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domingo, 1 de março de 2015

Frequência cardíaca máxima de 188 batidas por minuto é a ideal para jovens adultos

Especialista em medicina esportiva defende que valor fixo é melhor que fórmulas em pessoas saudáveis entre 18 e 35 anos
 
Rio- A frequência cardíaca (FC) é a variável de saúde cardiovascular mais simples e fácil de verificar, e com o advento de diversos tipos de aparelhos de monitoramento portáteis é cada vez mais comum ver atletas profissionais e de ocasião de olho no número de batidas de seu coração por minuto (bpm) durante a prática de exercícios. Nessas horas, porém, cada pessoa tem uma FC máxima que sinaliza quando atingiu seu limite de esforço e que serve para guiar a atividade física.
 
Mas para saber qual é sua FC máxima é preciso fazer um teste de esforço controlado em laboratório, o que muita gente não faz ou nunca fez. Diante disso, em academias e outros ambientes do tipo, também é comum o uso de equações simples, que levam em conta a idade do praticante, para calcular qual seria este número para seu caso. Tais estimativas, no entanto, são falhas e, pelo menos para jovens adultos, com entre 18 e 35 anos, o melhor é adotar um valor fixo de 188 bpm, aponta estudo realizado por pesquisadores brasileiros e publicado esta semana no periódico científico “International Journal of Cardiology”.
 
Principal autor do estudo, o médico Claudio Gil Araújo, professor visitante do Instituto do Coração da UFRJ e especialista em medicina esportiva, explica que, quanto maior a frequência máxima, mais “saudável” é considerada a pessoa. Com a idade, porém, a frequência tende a cair, e por isso as fórmulas recebem tanta atenção. Mas à frente da Clínica de Medicina do Exercício, onde já atendeu milhares de pessoas, Araújo observou que, embora para pessoas mais velhas estas equações ainda se mostrem úteis, para os jovens adultos as variações na FC máxima são muito pequenas — o que o motivou a buscar um número que melhor refletisse a totalidade deste universo.
 
— O ideal mesmo é que, antes de começar uma prática regular de exercícios, cada pessoa faça um teste controlado de esforço para descobrir qual é sua real FC máxima. Mas como em geral jovens de 18 a 35 anos saudáveis não têm razão para fazer este exame, a não ser que queiram treinar para serem atletas de elite, atribuir o valor constante de 188 bpm para eles se mostrou um melhor preditor do que as fórmulas normalmente usadas — afirma. — Observamos e juntamos as peças para mostrar que não há bases biológicas para acreditar que a FC máxima varie tanto entre os jovens adultos, numa forma de facilitar ainda mais a prática de exercícios, que é comprovadamente benéfica para a saúde em diversos níveis.
 
O Globo

Mais de 1 bilhão de jovens podem sofrer danos auditivos por música alta

Mais de 1 bilhão de jovens se arriscam a sofrer danos auditivos porque ouvem música muito alta, alertou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS)
 
O volume da música dos shows e boates costuma ser muito alto, assim como o som dos fones dos dispositivos de áudio ou smartphones.
 
Segundo os dados recolhidos pela OMS, cerca de 50% dos jovens de 12 a 35 anos de países com renda média ou alta se expõem a níveis sonoros muito fortes.
 
"Cada vez mais jovens correm o risco de sofrer danos auditivos. Têm que ser conscientes de que a audição, uma vez perdida, não volta", afirmou nesta sexta-feira a doutora Shelley Chahda, da OMS.
 
Uma exposição a níveis sonoros muito altos e de forma prolongada pode provocar danos irreversíveis.
 
Nos locais de trabalho, o ruído não deve superar os 85 decibéis para um máximo de oito horas diárias de exposição.
 
Para se ter uma ideia, 85 decibéis é o ruído que uma pessoa ouve quando está dentro do carro em meio ao trânsito em horário de pico.
 
Muitos funcionários que trabalham em boates, bares ou na organização de eventos esportivos enfrentam níveis que chegam aos 100 decibéis.
 
