatra Emmanuel Fortes, do Conselho Federal da Medicina, não houve "reforma". "O que existe é uma atitude ideológica de negar a doença mental."

Fortes afirma que o fechamento de hospitais psiquiátricos extinguiu uma alternativa de tratamento especializado que os Caps não conseguem suprir.

Segundo ele, esses hospitais estão sendo sufocados por falta de recursos. Já na visão do psiquiatra Pedro Carneiro, do Instituto Sedes Sapientieae, médicos criticam a reforma porque com ela perderam o monopólio sobre o tratamento do doente mental.

Propagandas antigas - A boa enfermeira - Rhodine


“A boa enfermeira. Para dor, gripe e resfriados, Rhodine Cafeinada. Da Rhodia”.

26 de abril de 1942.

Referendo pode pôr fim ao 'turismo do suicídio' em Zurique

Cantão suíço realiza no domingo votação que pode proibir estangeiros de irem a Zurique para realizar suicídios assistidos

O cantão (região administrativa) de Zurique, no norte da Suíça, se tornou o destino de muitas pessoas de outros países que desejam pôr fim às suas vidas de forma pacífica. Mas uma votação neste domingo poderá acabar com isso.


Os eleitores poderão aprovar ou não duas propostas apresentadas em um referendo sobre o chamado suicídio assistido: uma delas é a de proibir a prática como um todo no cantão e a outra propõe limitá-la aos moradores locais.

O suicídio assistido, prática em que uma pessoa portadora de doença terminal ou deficiência grave recebe auxílio para pôr fim à vida, é legal na Suíça há décadas.

Pesquisas de opinião recentes no país mostram que a prática ainda desfruta de amplo apoio entre os suíços, muitos dos quais acreditam que um indivíduo tem o direito de decidir quando e como morrer.

Por isso, a proposta de proibição completa, defendida pelo profundamente religioso partido União Democrática Evangélica, tem poucas chances de ser aprovada.

'Direitos humanos'

''Quando falamos em direitos humanos, acho que isso inclui o direito de decidir sobre a morte também'', afirma o morador de Zurique Christian Bretscher.

Bretscher é contrário às duas propostas e traz a sua própria experiência de suicídio assistido para a campanha.

Há sete anos, sua mãe optou pelo suicídio assistido em vez de seguir vivendo uma vida comprometida pela artrite. Ela pediu ao seu filho que a apoiasse. Ele o fez e não se arrepende.

''O momento em que minha mãe percebeu que era possível ela ir, quando ela segurou aquele copinho (com uma droga fornecida por uma entidade de suicídio assistido) e pensou: 'Sim, eu posso deixar esse mundo', foi um momento de tamanha felicidade e gratidão aos olhos de minha mãe (que eu) nunca me esquecerei.''

Bretscher está convencido de que a maneira pela qual sua mãe morreu foi a melhor solução, não apenas para ela, mas para aqueles que ela deixou.

''Normalmente, as pessoas morrem em algum momento em algum lugar, em hospitais, longe de seus parentes. Para nós, foi muito diferente. Estou certo de que para a minha mãe foi uma maneira linda de dizer adeus a nós. E, para mim, foi uma maneira linda de dizer adeus à minha mãe.''

Turismo

Mas se os eleitores de Zurique parecem propensos a apoiar o direito dos cidadãos suíços como mãe de Bretscher em escolher suas mortes, não está claro se o cantão aceitaria continuar oferecendo esse mesmo direito a cidadãos de outros países, onde o suicídio assistido é ilegal.

Nos últimos anos, Zurique tem povoado as manchetes pelo seu ''suicídio de turismo'', feito por pessoas gravemente doentes da Grã-Bretanha e da Alemanha que têm vindo à região para morrer com o auxílio da organização de suicídio assistido Dignitas.

Por isso, um veto no referendo pode significar que a Dignitas tenha de interromper os serviços oferecidos a clientes estrangeiros.

O governo suíço também está revisando leis federais relativas ao suicídio assistido, e estará acompanhando os votos em Zurique com muita atenção.

A aprovação da proposta de restringir o suicídio assistido aos residentes permanentes ou mesmo um voto próximo a essa decisão, pode influenciar a maneira do governo de pensar.

