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sábado, 6 de julho de 2013

Ninfomania

O surgimento da Internet gerou outro tipo de compulsão
 sexual – o sexo virtual -, que atinge aproximadamente
 dois milhões de pessoas
A ninfomania implica em uma descompensação do desejo sexual feminino. A mulher sente um apetite intenso demais, permeado por fantasias sexuais que a perseguem a ponto de prejudicar suas atividades cotidianas. Esta perturbação psíquica enquadra-se nos transtornos conhecidos como Desejo Sexual Hiperativo (DSH) e se expressa através de uma ausência do controle da sexualidade.
 
A paciente é acometida por uma compulsividade sexual praticamente incontrolável, o que lhe provoca uma grande dor emocional e repercute diretamente em seus relacionamentos afetivos. Mas é de certa forma um exagero pensar que esta mulher quer praticar sexo incessantemente, ela apenas tem dificuldades na satisfação de seus desejos, daí alimentar constantemente a vontade de praticar o ato.

Quando essa pessoa tem a consciência de seu problema e tenta disciplinar seus pensamentos e suas fantasias, torna-se deprimida e ansiosa. Torna-se cada vez mais difícil para ela libertar-se destes pensamentos, uma vez que a própria cultura ocidental canoniza o sexo, estimulando ainda mais as compulsões sexuais.
 
É comum a ninfomaníaca sentir-se desprovida de vontade própria, uma escrava de seus próprios desejos. Geralmente essa sensação vem acompanhada de muita ansiedade antes do ato sexual, de um orgasmo intenso e satisfatório no primeiro momento, seguido de uma culpa profunda.
 
Mas quais as causas desse problema? Ele não deixa de ter raízes nos mesmos fatores que provocam as demais dependências, como a busca de um bálsamo para as feridas da alma, uma compensação para a solidão e para a inadaptação social, um paliativo contra o medo e as expectativas comuns na vida de cada um, as frustrações e tantas outras emoções sombrias. Mas vários pesquisadores compreendem esse transtorno também como uma doença, provocada por mutações no equilíbrio dos neurotransmissores.
 
No discurso psicanalítico, a ninfomania é conhecida como hipersexualidade, uma cristalização do desenvolvimento sexual na etapa anal, ou seja, no momento da evolução da sexualidade em que as ansiedades deslocam-se para comportamentos repetitivos. De acordo com a causa estabelecida para este transtorno, deve ser prescrito um determinado tipo de tratamento. Principalmente no mundo contemporâneo, quando o surgimento da Internet gerou outro tipo de compulsão sexual – o sexo virtual -, que atinge aproximadamente dois milhões de pessoas.
 
Com dificuldades para enfrentar seus distúrbios de sexualidade e ao mesmo tempo mergulhados em um temor crescente do outro, principalmente por conta da violência cada vez maior nas grandes metrópoles, estes indivíduos optam por passar horas sem fim na frente de um computador, navegando em sites com conteúdo sexual.
 
Estas pessoas procuram, assim, satisfazer seus desejos a cada momento mais fortes, já que a compulsão ao vício é sempre maior, quanto mais elas submergem nos meandros da dependência.
 
Fonte: www.infoescola.com

Temperos que fazem bem à saúde

Cada vez mais lemos notícias de que este ou aquele tempero, além de darem um gostinho especial aos alimentos, também ajudam o organismo a funcionar melhor. Que tal conhecer alguns deles e usufruirmos de todos os seus benefícios?
 
Alho
Segundo os especialistas, consumir alho regularmente auxilia na redução da pressão alta, ou seja, é muito indicado para os hipertensos. Além disso, o alho também possui vitaminas do complexo B, que contribuem para a diminuição das doenças do coração. O consumo pode ser de um a dois dentes de alho por dia. As cápsulas de alho só devem ser tomadas sob prescrição médica e para não perder suas propriedades, não deixe o alho dourar quando você fizer suas receitas.
 
Pimenta
Ela possui capsaicina, um composto termogênico que acelera o metabolismo. Mesmo assim, não é somente comendo pimenta que irá fazer com que você perca peso mais rápido. Uma dieta regular associada a exercícios físicos é o ideal para a pimenta poder fazer efeito. Preste atenção na quantidade a ser ingerida diariamente: pimenta dedo de moça seis unidades, pimenta jalapeño três unidades e da malagueta consuma meia.
 
Manjericão
Use manjericão com bastante freqüência, pois certamente ele auxiliará na sua digestão. Utilize-o nas massas, molhos e saladas. Além de fazer bem, o prato fica com outro sabor.
 
Orégano
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o orégano não serve somente para colocar na pizza. Consuma-o fresco pois ele conserva melhor suas propriedades. Além de ser digestivo, o orégano é um antioxidante natural, ajudando no combate dos radicais livres, alguns tipos de câncer, envelhecimento e alterações no sistema nervoso.
 
Cebola
Além de ter baixa caloria, a cebola possui fibras, vitaminas C e B e ajuda ainda a manter o nível de glicose e o de colesterol em dia. A querticina, propriedade contida na cebola ajuda a prevenir o câncer. Para aproveitá-la melhor, consuma-a crua e sem fritar. Recomenda-se que seja consumida em torno de 150 gramas por dia.
 
Fonte: www.comofazeronline.com

Evite a flatulência

Os gases se formam quando ingerirmos alguma bebida ou alimento. Sem nos darmos conta, engolimos também pequenas quantidades de ar. Aos poucos ele vai acumulando podendo ocasionar a aerofagia, o nome científico para os gases.
 
Chamamos de flatulência a liberação voluntária ou involuntária do ar que fica retido na porção final do intestino, uma situação que pode gerar algum constrangimento.
 
O ar pode ser eliminado via oral através do arrotou ou via anal por meio dos gases intestinais ou flatos. A grande maioria é produzida no intestino pelos carboidratos que não são quebrados durante a passagem pelo estômago. Porém o intestino não tem as enzimas necessárias para digeri-los e os carboidratos são fermentados pelas bactérias que o habitam. Todo esse processo produz e libera gases.
 
Se você está com algum desconforto como distensão abdominal é muito provável que sejam gases. E eles podem ser bem doloridos. Por isso procure verificar como está sua alimentação.
 
Abaixo segue a lista dos alimentos causadores da aerofagia:
 
Vegetais:  agrião, acelga, alho, cebola, brócolis, couve, couve-flor, repolho, batata doce, gengibre, couve de Bruxelas, chucrute, ervilha verde, milho verde, mostarda, pepino, nabo, rabanete, pimentão, pimenta do reino;
 
Doces: caramelos, bolo, bombom, chocolate, doce em pasta, açúcar em excesso;
Queijos: Evite os de alta concentração como o mussarela, parmesão, roquefort, gorgonzola;
 
Leguminosas: Ervilha, grão de bico, feijão, lentilha, soja. Um segredinho para evitar que o feijão cause menos gases está na sua preparação. Deixe os grãos de molho de um dia para o outro. Pela manhã troque a água antes de cozinhá-lo. A produção de gases aumenta quando o amido está mal cozido.
 