Segundo a OMS, uma pessoa não deveria se expor a um som como esse mais de 25 minutos por dia.
 
Visando a Jornada Mundial da Audição, no dia 3 de março, o organismo recomenda simples medidas preventivas.
 
Os adolescentes devem reduzir o volume de seus dispositivos de áudio e telefones, evitar utilizá-los mais de uma hora por dia, usar tampões nos ouvidos nos locais muito barulhentos e fazer intervalos.
 
Também devem acompanhar o estado de sua audição e realizar exames regulares.
 
A OMS também recomenda que os governos imponham rígidas medidas normativas sobre o som nos lugares públicos, e pede que os donos de boates e bares baixem o volume da música.
 
Cerca de 360 milhões de pessoas sofrem algum tipo de dano auditivo no mundo. Isso ocorre devido a fatores diversos, como doenças infecciosas, genéticas, complicações durante o parto, uso de certos medicamentos, ruído ou envelhecimento.
 
AFP / Terra

Fadiga crônica é uma doença biológica, não psicológica

A fadiga crônica é uma doença biológica e não psicológica, que pode ser identificada por marcadores no sangue - segundo um estudo publicado nesta sexta-feira que alimenta as esperanças de descoberta de tratamento
 
A descoberta é "a primeira prova física sólida" de que esta síndrome é "uma doença biológica e não uma desordem psicológica" e que a enfermidade comporta "distintas etapas", afirmam os autores da pesquisa realizada pela Escola Mailman de Saúde Pública, na universidade de Columbia.
 
O estudo foi publicado na revista especializada Science Advances.
 
Sem causa nem tratamento conhecidos, a síndrome da fadiga crônica, conhecida como encefalomielitis (ME/CFS), deixa os cientistas perplexos há tempos.
 
Além de um cansaço constante, provoca dores de cabeça e musculares e dificuldades para se concentrar.
 
"Agora temos a confirmação de algo que milhões de pessoas que sofrem com a doença já sabiam: a ME/CFS não é psicológica", afirma Mady Hornig, professor associado em epidemiologia da Escola Mailman e principal autor do estudo.
 
"Nossos resultados devem acelerar o processo para estabelecer um diagnóstico (...) e descobrir novos tratamentos, já que pode se concentrar nesses marcadores sanguíneos", acrescentou.
 
Os pesquisadores examinaram os níveis de 51 marcadores do sistema imunológico no plasma de 298 pacientes e 348 pessoas saudáveis.
 
Descobriram que o sangue dos pacientes que sofrem de fadiga crônica há três anos ou menos apresentavam níveis mais elevados de moléculas chamadas citoquinas, o que não ocorre com quem não tem a doença.

AFP / Terra

Prevenção da osteoporose deve começar na infância, recomenda ortopedista

Segundo o ortopedista, a população idosa está evoluindo,
mas a população osteoporótica cresce mais ainda.
Os cuidados para prevenir a osteoporose devem ter início ainda na infância, recomenda o diretor de Relações Institucionais do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia (Sbot), Márcio Passini. “O nosso esqueleto vai sendo trocado sistematicamente, porque a gente vai crescendo”, destaca o profissional
 
Segundo Passin, na infância, esse processo é mais rápido. Depois, na idade madura, pelo menos 6% do esqueleto são trocados por ano. Quando a pessoa faz uma atividade física, isso estimula o osso a ser mais forte. O diretor lembra, entretanto, que esse processo não ocorre da noite para o dia e que é preciso um tempo para que o esqueleto se adapte à nova necessidade.
 
O exame chamado densitometria, surgido em 1992, passou a medir a densidade mineral óssea, isto é, a quantidade de cálcio. “Foi um divisor de águas, porque passou a permitir que as pessoas que estavam se tratando de osteoporose soubessem se estavam melhorando. Com isso, foi possível verificar quais medicamentos funcionavam bem.”
 