A descoberta no ano passado de urnas no lago Zurique contendo as cinzas de estrangeiros que teriam recorrido à prática causou choque.

Existem ainda preocupações relativas à rapidez com que pacientes de outros países podem realizar um suicídio assistido; muitos chegam a Zurique e podem recorrer à prática dentro um ou dois dias.

Ativistas contrários ao procedimento, como Hans Peter Haering, da União Evangélica, acreditam que isso não contribui positivamente para a imagem de Zurique.

''Em outros países, dar assistência a suicidas é errado. É ilegal. Então, eu me pergunto por que estamos fazendo na Suíça coisas que são proibidas em outros países. Não é digno de nossa parte. É como os segredos de nossos bancos. Todos estão se perguntando porque é que nós permitimos isso''.

O criador da entidade Dignitas, Ludwig Minelli, se recusou a dar declarações antes da realização do referendo.

Mas em uma entrevista à BBC em junho do ano passado, ele descreveu o direito de escolher o momento e a maneira de morrer como sendo ''o derradeiro direito humano'' e se manifestou contra iniciativas que acabem com esse direito.

`Responsabilidade'

A maior organização de suicídio assistido de Zurique, a Exit, já tem a política de tratar somente pessoas que são residentes permanentes na Suíça.

Bernard Sutter, vice-presidente da organização, diz que é triste que as pessoas tenham que viajar a outros países para morrer.

"Ajudar alguém em um suicídio assistido é uma responsabilidade muito grande" explica.

"Antes de poder ajudar alguém, precisamos conferir cada pequena coisa. É importante que os vejamos muitas vezes, que vejamos o diagnóstico e que examinemos todo o histórico médico deles. Mas se alguém vem de longe, talvez não saibamos sua língua e não tenhamos maneiras de viajar para outro país para visitá-lo no hospital. Então como podemos fazer nosso trabalho seriamente?"

Por isso, apesar de continuar apoiando o direito de escolher sua hora de morrer, ele e outros suíços começam a ficar impacientes com o turismo do suicídio.

"Não podemos resolver os problemas do resto da Europa com a morte. E achamos muito tristes que as pessoas tenham que viajar milhares de quilômetros para irem morrer em um país liberal."

Pesquisas recentes entre os eleitores suíços mostram que a maioria deles apóia a prática do suicídio assistido, mas 66% são contra o turismo do suicídio.

Mãe que quer deixar filha morrer obtém direito inédito a censura em Twitter e Facebook

Britânica conseguiu liminar na Justiça que impede veiculação de notícias a respeito do caso, inclusive nas redes sociais

Um juiz concedeu uma liminar na Grã-Bretanha que proíbe a veiculação de informações no Twitter e Facebook sobre o caso de uma mãe que está lutando na Justiça para conseguir interromper o atendimento médico a sua filha. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela imprensa britânica.

A filha, de 43 anos, sofreu graves danos cerebrais em 2003 em decorrência de uma doença e está em um estado mínimo de consciência. A mãe quer interromper a alimentação da filha e o tratamento médico, apenas fornecendo o mínimo necessário para aliviar a sua dor e deixá-la morrer com o menor desconforto possível.

O juiz Scott Baker, da Alta Corte britânica, concedeu uma liminar que seria a primeira do tipo no país a proibir a veiculação de informações nas redes sociais Facebook e Twitter.

Nas últimas semanas, várias celebridades britânicas têm conseguido liminares que impedem a veiculação de notícias a respeito de suas vidas privadas em jornais, revistas, televisão, rádio e nos respectivos sites da internet.

No entanto, alguns tabloides e internautas vêm driblando as restrições usando sites como o Twitter e o Facebook, que não foram citados nas liminares.

A ordem impede não apenas de se noticiar informações sobre o caso como também de entrevistar ou contatar uma lista de 65 pessoas próxima à mulher e sua filha, que é citada no caso apenas como "M". Entre as pessoas listadas estão funcionários do hospital onde ela está sendo tratada.