Frutas: Abacate, goiaba, maçã, pera crua, melão, melancia, passas;
 
Bebidas: soda, bebidas gaseificadas como coca-cola e café;
 
Adoçantes: aqueles que contêm sorbitol como os dietéticos, balas e chicletes dietéticos;
 
Outros: condimentos em demasia, alimentos crus ou fritos, avelãs, nozes e demais alimentos oleaginosos.
 
Além de todos esses cuidados, procure um ambiente sossegado para fazer as refeições, mastigue os alimentos e coma devagar. Não converse enquanto estiver comendo, evitando com isso engolir ar.
 
Tente descobrir quais os alimentos que lhe causam flatulência e os evite ou diminua a porção. Se mesmo assim o desconforto permanecer, consulte seu médico. Essa é uma situação que ocorre com todas as pessoas. A diferença é que umas sofrem mais que as outras.
 
Fonte: www.comofazeronline.com

Menopausa precoce pode atrapalhar saúde feminina

Menopausa precoce pode atrapalhar saúde feminina Cynthia Vanzella/Agencia RBS
Foto: Cynthia Vanzella / Agencia RBS
Ondas de calor atingem 80% das mulheres na menopausa
Cerca de 3% das mulheres estão sujeitas ao problema
 
Caso antes dos 40 anos você notar sintomas como ondas de calor, irregularidade menstrual, insônia, irritabilidade persistente , ressecamento vaginal, alterações na pele e cabelo, aumento de peso e suores noturnos, fique atenta, pode ser a menopausa que chegou antes da hora. Ainda não existe uma causa determinante para a menopausa precoce, mas ela pode ocorrer por vários fatores, como o histórico familiar.
 
Segundo a ginecologista e obstetra Erica Mantelli, a menopausa ocorre, em média, aos 50 anos. Ela é definida como a parada da menstruação, já o climatério é o período de transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher. Esse período de transição pode iniciar dois a três anos antes da menopausa e terminar muitos anos após.
 
— Quando a menopausa ocorre antes dos 40 anos, sem uma causa aparente, costuma-se identificar o processo como Falência Ovariana Precoce (FOP) — explica a médica.
 
Cerca de 3% das mulheres estão sujeitas à menopausa precoce ou falência ovariana prematura. As mulheres nascem com um número de óvulos pré-determinados que, em condições normais, são suficientes para que ovulem da puberdade até próximo aos 50 anos, quando chega à menopausa.
 
— Quando ocorre a menopausa precoce os ovários deixam de funcionar adequadamente ainda numa idade jovem. A menstruação desaparece ou vem em quantidade mínima ou esporádica. Em alguns casos, a menopausa pode ser decorrente de tratamentos como, por exemplo, a quimioterapia, radioterapia, cirurgia ovariana, tabagismo e algumas doenças infecciosas (malária, varicela e caxumba) — afirma Erica.
 
Alguns estudos vêm revelando que a idade da menopausa tem a ver com a história familiar da paciente. De acordo com a médica, a idade que a menopausa ocorre pode não estar relacionada apenas com à época da primeira menstruação, mas sim quando a mãe e as irmãs da paciente entraram em menopausa.
 
Menopausa precoce impede a maternidade?
A menopausa prematura diminui drasticamente as chances de engravidar. Entretanto, a ginecologista esclarece que ela não representa o fim das esperanças para mulheres que desejam ser mães.
 
— Se a menopausa é diagnosticada precocemente, a mulher pode conseguir uma gravidez bem sucedida através de doação de óvulos com o uso dos espermatozoides do seu companheiro — revela a médica.
 
Atenção aos sinais do corpo

Os sintomas da menopausa podem variar. Entre eles, estão:
 
— Ondas de calor: atingem 80% das mulheres e aparecem subitamente, com duração de 5 a 30 minutos, acompanhados de suor intenso e desconforto

— Suores noturnos

— Irregularidade menstrual: o fluxo menstrual vai diminuindo progressivamente. Pode tornar-se abundante, parar por alguns meses, reaparecendo depois em ciclos esparsos

— Ressecamento vaginal: sintoma que provoca desconforto especialmente durante as relações sexuais

— Diminuição da libido: a vontade de praticar sexo sofre uma perceptível redução

— Incontinência urinária: por perda de tônus da bexiga

— Dores de cabeça

— Alterações na pele e nos cabelos (queda de cabelo, pele ressecada, cabelos quebradiços e opacos)

— Insônia e cansaço

— Perda de memória

— Aumento de peso

— Perda de força muscular

— Perda de massa óssea, com decorrente risco de osteoporose

— Nervosismo, irritabilidade

— Alterações do humor

— Tensão, ansiedade

— Depressão
 
Convivendo com o problema
O diagnóstico da menopausa é importante para todas as mulheres, principalmente as que desejam engravidar. A mulher deve procurar um ginecologista após notar os sintomas da menopausa precoce para dar início a uma série de exames físicos e complementares, como o de dosagem hormonal e o ultrassom transvaginal. Exames de sangue podem ser realizados para se investigar a presença de anticorpos que causam danos às glândulas endócrinas.
 
Confirmado o diagnóstico, um dos tratamentos é com a Terapia de Reposição Hormonal (TRH).
 
— O TRH é imprescindível nos casos de menopausa de origem cirúrgica ou provocada por quimioterapia, em virtude da intensidade destes sintomas. Além disso, essas mulheres apresentam um risco maior de desenvolver doenças cardíacas e osteoporose — conclui Erica.
 
Saiba como aliviar os sintomas:
 
— Mantenha uma vida saudável e pratique exercícios

— Faça todos os exames anuais recomendados pelo médico, incluindo controle de glicemia e colesterol

— Tente dormir o suficiente. A falta de sono pode contribuir para a confusão mental e baixa libido, problemas frequentemente associados à menopausa

— Para evitar a osteoporose, consuma alimentos ricos em cálcio, como vegetais verde-escuros, peixes, sementes de abóbora, melancia, leite de soja enriquecido com cálcio, tofu, leite de vaca desnatado e seus derivados

— Aumente o consumo de água. Evite bebidas alcoólicas, café e refrigerantes

— Devido à facilidade para engordar e aumentar o colesterol ruim e triglicérides, evite frituras, alimentos gordurosos, excesso de açúcares, massas e sobremesas com frequência

— Discuta com o médico os prós e contras do uso da terapia de reposição hormonal. Ela não é recomendada para mulheres em situação de risco de câncer de mama, trombose ou doença cardíaca
 
Fonte Zero Hora

Saiba como manter uma alimentação saudável na terceira idade

Saiba como manter uma alimentação saudável na terceira idade Stock Photos/Divulgação
Carboidrato é nutriente essencial para fornecer energia
para o organismo
Dieta equilibrada é fundamental para a ingestão de nutrientes importantes para uma vida mais saudável
 
Os cuidados com a saúde requerem uma boa alimentação durante toda a vida. No entanto, a entrada na terceira idade traz uma série de mudanças físicas que exigem algumas necessidades. É comum, por exemplo, sentir menos apetite a partir dos 65 anos. O paladar fica menos apurado e a mastigação também pode ser comprometida. Por isso, cuidar bem da alimentação do idoso é essencial para que todas essas variações não sejam um impeditivo para a ingestão de nutrientes importantes para se manter uma vida saudável.
 