Em 1994, vários países fizeram padrões para a densitometria de acordo com a sua população. Um estudo foi feito por médicos italianos com um conjunto de pessoas de 35 anos de idade para mostrar quais eram os padrões. Em 2004, repetiram o estudo, com uma população semelhante à anterior. “E levaram um susto, porque viram que, em dez anos, a nova população tinha 10% menos massa óssea do que a população anterior. Dez por cento [em dez anos] significam 1% ao ano”, ressalta Passini.
 
Segundo o ortopedista, a população idosa está evoluindo, mas a população osteoporótica cresce mais ainda. “Tem mais idoso com osteoporose do que tinha há dez ou 20 anos”. De acordo com ele, essa transformação está relacionada aos hábitos cultivados desde a infância e a juventude, conhecidos como hábitos deletérios. É o caso da criança que parou de tomar leite e passou a consumir mais refrigerante.
 
Passini disse que a uma das preocupações, entretanto, está na adolescência, etapa em que a pessoa forma massa muscular que, ao se  desenvolver, força o osso a ter uma qualidade melhor. O médico lembra que, antigamente, havia muitas fraturas em crianças, até os 12 anos de idade, e depois só fraturas por acidentes graves, porque o osso ia ficando cada vez mais forte. De acordo com o especialista, hoje o quadro é outro. Ele destaca que os adolescentes pararam de competir em quadras esportivas e passaram a competir em jogos de computador.
 
Na população idosa, está havendo um crescimento de osteoporose em torno de 10%, estima Passini. “A gente vai ter, no futuro, praticamente todos os idosos osteoporóticos, o que poderá levar a uma situação de calamidade pública”. Apesar da expansão do tratamento da osteoporose, o número de fraturas osteoporóticas vem aumentando. A doença, frisou o médico, é desproporcional ao crescimento da população com mais idade.
 
Embora não haja números estatisticamente suficientes, Passini diz que, em função dos hábitos adquiridos a partir da infância, está aumentando a proporção de pessoas que têm osteoporose acima dos 50 anos. "Não atingimos ainda o nível de desenvolvimento de populações mais idosas como existe no Japão. Mas a gente acredita que a nossa população osteoporótica vai crescer e  vai se igualar à de outras partes do mundo.”
 
Agência Brasil

Descoberto agente anti-HIV tão poderoso que pode virar vacina

Crédito: NIH
Scanning electron micrograph of HIV particles infecting
 a human T cell.
Em um novo avanço notável contra o vírus que causa a AIDS, os cientistas do Jupiter, campus da Flórida do Instituto de Pesquisa The Scripps (TSRI) anunciaram a criação de um novo possível medicamento que é tão potente e universalmente eficaz, que pode funcionar como parte de uma vacina não convencional
 
O estudo, que envolveu cientistas de mais de uma dezena de instituições de pesquisa, foi publicado no último dia 18 de fevereiro no portal da revista “Nature”.
 
O artigo mostra que o novo candidato a medicamento bloqueia cada estirpe de HIV-1, HIV-2 e SIV (vírus da imunodeficiência de símio, da sigla em inglês) que foi isolada de seres humanos ou de macacos rhesus, incluindo as variantes mais difíceis de serem paradas. Ele também protege contra doses muito mais altas de vírus do que ocorre na maioria das transmissões humanas e o faz por pelo menos oito meses após a injeção.
 
“O nosso composto é o inibidor de entrada mais amplo e mais potente descrito até agora”, afirma Michael Farzan, professor do TSRI que liderou a equipe. “Ao contrário dos anticorpos, os quais não conseguem neutralizar uma grande fração de estirpes HIV-1, a proteína foi eficaz contra todas as estirpes testadas, levantando a possibilidade de que poderia oferecer uma alternativa eficaz para a vacina contra o HIV.”
 
Parando a AIDS
Quando o HIV infecta uma célula, tem como alvo os linfócitos CD4, uma parte integrante do sistema imunológico do corpo. O HIV se funde com a célula e insere o seu próprio material genético – neste caso, RNA de cadeia simples – e transforma a célula hospedeira numa fábrica de HIV.
 
