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sábado, 3 de setembro de 2011

Sete curiosidades sobre o iogurte

Aliado da flora intestinal, o derivado do leite também é um poderoso antídoto contra doenças cardíacas, artrite e câncer

Ele aparece nas propagandas desafiando a todo e qualquer intestino preguiçoso. O poder laxativo do iogurte é conhecido, bastante testado e sempre evocado para estimular a venda do produto.

Embora o ponto forte desse derivado do leite seja estimular a flora intestinal, os benefícios e qualidades nutricionais do alimento não estão restritos a essa função. Conheça sete curiosidades sobre o iogurte a aprenda a usá-lo a favor do organismo.

O primeiro alimento
Quase uma unanimidade nas geladeiras modernas, o iogurte é um derivado do leite e herança dos antepassados. Segundo escreve David Grotto, no livro “101 alimentos que podem salvar sua vida” (Editora Larousse), o produto é possivelmente um dos mais antigos da história da humanidade.

No livro, o autor relata que a primeira fabricação pode ter sido na acidental, quando estava sendo guardado em urnas e sacos feitos com pele de cabra. Mais tarde, as civilizações reconheceram os benefícios do iogurte e falaram sobre os atributos de “purificação” e sua contribuição para a longevidade.

Foi só no século 20 que as culturas usadas na produção do iogurte foram isoladas por Elie Metchinikoff, do Instituto Pasteur, que recebeu o Premio Nobel pela descoberta.

Bactérias do bem
De acordo com o Food and Drug Administration (FDA), órgão americano que controla medicamentos e alimentos, para que um derivado do leite seja denominado de iogurte, deve ser fermentado por bactérias específicas, cientificamente chamadas Streptococuccus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus, que produzem um produto mais grosso e encorpado, e são os principais agentes no bom funcionamento do intestino.

Camila Leonel, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que o intestino humano é formado por bactérias boas e ruins. O iogurte contém uma cota de bactérias boas superior aos demais derivados do leite. É esse coeficiente elevado que estimula o funcionamento ideal do intestino.

Hálito fresco
Um estudo japonês descobriu que voluntários que consumiam 150 gramas diárias de iogurte sem açúcar e que continham as bactérias Streptococuccus thermophilus (as tais bactérias do bem) tiveram uma redução nas concentrações de uma bactéria que induz ao mau hálito, relata Grotto no livro.

Fonte de cálcio
A nutricionista da Unifesp também revela que assim como o leite, o iogurte é rico em cálcio, micronutrientes e proteínas, sendo um poderoso aliado no combate à osteoporose e à hipertensão.

“Hoje temos trabalhos na medicina que mostram o valor do cálcio no controle da hipertensão. Dentro do contexto de uma alimentação saudável, balanceada, esse componente, presente no iogurte, pode ser um ponto de apoio no controle da pressão.”

Tolerância zero
Camila também revela que o iogurte pode ser uma alternativa às pessoas que têm intolerância ao leite. Embora seja um derivado do leite, o produto contém um nível bastante reduzido de lactose, açúcar que não é digerido pelo organismo dos intolerantes à lactose, e o responsável por provocar diarréias e outras complicações.

Aliado da dieta
Para controlar a fome e favorecer a manutenção da dieta, o iogurte é uma ótima opção de lanche da tarde, no intervalo entre as refeições, defende nutricionista. Ela afirma ainda que o frozen iogurte, sorvete feito tendo como base o alimento, é uma boa alternativa para quem deseja um refresco somado à pitada doce no cardápio do dia. A dica, porém, exige cautela.

“É preciso cuidado com os complementos oferecidos nas sorveterias. De nada adianta investir no sorvete a base de iogurte se a escolha dos acompanhamentos for incorreta. Prefira frutas aos ingredientes mais calóricos.”

Prevenção no copinho
No livro “101 alimentos que podem salvar sua vida”, David Grotto não poupa elogios ao iogurte. O autor apresenta possíveis propriedades medicinais do alimento, com base em estudos feitos em laboratórios e testes de amostragem em humano, confira.