A mãe entrou com um pedido na Corte de Proteção, um tribunal específico que lida apenas com casos de pessoas incapacitadas de tomar decisões devido a deficiências ou problemas de saúde, para conseguir que o fornecimento de alimentação à filha seja interrompido.

O uso de liminares para impedir que alguns fatos sejam revelados na imprensa foi criticada por meios de comunicação na Grã-Bretanha. O primeiro-ministro, David Cameron, disse que acha "preocupante" o uso excessivo deste tipo de medida.

Nesta semana, a polêmica aumentou depois que um internauta publicou em sua conta do Twitter uma lista de supostas celebridades britânicas que teriam obtido liminares que censuram notícias suas na imprensa.

Como o Twitter é baseado nos Estados Unidos, advogados acreditam que é difícil fazer com que liminares da Justiça britânica sejam obedecidas.

Mas advogados ouvidos pelo jornal The Guardian dizem que usuários do Twitter que violarem a liminar concedida no caso da mãe - que cita o Twitter e o Facebook - correm o risco de ir para a cadeia. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Glaucoma afeta também o cérebro

MARIANA LENHARO

Os danos provocados pelo glaucoma, principal causa de cegueira irreversível no País, não se limitam aos olhos, como os médicos acreditavam até o momento. As regiões do cérebro relacionadas à visão também são afetadas pela doença, segundo uma pesquisa coordenada pelo Hospital Israelita Albert Einstein em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e com a Universidade de São Paulo (USP).

Os resultados foram apresentados no início deste mês no Encontro da Association for Research in Vision and Ophthalmology (Arvo), nos Estados Unidos, e obtidos com exclusividade pelo Jornal da Tarde. A descoberta mostra que a doença é mais complexa do que supunham os médicos e apresenta novos desafios às pesquisas de tratamento.

O oftalmologista Augusto Paranhos, um dos coordenadores do estudo, explica que à luz dos novos dados não adianta pensar, por exemplo, em estratégias de tratamento com células-tronco ou relacionadas à neuroproteção que atuem apenas no olho. “Assim, pode ser que não adiante colocar um chip na retina, ou uma célula-tronco.

Mesmo que ela se transformasse em uma célula ganglionar retiniana (que é a célula que morre quando a pessoa tem glaucoma), o tratamento não seria efetivo, pois outras porções da via óptica estariam lesadas.”

Acreditava-se que somente o nervo óptico era atingido pela doença, que geralmente vem associada à pressão intraocular elevada (mas também pode ocorrer quando a pressão é normal). A forma mais comum do glaucoma surge quando o olho tem dificuldade em escoar um líquido que é produzido continuamente atrás da íris.

Como esse líquido não consegue ser totalmente absorvido, a pressão no interior do olho aumenta. “Com a pressão aumentada, as estruturas internas são lesadas, principalmente o nervo óptico”, explica a oftalmologista Daniela Fairbanks, do Hospital São Luiz. “É como uma bola de futebol que vai enchendo. Se ela tem uma parte mais fina, essa parte vai abaular. É assim com o nervo óptico.”

Quando o nervo óptico é afetado, os estímulos visuais falham e o paciente começa a perder o campo visual. O que a pesquisa descobriu é que as mortes celulares continuam ocorrendo, como em uma reação em cadeia, chegando até o córtex visual – área do cérebro responsável pela visão. Essa região cerebral diminui de volume e passa a responder aos estímulos de maneira deficitária em relação a um cérebro saudável.

Na pesquisa coordenada pelo Einstein, essa constatação foi feita pela observação do cérebro de 20 pacientes por meio de uma ressonância magnética de três tesla (equipamento mais potente do que aquele comumente usado em diagnósticos por imagem).

Durante esses exames, foram observados dois aspectos: o volume do córtex visual e a resposta dessa região cerebral a estímulos visuais específicos. Nos dois aspectos, foram encontradas alterações significativas em relação ao cérebro do paciente que não tem glaucoma. Depois dos resultados, os pesquisadores pretendem aumentar o número de casos analisados para 80 pacientes.