O novo estudo baseia-se nas descobertas anteriores do laboratório Farzan, que mostram que um co-receptor chamado CCR5 tem modificações incomuns na sua região crítica de ligação do HIV, e que as proteínas com base nesta região podem ser utilizadas para prevenir a infecção.
 
Com este conhecimento, Farzan e sua equipe desenvolveram o novo candidato a fármaco que se liga a dois locais na superfície do vírus simultaneamente, evitando a entrada do HIV na célula hospedeira.
 
“Quando os anticorpos tentam imitar o receptor, eles tocam várias outras partes do envelope viral que o HIV pode mudar com facilidade”, explica Matthew Gardner, pesquisador afiliado ao TSRI e primeiro autor do estudo com Lisa M. Kattenhorn, da Faculdade de Medicina de Harvard. “Nós desenvolvemos uma cópia direta dos receptores sem fornecer muitos caminhos que o vírus pode usar para escapar, por isso, pegamos todos os vírus até agora”.
 
A equipe também alavancou a tecnologia pré-existente na concepção de um veículo de entrega – um vírus adeno-associado construído por engenharia genética – um vírus pequeno, relativamente inócuo, que não causa doença. Uma vez injetado no tecido muscular, como o próprio HIV, o veículo transforma essas células em “fábricas” que poderiam produzir o suficiente da nova proteína protetora para durar por anos, talvez décadas.
 
Os dados do novo estudo mostraram que o possível novo medicamento liga-se ao envelope do HIV de forma mais potente do que os melhores anticorpos amplamente neutralizantes contra o vírus. Além disso, quando os modelos de macacos foram inoculados com a droga, eles foram protegidos contra múltiplos desafios impostos pelo SIV.
 
“Este é o culminar de mais de uma década de trabalho sobre a bioquímica de como o HIV entra nas células”, diz Farzan. “Quando fizemos o nosso trabalho original sobre o CCR5, as pessoas pensavam que era interessante, mas ninguém viu o potencial terapêutico. Esse potencial está começando a ser realizado”, comemora.
 
Science Daily / Hypescience

Cientistas imprimem lente de contato eletrônica usando pontos quânticos

Photo: Frank Wojciechowski
Pesquisadores da Universidade de Princeton, nos EUA, usaram a técnica de impressão 3D para criar uma lente de contato eletrônica com diodos emissores de luz (LEDs) embutidos nela
 
Para a lente realmente funcionar, seria necessária uma fonte de energia externa, tornando-a impraticável como um dispositivo no mundo real. No entanto, o que a equipe de Princeton queria demonstrar é que é possível produzir dispositivos eletrônicos complexos usando materiais igualmente complexos e impressão 3D.
 
“Isso mostra que nós podemos usar impressão 3D para criar semicondutores eletrônicos complexos”, diz Michael McAlpine, professor de engenharia mecânica e aeroespacial.
 
O LED foi feito com nanopartículas exóticas conhecidas como pontos quânticos. Pontos quânticos são nanocristais formados de materiais semicondutores que possuem propriedades optoeletrônicas distintas, principalmente fluorescência.
 
“Nós usamos os pontos quânticos como uma tinta”, explica McAlpine. “Fomos capazes de gerar duas cores, laranja e verde”.
 
O desafio foi juntar materiais diferentes que podem ser mecânica, química ou termicamente incompatíveis. Para enfrentá-lo, os pesquisadores construíram uma impressora 3D híbrida, uma combinação de peças comercialmente disponíveis e outras um pouco mais exóticas. Eles escanearam a lente e, em seguida, passaram essa geometria para a impressora, de modo que o aparelho imprimiu um LED em conformidade com a forma da lente.
 
Este trabalho baseou-se em trabalhos estudos da mesma equipe na produção de um ouvido biônico usando impressão 3D. A nova pesquisa teve como objetivo demonstrar como eletrônicos e materiais biológicos poderiam ser fundidos utilizando a mesma técnica.
 