Artrite: ratos com artrite, alimentados com iogurte que continha a bactéria Lactobacillus bulgaricus, tinham apenas uma inflamação suave.

Doenças cardíacas: um estudo feito com 33 voluntárias que consumiram iogurte convencional durante quatro semanas mostrou que o produto provocou aumento das taxas de HDL, o colesterol bom.

Câncer de cólon: outro estudo com camundongos, nos quais foi induzido um carcinoma colorretal (células cancerígenas no intestino grosso), descobriu que, quando o iogurte era agregado à dieta, havia um aumento na atividade anticancerígena.

Fonte IG

Probióticos: as bactérias que fazem bem à saúde


Entenda por que inclui-las na dieta ajuda o organismo a lutar contra doenças

Sim, o nome é mesmo estranho, mas para você que sempre teve dúvidas sobre o que são e para que servem os probiótiocos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) explica: são microorganismos vivos que geram benefícios à saúde de quem os consome.

Mas que benefícios são esses? Segundo o infectologista Artur Timerman, do Hospital Albert Einstein, para entender como agem essas estruturas – em geral bactérias – é preciso compreender que o sistema imunológico, o responsável por defender o corpo de doenças, não nasce pronto. Ele vai sendo preparado desde que nascemos.

“Dentro do intestino há uma quantidade muito grande de bactérias, maior do que o número de células do corpo humano. A maior parte das células do sistema imunológico está justamente nas paredes do intestino. Esse órgão é a maior fonte de contato do organismo com o meio externo, superando até mesmo a pele” ensina o infectologista.

O bebê, explica Timerman, nasce com poucas bactérias no intestino e vai se expondo a elas ao longo do desenvolvimento. Essa exposição gradativa acaba estimulando o desenvolvimento do tecido imunológico nas paredes que revestem o intestino.

“É um mecanismo que podemos chamar de solidariedade funcional. O conhecimento que o sistema imunológico adquire lidando com bactérias e vírus que interagem com as paredes do intestino acaba sendo usado pelo corpo todo.”

Para poder serem consideradas probióticas, essas estruturas precisam ser comprovadamente seguras para o consumo. Também devem chegar ativas ao intestino – não podem, por exemplo, ser destruídas pela acidez estomacal – e precisam permanecer vivas, em quantidade suficiente para promover o benefício desejado.

A maior parte dos probióticos é veiculada em alimentos lácteos – especialmente iogurtes –, mas também é possível consumi-los em cápsulas ou ainda sachês. A nutricionista Martha Amodio, da clínica STESIS, lembra que esses microorganismos podem ser misturados com bebidas como chás, sucos e água de coco, desde que respeitem a temperatura ambiente, ou seja, nem muito quente nem fria – temperaturas extremas podem matar as bactérias antes mesmo delas conseguirem agir no corpo.

É bom lembrar que o iogurte normal contém bactérias, mas elas são destruídas com a acidez do estômago. Com os probióticos isso não ocorre. Eles sobrevivem, habitam a flora intestinal e ficam interagindo com a mucosa que reveste o intestino.

Com a ingestão regular, o intestino é constantemente estimulado, o que deixa o sistema imunológico sempre alerta para montar uma resposta adequada e rápida contra agentes agressores. É como se as células da parede do intestino identificassem essas “bactérias do bem” e “treinassem” o sistema imune para reagir à infecção posterior. Essa “memória imunológica”, explica Timerman, é usada pelo corpo todo.

“Já existem pesquisas feitas em escolas e asilos na França que mostram menor incidência de diarreia e diarreias mais leves entre usuários regulares de probióticos” diz o especialista.

Fonte IG

Cigarro e pílula podem minar saúde ginecológica e levar ao câncer

Dupla contribui para aparecimento do câncer de colo de útero

São inúmeros os fatores que aumentam as chances de uma mulher desenvolver câncer de colo de útero, muitos deles evitáveis. Entre esses, estão o cigarro e o uso constante da pílula.