Paranhos conta que a parceria entre as instituições começou por causa da intenção comum dos pesquisadores do Albert Einstein, do Departamento de Oftalmologia da Unifesp e do Laboratório de Psicofísica do Instituto de Psicologia da USP de pesquisar o efeito do glaucoma no cérebro, que já tinha sido sugerido anteriormente em estudos com cadáveres – que constataram a diminuição do córtex visual em pacientes com a doença.

O projeto de pesquisa foi feito em conjunto e está sendo financiado pela Fapesp. De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, a doença acomete cerca de 2% das pessoas com mais de 40 anos e tende a ser mais frequente conforme o avanço da idade.

Incor faz centésimo transplante de coração em crianças

Além de a cirurgia ser mais delicada, a disponibilidade de órgãos para crianças é muito menor

Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo

O Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas alcançou no fim de semana passado a simbólica marca do centésimo transplante cardíaco pediátrico realizado pela instituição. O paciente é o carioca Lucas Coelho da Costa, de 12 anos, que sofre de insuficiência cardíaca provocada por uma doença genética, a cardiomiopatia restritiva, que enrijece o músculo e impede que o sangue seja bombeado para o corpo em quantidade suficiente.

"É um momento histórico, porque o programa de transplante cardíaco infantil do Incor completa 20 anos e porque sabemos da dificuldade de fazer transplante em crianças", diz a professora Estela Azeka, cardiologista da Unidade Clínica de Cardiologia Pediátrica e Cardiopatias Congênitas do Adulto, que acompanhou todos os transplantados.

Doação. Rodrigo Marques recebeu um novo coração aos 4   JB Neto/AE


Além de a cirurgia em criança ser mais delicada, outra dificuldade é conseguir doador. Levantamento do qual Estela participou, entre 1996 e 1997, mostrou que para cada mil potenciais doadores adultos havia apenas cem infantis. A proporção desigual se manteve na década seguinte (1997-2007) - 150 crianças para mais de mil potenciais doadores adultos. O índice de recusa da família está em cerca de 30%. "É preciso uma campanha de conscientização."

Lucas, que sonha em ser ator, tem 1,57 metro e pôde receber o coração de um adulto. Ele respira sem auxílio de aparelhos e está lúcido e comunicativo.

Agradecimento. Mas Rodrigo de Melo Marques tinha apenas 4 anos quando passou por um transplante, em 2007, também por cardiomiopatia restritiva. "A doadora foi uma menina de 5 anos, que se engasgou com uma uva. Fizemos questão de agradecer pessoalmente aos pais dela por tanta generosidade", conta o eletricista Alexandre Marques, de 41 anos. Fanático por futebol e pelo São Paulo, Rodrigo nem de longe lembra o menino que passou sete meses na UTI, à espera de doador. Já os pais de Felipe Watanabe atravessaram o mundo para que o filho, então com 2 anos, fosse salvo por um transplante no Incor. A família havia se mudado para o Japão, mas a legislação daquele país não permite a doação de órgãos por pessoas com menos de 16 anos.

Brasil está entre os países que mais consomem analgésicos

Especialistas alertam que um dos principais é a automedicação

O Brasil é um dos campeões mundiais em consumo de analgésico. Em 2010 foram gastos R$ 1,5 bi com na compra desse tipo de medicamento. Especialistas alertam que pessoas que os consomem mais de trÊs vezes ao dia e diariamente, precisam procurar ajuda.

Os médicos explicam que certos remédios em excesso podem afetar diversos órgãos como coração e fígado. Alguns podem até mesmo afetar o cérebro e o psiquismo. A pessoa pode perder o sono e ficar agressiva por exemplo

A grande preocupação dos especialistas é com a automedicação .Ainda mais se os remédios para a dor forem tomados combinados com outros medidcamentos.

Pai que teve que fazer o parto da filha vai receber indenização

Ele e a esposa procuraram atendimento em um posto de saúde, mas não foram ajudados

Há dois anos, José Roberto de Oliveira, teve que fazer o parto da própria filha, pois não conseguiu atendimento na rede pública de saúde, em Santos, no litoral do Estado de São Paulo. Agora ele e a família vão receber uma indenização de R$ 120 mil da prefeitura da cidade.

Por sorte a menina nasceu bem e continua saudável dois anos depois. Em 2009, Josete, mãe de Roberta Vitória chegou a um posto de saúde com nove meses de gravidez. Mesmo com dores a orientação foi de que ela ficasse na sala de medicação.