Enquanto os pesquisadores admitem que a impressão 3D de eletrônicos desta forma não é aplicável para a fabricação de diversos produtos eletrônicos, em que várias cópias precisam ser produzidas com um alto grau de confiabilidade (como telefones), pode ser útil para aplicações customizadas, como dispositivos médicos.
 
Spectrum / Hypescience

Alzheimer: qual o melhor remédio para doença?

Qual o melhor remédio para doença de Alzheimer?
 
Uma nova pesquisa da Universidade da Saúde Pública de Maryland mostra que o exercício físico pode melhorar a função cognitiva em pessoas com risco de desenvolver a doença de Alzheimer, melhorando a eficiência da atividade cerebral associada à memória.
 
A perda de memória que leva a condição é um dos maiores temores entre a população mais idosa. Para alguns, a perda de memória é normal e esperada à medida que a idade chega. Mas um diagnóstico de transtorno cognitivo leve também pode sinalizar perda de memória mais substancial e um maior risco de doença de Alzheimer, para a qual não há, atualmente, nenhuma cura.
 
O estudo liderado pelo Dr. J. Carson Smith oferece uma nova esperança para aqueles diagnosticados com a doença. Ele é o primeiro a demonstrar que uma intervenção de exercícios com idosos com comprometimento cognitivo leve (idade média de 78) melhorou não só a recordação da memória, mas também o funcionamento do cérebro, medido por neuroimagem funcional.
 
“Descobrimos que, após 12 semanas em um programa de exercício moderado, os participantes do estudo melhoraram sua eficiência neural – basicamente estavam usando menos recursos neurais para realizar a mesma tarefa de memória”, diz o Dr. Smith. “Nenhum estudo tem mostrado que uma droga pode fazer o que se mostrou possível com o exercício”.
 
Atividade Diária Recomendada
Dois grupos de idosos fisicamente inativos (variando entre 60 e 88 anos de idade) foram colocados em um programa de exercícios de 12 semanas, com caminhadas regulares sobre uma esteira orientadas por um personal trainer. Os dois grupos – um que incluiu adultos com Alzheimer e outro com adultos com função saudável do cérebro – melhoraram a aptidão cardiovascular em cerca de 10% no final da intervenção. Mais notavelmente, os dois grupos também melhoraram o desempenho de memória e mostraram maior eficiência neural enquanto envolvidos em tarefas de recuperação da memória.
 
A boa notícia é que estes resultados foram obtidos com uma dose de exercício consistente com as recomendações de atividade física para adultos mais velhos. Essas diretrizes incluem exercício de intensidade moderada (atividade que aumenta a sua frequência cardíaca e faz você suar, mas não é tão intenso que você não consegue manter uma conversa ao fazê-lo) na maioria dos dias, para um total semanal de 150 minutos.
 
Medir o impacto do exercício sobre a saúde do cérebro e da memória
Um dos primeiros sintomas observáveis ​​da doença de Alzheimer é a incapacidade de lembrar nomes conhecidos. Smith e seus colegas fizeram os participantes do estudo identificarem nomes famosos e mediram sua atividade cerebral enquanto eles estavam engajados em reconhecer corretamente um nome – por exemplo, Frank Sinatra, ou outras celebridades bem conhecidas dos adultos nascidos nos anos 1930 e 40. “A tarefa nos dá a capacidade de ver o que está acontecendo no cérebro quando há um desempenho de memória correta”, explica Smith.
 
Testes de imagem foram realizados antes e depois da intervenção de exercício de 12 semanas. Após a intervenção, foi relatada uma diminuição significativa na intensidade de ativação do cérebro em onze regiões enquanto os participantes identificaram corretamente os nomes famosos. As regiões do cérebro com a melhoria da eficiência correspondiam as envolvidas na patologia da doença de Alzheimer, incluindo a região precuneus, o lobo temporal e o giro para-hipocampal.
 
A intervenção do exercício também foi eficaz em melhorar a recordação da palavra através de uma “lista de tarefa de aprendizagem”, ou seja, quando as pessoas leram uma lista de 15 palavras e tiveram que lembrar e repetir quantas fossem possíveis em cinco tentativas consecutivas, e novamente depois de uma distração, com outra lista de palavras.
 
