Entenda por que inclui-las na dieta ajuda o organismo a lutar contra doenças
Sim, o nome é mesmo estranho, mas para você que sempre teve dúvidas sobre o que são e para que servem os probiótiocos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) explica: são microorganismos vivos que geram benefícios à saúde de quem os consome.
Mas que benefícios são esses? Segundo o infectologista Artur Timerman, do Hospital Albert Einstein, para entender como agem essas estruturas – em geral bactérias – é preciso compreender que o sistema imunológico, o responsável por defender o corpo de doenças, não nasce pronto. Ele vai sendo preparado desde que nascemos.
“Dentro do intestino há uma quantidade muito grande de bactérias, maior do que o número de células do corpo humano. A maior parte das células do sistema imunológico está justamente nas paredes do intestino. Esse órgão é a maior fonte de contato do organismo com o meio externo, superando até mesmo a pele” ensina o infectologista.
O bebê, explica Timerman, nasce com poucas bactérias no intestino e vai se expondo a elas ao longo do desenvolvimento. Essa exposição gradativa acaba estimulando o desenvolvimento do tecido imunológico nas paredes que revestem o intestino.
“É um mecanismo que podemos chamar de solidariedade funcional. O conhecimento que o sistema imunológico adquire lidando com bactérias e vírus que interagem com as paredes do intestino acaba sendo usado pelo corpo todo.”
Para poder serem consideradas probióticas, essas estruturas precisam ser comprovadamente seguras para o consumo. Também devem chegar ativas ao intestino – não podem, por exemplo, ser destruídas pela acidez estomacal – e precisam permanecer vivas, em quantidade suficiente para promover o benefício desejado.
A maior parte dos probióticos é veiculada em alimentos lácteos – especialmente iogurtes –, mas também é possível consumi-los em cápsulas ou ainda sachês. A nutricionista Martha Amodio, da clínica STESIS, lembra que esses microorganismos podem ser misturados com bebidas como chás, sucos e água de coco, desde que respeitem a temperatura ambiente, ou seja, nem muito quente nem fria – temperaturas extremas podem matar as bactérias antes mesmo delas conseguirem agir no corpo.
É bom lembrar que o iogurte normal contém bactérias, mas elas são destruídas com a acidez do estômago. Com os probióticos isso não ocorre. Eles sobrevivem, habitam a flora intestinal e ficam interagindo com a mucosa que reveste o intestino.
Com a ingestão regular, o intestino é constantemente estimulado, o que deixa o sistema imunológico sempre alerta para montar uma resposta adequada e rápida contra agentes agressores. É como se as células da parede do intestino identificassem essas “bactérias do bem” e “treinassem” o sistema imune para reagir à infecção posterior. Essa “memória imunológica”, explica Timerman, é usada pelo corpo todo.
“Já existem pesquisas feitas em escolas e asilos na França que mostram menor incidência de diarreia e diarreias mais leves entre usuários regulares de probióticos” diz o especialista.
Fonte IG
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