Roberta nasceu ali mesmo, uma médica só apareceu depois que Oliveira já tinha feito o parto e estava com a filha nas mãos. O casal processou a Secretaria municipal de Saúde. A Justiça decidiu que eles tinham direito a indenização.

O caso deve servir como exemplo e abre precedente para que outras “vítimas” também procurem a Justiça.



http://noticias.r7.com/saude/noticias/pai-que-teve-que-fazer-o-parto-da-filha-vai-receber-indenizacao-20110514.html

Maior dúvida dos jovens de SP é sobre contraceptivos

Em dois anos, Disque Adolescente recebeu 1.700 telefonemas


A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (13) dados sobre o atendimento no serviço "Disque Adolescente" entre os anos de 2008 e 2010. Nesse período, foram recebidos 1.700 telefonemas de jovens de 10 a 20 anos de idade.

As dúvidas sobre métodos contraceptivos foram as mais frequentes, respondendo por 33,2% do total de ligações. A maioria das chamadas foi para buscar esclarecimentos sobre o uso de anticoncepcional oral e preservativos masculinos.

Das dúvidas classificadas como psicológicas, 20% eram sobre dificuldades de relacionamento na escola. Além disso, foram concedidas também orientações sobre temas como sexualidade (19,2%), dúvidas ginecológicas e obstétricas (21,2%) e urológicas (5,3%), entre outras.

Segundo a secretaria, os jovens parecem estar cada vez mais preocupados com o bullying. O termo se refere a todo e qualquer ato de violência psicológica ou física cometido contra outra pessoa, com a intenção de intimidá-la ou agredi-la, como detalha Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria.

- No decorrer das conversas com nossos profissionais, o tema bullying apareceu por muitas vezes como dúvida secundária, o que é uma clara demonstração de que este é um problema sério, que incomodam muito os jovens.

O Disque Adolescente é uma iniciativa da Secretaria de Saúde e da Casa do Adolescente de Pinheiros. Uma equipe formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais atende jovens que ligam em busca de algum tipo de orientação, por meio do telefone (11) 3819-2022. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 11h às 14h.

Vacina contra HIV do macaco pode indicar caminho para humanos

Especialistas alertam que ainda falta segurança para os testes com humanos

Uma nova vacina foi capaz de proteger uma espécie de macaco contra o equivalente em símios ao vírus HIV, apontando um novo caminho na busca por uma vacina para a proteção de humanos, segundo um estudo.

Pesquisadores americanos dizem que a vacina protegeu 13 entre 24 macacos rhesus (primatas da família Cercopithecidae que habitam as florestas temperadas da Índia, China e Afeganistão) durante um experimento, eliminando o vírus da imunodeficiência símia (SIV, na sigla em inglês), que equivale para os símios ao HIV.

Macacos não vacinados infectados com o SIV desenvolveram o equivalente a Aids, causando o colapso de seus sistemas imunológicos.

Segundo os cientistas envolvidos, o estudo, publicado na revista Nature, pode "contribuir significativamente" para o desenvolvimento de uma vacina contra o HIV e a Aids.

Experimento

A nova vacina é carregada por um vírus majoritariamente benigno que permanece no organismo a vida toda, o citomegalovírus (CMV).

O CMV é parte da família dos herpesvírus, família de vírus que inclui os vírus da catapora, do herpes simples e genital e do herpes zoster. Por outro lado, o CMV manteria o sistema imunológico permanentemente em estado de alerta contra o HIV.

A vacina estimulou a produção de um tipo de célula sanguínea de defesa chamada Linfócito T Memória. Ela permanece vigilante no corpo muito tempo após o início de uma infecção, oferecendo proteção a longo prazo.

O líder da equipe de pesquisadores, Louis J. Picker, do Vaccine and Gene Therapy Institute, no Estado de Oregon, Estados Unidos, disse que as células T Memória são como soldados em prontidão. Picker disse também que há evidências de que a vacina na verdade erradicou traços do SIV nos macacos, algo que, segundo ele, "é sem precedentes" em pesquisas sobre vacinas contra o HIV.