“As pessoas com Alzheimer têm um declínio muito acentuado da função de memória, de modo que ser capaz de melhorar a sua recuperação é um grande passo na direção certa”, afirma Smith.
 
Os resultados do estudo sugerem que o exercício pode reduzir a necessidade de excesso de ativação do cérebro para lembrar alguma coisa. Isso é uma notícia animadora para aqueles que buscam preservar sua função cerebral.
 
Dr. Smith tem planos para um estudo mais amplo que incluiria mais participantes, incluindo aqueles que são saudáveis, mas têm um risco genético para a doença de Alzheimer, e segui-los por um período de tempo mais longo com o exercício físico em comparação com outros tipos de tratamentos. Ele e sua equipe esperam aprender mais sobre o impacto da atividade na função cerebral, e se isso poderia atrasar o início ou progressão do Alzheimer.
 
ScienceDaily / Hypescience

Qual a melhor estratégia para diminuir o estresse?

Novas pesquisas sugerem que uma estratégia bastante comum de regulação de emoção conhecida como “reavaliação cognitiva” pode realmente ser prejudicial quando se trata de situações de estresse que estão sob nosso controle
 
“O contexto é importante”, disse a cientista psicológica e pesquisadora principal do estudo, Allison Troy, da Universidade Franklin & Marshall, dos Estados Unidos.”Nossa pesquisa é uma das primeiras a sugerir que a reavaliação cognitiva pode realmente ter efeitos negativos sobre a saúde psicológica em determinados contextos”.
 
O que é a tal da reavaliação cognitiva?
A reavaliação cognitiva é uma estratégia que envolve a ressignificação de seus pensamentos sobre uma determinada situação, a fim de alterar o impacto emocional que ela terá em você. Me parece um exercício extremamente racional e bem-vindo. Tanto que pesquisas anteriores chegaram a descobrir que a técnica é especialmente benéfica para a saúde psicológica das pessoas que se sentem altamente estressadas o tempo todo.
 
Mas…
Como Troy e seus colegas descobriram, a controlabilidade de uma determinada situação parece ser a chave para determinar se uma reavaliação cognitiva ajuda ou atrapalha. Ou seja: ela nem sempre é bem-vinda.
 
Para pessoas que enfrentam uma situação estressante em que se tem pouco controle (ou nenhum), como a doença de um ente querido, a capacidade de usar essa reavaliação deve ser extremamente útil. A mudança de emoções pode ser uma das únicas coisas que a gente consegue exercer algum controle sobre. Sendo assim, essa sensação pode nos proporcionar uma espécie de alívio emocional.
 
“Mas para alguém enfrentando problemas no trabalho por causa de mau desempenho, por exemplo, a reavaliação pode não ser tão adequada”, observa Troy. Reformular uma situação para fazer com ela pareça menos negativa, nesse tipo de contexto, pode tornar a pessoa menos inclinada a tentar mudar as coisas.
 
Percebeu a diferença?
Para desenvolver esse estudo, os pesquisadores recrutaram uma amostra de pessoas que viveram uma situação de estresse recente.
 
Os participantes fizeram uma pesquisa online com objetivo de medir seus níveis de depressão e estresse. Cerca de uma semana depois, eles foram ao laboratório de Troy para participar de um desafio destinado a medir a sua capacidade de reavaliação cognitiva.
 
Os participantes, então, assistiram a um videoclipe neutro destinado a induzir uma linha de base emocional neutra, e depois assistiram a três clipes de filmes tristes. Durante esses clipes, eles foram aleatoriamente designados para usar estratégias cognitivas de reavaliação para ver as situações que estavam assistindo “sob uma luz mais positiva”.
 
Resultados
Os resultados mostraram que a capacidade de regular a tristeza se associou com menos sintomas relatados de depressão, mas apenas para os participantes cujo estresse foi incontrolável – aqueles com um cônjuge doente, por exemplo.
 