A nutricionista Tereza Cibella explica que a alimentação na terceira idade precisa ser variada e equilibrada, assim como a de uma criança ou de um adulto. Entretanto, existem alguns alimentos que são mais indicados, principalmente por fazerem bem para o sangue e para o cérebro, como grãos, frutas e azeite. A aveia também é aconselhada pela especialista, já que auxilia na digestão, e o leite, assim como seus derivados, é importante por oferecer cálcio, que fortalece os ossos, mais fracos nessa idade.
 
— O que não pode faltar de forma alguma é o carboidrato, nutriente essencial para a nutrição humana por fornecer energia para o organismo. Para o idoso, o ideal é que entre 50% a 60% do valor calórico total da dieta sejam compostos por este componente — ressalta a nutricionista.
 
Arroz, macarrão, pães, batata e cereais, considerados carboidratos complexos, minimizam os picos de hiperglicemia. Os carboidratos simples, como glicose e sacarose, devem compor no máximo 10% da dieta.
 
— Uma boa dica neste contexto é o macarrão, que além de ser do tipo complexo, tem digestão e absorção mais lenta que os demais, que faz com que a sensação de saciedade dure mais tempo. Além disso, uma absorção mais pausada faz com que o aumento do nível glicêmico no sangue seja menor, e, como se trata de um alimento de consistência mais mole, facilita a mastigação do idoso — aconselha Tereza.
 
Também é necessário preservar a proteína, que serve como substrato energético para o sistema nervoso central e ativar o metabolismo. Os alimentos fontes deste nutriente fornecem a construção e manutenção das diferentes partes do corpo e a reparação dos tecidos que são perdidos com maior frequência por meio de descamações, suor e cicatrizações, por exemplo. As proteínas também são as responsáveis pela formação dos anticorpos - proteção contra as doenças - e de todos os órgãos do nosso corpo.
 
A nutricionista também ressalta que alimentos fontes de vitaminas, minerais e fibras regulam as funções do organismo, facilitando a digestão e absorção dos nutrientes, fortalecendo o sistema imunológico, permitindo o bom funcionamento intestinal e protegendo visão, pele e dentes.
 
Confira alguns exemplos de fontes dos diferentes grupos de alimentos:
 
— Fontes de carboidratos: macarrão, arroz, milho, centeio, pão, batata, aveia, cará, inhame, açúcares, doces, mel, geleia, cevada trigo, aveia.
 
— Fontes de proteínas: ovos, feijão, ervilha, lentilha, soja, grão de bico, leite iogurte, coalhada, carne.
 
— Fontes de vitaminas, minerais e fibras: pepino, berinjela, abobrinha, chuchu, cenoura, limão, laranja, goiaba, manga, caju, morango, mexerica, almeirão, acelga, brócolis, escarola, mostarda, salsa, couve e cereais integrais.

Fonte Zero Hora

Saiba como preparar a casa para evitar acidentes domésticos

Saiba como preparar a casa para evitar acidentes domésticos Mauro Vieira/Agência RBS
Foto: Mauro Vieira / Agência RBS
Gisleine com o dispositivo que lhe dá confiança para morar
 sozinha, porque permite acionar a família rapidamente
 em caso de emergência
Estabelecer um ambiente seguro, removendo ameaças e obstáculos á circulação, pode salvar a vida de crianças e idosos
 
Escadas, tapetes, pisos escorregadios, móveis mal distribuídos. São muitas as armadilhas que ameaçam a integridade física das pessoas dentro do lar. E as principais vítimas são justamente aqueles que estão as fases inicial e final da vida.

Na maioria das vezes, o acidente ocorre não apenas por desatenção dos idosos e das crianças pequenas, mas por falta de cuidado dos adultos responsáveis pela casa e que poderiam ajudar a facilitar o caminho.

Dados do Ministério da Saúde mostram que uma das principais causas de sofrimento e de morte entre os idosos e crianças até 14 anos são as lesões não intencionais, que poderiam ser evitadas.

Cuidado com...


... as crianças pequenasNa fase em que a criança inicia seus primeiros contatos e suas impressões do mundo, do nascimento até cerca de seis anos, é importante estabelecer um ambiente seguro, que permita o seu desenvolvimento integral.

Isso não quer dizer que se deve manter o filho em uma jaula. Pelo contrário: é preciso criá-lo com liberdade e fazê-lo entender que cair faz parte do jogo. Essa queda, porém, pode ser amaciada pelos pais e responsáveis.

É o que defende o vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Marcelo Porto. Para ele, dar limites não significa ser superprotetor:

— Não é raro a criança querer copiar um super-herói favorito da televisão que se atira da janela, pensando que pode repetir a façanha sem se machucar. Até os cinco ou seis anos, o nível de compreensão é baixo e o nível de pensamento mágico é alto. Por isso, é importante manter-se sempre vigilante.

Com o avançar da idade e a maior mobilidade da criança, a chance de acidentes só aumenta. A dica é preparar o cenário seguro antes que o pior aconteça. De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Institucional da ONG Criança Segura, Adriano de Oliveira, há zonas proibidas na casa, das quais deve-se afastar a criança.

É o caso da cozinha, das janelas, de escadas e da piscina. Outro alerta é que, independentemente de onde estiver a criança, ela deve estar sempre acompanhada de um adulto.

... e com as "grandes"


Tapete no chão, nem pensar. Quarto escuro, também não. Um ambiente amigável para idosos tem caminho livre.

Com as limitações naturais da visão e da audição nessa fase da vida, a orientação fica mais difícil. Por isso, todo tipo de alerta é válido: avisos, luminosos e muita, mas muita conversa, são as principais armas para fazer os mais velhos driblarem as armadilhas que podem provocar uma queda.

— É preciso evitar que a disposição dos móveis facilite os tropeços e os escorregões — diz Paula Capponi, fisioterapeuta do Asilo Padre Cacique, de Porto Alegre.

Responsável pela gestão do espaço para facilitar o deslocamento de quem mora no abrigo, Paula diz que boas alternativas são tapetes antiderrapantes nos banheiros, barras laterais nos boxes dos chuveiros e nos corredores e alerta com fitas amarelas nas escadas. As sessões de fisioterapia servem para simular situações como a forma correta de sentar, com o apoio dos pés, quadris e costas.

Responsáveis por 90% das fraturas em pessoas com mais de 65 anos de idade, as quedas estão entre as principais causas de lesões e de internação na terceira idade.

— Rever os medicamentos e o uso de dispositivos de assistência e de correção de alterações do pé (órteses) também ajuda a reduzir o risco de quedas — alerta o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

Pingente da autonomia
Um pingente que funciona como uma espécie de babá eletrônica é uma alternativa para ajudar idosos que moram sozinho. O aparelho é conectado a uma central telefônica e fica pendurado no pescoço da pessoa.

Em caso de acidente, como uma queda da qual não consegue se reerguer, ela aperta em um botão e os telefones cadastrados (geralmente de filhos, vizinhos ou porteiro) são acionados.

— Nem sempre a pessoa está com o celular ao seu alcance. Ou, muitas vezes, não escuta o telefone tocar. Neste caso, o aparelho envia um sinal e o familiar é avisado imediatamente — explica Gilson Esteves, gerente da Iris Senior, empresa fabricante do aparelho.

