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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Infecções podem afetar a inteligência, diz estudo

Estudo foi feito a partir do registo nacional de rastreamento de 190 mil dinamarqueses nascidos entre 1974 e 1994 e que tiveram o QI avaliado entre 2006 e 2012
Estudo foi feito a partir do registo nacional de rastreamento
de 190 mil dinamarqueses nascidos entre 1974 e 1994 e que
 tiveram o QI avaliado entre 2006 e 2012
Infecções severas podem diminuir a capacidade cognitiva mesmo depois de muitos anos que o problema foi tratado e resolvido, aponta pesquisa dinamarquesa
 
Novo estudo dinamarquês mostra que infecções podem diminuir a capacidade cognitiva medida por meio do QI. O estudo é o maior já feito do gênero, e mostra uma correlação clara entre níveis de infecção e dificuldade de cognição.
 
Qualquer um pode sofrer uma infeção, como, por exemplo, no estômago, no trato urinário ou na pele. Esse estudo mostra, no entanto, que o sofrimento de um paciente não necessariamente acaba ao final do tratamento do problema. Na verdade, as infecções subsequentes podem afetar a inteligência do paciente, mensurada por um teste de QI.
 
"Nossa pesquisa mostra uma correlação entre a internação por infecção e a cognição prejudicada, que corresponde a um QI 1,76 menor do que a média. Pessoas com cinco ou mais internações em hospitais por infecção tiveram um QI 9,44 menor do que a média. O estudo mostra, assim, uma relação evidente entre o número de infecções e o efeito sobre a capacidade cognitiva, que é afetada de acordo com a proximidade temporal da última infecção e também com a gravidade do episódio”, disse, em nota, Michael Eriksen Benró, do Centro Nacional de Registros e Pesquisas ligado à Universidade de Copenhage.
 
“As infecções no cérebro afetam a habilidade cognitiva, mas muitos outros tipos de infecções severas, aquelas que demandam hospitalização, também podem diminuir a habilidade cognitiva do paciente. Além disso, parece que o próprio sistema imune pode afetar o sério de tal forma que o QI continuará deficiente, mesmo muitos anos depois que a infecção foi curada”, explicou ele.
 
Michael conduziu o estudo com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Copenhage e da Universidade Aarhus.
 
QI após a infecção
O estudo foi feito a partir do registo nacional de rastreamento de 190 mil dinamarqueses nascidos entre 1974 e 1994 e que tiveram o QI avaliado entre 2006 e 2012. Desses indivíduos, 35% tiveram infecções antes que o teste fosse conduzido.
 
De acordo com Benrós, "infecções podem afetar o cérebro diretamente, mas também por meio de inflamação periférica, que afeta o órgão e nossa capacidade mental. As infecções têm sido previamente associadas com depressão e esquizofrenia, e também foi provado que podem afetar a capacidade cognitiva de pacientes que sofrem de demência. Este é o maior estudo para sugerir que infecções podem também afetar o cérebro de pessoas saudáveis”, disse ele.
 
Segundo o especialista, é possível ver que o cérebro é afetado por todos os tipos de infecções. “Portanto, é importante que mais pesquisas sejam conduzidas sobre esses mecanismos que ligam o sistema imune com a saúde mental”.
 
Ele espera que aprender mais sobre essa conexão ajudará a prevenir o comprometimento mental das pessoas e aumentar as chances de um tratamento no futuro.
 
Experimentos em animais mostraram, anteriormente, que o sistema imunológico pode afetar a inteligência, e estudos menores – mas mais recentes - em humanos também têm apontado nessa direção. Normalmente, o cérebro é protegido do sistema imunológico, mas, com infecções e inflamações, pode ser afetado.
 
A pesquisa de Benrós sugere que o sistema imune seja o causador dessa queda na inteligência, e não somente a infecção, porque muitos tipos diferentes de infecções foram associados com a diminuição do QI.
 
Os pesquisadores também esperam que os resultados possam estimular a investigação de possíveis envolvimentos do sistema imune com o desenvolvimento de problemas psiquiátricos.
 
iG

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