O cigarro é o fator ambiental mais significante para o aparecimento da doença, quem fuma tem duas vezes mais chance de desenvolver este tipo de câncer do que aqueles que não o fazem.

A malignidade aumenta significativamente de acordo com o número de maços consumidos por dia e também com o tempo de uso do cigarro (meses, anos ou décadas).

O fumo inibe a ação da proteína P53, que garante o bom funcionamento do sistema imunológico do corpo. Com a imunidade deficiente, o combate à doença fica prejudicado e uma infecção de HPV pode evoluir para um câncer de colo de útero mais facilmente.

“Já fizemos vários trabalhas onde comprovamos o que diz a literatura médica: o cigarro piora o prognóstico da evolução do HPV, bem como retarda o tempo de eliminação do mesmo”, afirma Nelo Manfredini Neto, ginecologista do Hospital Samaritano, de São Paulo.

“O cigarro tem uma característica interessante: ele acumula principalmente na região cervical, mais particularmente no muco cervical. Essas moléculas fazem com que o vírus possa ficar na região por mais tempo, ou seja, persistir mais”, explica Luisa Villa, coordenadora do Instituto do HPV.

Uma revisão de 28 estudos descobriu que mulheres que fazem uso de contraceptivos orais têm mais chances de ter câncer do que aquelas que nunca tomaram o remédio. O vírus responde mais por causa dos derivados de estrógeno contidos na pílula, esclarece Villa.

Outra explicação seria a redução no uso de preservativo, já que a contracepção está sendo feita com a pílula.

Câncer de colo de útero

A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção causada pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos, alerta o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Segundo a entidade, são 18.430 novos casos todo ano e 4.800 vítimas fatais. No ranking, é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. É a quarta causa de morte na população feminina no País. Além disso, 44% descobrem câncer de colo de útero em estágio avançado.

A boa notícia, no entanto, é que existem formas de preveni-lo. A vacina contra o HPV, por exemplo, é uma das tecnologias mais recentes no combate à doença. Ela chegou pela primeira vez ao Brasil em 2007 e está sendo indicada para mulheres sexualmente ativas até os 26 anos. Em outros países, no entanto, já está sendo aplicada também em outras faixas etárias.

A realização anual do exame papanicolaou também tem se mostrado bastante eficaz. Por meio desse exame é possível identificar lesões pré-cancerosas. Quando tratadas precocemente, podem impedir que a doença se torne um câncer.

Fonte IG

Fumar é pior para as artérias femininas

Efeito dos cigarros fumados na progressão do dano foi cinco vezes maior em mulheres do que em homens

Fumar causa mais dano arterial em mulheres do que em homens, mostram resultados preliminares de um recente estudo europeu que examinou com aparelhos de ultrassonografia as artérias carótidas – vasos sanguíneos de grosso calibre que levam o sangue ao cérebro – de 1.893 mulheres e 1.694 homens em cinco países: Finlândia, Suécia, Holanda. França e Itália.

O novo estudo concluiu que fumar durante a vida está associado ao espessamento das paredes das artérias (processo conhecido como aterosclerose) nos dois gêneros, mas o impacto negativo na população feminina é mais que o dobro do visto nos homens. Os resultados foram apresentados esta semana no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris.

Os pesquisadores também descobriram que o efeito do número de cigarros fumados por dia na progressão da aterosclerose era cinco vezes maior em mulheres do que em homens.

Essa associação entre fumo e aterosclerose apareceu independente de fatores de risco como colesterol alto, obesidade, idade, pressão sanguínea e classe social, afirmaram os pesquisadores.

“O motivo desse forte efeito do fumo sobre as artérias femininas ainda é desconhecido, mas algumas pistas talvez possam vir da complexa interação entre fumo, inflamação e aterosclerose” disse a autora da pesquisa, Elena Tremoli, professora de farmacologia da Universidade de Milão (Itália).

Como o estudo foi apresentado em um congresso médico, os dados e conclusões devem ser encarados como preliminares até serem publicados por um periódico científico revisado por especialistas.

Fonte IG

Como fazer um parto iminente?

