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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Anvisa proíbe fabricação e venda de três suplementos vitamínicos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação e venda no Brasil de três marcas de suplementos vitamínicos, segundo resoluções publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira (3)

O suplemento de cafeína para atletas, marca Green Coffee Beads, teve proibida a importação, distribuição e comercialização em território nacional, por comprovação de divulgação irregular das propriedades terapêuticas e medicamentosas do produto, não permitidas pela legislação, tais como: queima de gordura, ação termogênica e bloqueio de gordura.

Com relação ao suplemento vitamínico e mineral, marca No Xplode, a fabricação, distribuição e comercialização foram proibidas em razão de a composição do produto conter cálcio arginato e magnésio arginato, substâncias cuja segurança não estão comprovadas perante a Anvisa.
 
 
Foi ainda proibida a fabricação, distribuição e a comercialização do suplemento vitamínico e mineral, marca Monster Extreme Black, por apresentar em sua composição magnésio arginina quelato e cálcio arginina quelato, substâncias também sem a segurança comprovada perante a Anvisa.
 
 
UOL

Postos de reciclagem do Rio recebem lixo hospitalar e produto químico

Catadora já precisou tomar coquetel para evitar infecção por HIV. Município do Rio não deve atingir a meta de reciclagem definida em plano
 
A falta de políticas públicas para cumprir a Lei Nacional de Resíduos Sólidos – que procura organizar a forma como o país trata o lixo, ao incentivar reciclagem e sustentabilidade –, tem afetado diretamente a vida dos catadores que deixaram as rampas dos lixões desativados no Rio de Janeiro e ainda tentam sobreviver da coleta seletiva. Além da falta de material para trabalhar com reciclagem, catadores de centrais apoiadas pela prefeitura do Rio, em convênio com o BNDES, correm riscos com o despejo de lixo hospitalar e produto químico nos pátios das centrais.
 
Segundo Evelyn Marcele de Brito, gestora da Coop Futuro, que atua na Central de Triagem de Irajá, há cerca de quatro meses ela precisou tomar o coquetel do dia seguinte para evitar a infecção pelo HIV após se espetar com uma seringa que estava misturada entre o material reciclado.
 
“É a realidade da cooperativa que eu passo hoje, com a minha mão espetada de seringa e a dos demais catadores que estão lá”, afirma Evelyn, garantindo que diariamente chegam diversos sacos com lixo hospitalar.
 
De acordo com a Comlurb, o resíduo químico foi uma ocorrência pontual que exigiu providências técnicas e ambientais imediatas e urgentes.
 
“Os resíduos estão em processo de análise e, paralelamente, foram adotadas medidas emergenciais no sentido de preservar a saúde dos catadores e garantir com segurança a continuidade dos trabalhos nessa área”, diz nota enviada ao G1.
 
De acordo com a lei, o lixo hospitalar deve ser devidamente condicionado em embalagens específicas e depositado em aterro sanitário através de sistema de coleta especial ou, dependendo da qualificação, até mesmo incinerados.
 
Contaminação coletiva
No meio de maio, catadores que trabalham na Central de Triagem de Bangu ficaram uma semana sem trabalhar por conta de um produto químico, ainda não identificado, que foi descarregado na central juntamente com o lixo destinado à reciclagem.

“Os trinta e seis catadores que estavam aqui começaram a passar muito mal. O material chegou no pátio dia 18 e só foi retirado dia 23. Todos tiveram contato com aquilo. Não sabemos se fomos contaminados com alguma coisa e com qual produto tivermos contato”, afirmou Eva Barbosa Alves de Souza, de 39 anos, que trabalhou durante 13 anos no Lixão de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
 
Em nota, a Comlurb novamente alegou se tratar de um fato isolado e disse que a companhia treina suas equipes para orientar a população que aderiu à coleta seletiva a qual tipo de material deve ser destinado à reciclagem.
 