Para os participantes com estresse mais controlável, se sentir melhor com a reavaliação foi associado com sintomas mais depressivos.
 
“Quando estressores são controláveis, parece que a capacidade de reavaliação cognitiva não é apenas menos benéfica, como pode ser prejudicial”, esclarece Troy. Estas descobertas acrescentam uma ruga às pesquisas que conhecemos até o momento, que têm mostrado consistentemente que a reavaliação está relacionada com resultados positivos – e só positivos.
 
Conclusão
“Estes resultados sugerem que nenhuma estratégia de regulação emocional é sempre adaptativa”, conclui Troy. Adaptar a regulação emocional provavelmente envolve a capacidade de usar uma grande variedade de estratégias em diferentes contextos, em vez de depender apenas uma estratégia em todos os contextos.
 
Estes resultados têm implicações para a saúde pública, uma vez que o estresse e deficiências na capacidade de lidar com ele são importantes preditores de problemas de saúde psicológica.
 
“Nossos resultados sugerem que as intervenções terapêuticas que buscam melhorar a capacidade de regulação da emoção e ensinar os clientes a usar estratégias particulares de maneiras apropriadas seria particularmente benéfica”, segundo Troy.
 
Pode ser, por exemplo, que as estratégias mais ativas, como a resolução de problemas e a busca de apoio social, sejam particularmente benéficas em contextos mais controláveis. Para tirar mais conclusões a respeito deste assunto, os pesquisadores planejam expandir sua abordagem e estudar outras estratégias de regulação da emoção, como aceitação, distração e supressão.
 
Psychcentral / Hypescience

Falta de medicamento impede cirurgias cardíacas em hospital do interior de SP

Laboratório promete entregar estoque emergencial de medicamento até esta sexta-feira (27) à Santa Casa de Marília
Divulgação/Assessoria
Hospital está sem estoque de Sulfato de Protamina 1000; laboratório promete estoque de emergência na segunda-feira
 
A Santa Casa de Marília (436 quilômetros de São Paulo) está impedida de realizar procedimentos cirúrgicos de alta complexidade como cirurgias cardíacas, por exemplo. O problema é causado pela falta de Sulfato de Protamina 1000, medicamento utilizado para reversão do efeito da Heparina. Enquanto o último dilata os vasos sanguíneos, o primeiro tem efeito coagulante estancando hemorragias.  
 
"A Santa Casa de Marília, atualmente, não dispõe de Sulfato de Protamina em estoque. A instituição tem utilizado, em alguns casos, produto cedido de outras instituições para cirurgias de urgência", confirmou a assessoria de imprensa do hospital ao iG. 
 
Ainda segundo a assessoria de imprensa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi acionada e contatou o laboratório fabricante que, por sua vez, comunicou que já fez a remessa de 150 ampolas do medicamento, que devem chegar ao hospital na próxima segunda-feira (2 de março). O laboratório admitiu que faltou matéria-prima para a produção do Sulfato de Protamina 1000 durante fevereiro.
 
Sem alternativa
O cirurgião cardíado Rubens Tofano de Barros, que atua no hospital, destaca que não existe nenhum medicamento que possa substituir o Sulfato de Protamina 1000. “Por essa razão, já suspendemos as internações eletivas, até que tenhamos uma regularização do fornecimento e garantia de poder atender os pacientes com segurança”, avalia.
 
Segundo Tofano de Barrros, que preside a Sociedade de Cirurgia Cardiovascular do Estado de São Paulo, os procedimentos só são realizados quando os familiares dos pacientes se prontificam a comprar a medicação. Cada ampola custa entre R$ 2 e R$ 2,70. O número de ampolas consumidas em uma cirurgia cardíaca varia de acordo com o peso do paciente - o número mínimo é de quatro por procedimento. 
 
Questionado pela Anvisa sobre a falta do medicamento, o Valeant admitiu que não tinha matéria-prima para a produção do Sulfato de Protamina 1000, situação que deve se normalizar em março.  
 
iG