O dispositivo é à prova d’água, tem uma bateria que dura até três anos e modelos de pulso. Entre suas funcionalidades, estão sensores de movimento e temperatura, para caso de incêndio.

Apesar de fazer pilates, estudar inglês, piano e ter uma vida social ativa, a aposentada Gisleine Rosendo, 62 anos, se preocupa com a possibilidade de um mal súbito enquanto estiver sozinha. Por isso, contratou o sistema para aprimorar sua comunicação com as filhas, e desta forma, sentir-se com mais autonomia. – Caso algo aconteça comigo, prefiro que minha família seja avisada rapidamente – afirma. Muito utilizado em nos Estados Unidos e Europa, o sistema é distribuído gratuitamente pelo governo em países como a Inglaterra e Espanha, onde é batizado de "sirepe", acrônimo que significa sistema de resposta de emergência pessoal.

EM NÚMEROS

Causas de acidentes em crianças de 0 a 14 anos

Trânsito — 40%

Afogamento — 25%

Sufocação — 15%

Queimaduras — 6%

Quedas — 4%

Intoxicações — 2%

Armas de fogo — 1%

Outros — 7%

Fonte: ONG Criança Segura – 2010

Estatísticas sobre queda de idosos no Brasil

19 milhões é a população de idosos no Brasil

12% das mortes
de idosos ocorrem em consequência de quedas com fratura

70% das mortes acidentais
de pessoas acima de 75 anos é por causa da queda

54% das quedas são consequência de um ambiente inapropriado

66% das quedas dos idosos ocorrem dentro da própria casa e 22% na rua

R$ 51 milhões por ano é o valor mínimo gasto pelo SUS com tratamento de fraturas decorrentes de queda

R$ 24,77 milhões por ano é o valor mínimo gasto com medicamentos para tratamento da osteoporose

30% dos idosos que sofrem fratura de fêmur morrem menos de um ano após o acidente

Fonte: Ministério da Saúde
 
Por Zero Hora

Higiene pessoal dos idosos

Orientações técnicas para instituições que abrigam idosos
 
Higiene pessoal e cuidados especiais:
 
- É preciso saber falar com o idoso.
 
- É muito importante que se fale ao idoso de maneira clara e em tom mais alto, porém sem gritar, e que se diminuam sons secundários como música, por exemplo.
 
- Deve-se falar de frente para que ele possa ler os lábios.
 
- As informações precisam ser fornecidas lentamente, passo a passo, com palavreado fácil, em letras grandes e impressas, tendo em vista as possíveis dificuldades de visão e memória.
 
- Pode haver necessidade de ajuste nas técnicas e nos meios para que a higiene se efetue, pois, muitas vezes, os idosos apresentam dificuldade motora.
 
- A lavagem das mãos dos idosos é medida importante para evitar transmissão de doenças, deve ser feita de maneira criteriosa, e muitas vezes com o auxílio de um cuidador, sempre antes de se alimentar, após usar o sanitário.
 
- O banho, além de refrescar o corpo, tem o objetivo de incentivar a criação de hábitos higiênicos, promovendo a saúde. Sua freqüência está relacionada à temperatura da estação do ano.
 
- Todos os cuidados de higiene, como banho, higiene dos cabelos, unhas, barba, boca, dentes e próteses, devem ser na medida do possível, realizados pelo próprio idoso, a fim de preservar sua habilidade.
 
Quando necessário, o auxilio deve ser feito de forma que preserve a dignidade e individualidade do mesmo, sem exposição durante o banho e sempre que possível, respeitar o hábito do idoso, como uso de batons, esmaltes, penteados entre outros.
 
- As roupas devem ser trocadas diariamente e ser da escolha do idoso. Nunca deve ser de uso coletivo, pois fazem parte da identidade de cada um.
 
- Os objetos de higiene-pessoal devem ser de uso individual e exclusivo.
 
- A necessidade de sono do idoso pode estar alterada, caso se mantenha uma rotina diária inadequada. O individuo encorajado a se retirar para o leito logo ao anoitecer pode ter sua necessidade de sono satisfeita durante a madrugada, simulando uma situação de insônia.
 
A inatividade pode induzir a cochilos durante o dia, produzindo a mesma situação descrita anteriormente.

O ideal é que se tenha uma rotina de atividades diurnas que permitam no máximo um cochilo (sesta) em torno de uma hora à tarde e se programe um período de sono noturno de 8 à 9 hs. no período da noite.
 

Saiba indentificar a causa do mau cheiro no corpo

Saiba indentificar a causa do mau cheiro no corpo Stock Photos/Divulgação
Os vilões do odor ruim são os alimentos que contém
 enxofre, como alho e a cebola
Alimentação e estresse podem ser alguns dos fatores que provocam os odores
 
A alteração no cheiro do corpo pode ser provocada por uma série de fatores que incluem desde a alimentação até o estresse. E a partir do momento em que odor gera desconforto e constrangimento é importante ficar atento às causas.
 
Para compreender o suor e seus cheiros, é necessário saber que o corpo humano tem dois tipos de glândulas sudoríparas, as écrinas e as apócrinas. As primeiras estão espalhadas na pele de todo o corpo e sua função é atuar na regulação da temperatura corporal. Se a temperatura do corpo for elevada, aumenta a produção de suor.
 
O suor produzido pelas écrinas é constituído, basicamente, por água e alguns sais minerais e por isso não exalam nenhum cheio. Já as apócrinas estão presentes em algumas regiões específicas do corpo: axilas, área genital, couro cabeludo e ao redor dos mamilos.
 
— As apócrinas podem ser as responsáveis por eliminar odores desagradáveis, já que o suor é composto de água, restos celulares e do metabolismo, sendo eliminado por meio do folículo piloso — explica a dermatologista Miriam Sabino.
 
Assim como as glândulas écrinas, as apócrinas produzem um suor inicialmente sem odor. Porém, devido à ação de bactérias presentes na pele, elas desenvolvem um odor forte e desagradável, que recebe o nome de bromidrose.
 
— Além dos fatores genéticos, que determinam as características das glândulas apócrinas, há também outras condições que podem contribuir para o mau cheiro corporal como obesidade, má higiene pessoal, excesso de suor, ingestão excessiva de álcool ou alguns alimentos como cebola, alho e pimenta — afirma a especialista.
 
Quando a alimentação interfere no nosso cheiro
Os vilões do odor ruim são os alimentos que contém enxofre, como alho e a cebola. O consumo excessivo desses alimentos e dietas restritas em carboidratos são fatores desencadeantes do odor característico.
 
— A ingestão excessiva de proteínas aumenta a produção de amônia, que se manifesta em um suor com cheiro — diz a dermatologista.
 
As pessoas que não conseguem metabolizar os alimentos devem evitar consumir uma grande quantidade de ovos, peixes, fígado, cebola, legumes e alho. Dessa forma é possível evitar o mau cheiro. Outro fato que pode ser responsável por essa alteração é o estresse e a ansiedade.
 
— Qualquer sensação de medo ou ansiedade aumenta a produção das glândulas sudoríparas, liberam uma série de hormônios no sangue, que serão exalados junto com o suor, o que pode ser ou não perceptíveis — acrescenta Miriam.
 