“A Comlurb tinha que fazer um exame nos cooperados. Eu não sei qual tipo de doença posso ter levado para dentro da minha casa, para meus filhos e minha família”, disse Custódio Silva, de 55 anos, 17 deles trabalhando como catador em Gericinó.

De acordo com os trabalhadores, os principais sintomas após o contato foram náuseas, dor de cabeça, perda de voz, falta de ar e dormência na boca. Os catadores voltaram a trabalhar na Central de Triagem no dia 25 de maio.
 
Rio não deve atingir meta de 25% do lixo para a reciclagem
Após a publicação da Lei 12.305/10, que determinou o fechamento dos lixões e instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, as prefeituras foram obrigadas a definir metas de redução dos resíduos enterrados.
 
Inicialmente, o município do Rio definiu como meta aumentar a coleta seletiva para 25% até 2016. No entanto, atualmente a prefeitura encaminha para a reciclagem apenas 5% do lixo com potencial reciclável. Segundo a Comlurb, com a coleta seletiva praticada por empresas, pelo comércio e por grandes condomínios, estima-se que esse percentual chegue a 15% até o ano que vem e não atingirá a meta. De acordo com a Secretaria Estadual do Ambiente, somente 1,75% do lixo produzido nos 92 munícipios do Estado é encaminhado para a reciclagem.

Segundo o ambientalista Sérgio Ricardo, um dos convidados da Alerj para acompanhar as reuniões e visitas técnicas das CPI do Lixo, a coleta seletiva no Rio de Janeiro é quase inexistente.
 
“Só existe uma forma de favorecer a reciclagem, que é cobrar da prefeitura metas para reduzir o que é enterrado. O material com maior potencial para a reciclagem está sendo enterrado. Foi isso de 1976 a 2012 em Gramacho e está sendo agora em Seropédica”, afirmou o ambientalista, destacando que apesar da lei, 37 aterros continuam a operar no estado.
 
“Quase todo o lixo é enterrado no Rio. A quem interessa isso? As empresas que têm essas concessões. E se a gente observar, a CPI vai emitir no final um parecer sobre isso, essa administração está nas mãos de pouquíssimos. Essa é uma situação que está beneficiando poucas empresas, por períodos muito longos, concessões de 25 anos ou até mais. Isso precisa ser investigado com critério”, afirmou o deputado Gláucio Julianelli, que integra a CPI do Lixo da Alerj.
 
Ainda de acordo com o deputado, quanto mais recurso é empregado no enterramento do lixo, menos investimentos são feitos em outras áreas importantes. Apenas com o enterramento do lixo do município do Rio são gastos cerca de R$ 550 mil por dia.

Falta de equipamento e espaço inadequado para a coleta seletiva
Apesar do acordo firmado entre a Prefeitura do Rio e o BNDES em março de 2011, que prevê investimentos de R$ 50 milhões, apenas R$ 5.237.597,75 foram liberados até o momento. De seis centrais de reciclagem previstas para serem criadas com a verba, quatro anos após a assinatura do contrato, apenas a Central de Triagem de Irajá está em funcionamento. Inicialmente, a previsão era que todas as centrais estivessem em funcionamento até junho de 2016.

Os cooperados da central de Irajá dizem que, apesar do investimento, nem todas as máquinas estão operando e um caminhão que seria destinado à coleta seletiva nunca foi entregue aos catadores.
 
“É uma situação horrível, principalmente quando a gente sabe e tem a consciência de que foi investido muito dinheiro na coleta seletiva do Rio. Por que esse dinheiro não foi investido no catador? Estamos cansados. De nove máquinas, seis estão paradas. O desejo deles é que fracasse para eles justificarem o erro”, criticou Evelyn.
 
Já a Central de Triagem de Bangu, cujo primeiro prazo de entrega dado foi agosto de 2014, ainda não ficou pronta e os catadores utilizam precariamente um galpão cedido pela Comlurb ao lado da obra.
 
