Um novo estudo americano descobriu que, quando homens mais velhos possuem esposas estressadas, sua pressão arterial pode subir
Resultados
Os pesquisadores revisaram os dados de uma amostra nacional de 22.000 pessoas nascidas em 1953 ou mais cedo, com foco em um subconjunto de casais de sexo oposto cujos membros participaram de entrevistas presenciais sobre seus relacionamentos.
No geral, foram avaliados cerca de 1.350 casais, uma vez em 2006 e novamente em 2010, para ver como a pressão arterial de cada um mudou de acordo com seus níveis de satisfação ou de estresse no relacionamento.
“Descobrimos que os maridos tinham pressão arterial mais elevada quando as esposas relataram maior estresse. Esta ligação foi ainda maior quando os maridos estavam mais descontentes sobre o relacionamento”, disse a principal autora do estudo, Kira Birditt, cientista do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan em Ann Arbor (EUA).
A qualidade conjugal negativa experimentada por apenas um membro do casal não foi associada com a pressão arterial, mas quando ambos os membros estavam infelizes, ambos também tinham pressão arterial mais elevada.
A felicidade delas é a chave
Em comparação com o grupo maior, o subconjunto neste estudo era mais saudável, mais jovem, mais propenso a ser branco e a relatar menos estresse crônico. A maioria dos casais eram casados, mas 3% apenas coabitavam.
Em 2006, cerca de um terço dos maridos tinham pressão arterial elevada, assim como 26% das mulheres. Em 2010, 37% dos homens e 30% das mulheres tinham pressão arterial elevada.
Maridos estressados tinham menor pressão arterial quando suas mulheres relatavam menos estresse.
Mulheres estressadas, no entanto, tiveram menor pressão arterial mesmo quando seus maridos estavam também estressados.
A conclusão é que o estresse das esposas é mais propenso a ser ligado a pressão arterial elevada em seus cônjuges. “Maridos mais velhos tendem a ser dependentes de suas esposas para cuidados, preparação de refeições, responsabilidade familiar”, disse Kristen Peek, professora de medicina preventiva e saúde comunitária na Universidade do Texas (EUA), que não esteve envolvida no estudo. “Para os casais mais velhos cujos casamentos seguem papéis de gênero mais tradicionais, faz sentido que maridos tenham saúde mental e física mais pobre em resposta ao declínio das esposas”.
Reuters / Hypescience
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