Além das axilas, algumas pessoas também apresentam um odor muito forte nos pés:
 
— Quando a sudorese é abundante nos pés podem surgir sinais de maceração e descamação da pele — alerta a dermatologista.
 
O que fazer para evitar o mau cheiro
Alguns hábitos ajudam a controlar o odor como lavar os locais afetados, ensaboando bem e dando preferência a sabonetes antissépticos; secar bem a pele após o banho, especialmente entre os dedos dos pés; trocar as roupas e meias diariamente; e manter uma alimentação balanceada.
 
— O odor pode ser controlado por meio de substâncias que dificultam o crescimento das bactérias como talcos, sprays ou compostos por antibióticos — recomenda a dermatologista.
 
Em caso de excesso de suor, a hiperidrose, pode se associar substâncias antitranspirantes, mas a indicação do produto mais adequado, deve-se procurar o médico dermatologista.
 
Previna-se:
— Não se descuide da higiene pessoal
 
— Dê preferência aos sabonetes antissépticos e aos desodorantes antiperspirantes
 
— Troque de roupas todos os dias
 
— Evite as roupas de tecido sintético, especialmente as meias
 
— Prefira os calçados abertos e fabricados com matérias-primas naturais aos fechados e produzidos com material sintético
 
— Fuja da automedicação. Consulte um dermatologista para orientar o tratamento, se o odor da transpiração está se tornando inconveniente
 
Fonte Zero Hora

Síndrome de Ondine

A Síndrome de Ondine (Hipoventilação alveolar primária) é uma doença na qual a principal causa é uma mutação ou várias do gene PHOX2B, de herança autossômica dominante.
 
Nessa doença os mecanismos da respiração involuntária não funcionam adequadamente.
 
Ao dormir, os receptores químicos que recebem sinais (baixa de oxigênio ou aumento de dióxido de carbono no sangue) não chegam a transmitir os sinais nervosos necessários para que se dê a respiração.
 
O nome é uma referência a Ondina, ninfa das águas na mitologia germânica.
 
Em 2006 havia apenas 200 casos conhecidos em todo o mundo, mas na realidade estima-se que o número de casos seja muito maior (cerca de 1 bebê a cada 200.000 nascimentos), por ser causa de morte de morte súbita, a maioria dos bebês morrem sem que muitas vezes saiba da causa.
 
Na maioria das vezes a síndrome é de leve a moderada, ou seja, a pessoa poderá viver normalmente, mas na maioria dos casos vai precisar de suporte ventilação mecânica para dormir.
 
Nas formas mais graves a pessoa precisa de ventilação mecânica 24 horas por dia, nesses casos é indicado uma cirurgia para colocação de um marca-passo no nervo frênico, a cirurgia e o aparelho (MARK IV) tem um alto custo e mesmo nos países de primeiro mundo são poucos os hospitais que a realizam.
 
Fonte Wikipédia

Maioria dos homens só procura o médico por influência da mulher ou de filhos, revela pesquisa

São Paulo – Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostra que 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos. O estudo também revela que mais da metade desses pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado.
 
Entre as justificativas apresentadas pelos homens entrevistados estão a falta de tempo, o preconceito e a sensação de invulnerabilidade às doenças. Os pacientes relataram que só cederam aos apelos dos parentes quando a dor ou o incômodo passou a atrapalhar muito a rotina.
 
Segundo o médico urologista e coordenador do centro, Joaquim Claro, em muitos casos, a demora em buscar ajuda foi tão grande que o paciente precisou passar por uma intervenção cirúrgica. “O homem precisa manter cuidados mínimos realizando check ups de forma periódica, pelo menos uma vez ao ano. Isso porque, com o envelhecimento, os problemas começam a ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes”, disse.
 
O médico destacou que exames de rotina e consultas precisam ser mais frequentes principalmente a partir dos 40 anos. Após essa idade, as patologias mais comuns são câncer de próstata, problemas nos rins e na bexiga que podem levar ao câncer, alterações hormonais, cálculos renais e crescimento benigno da próstata.

Fonte Agência Brasil

Alagoas tem aumento de 77% nos casos de diarreia este ano

A Sesau também está recomendando que a população reforce
 os cuidados com higiene pessoal e dos alimentos, além de
fazer o tratamento caseiro da água
Brasília - De janeiro a julho deste ano, 66.849 pessoas tiveram diarreia no estado de Alagoas, um aumento de 77% no número de casos em relação ao mesmo período de 2012, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) do governo alagoano. A recomendação da secretaria é que a população sem acesso à água tratada deve usar hipoclorito de sódio (água sanitária) para tornar a água potável.
 
Em audiência pública que ocorreu ontem (4) na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, informou que, em menos de dois meses, 37 pessoas morreram de diarreia em Alagoas. Dos 102 municípios do estado, 25 estão passando por uma epidemia e 46 estão em situação de alerta.
 
De acordo com informação do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, uma das causas do grande número de pessoas com diarreia é a distribuição de água sem tratamento por carros-pipa no interior do estado. Segundo nota técnica do órgão, “os carros-pipa estão captando água bruta e não estão realizando nenhum tipo de tratamento, antes de disponibilizá-la para a população, o que causa alto risco à saúde”.
 
Depois de analisar a qualidade da água encontrada nas chamadas fontes alternativas utilizadas pela população no interior de Alagoas, o que inclui locais de armazenamento de água trazida por carros-pipa, a Sesau confirmou que as amostras apresentavam "alterações".
 
A Sesau também está recomendando que a população reforce os cuidados com higiene pessoal e dos alimentos, além de fazer o tratamento caseiro da água. No mês passado, o Ministério da Saúde enviou 375 mil garrafas de água sanitária ao estado para que sejam distribuída entre os municípios. De acordo com orientação do Portal da Saúde, do governo federal, a água está pronta para o consumo 15 minutos após receber duas gotas do produto.
 
Fonte Agência Brasil

Isolamento de jovens vira problema social no Japão

BBC
Quarto de um 'hikikomori': alguns passam anos sem sair
 de seus quartos. Casos podem chegar a 1 milhão
Acredita-se que até 1 milhão de jovens estejam enfurnados em suas casas, muitos deles por décadas. Especialistas tentam entender o fenômeno
 
Acredita-se que até 1 milhão de jovens no Japão estejam enfurnados em suas casas – em muitos casos por décadas. Mas por quê?
 
Para o jovem Hide, os problemas começaram quando ele decidiu largar a escola.
 
"Comecei a me culpar e a meus pais por não ir ao colégio. A pressão começou a crescer", afirma.
 
"Daí, aos poucos, comecei a ficar com medo de sair e com medo de encontrar pessoas. E então eu não conseguia mais sair de casa."
 
Gradualmente, Hide foi abrindo mão de toda e qualquer comunicação com os amigos e, ao final, até com os pais. Para evitar encontrá-los, ele dormia durante o dia e ficava acordado durante à noite, assistindo TV.
 
"Eu tinha todo tipo de emoção negativa dentro de mim", afirma.
 
O desejo de ir para fora, a raiva contra a sociedade e contra meus pais, tristeza por ter essa condição, o medo sobre o que poderia acontecer no futuro e ciúmes em relação a pessoas que estavam levando vidas normais.
 
"Hide se tornou um 'arredio' ou hikikomori, o termo usado no Japão para descrever os jovens que acabam se isolando.
 