Ao final da gestação, alguns sintomas indicam que o trabalho de parto já começou. Se a grávida apresentar contrações regulares a cada dois minutos, se a bolsa romper, se já for possível visualizar a cabeça do bebê e não houver tempo de chegar ao hospital, é necessário tomar algumas medidas para prestar os primeiros socorros.

Como agir:

- Chame o socorro imediatamente

- Afaste os curiosos e transmita calma à grávida

- Lave as mãos antes de iniciar qualquer procedimento

- Deite a gestante em um lugar limpo, eleve os joelhos dela e afaste as duas pernas

- Peça para que tranque a respiração e faça força a cada contração

- Não puxe a cabeça do bebê. Sustente-a à medida que ela for saindo. Deixe que o bebê e o cordão umbilical saiam naturalmente

- Assim que o bebê sair, limpe o muco do nariz e da boca dele

- Verifique se ele está respirando. Caso contrário, segure-o com cuidado pelas pernas e coloque-o de cabeça para baixo, dando palmadas leves nas costas dele

- Se não der resultado, sopre delicadamente na boca da criança, observado o movimento do tórax

- Não é necessário cortar o cordão umbilical se o transporte para o hospital demorar menos de 30 minutos

- Se o socorro médico levar mais do que 30 minutos, deite a criança de costas e com um fio que tenha sido fervido e faça dois nós no cordão umbilical: o primeiro a quatro dedos da criança e o segundo a dois dedos do primeiro. Corte bem meio da duas amarras usando um objeto limpo

- Deixe o bebê em contato com a mãe até a emergência chegar e proteja-os

- Não se esqueça de transportar a placenta ao hospital para avaliar se ela saiu completamente

Fonte IG

Parto natural é três vezes mais seguro

Pesquisa da OMS mostra que cesarianas desnecessárias aumentam risco para mãe e bebê

Em meio à epidemia de cesarianas que enfrenta o Brasil, segundo palavras do próprio Ministro da Saúde José Gomes Temporão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de divulgar um novo estudo sobre o risco desta opção cirúrgica, quando feita sem necessidade médica: os partos naturais são quase três vezes mais seguros para mães e bebês.

A pesquisa feita com 107 mil mulheres, todas da Ásia, identificou que quando a criança nasce por meio das cesáreas sem indicação por quesitos médicos, a mortalidade da mãe, a necessidade de fazer transfusão de sangue e o encaminhamento dos bebês após o nascimento para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são 2,7 vezes com mais freqüentes.

O alerta foi feito com base em um índice alarmante: 27,3% das asiáticas avaliadas na pesquisa foram submetidas a cesarianas, taxa alta comparada aos 15% preconizados pela OMS, porém bem inferior ao índice encontrado entre as brasileiras. Do total de partos no País, 43% são cesáreas. Quando na conta entram apenas os procedimentos realizados em maternidades particulares, o registro sobe para 84%, informou ano passado a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Comissão do parto natural
O índice é recordista mundial, afirma o Conselho Federal de Medicina (CFM) e, apesar dos esforços do governo para reduzir as taxas, o efeito foi inverso. O cenário é de aumento de cesarianas já que em 2000, 80% dos partos em unidades privadas em saúde eram deste tipo.

Em muitos casos, lamentam os especialistas, a escolha pela cesárea é por motivos banais. Data de aniversário no mesmo dia do que a mãe, agendas complicadas, mês ou signo preferidos já apareceram como justificativa. Ano passado foi noticiado que alguns casais marcaram a cesárea para o dia 09/09/09 só por causa do ineditismo da data.

A atriz e apresentadora Fernanda Lima foi escalada pelo Ministério da Saúde para tentar ajudar na mudança de quadro. Na época em que estava grávida de gêmeos, ela fez propaganda sobre a importância do parto natural. A causa também virou bandeira do CFM que criou no final do ano passado uma comissão especial para cuidar do assunto.