No experimento, 24 macacos saudáveis receberam uma vacina contendo uma versão geneticamente modificada do rhesus citomegalovírus (CMV).

Ele ofereceu proteção completa contra o SIV em 13 dos animais. Destes, 12 continuaram protegidos um ano mais tarde.

Preocupação

Outros pesquisadores atuando nessa área receberam bem o novo estudo, mas ressaltaram problemas de segurança que teriam de ser resolvidos antes de que um experimento desse tipo pudesse ser feito em humanos, como explica o especialista Andrew McMichael, da Oxford University, na Inglaterra.

- Estou entusiasmado com o trabalho porque ele realmente demonstra que pode ser possível erradicar o vírus HIV a partir de uma resposta imunológica forte. Mas, ao mesmo tempo, estou me perguntando como seria possível adotar essa abordagem em humanos.

O problema seria a segurança em potencial e questões regulamentares associadas com a introdução do CMV em humanos - ainda que a maioria da população já seja portadora do vírus.

- O CMV não é totalmente benigno, ele causa uma série de doenças. Se você está introduzindo nas pessoas algo (o vírus) que não será capaz de eliminar, a possibilidade de ele trazer problemas é um risco muito difícil de administrar.

O cientista Robin Shattock, do Imperial College, em Londres, concordou que a segurança seria essencial.

- O avanço aqui foi usar uma vacina que é administrada por um vírus que permanece ativo, um vírus programado para destruir um vírus patogênico. O difícil vai ser mostrar que ele é seguro e efetivo em humanos.

Picker, líder da pesquisa, respondeu que essas questões vão ser abordadas em estudos futuros. Ele lembrou que as primeiras versões da vacina contra varíola também traziam riscos a humanos.

- Na África subsaariana, 99% das pessoas são CMV positivas e a metade da população no mundo desenvolvido também é. Então sabemos bastante a respeito e (o vírus) é em grande parte não patogênico, exceto em populações vulneráveis, como mulheres grávidas.

Picker disse que o próximo passo é criar um vírus que tem uma habilidade maior de gerar células T memória, mas sem a capacidade de infectar porções vulneráveis da população.

Vacinas contra HIV

Para cientistas, desenvolver uma vacina contra o HIV tem se revelado um grande desafio, mas houve alguns resultados promissores.

Em 2009, pesquisadores na Tailândia publicaram na revista Lancet resultados obtidos com uma vacina experimental contra o HIV que, segundo os cientistas, reduziu o risco de contrair o vírus em um terço.

No ano passado, um estudo trazido pelo New England Journal of Medicine sugeriu que uma droga usada para tratar pacientes portadores do vírus HIV pode oferecer a homossexuais e bissexuais alguma proteção contra o vírus.

Testes feitos com a droga Truvada entre quase 2,5 mil homens sugerem que o medicamento pode reduzir as chances de contágio de homem para homem em 44%.

Um avanço definitivo, no entanto, ainda não ocorreu.

4% das crianças e adolescentes têm déficit de atenção no Brasil

Mais de metade dos pacientes não sabe que tem o problema

Entre crianças e adolescentes brasileiros de quatro a 18 anos, 4,4% sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), aponta estudo coordenado pelo Instituto Glia com 5.961 jovens de 18 Estados do país.

Trata-se do primeiro estudo epidemiológico sobre TDAH feito no Brasil com essa abrangência. O índice se assemelha aos observados em outras partes do mundo, que indicam a presença de TDAH em 5% dos jovens.

O médico Marco Antônio Arruda, diretor do Glia e coordenador da pesquisa, conta que a pesquisa resultou em três estudos que serão apresentados no 3.º Congresso Mundial de TDAH, neste mês, na Alemanha.

Para ele, um dos achados mais graves é que, entre as crianças com TDAH, 58,4% não tinham o diagnóstico e só 13,3% tomavam medicação adequada. Por outro lado, 6,1% haviam sido erroneamente diagnosticados e 1,6% tomavam remédio sem precisar.