Tamaki Saito era um recém-formado psicólogo quando, no início dos anos 90, se surpreendeu ao notar o elevado número de pais que vinham buscar sua ajuda com crianças que haviam deixado a escola e se escondido por meses – às vezes por anos.
 
Estes jovens, de um modo geral, eram de famílias de classe média, quase sempre do sexo masculino e a idade média em que costumavam dar as costas à sociedade costumava ser de 15 anos. O psicólogo afirma que os jovens que sofrem dessa condição se sentem paralisados pelos seus temores sociais.
 
"Eles são atormentados mentalmente. Eles querem ver o mundo, fazer amigos e namorados, mas não conseguem."
 
Os sintomas variam entre os pacientes. Para alguns, rompantes violentos se alternam com comportamentos infantis. Outros podem ser obsessivos, paranoicos ou deprimidos.
           
Quando Saito deu início à sua pesquisa, o isolamento social ainda era pouco conhecido, e era tratado por médicos como sendo um sintoma de outros problemas comportamentais que exigem tratamento.
 
Desde que ele chamou atenção para essa condição, acredita-se que o número de pessoas diagnosticadas como tendo hikikomori aumentou.
 
Uma estimativa modesta do número de pessoas que sofre desse mal atualmente é de 200 mil, mas um estudo realizado pelo governo japonês apresentou uma cifra muito mais elevada, de 700 mil. Como os que sofrem dessa condição ficam oficialmente isolados, o próprio psicólogo Saito estima que o número deve ser bem maior.
 
A idade média do hikikomori parece ter subido nos últimos anos, saltando de 21 anos para 32, na última década.
 
Por que eles se tornam arredios?
O motivo pelo qual um garoto se torna arredio pode ser relativamente trivial – notas baixas ou um coração partido, por exemplo –, mas o comportamento arredio em si pode se tornar um trauma. E forças sociais poderosas podem conspirar para mantê-lo dentro do quarto.
 
Uma dessas forças é sekentei, a reputação de uma pessoa na comunidade e a pressão que ele ou ela sofrem para impressionar os outros. Quanto mais tempo o hikikomori permanecer longe da sociedade, mais consciência ele terá de seu fracasso social.
 
Ele perde qualquer autoestima e confiança que tinha e a perspectiva de sair de casa se torna cada vez mais aterrorizante. Um segundo fator social é amae – dependência – que caracteriza as relações familiares japoneses.
 
As mulheres jovens tradicionalmente vivem com os pais até o casamento – já os homens podem nunca sair da casa da família. Apesar de cerca de metade dos hikikomori serem violentos com seus pais, para a maioria das famílias colocá-los para fora de casa não é uma opção. Mas, em troca de décadas de apoio aos filhos, os pais esperam respeito, e que os filhos cumpram seu papel na sociedade de conseguir um emprego.
 
Matsu se tornou hikkomori depois de se desentender com os pais sobre sua carreira e seu curso universitário.
 
"Eu estava mentalmente bem, mas meus parentes me empurravam para um caminho que eu não queria", diz ele.
 
"Meu pai é um artista e conduz seu próprio negócio – ele queria que eu fizesse o mesmo."
 
Mas Matsu queria se tornar programador em uma grande empresa japonesa, e seu pai vivia criticando a ideia. Como vários hikikomori, Matsu era o filho mais velho e sentiu o pesada carga da expectativa dos pais. Ele ficava furioso ao ver que seu irmão, mais novo, podia seguir o seu próprio caminho.
 
"Fiquei violento e tive que viver separado de minha família", conta ele.
 
Uma forma de interpretar o caso de Matsu é vê-lo como no centro de uma mudança cultural no Japão. Para Yuriko Suzuki, psicóloga do Instituto Nacional para Saúde Mental em Tóquio, "tradicionalmente, a psicologia japonesa era tida como orientada para grupos – os japoneses não querem se destacar em um grupo".
 
"Mas eu acho que, especialmente os jovens, querem uma atenção e um cuidado mais personalizado e individual."
 
Mesmo os hikikomori que querem desesperadamente seguir os planos dos pais acabam tendo razões para muita frustração. Andy Furlong, acadêmico da Universidade de Glasgow especializado na transição da educação para o trabalho, liga o crescimento do fenômeno hikikomori com o estouro da "bolha econômica" da década de 1980 e o início da recessão da década de 1990 no Japão.
 
Foi neste período que a corrente que ligava boas notas na escola, boas universidades e empregos para toda vida foi rompida. Uma geração japonesa inteira foi confrontada com a insegurança relacionada a trabalho casuais e de curto prazo.
 
"As oportunidades mudaram completamente", disse Furlong.
 
"Eu não acho que as famílias saibam como lidar com isso."
 
Uma reação comum é os pais tratarem os filhos arredios com raiva, e fazê-los sentir culpa por trazer vergonha à família. O risco, nesse caso é – como acontece com Hide – o fim completo da comunicação com os pais.
 
Alguns pais são levados a praticar medidas extremas. Em Nagoya, uma empresa chegou a oferecer a pais, por um tempo, o serviço de entrar à força no quarto do filho, dar-lhe uma bronca e levá-lo à força para um dormitório, tudo que para que este enxergasse o seu erro.
 
Kazuhiko Saito, diretor do departamento de psiquiatria do Hospital Kohnodai em Chiba, diz que as intervenções bruscas - mesmo por profissionais de saúde – podem ser desastrosas.
 
"Em muitos casos, o paciente torna-se violento com os profissionais, ou com os pais ou mesmo com os psicólogos", diz Saito.
 
Kazuhiko Saito defende que profissionais de saúde visitem o hikikomori, mas diz que eles devem ser plenamente informados sobre o paciente, e que o paciente deve saber de antemão que eles estão chegando.
 
De qualquer maneira, a atitude de alguns pais de não abordar o problema tem se mostrado ineficiente. Tamaki Saito compara o estado hikikomori ao alcoolismo, na medida em que é praticamente impossível melhorar sem ajuda.
 
Sua abordagem é começar "reorganizando" a relação entre o paciente e seus pais, armar mães e pais desesperados com estratégias para reiniciar a comunicação com seus filhos. Quando o paciente está bem o suficiente para ir para a clínica em pessoa, ele pode ser tratado com medicamentos e terapia.
 
A terapia de grupo é um conceito relativamente novo para a psicologia japonesa, mas os grupos de autoajuda têm se tornado uma forma essencial para trazer o hikikomori de volta à sociedade.
 
Para Hide e Matsu, a jornada para a recuperação foi ajudada por visitas a um clube para jovens em Tóquio conhecido como Ibasho – um lugar seguro para que visitantes possam se reintroduzir à sociedade.
 
Ambos fizeram progresso no relacionamento com seus pais. Matsu esteve em uma entrevista para um emprego de programador e Hide tem um emprego de meio período. Ele acha que o resgate da comunicação com os pais permitiu que toda a família seguisse em frente.

Fonte iG

5 coisas que você não deve fazer se quer eliminar gordura corporal

Jeff Kathrein
Michael Matthews, autor do livro Malhar, Secar e Definir
 destaca que contar calorias é essencial para perder peso
Conheça atitudes e pensamentos que não fazem diferença na perda de peso ou agem ao contrário do esperado
 
Perder gordura não é uma tarefa simples. Algumas atitudes e pensamentos, no entanto, dificultam ainda mais o processo.
 