“Fizemos um fórum em novembro de 2009 e reunimos obstetras, pediatras e mulheres para tentar reverter o quadro, em uma parceria sugerida pela ANS”, afirmou o médico pediatra José Fernando Vinagre, coordenador da Comissão de Parto Natural do CFM. “Já sabemos que para a reversão dos índices precisamos que os hospitais tenham condições de oferecer excelência no atendimento e realização do parto natural. Por isso, este ano, começamos a visitar as maternidades por todo País e vamos fazer uma ampla pesquisa com os obstetras para identificar quais são as principais demandas e falhas atuais”, completou Vinagre. A pesquisa deve ser concluída em julho e a esperança do Conselho e traçar outro paradigma de maternidade.

9 horas contra 90 minutos
Com relação aos médicos, a rotina atribulada de trabalho – mais de 70% atuam em dois ou mais empregos revelou censo feito pelo Conselho de Medicina de São Paulo – pode ser um dos motivos. É sabido que alguns trabalhos de parto chegam a durar nove horas e a maior parte das cesáreas podem ser feitas em uma hora e meia. Apesar disso, as vantagens do parto natural são incalculáveis, informa o Ministério da Saúde.

Estudos internacionais já demonstram que fetos nascidos entre 36 e 38 semanas, antes do período normal de gestação (40 semanas), têm 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e, em conseqüência, acabam precisando de internação em unidades de cuidados intermediários ou mesmo em UTIs neonatais. Além disso, no parto cirúrgico há uma separação abrupta e precoce entre mãe e filho, num momento primordial para o estabelecimento de vínculo.

Males da mulher moderna
Entender os motivos que fazem as mulheres priorizarem a cesariana também foi o foco de uma enquete realizada por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Eles acompanharam de perto 23 grávidas que acabaram fazendo cesárea. Ao perguntar a opinião delas sobre o aumento crescente de mulheres que fazem uma cesárea, o principal fator foi o medo das dores do parto e o desconhecimento das vantagens do parto normal. “Algumas mulheres do setor privado destacaram a possibilidade de programar o parto devido à vida agitada da mulher contemporânea, em vez de esperar pela imprevisibilidade do parto normal”, afirmam os pesquisadores nos Cadernos de Saúde Pública, veículo em que o estudo foi publicado.

Fonte IG

Parto induzido aumenta riscos desnecessários


Sem indicação médica, o procedimento eleva as chances da mulher ir para a UTI e os riscos de histerectomia pós-parto

As mulheres grávidas que decidem induzir o parto sem razão médica estão assumindo riscos desnecessários, segundo revela estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta sexta-feira.

Para este estudo, foram analisados na América Latina 37.444 partos de risco, dos quais 11.077 foram induzidos, e comparados os resultados com o restante dos partos naturais.

Foi registrado um total de 1.847 partos induzidos por escolha voluntária da mãe, 4,9% do total, tendo a oxitocina como o método mais utilizado em 83% dos casos.

Nestes casos, as mulheres apresentaram mais probabilidades de precisar de anestesia durante o parto, três vezes mais chances de ingressar na unidade de terapia intensiva, assumiram risco cinco vezes maior de histerectomia pós-parto e precisaram mais de remédios uterotônicos.

O estudo demonstra que nos partos induzidos o risco de cesárea e de outras intervenções cirúrgicas é mais elevado e a necessidade de um tempo para a recuperação é maior, o que acarreta maiores gastos médicos.

Não houve constância de riscos para os bebês, exceto pelo fato de que as mães apresentaram risco 22% maior de lactação retardada, ou seja, com seu início entre 1h e sete dias depois do parto, ao invés de na primeira hora após o nascimento, como considera norma a OMS.

A recomendação da OMS é que indução de parto seja feita somente em casos justificados por razões médicas. O organismo de saúde ressalta que os riscos de resultados adversos maternos e perinatais não compensam os benefícios.

O pesquisador da Universidade de Campinas, José Cecatti, informou que a indução de partos por reivindicação da mãe se transformou em uma prática muito comum.

"Estes pedidos ocorrem quando a mãe tem de percorrer longas distâncias de sua casa ao hospital e para se adaptar à disponibilidade do médico", disse Cecatti.

Fonte IG