Conheça os principais tipos de dor de cabeça

http://noticias.r7.com/saude/fotos/conheca-os-principais-tipos-de-dor-de-cabeca-20110512.html

Saiba como diferenciar e tratar os diferentes tipos de dor de cabeça

Ela pode aparecer por causa do estresse, da comida e até do sexo

A dor de cabeça é um mal que não distingue idade, sexo ou raça. Todos, alguma vez na vida, sentirão tal desconforto. Segundo a neurologista Celia Roesler, membro da Sociedade Internacional de Neurologia, existem quase 300 tipos diferentes de dor de cabeça, classificados de acordo com a gravidade e recorrência.

Uma pesquisa recente divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que a dor de cabeça é um dos problemas de saúde mais comuns no mundo. De acordo com o estudo, estima-se que até 75% dos adultos de 18 a 65 anos sofreram com dores de cabeça no ano passado.


Outros dados, divulgados pela Academia Brasileira de Neurologia, afirmam que, dos 190 milhões de brasileiros, 93% já tiveram dor de cabeça em alguma época da vida e 31% precisariam de tratamento médico em razão dos problemas que a dor pode causar – desde a incapacidade de trabalhar e estudar até a piora da qualidade de vida.

A enxaqueca e a cefaleia tensional são os tipos de dor de cabeça mais comuns entre os brasileiros, explica o neurologista Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Quando frequente, qualquer tipo de dor na região craniana deve ser tratado, afirma Ciciarelli.

- Pessoas com cefaleia frequente tem que procurar um tratamento adequado para evitar abuso de analgésico, que só vai ajudar a aumentar a frequência da dor e diminuir o efeito dos analgésicos produzidos pelo próprio corpo para combatê-la.

Além do tratamento, vale saber quais fatores desencadeiam as dores para evitá-las, sugere o neurologista Carlos Bondini, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Aquela dor que aparece depois de fazer exercícios físicos ou de uma relação sexual pode ser perigosa.

- A dor de cabeça que aparece depois de uma tosse forte, do esforço físico ou da atividade sexual é sempre encarada como situação de alerta e preocupa os médicos.

Na próxima quinta-feira (19), Dia Nacional da Cefaleia, eventos espalhados pelo país vão levar informações sobre o problema.

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Brasil gasta menos com saúde que a África

Maior parte dos recursos aplicados no setor sai do bolso do cidadão

A parcela do Orçamento que o governo brasileiro destina à área da saúde, de 6%, é inferior à média africana, de 9,6%. Além disso, a maior parte dos recursos aplicados no setor ainda é paga pelo cidadão.

Os dados são da OMS (Organização Mundial da Saúde), que divulgou nesta sexta-feira (13) seu relatório anual. O documento inclui um raio-x completo do financiamento da saúde e escancara uma realidade: o custo médio da saúde ao bolso de um brasileiro é superior ao da média mundial.

O relatório é apresentado às vésperas da abertura da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, que terá a presença de ministros de todas as regiões para debater, entre outros temas, o futuro do financiamento do setor.

Dados da OMS apontam que 56% dos gastos com a saúde no Brasil vêm de poupanças e das rendas de pessoas. O número representa uma queda em relação a 2000 - naquele ano, 59% de tudo que se gastava com saúde no país vinha do bolso de famílias de pacientes e de planos pagos por indivíduos.

Mesmo assim, a taxa é considerada uma das mais altas do mundo, superior ao valor que africanos, asiáticos e latino-americanos gastam em média.

Em termos absolutos, o governo brasileiro destina à saúde de um cidadão um décimo do valor direcionado pelos países europeus.

Das 192 nações avaliadas pela OMS, o Brasil ocupa uma posição medíocre - apenas 41 têm um índice mais preocupante. Para fazer a comparação, a OMS utiliza dados de 2008, os últimos disponíveis em todos os países para permitir uma avaliação completa.

Problema digestivo na infância pode aumentar risco de depressão no futuro

Pesquisa de Harvard traça paralelo entre distúrbio gástrico e alteração de humor


Depressão e ansiedade podem ser resultado de algum problema digestiva ocorrido nos primeiros anos de vida, de acordo com um estudo realizado com ratos de laboratório por pesquisadores da Universidade de Stanford.