“Essa obra está parada desde o ano passado. Enquanto nosso galpão não fica pronto, estamos trabalhando aqui mesmo. Nós tínhamos o exemplo de Gramacho, pois eles receberam a indenização e no dia seguinte não tinham mais nada. No Termo de Ajuste de Conduta nós fizemos questão que constasse que a Comlurb teria que alugar um espaço para os catadores continuassem trabalhando”, ressaltou Custódio.

De acordo com a companhia, a empresa contratada para realização da obra da Central de Triagem de Bangu não cumpriu o prazo e foi multada e penalizada. A obra para finalizar a Central de Triagem de Bangu foi licitada em maio deste ano e a conclusão está prevista para outubro.
 
A Central de Triagem do Centro precisou ser revista devido ao planejamento urbanístico da região do Porto Maravilha, o local anteriormente definido não pôde mais ser utilizado. Foi definida uma área da Comlurb no Caju e o projeto para a implantação da terceira CT está sendo realizado. O projeto para as outras três centrais ainda não saiu do papel.

Salários baixos e número de trabalhadores reduzido
Com pouco material de qualidade, falta de maquinário e espaços improvisados, é difícil abrigar os catadores nas cooperativas. Segundo Evelin, em outubro do ano passado, 64 catadores trabalhavam na Central de Irajá, mas como não há matéria-prima para gerar fonte de renda para todos, o número caiu drasticamente.

“Hoje, eu tenho 25 cooperativados. O problema é a qualidade do material que vem. É muito rejeito. Até hoje, o máximo que consegui pagar foi R$ 880. Não recebemos material para 200 catadores trabalharem”, garantiu Evelyn. Quando a central de Irajá foi inaugurada em janeiro do ano passado, o prefeito Eduardo Paes afirmou que 200 postos de trabalho seriam criados e os catadores teriam renda de cerca de R$ 1.350.

Em Bangu, cerca de 36 catadores trabalham provisoriamente no galpão. Segundo o grupo, cada um consegue receber cerca de R$ 730 por mês. “Houve um tempo que a maior parte do material era rejeito. Mas brigamos, fomos lá na Comlurb e fizemos uma reunião. Hoje, o volume que chega vem com qualidade melhor, mas ainda não é o suficiente para mais que 36 pessoas. Não temos material suficiente, nem espaço adequado”, afirmou Eva.
 
G1

O grande debate do corte do cordão umbilical

cordao umbilical quando cortarO cordão umbilical tem estado no centro de um debate internacional há anos. Quando cortá-lo? Os cientistas simplesmente não conseguem chegar a um acordo
 
A discussão aumentou recentemente com um movimento popular da parteira Amanda Burleigh, do Reino Unido. Seus clamores, feitos há quase uma década, atraíram a atenção de médicos ao redor de todo o mundo.
 
“Eu queria encontrar respostas para a razão pela qual tantas crianças, incluindo a minha, dos meus amigos e dos meus colegas, pareciam ter necessidades de aprendizagem e de saúde adicionais, especialmente os meninos”, disse Burleigh.
 
Para isso, passou a refletir sobre sua própria prática como parteira. “Eu comecei a questionar por que fomos treinados para cortar o cordão umbilical imediatamente após um bebê nascer”, conta. “Então, comecei a explorar a minha teoria de que deve haver um link para a saúde da criança com base em quando o cordão é cortado”
 
Recomendações confusas
Os médicos dizem que, antes de meados dos anos 1950, quando muitos bebês nasciam nas mãos de parteiras, a maioria dos cortes acontecia quando o cordão umbilical parava de pulsar, em torno de cinco minutos após o parto.
 
Hoje em dia, o tempo exato em que isso deve ser feito não é uma regra; é, na verdade, um tema controverso entre a comunidade médica.
 
De acordo com o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, o pinçamento do cordão umbilical geralmente acontece dentro de 15 a 20 segundos após o nascimento. Eles sugerem que o ato seja feito entre 30 a 60 segundos após o parto.
 
Muitas organizações de saúde internacionais, incluindo a Organização Mundial de Saúde, agora recomendam que o pinçamento do cordão umbilical seja feito entre um a três minutos após o nascimento.
 