O personal trainer americano Michael Matthews, autor do livro Malhar, Secar e Definir (Ed. Princípio) aponta cinco fatores comuns no imaginário popular que não resolvem e podem até prejudicar a perda de gordura.
 
Conheça atitudes e pensamentos que você deve evitar se deseja eliminar gordura corporal:
 
1 – Não contar calorias
Contar calorias é essencial para conseguir perder peso. O esquecimento dessa diretriz tão importante resulta em quilos a mais, afirma Michael Matthews.
 
“Essa atitude é quase tão lógica quanto dizer que quer atravessar o país de carro, mas não quer ser obrigado a prestar atenção no tanque de combustível”, diz o personal trainer.
 
Para perder gordura, é necessário queimar mais calorias do que consumimos. É preciso controlar o que comer, para não extrapolar os limites diários.
 
“Se oferecer ao corpo mais energia do que precisa, o organismo não terá incentivo para queimar gordura”, explica.
 
Para Matthews, o maior problema desse hábito é a falta de planejamento. Sem contar calorias, as pessoas perdem de vista a quantidade consumida por dia.
 
2 – Fazer mais exercícios aeróbicos para perder mais peso
Aeróbicos ajudam, mas não compensam a comilança. Se a pessoa ingerir 600 calorias a mais do que realmente precisa, uma corrida básica, que queima 300 calorias, não vai fazer a pessoa emagrecer. As 300 calorias restantes serão armazenadas sob a forma de gordura.
 
Para sobreviver e manter as funções vitais, o corpo queima um determinado número de calorias naturalmente, a chamada de taxa de metabolismo basal (TMB).
 
“O gasto calórico total num dia é a TMB mais a energia despendida em qualquer atividade física”, explica Matthews.
 
Logo, se o total de calorias ingeridas for maior do que a taxa de metabolismo basal mais as calorias perdidas com aeróbica, a pessoa vai engordar.
 
“Você pode continuar fazendo isso durante anos e nunca emagrecer. Aliás, é provável que você aumente de peso aos poucos”, diz o personal trainer.
 
3 – Seguir a dieta da moda
Existem mil tipos de dieta, e a cada mês surgem outras novas. Segundo Matthews, algumas são boas e muitas outras são ruins.
 
“Essa diversidade está deixando as pessoas confusas sobre o jeito certo de perder peso”, explica ele.
O resultado disso é que elas trocam de dieta com bastante frequência, deixando de alcançar os resultados que tanto desejam.
 
“Além disso, aceitam coisas bastante idiotas simplesmente porque não entendem a fisiologia do metabolismo e da perda de gordura. Regras são regras e não há nome estiloso nem suplemento que sirva para se livrar dela”, explica.
 
4 – Trabalhar com pesos leves e muitas repetições
Fazer inúmeras repetições com peso leve não resolve nada na questão de ter uma aparência magra e tonificada. Segundo Matthew, um corpo enxuto depende de ter pouca gordura corporal.
 
“Aumentar a massa muscular é uma questão de sobrecarregar os músculos e deixar que eles se recuperem. Pesos leves não sobrecarregam os músculos, não importa quantas repetições você fizer. Lembre-se: fadiga não promove o aumento da musculatura. Sem sobrecarga não há crescimento de músculos”, diz Matthews.
 
5 – Reduzir gordura localizada com exercícios específicos
Não é possível reduzir a gordura de uma parte específica do corpo com exercícios físicos específicos. Com exercícios físicos ou dieta, é o corpo quem vai decidir onde vai eliminar gordura primeiro, ou seja, quais áreas vão ficar mais magras primeiro – e também as partes que vão resistir mais em manter gordurinhas.
 
“Cada corpo tem a própria programação genética e não há nada que se possa fazer para mudar isso. Todos temos nossas ‘zonas gordas’, que nos aborrecem o tempo inteiro e, no entanto, não há o que fazer com a genética”, explica Matthews.
 
O personal trainer explica que é possível ficar magro do jeito que deseja, basta ter paciência e deixar o corpo eliminar as gorduras do jeito que foi programado geneticamente.

Fonte iG

Tenha uma horta de ervas para garantir chás fresquinhos em casa

A hortelã é indicada para problemas digestivos, alivia enjoos
 e pode ser usada para combater inflamações
Hortelã, melissa e erva-cidreira estão entre as espécies fáceis de cultivar em vasos e que possibilitam aquecer-se com deliciosas infusões durante o inverno

Nesse friozinho, nada melhor do que um bom chá ou infusão de ervas colhidas diretamente da horta para esquentar. “É simples cultivá-las em casa, basta encontrar um local adequado”, afirma a paisagista Anna Saraceni. Esse lugar pode ser um pequeno jardim, a varanda ou a janela da cozinha. “O importante é que as espécies recebam luz solar por cerca de quatro horas por dia".

Depois de eleger o cantinho perfeito, a dica é organizar uma verdadeira reunião familiar. “Antes de começar o plantio é fundamental decidir quem vai cuidar da horta e quais ervas serão as escolhidas”, diz Rodrigo Rufino, da Sabor de Fazenda.
 
Conheça mais sobre os benefícios de cada erva e eleja sua infusão favorita:
 
- A camomila é indicada para combater cólicas em recém-nascidos e problemas inflamatórios.
 
- Também conhecida como Melissa, a erva-cidreira é um digestivo eficaz e se desenvolve melhor na sombra.
 
- O capim santo, espécie de erva-doce, precisa ser cultivado em local ensolarado ou a meia-sombra. O solo deve ser bem drenado e fértil.
 
- A erva-doce é boa para cólicas. Por ser expectorante é indicada para pessoas com tosse e bronquite. Melhora problemas digestivos.
 
- A Carqueja tonifica o aparelho digestivo. É indicada contra má digestão, gastrite e úlcera Dica de cultivo: gosta de muito sol.
 
- A mil folhas ajuda a combater dores de cabeça e febre. O chá pode ser usado para lavar feridas.
 
 -A cavalinha é diurética, ajuda a baixar a pressão arterial, tonifica rins e bexiga. Indicada para evitar osteoporose.
 
- A hortelã é indicada para problemas digestivos, alivia enjoos e pode ser usada para combater inflamações. A espécie deve ser cultivada em solo úmido.
 
O próximo passo é comprar o material necessário: mudas, vasos ou jardineiras. “As ervas prontas para replantio são boas opções. Algumas das espécies mais usadas são a carqueja, a hortelã, o capim-limão, a erva-cidreira e o manjericão, entre outras”, diz Laurent Serrigny, da Horta em Casa. 
 
Segundo ele, o segredo do sucesso é cultivá-las em solo fértil, preparado com adubos orgânicos. Há também receitas simples que garantem a saúde das plantas . “Misture um pouco de leite na água de rega, pois é fonte de cálcio. Pó de café (depois de coado) pode ser colocado na terra, medida que evita o aparecimento de pragas”, indica Anna.