Os resultados sugerem que algumas condições psicológicas humanas podem ser o resultado, e não a causa, de distúrbios gastrintestinais, afirma Pankaj Pasricha, professor e chefe de gastroenterologia e hepatologia da Escola de Medicina da Universidade de Stanford.

- Antigos estudos se concentraram na compreensão de como a mente pode influenciar o corpo. Mas este sugere que pode ser o contrário. Irritação gástrica durante os primeiros dias de vida pode redefinir o cérebro, deixando-o em estado permanentemente deprimido.

No entanto, ele ressalta que nem todos os problemas de estômago levam à problemas psicológicos ao longo da vida. O impacto da irritação pode depender mais de quando ela ocorre do que como, e mesmo pela predisposição genética da pessoa afetada, afirma o pesquisador. Ele explica que as vísceras, ou órgãos internos, são particularmente vulneráveis no início do desenvolvimento.

Cerca de 15% 20% das pessoas sofrem de dispepsia funcional, ou dor persistente ou recorrente na parte superior do abdome. Diante disso, pesquisadores como Pasricha têm notado por muito tempo que essas pessoas também são mais propensas a ser mais ansiosas ou deprimidas.

A sabedoria popular sustentou que os hormônios do estresse associado a alterações de humor do paciente foram responsáveis por sua distúrbios digestivos.

No entanto, há outra opção, segundo o pesquisador.

- O intestino e o cérebro são conectados entre si pelo nervo vago, que vai do cérebro para os órgãos internos do corpo. E além disso, o intestino tem seu próprio sistema nervoso que é relativamente independente. Assim, a comunicação entre o intestino e do cérebro de adultos é elaborada e bidirecional, e as mudanças no intestino são sinalizadas diretamente para o cérebro.

Mamógrafos do SUS passam por auditorias para avaliar situação dos aparelhos

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Mamógrafos distribuídos em 823 municípios brasileiros e utilizados na rede pública de saúde vão passar por auditorias. De acordo com o Ministério da Saúde, o mapeamento da situação dos aparelhos começa pelas 27 capitais e será feito por auditores da própria pasta e de secretarias estaduais e municipais de Saúde.

Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde indicam que cerca de 2.190 mamógrafos são mantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por redes conveniadas. Até o dia 17 de junho, todas as unidades de saúde que têm mamógrafos devem ter passado pela vistoria.

Serão levados em conta fatores como a quantidade de exames produzidos em um determinado intervalo de tempo, localização, marcas e modelos dos aparelhos. Também serão registradas informações do quadro de profissionais de saúde envolvidos na operacionalização dos mamógrafos, como médicos, enfermeiros e técnicos em radiologia.

Os dados serão compilados em um relatório que, segundo a pasta, será entregue ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, até o final do mês de julho. O documento vai servir de base para o desenvolvimento do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em março.

Pesquisa vai avaliar eficácia de medicamentos contra osteoporose no Brasil

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Com o intuito de ampliar os conhecimentos sobre a osteoporose no país, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), busca voluntários no estado para uma pesquisa que definirá as políticas públicas a serem adotadas com relação à doença no Brasil.

O estudo tem recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e conta com o apoio dos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia. De acordo com a reumatologista do Into Ana Maria Braga, o trabalho visa a avaliar como os medicamentos de combate à osteoporose podem atuar na população brasileira.

“O objetivo é observar essas medicações que hoje são usadas contra a osteoporose na população brasileira”, diz a reumatologista. Segundo ela, os estudos disponíveis atualmente foram feitos nos Estados Unidos e em países europeus e asiáticos, principalmente.

“Esses pacientes têm características genéticas e populacionais diferentes da nossa. Então é preciso que haja um estudo na população brasileira. Porque é importante a gente observar se esses remédios que já estão no mercado atuam na osteoporose do brasileiro, na doença do nosso povo e com as características que ele tem.”

Os interessados em colaborar com a pesquisa podem se cadastrar, por meio do preenchimento do formulário eletrônico disponível no site http://www.into.saude.gov.br/, ou pelos telefones (21) 3512-4987 ou (21) 3512-4988. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h. É preciso ter mais de 60 anos, além do diagnóstico da doença comprovada por um médico.