O que a ciência diz?
Alguns estudos têm sugerido efeitos positivos do corte tardio do cordão umbilical, incluindo aumentos nas reservas de ferro, volume de sangue e desenvolvimento do cérebro.
 
Em uma pesquisa divulgada esta semana na revista médica JAMA Pediatrics, cientistas da Suécia mediram os efeitos do corte tardio do cordão. 263 bebês saudáveis que nasceram no tempo certo foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um teve seus cordões umbilicais cortados menos de 10 segundos após o nascimento, e o outro três minutos após o nascimento.
 
Os dois grupos foram então monitorados durante quatro anos. Os bebês com corte tardio do cordão se saíram modestamente melhor em testes que avaliaram suas habilidades motoras finas e habilidades sociais. Os meninos foram os que apresentaram a maior melhoria, estatisticamente. Os resultados não mostraram diferença no QI global.
 
As descobertas não são dramáticas, mas os pesquisadores disseram que este é um passo importante. “É incrível ver a diferença que três minutos extras podem ter sobre a saúde geral de uma criança, especialmente quatro anos depois”, disse o Dr. Ola Andersson, principal autor do estudo e pediatra da Universidade de Uppsala, na Suécia. “Isso é muito promissor, mas estudos mais amplos são necessários”, disse Andersson.
 
Questões que ainda precisam de resposta
Os médicos que apoiam a espera no corte do cordão umbilical afirmam que, no parto, a menor quantidade de sangue poderia ter um grande impacto sobre aspectos específicos da saúde de uma criança. Além disso, há fatores externos que perpetuam a prática do corte precoce do cordão em países desenvolvidos – ele faz com que células do sangue essenciais permaneçam na placenta, que poderia ser usada e armazenada em bancos de células-tronco.
 
“Não é uma questão simples. Embora o corte precoce torne mais fácil coletar células estaminais do cordão umbilical – uma vez que a maior parte do volume de sangue permanece na placenta -, os nutrientes do sangue do cordão não são entregues diretamente ao bebê no parto”, esclarece o Dr. David Hutchon, ginecologista aposentado do Hospital Memorial em Darlington, Reino Unido.
 
Nos últimos 55 anos, o corte precoce tornou-se popular como protocolo médico para gerenciar a terceira etapa do trabalho de parto – a necessidade de monitorar os gases do sangue do cordão para testar se um bebê está privado de oxigênio durante o parto, o que pode causar danos cerebrais para algumas crianças.
 
“Quando se trata de práticas de parto, precisamos encontrar uma maneira melhor de testar os gases do sangue do cordão, bem como obter células-tronco do cordão e da placenta, depois que o bebê já teve sua transição fisiológica e um volume normal de sangue”, disse Hutchon. “Estamos chegando mais perto de encontrar uma solução, mas ela não existe ainda”.
 
CNN / Hypescience

Esposas estressadas podem aumentar pressão arterial dos maridos

Um novo estudo americano descobriu que, quando homens mais velhos possuem esposas estressadas, sua pressão arterial pode subir
 
Resultados
Os pesquisadores revisaram os dados de uma amostra nacional de 22.000 pessoas nascidas em 1953 ou mais cedo, com foco em um subconjunto de casais de sexo oposto cujos membros participaram de entrevistas presenciais sobre seus relacionamentos.
 
No geral, foram avaliados cerca de 1.350 casais, uma vez em 2006 e novamente em 2010, para ver como a pressão arterial de cada um mudou de acordo com seus níveis de satisfação ou de estresse no relacionamento.
 
“Descobrimos que os maridos tinham pressão arterial mais elevada quando as esposas relataram maior estresse. Esta ligação foi ainda maior quando os maridos estavam mais descontentes sobre o relacionamento”, disse a principal autora do estudo, Kira Birditt, cientista do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan em Ann Arbor (EUA).
 
A qualidade conjugal negativa experimentada por apenas um membro do casal não foi associada com a pressão arterial, mas quando ambos os membros estavam infelizes, ambos também tinham pressão arterial mais elevada.
 