Cuidados básicos              
Outra medida para se livrar das pragas é plantar capuchinha ou qualquer exemplar com flores amarelas ao redor das ervas. “Elas atraem os insetos que afugentam as pestes”, afirma a paisagista. Garantir uma boa drenagem também é indispensável, pois espécies encharcadas não sobrevivem. “No caso de vasos, é importante dispor argila expandida e manta de bidim (que funciona como filtro) embaixo do substrato”, ressalta. 

A rega deve ser feita duas vezes por semana para garantir um bom resultado. “É essencial reservar algumas horinhas de atenção para a horta. Além de lindas, as ervas são muito úteis pelo aroma, sabor e propriedades medicinais”, diz Rufino.
            
Precauções importantes
Na hora de plantar as mudas é preciso manter uma certa distância uma da outra. “Num espaço de 30 cm, por exemplo, é recomendado acomodar apenas três”, afirma Rufino. Porém, uma delas – a hortelã – deve ser separada do restante, pois sua raiz atrapalha o desenvolvimento das outras plantas.
 
Outra característica que pode prejudicar a horta é o excesso de ventos. “Portanto, se ela estiver na varanda é fundamental criar uma barreira com vidro, cerca de bambu, estufa ou planta de grande porte para proteger”, recomenda Marcelo Noronha, engenheiro agrônomo e proprietário da empresa Minha Horta.
 
Os vasos também devem ser escolhidos com atenção. “Modelos pequenos (20 cm x 15 cm) são indicados para tomilho e manjericão. Os maiores (acima de 30 cm de altura) podem abrigar alecrim e sálvia”, diz Rufino.
 
Fonte iG

Ponto chave para expansão de médicos, residência ainda não é para todos

Programas de residência não atendem à demanda de médicos. Para entidades, etapa corrige falhas da graduação e deve ser definida pela necessidade do País
 
A carência de médicos nas periferias das grandes cidades e nos municípios do interior exigirá investimentos não só na atração de estrangeiros e na distribuição dos profissionais atuais. Governo e especialistas concordam que a etapa de especialização posterior à graduação, a residência médica, é chave para solucionar as dificuldades de atendimento do País.
 
O governo federal vê nessa etapa a possibilidade garantir interiorização dos médicos recém-formados e também a carência de especialistas no Brasil. Por isso, anunciou a criação de 12 mil novas vagas para residências até 2017. Do total, 4 mil serão abertas até 2015. Algumas especialidades serão prioritárias. O efeito do programa, porém, só aparecerá em alguns anos.
 
Os especialistas no assunto e as entidades concordam que a residência é mais capaz de fixar um médico em determinada região do que um curso de graduação, por exemplo, e defendem que o governo defina em quais especialidades médicas as vagas devem ser criadas. Mas alertam que o modo de operação dos programas deve ser revisto.
 
“A obrigação da assistência no sistema de saúde não deve ser do residente e sim da instituição hospitalar. A residência se descaracterizou. Não são raros os programas que negligenciam o processo de ensino, colocando médicos no atendimento sozinhos, tomando condutas sem preceptores”, critica Mauro Ribeiro, membro da Comissão Nacional de Residência Médica.
 
Ribeiro, que também é conselheiro do Conselho Federal de Medicina, critica a falta de remuneração dos preceptores e de boas condições de trabalho. A responsabilidade de formar os residentes é toda deles e, nem sempre, esses orientadores recebem apoio institucional. O conselheiro apoia a proposta de criação de mais vagas nos programas de residência.
 
O principal papel da especialização, segundo ele, é preparar médicos melhores. Infelizmente, não só nas especialidades escolhidas pelos jovens médicos recém-formados, mas de maneira geral. “A residência se tornou muito mais importante em decorrência da má formação na graduação. Por isso, defendo a abertura de vagas para todos”, afirma.
 
Esta é a promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com ele, as vagas que serão criadas nos próximos anos serão suficientes para isso. Hoje, cerca de 15 mil estudantes concluem a graduação em Medicina todos os anos. Este ano, 11.468 vagas de residência foram oferecidas. Até setembro, as instituições poderão se candidatar para participar do programa.
 
Financiamento federal
Os especialistas ouvidos pelo iG defendem que o governo federal invista de forma maciça no financiamento das bolsas de residência. Os valores oferecidos em geral por instituições estaduais e municipais não são atraentes para os médicos. Além disso, a definição de prioridades – garantindo atrativos – dá mais chances de resolver as carências do País.
 
“A residência médica não forma os profissionais que a população precisa. É preciso criar um pré-requisito que force o candidato a permanecer pelo menos dois anos no Programa Saúde da Família, sob supervisão da faculdade, antes de entrar na residência. De jeito que está, induzimos à especialização precoce”, critica Adib Jatene, ex-ministro da Saúde e consultor.
 
As bolsas que serão financiadas pelo Ministério da Saúde poderão ser oferecidas por instituições públicas e, pela primeira vez, as filantrópicas. Para estimular a criação de mais vagas, a cada duas vagas criadas por esses hospitais na residência, o governo pagará uma bolsa já existente. Serão investidos cerca de R$ 100 milhões ao ano em incentivos para a área.
 
Algumas áreas serão prioritárias, de acordo com o déficit de especialistas. Pediatria, anestesiologia e psiquiatria são algumas delas. Estudo feito pela Estação de Pesquisas de Sinais de Mercado da Universidade Federal de Minas Gerais com gestores hospitalares mostra que a carência maior é de pediatras em 32,1% das unidades, seguida de anestesiologia (30,5%).
 
Poderão participar do programa de incentivo à residência os municípios ou regiões com mais de 50 mil habitantes, cujas instituições hospitalares ofereçam, pelo menos, 100 leitos (com um mínimo de 5 leitos por residente).
 
Provab
A outra grande aposta do governo federal para resolver os problemas de interiorização dos médicos brasileiros é o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). É outro projeto que funciona com o pagamento de bolsas – no valor de R$ 8 mil mensais – pelo Ministério da Saúde em unidades de saúde no interior e nas periferias.
 
Prefeitos de 2.867 municípios pediram profissionais no programa. Ao todo, a demanda foi de 13.862 médicos e 3.601 candidatos aceitaram as vagas. Desse total, 28% estão em municípios rurais e de pobreza intermediária e elevada, 22% na periferia de municípios médios do interior e 39% nas periferias das grandes cidades e regiões metropolitanas.
 
O primeiro balanço do programa mostra que 46,5% dos candidatos que se desligaram do projeto desistiram porque foram convocados em programas de residência e 29,8% porque descumpriram regras do edital, como a carga horária de trabalho semanal. O Ministério da Saúde vai selecionar também enfermeiros e dentistas para o programa.
 
Para o vice-presidente do CFM, Carlos Vital, o Provab não vai fixar médicos no interior. “Eles vão cumprir o prazo, que é de um ou dois anos, e vão embora”, comenta. Para ele, as condições de estrutura de vida do município são fundamentais no processo. “Com segurança e condições de trabalho, o médico assume as vagas em regiões mais longínquas”, aposta.
 
Vital se preocupa com o fato de que, com a abertura de mais escolas de Medicina, como avisado pelo governo federal, a formação seja ainda mais prejudicada e a concorrência pela residência aumente em excesso. “Quem vai ensinar tanta gente? Faltam professores de áreas básicas”, questiona.
 
Fonte iG