A felicidade delas é a chave
Em comparação com o grupo maior, o subconjunto neste estudo era mais saudável, mais jovem, mais propenso a ser branco e a relatar menos estresse crônico. A maioria dos casais eram casados, mas 3% apenas coabitavam.
 
Em 2006, cerca de um terço dos maridos tinham pressão arterial elevada, assim como 26% das mulheres. Em 2010, 37% dos homens e 30% das mulheres tinham pressão arterial elevada.
 
Maridos estressados tinham menor pressão arterial quando suas mulheres relatavam menos estresse.
 
Mulheres estressadas, no entanto, tiveram menor pressão arterial mesmo quando seus maridos estavam também estressados.
 
A conclusão é que o estresse das esposas é mais propenso a ser ligado a pressão arterial elevada em seus cônjuges. “Maridos mais velhos tendem a ser dependentes de suas esposas para cuidados, preparação de refeições, responsabilidade familiar”, disse Kristen Peek, professora de medicina preventiva e saúde comunitária na Universidade do Texas (EUA), que não esteve envolvida no estudo. “Para os casais mais velhos cujos casamentos seguem papéis de gênero mais tradicionais, faz sentido que maridos tenham saúde mental e física mais pobre em resposta ao declínio das esposas”.
 
Reuters / Hypescience

Infecções podem afetar a inteligência, diz estudo

Estudo foi feito a partir do registo nacional de rastreamento de 190 mil dinamarqueses nascidos entre 1974 e 1994 e que tiveram o QI avaliado entre 2006 e 2012
Estudo foi feito a partir do registo nacional de rastreamento
de 190 mil dinamarqueses nascidos entre 1974 e 1994 e que
 tiveram o QI avaliado entre 2006 e 2012
Infecções severas podem diminuir a capacidade cognitiva mesmo depois de muitos anos que o problema foi tratado e resolvido, aponta pesquisa dinamarquesa
 
Novo estudo dinamarquês mostra que infecções podem diminuir a capacidade cognitiva medida por meio do QI. O estudo é o maior já feito do gênero, e mostra uma correlação clara entre níveis de infecção e dificuldade de cognição.
 
Qualquer um pode sofrer uma infeção, como, por exemplo, no estômago, no trato urinário ou na pele. Esse estudo mostra, no entanto, que o sofrimento de um paciente não necessariamente acaba ao final do tratamento do problema. Na verdade, as infecções subsequentes podem afetar a inteligência do paciente, mensurada por um teste de QI.
 
"Nossa pesquisa mostra uma correlação entre a internação por infecção e a cognição prejudicada, que corresponde a um QI 1,76 menor do que a média. Pessoas com cinco ou mais internações em hospitais por infecção tiveram um QI 9,44 menor do que a média. O estudo mostra, assim, uma relação evidente entre o número de infecções e o efeito sobre a capacidade cognitiva, que é afetada de acordo com a proximidade temporal da última infecção e também com a gravidade do episódio”, disse, em nota, Michael Eriksen Benró, do Centro Nacional de Registros e Pesquisas ligado à Universidade de Copenhage.
 
“As infecções no cérebro afetam a habilidade cognitiva, mas muitos outros tipos de infecções severas, aquelas que demandam hospitalização, também podem diminuir a habilidade cognitiva do paciente. Além disso, parece que o próprio sistema imune pode afetar o sério de tal forma que o QI continuará deficiente, mesmo muitos anos depois que a infecção foi curada”, explicou ele.
 
Michael conduziu o estudo com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Copenhage e da Universidade Aarhus.
 
QI após a infecção
O estudo foi feito a partir do registo nacional de rastreamento de 190 mil dinamarqueses nascidos entre 1974 e 1994 e que tiveram o QI avaliado entre 2006 e 2012. Desses indivíduos, 35% tiveram infecções antes que o teste fosse conduzido.
 
De acordo com Benrós, "infecções podem afetar o cérebro diretamente, mas também por meio de inflamação periférica, que afeta o órgão e nossa capacidade mental. As infecções têm sido previamente associadas com depressão e esquizofrenia, e também foi provado que podem afetar a capacidade cognitiva de pacientes que sofrem de demência. Este é o maior estudo para sugerir que infecções podem também afetar o cérebro de pessoas saudáveis”, disse ele.
 
Segundo o especialista, é possível ver que o cérebro é afetado por todos os tipos de infecções. “Portanto, é importante que mais pesquisas sejam conduzidas sobre esses mecanismos que ligam o sistema imune com a saúde mental”.
 
Ele espera que aprender mais sobre essa conexão ajudará a prevenir o comprometimento mental das pessoas e aumentar as chances de um tratamento no futuro.
 
Experimentos em animais mostraram, anteriormente, que o sistema imunológico pode afetar a inteligência, e estudos menores – mas mais recentes - em humanos também têm apontado nessa direção. Normalmente, o cérebro é protegido do sistema imunológico, mas, com infecções e inflamações, pode ser afetado.
 
A pesquisa de Benrós sugere que o sistema imune seja o causador dessa queda na inteligência, e não somente a infecção, porque muitos tipos diferentes de infecções foram associados com a diminuição do QI.
 
Os pesquisadores também esperam que os resultados possam estimular a investigação de possíveis envolvimentos do sistema imune com o desenvolvimento de problemas psiquiátricos.
 
iG

Falta de vitamina D em idosos pode estar relacionada a distúrbios de sono

Idosos têm mais dificuldade em absorver vitamina D vinda da luz do sol porque a pele fica mais fina na terceira idade
Idosos têm mais dificuldade em absorver vitamina D vinda da
 luz do sol porque a pele fica mais fina na terceira idade
Carência de vitamina D e distúrbios de sono andam de braços dados, diz estudo; falta de sono também implica na produção deficiente de alguns hormônios essenciais
 
Em um bom aporte de vitamina D para idosos é que talvez se esconda o segredo para dormir bem. É o que sugere um estudo que verificou a carência de vitamina D relacionada a distúrbios do sono.
 
Segundo o trabalho conduzido com quase 1700 idosos por Ju Wan Kang, da Universidade de Yonsei, em Seul, Coreia do Sul, a carência de vitamina D e os distúrbios de sono andam de braços dados e podem criar um círculo vicioso: um determina o outro em uma sequência que faz mal à saúde - e aos idosos. A pesquisa foi publicada no Journal of the American Geriatrics Society.
 
"Na nossa amostra ao menos a metade dos idosos apresentavam concentrações de vitamina D no sangue mais baixas do que os valores considerados normais", disse Wan Kang à Ansa.
 
Os especialistas viram que quem tinha carência de vitamina D tinha uma probabilidade maior de ser acometido por distúrbios de sono ou de dormir pouco.
 
"Em geral, os idosos tendem fisiologicamente a dormir menos, mas quando tanto a duração ou a qualidade do sono são comprometidas, quase sempre estamos em frente a uma doença; quanto maior é a gravidade dela, maior é o sono comprometido", explica Giuseppe Paolisso, presidente da Sociedade Italiana de Gerontologia e Geriatria (Sigg).
 
Não ao acaso, continua ele, quando se vai a um geriatra, uma das primeiras perguntas que se fazem ao médico é exatamente "como dormir".
 
É difícil dizer qual é a causa e efeito, explica Wan Kang, se é a carência de vitamina D a causar os distúrbios do sono ou vice-versa: uma coisa pode facilitar a outra. De fato, a carência de vitamina D pode ser um obstáculo para um sono de qualidade e domrir pouco e mal pode induzir o idoso a sair menos.
 
Porque estar ao sol e à luz é essencial para que o corpo produza vitamina D, se pode criar um círculo vicioso sem saída. Por outro lado, hormônios produzidos pelo organismo, sobretudo à noite durante o sono, são importantes para a pigmentação da pele e então, por sua vez, para a produção de vitamina D. 
 
A vitamina D, continua Paolisso, é importante para os ossos, músculos e fígado, então é claro que pode, de qualquer modo, ter um impacto indireto na qualidade do sono, mas serão necessários mais estudos para entender os eventuais mecanismos em jogo.
 
"Precisaria, além de tentar um estudo de intervenção, istoé, administrar vitamina D a um grupo de idosos e ver se isso alivia eventuais distúrbios do sono", conclui Paolisso. 

iG

Plano de saúde individual vai aumentar em até 13,55%

ANS autoriza o maior teto de reajuste dos últimos 15 anos para convênios
 
Os planos de saúde individuais e familiares vão subir até 13,55% este ano. O percentual foi divulgado ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e é retroativo a maio, valendo para contratos com aniversário até abril de 2016. É a maior variação autorizada desde que a ANS foi criada, há 15 anos. O percentual é 40,4% mais alto que o limite definido no ano passado, de 9,65%.
 
Para calcular o aumento, a ANS leva em conta a média dos reajustes de planos coletivos com mais de 30 beneficiários, que não possuem regulação de preço. Segundo a agência, um dos fatores que pressionou o índice neste ano foi a inclusão de novos serviços no rol de procedimentos obrigatórios. “Na última atualização foram incluídos 37 medicamentos orais para o tratamento domiciliar de diferentes tipos de câncer e 50 novos exames, consultas e cirurgias”. Ainda segundo a ANS, a variação é composta pela variação da frequência de utilização de serviços, da incorporação de novas tecnologias e pela variação dos custos de saúde.

Tabela mostra como será a cobrança do reajuste

A Federação Nacional de Saúde Suplementar , que representa as operadoras de saúde, critica a incorporação de novos procedimentos de forma “acrítica”. Segundo a entidade, os procedimentos são caros e nem sempre “produzem resultados para a coletividade”. A entidade ressalta que o valor das internações disparou nos últimos anos. “Os números falam por si: entre 2007 e 2013, o gasto médio por consulta disparou em 12%, em termos reais. Já o gasto médio por internação aumentou em 52%, no mesmo período”.
 
O percentual incide em planos contratados após 1999 ou os que são adaptados à Lei 9.656, de 1998. Convênios adquiridos antes de 1999 seguem as regras definidas em contrato. O aumento será aplicado em 8,6 milhões de convênios no país, o que representa 17% do total de 50,8 milhões de clientes da saúde suplementar. A operadora só pode aplicar o reajuste no aniversário do contrato, com valores retroativos a maio. No caso de dúvidas, clientes podem ligar para o número 0800 701 9656, entrar no site www.ans.gov.br ou ir a um núcleo de atendimento.

O Dia

Pelo de rato leva Anvisa a proibir venda de lote do extrato de tomate Bonare


Lote do extrato de tomate Bonare tem venda proibida pela agência de vigilância sanitária
Reprodução: Lote do extrato de tomate Bonare tem venda
proibida pela agência de vigilância sanitária
Comercialização havia sido interditada provisoriamente em dezembro pela agência reguladora, que vê risco à saúde
 
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a distribuição e a comercialização do lote 29 H1 (Val.: 05/2016) do produto extrato de tomate da marca Bonare, fabricado por Goiás Verde Alimentos. A venda desse lote já havia sido interditada provisoriamente pela Anvisa em dezembro de 2014.
 
Laudo da Fundação Ezequiel Dias apresentou resultado insatisfatório na análise de matéria estranha no produto devido à presença de fragmentos de pelo de roedor, matéria estranha, indicativa de risco à saúde.
 
A Agência Brasil entrou em contato com a Goiás Verde Alimentos Ltda. e aguarda um posicionamento da empresa. Quando o lote foi interditado provisoriamente, a a Goiás Verde Alimentos informou que vai se posicionar perante a Vigilância Sanitária e que nenhuma informação seria repassada à imprensa naquele momento.
 
Agência Brasil / iG