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terça-feira, 26 de junho de 2018

Pesquisa encontra contaminação em 90% de saladas prontas para consumo em delivery e fast food

Saladas de delivery e fast foods foram analisadas em pesquisa de biomedicina em Campinas (Foto: Patrícia Teixeira/G1)
Saladas de delivery e fast foods foram analisadas em pesquisa
de biomedicina em Campinas (Foto: Patrícia Teixeira/G1)
Estudo foi feito em Campinas no Centro Universitário UniMetrocamp Wyden. Uma única amostra apresentou mais de 1 milhão de bactérias. Nível de coliformes fecais identificado é superior ao permitido pela Anvisa

Pedir salada delivery ou optar pelas verduras embaladas em refeições tipo fast food exige cuidado na hora de consumí-las, em busca de uma alimentação saudável. A ideia do "pronta para cosumo" esbarra no alto risco de contaminação. Uma pesquisa feita em Campinas (SP) encontrou bactérias em 90% das amostras de saladas analisadas. São micro-organismos causadores de infecções intestinais, pulmonares e até faringite.

Os testes microbiológicos foram feitos pelo Centro Universitário UniMetrocamp Wyden em saladas in natura, sendo 12 provenientes de entregas delivery e as outras oito de fast foods.

Dezoito delas continham coliformes fecais em quantidade dez vezes maior do que o tolerável pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Saladas à base de verduras e legumes crus, temperados ou não, em molho ou não, o limite é de 100 Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por grama ou mililitro. Deve ter total ausência de salmonella", informou o órgão federal, por nota.

Apenas duas das saladas analisadas estavam próprias para o consumo humano.

Esses alimentos já ficam submetidos ao plantio com adubos, fertilizantes e irrigação, às vezes inadequada. Por isso o cuidado em lavá-los é fundamental.

"Esse produto já chega pro comerciante numa quantidade elevada de micro-organismos. [...] Tomates, pepinos, rabanetes, que muitas vezes são consumidos com a casca, nós temos que dar maior atenção. E principalmente também as verduras, o talo, que fica muito em contato com o solo", explica

Bactérias do mal
A pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de curso de graduação em biomedicina das alunas Milene Almeida, Tamires Teixeira e Jacqueline Camargo. Consumidoras de saladas, elas ficaram surpresas com os resultados.

"Nas fast foods nós fomos até os locais, pegamos essas amostras e trouxemos pra cá pra fazer a inoculação [colocar o alimento num meio específico para testar se há crescimento de micro-organismos]. A mesma coisa aconteceu com as de delivery, nós ligamos e eles trouxeram pra gente aqui", explica Milene.

Em 11 amostras também foi encontrada a Escherichia coli, principal indicativo de contaminação fecal. Esta bactéria está presente na microbiota instestinal humana e de animais, segundo as pesquisadoras.

Oportunista por prejudicar ainda mais a saúde de quem já está em uma condição debilitada, a bactéria Pseudomonas aeruginosa apresentou quantidades acima de 1,2 milhão em uma única amostra proveniente de entrega delivery.

Outra bactéria que chamou a atenção foi a Staphylococcus aureus, presente habitualmente nas fossas nasais. A ingestão dela pode provocar intoxicação alimentar. Bolores e leveduras também estavam presentes nas amostras de saladas. "Também são indicativos da falta de higienização".

Tem que lavar de novo
A saída é lavar a salada de novo. Sim, lavar tudo antes de consumir. A coordenadora ensina que a melhor substância para higienizar verduras e frutos é a água sanitária, produto acessível à população.

São 10ml de água sanitária para 1 litro de água potável, com 10 a 15 minutos de imersão. Em seguida, é importante lavar na água corrente antes do consumo.

Rosana lembra que a tábua usada para cortar esses alimentos também precisa ser devidamente higienizada com água sanitária, e lavada em água corrente, em seguida. O uso de luvas, máscara e touca de cabelo pelo preparador do alimento é indispensável, segundo a pesquisadora.

Quem não tiver condições de higienizar a salada pode usar vinagre e limão, que reduzem a contaminação, como tempero.

G1

Dia Mundial do Combate ao Vitiligo

Capa vitiligo“Eu sempre tive um sonho de ser modelo ou atriz. Cheguei a passar em um teste para atuar, mas como naquela época não se falava muito no assunto me disseram que minha mancha estava muito evidente, por isso, eu não poderia ficar”

É assim que a carioca Beth Filippelle, que tem vitiligo desde os 16 anos, descreve a condição da sua pele e fala de como é preciso debater sobre o assunto para que outras pessoas também não tenham seu sonho interrompido. “Eu confesso que sai triste, mas me deu um gás para seguir, aí fui montar meu próprio negócio, até que um dia já cansada, após treze anos de comércio, fui convidada para participar de uma empresa de cosméticos. Foi quando encarei o desafio, mesmo com medo e comecei a cuidar da aparência e passar pelo processo de aceitação”, relata Beth.

Beth aprendeu a superar o vitiligo após o desafio e foi crescendo nesta nova empresa. “Comecei a ser bem reconhecida ganhar premiações, viagens me destaquei bastante e isso me fez muito melhor, fez muito bem meu ego, tanto que nas palestras eu esquecia das manchas porque passei a dar importância ao meu trabalho”, fala.

O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.

“A doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, diminuição da cor, com manchas brancas de tamanho variável na pele. O vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos a saúde física. As condições emocionais de estresse e traumas podem desencadear o surgimento ou agravamento da doença em determinado momento” explica Eduardo Davi, coordenador substituto do departamento de Atenção Especializada e Temática da Decretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

Beth está hoje com 48 anos e adora suas manchas. “Há dois anos eu fiz meu Instagram e comecei a fazer fotografias propositais com as minhas manchas bem aparentes e tive muitas curtidas e comentários. Até que um comentário me chamou atenção, pois uma moça disse que não se aceitava, mas estava feliz por eu me aceitar”, comenta. Foi a partir dali que a carioca começou a idealizar o projeto "Extraordinárias Cores", que incentiva mulheres com vitiligo a se amarem e se como são por meio da fotografia. "Juntas, mais do que ser diferentes, podemos fazer a diferença". O projeto tem impactado a vida de muitas mulheres com vitiligo pelo Brasil. Seu foco é o resgate da autoestima. “São mulheres que também tiveram sonhos interrompidos e pela fotografia elas conseguem se ver de uma maneira diferente, sem se preocupar com a manchas”, finalizou.

Diagnóstico
É essencialmente clínico, pois as manchas com pouca pigmentação aparecem geralmente em locais do corpo bem característicos, como boca, nariz, joelhos. O histórico familiar também é considerado. Portanto, se há pessoas na família com a doença, é importante redobrar a atenção. É bom salientar que o diagnóstico deve ser feito por um dermatologista. Ele irá determinar o tipo de vitiligo do paciente, verificar se há alguma doença autoimune associada e indicar o tratamento mais adequado.

Tratamento no SUS
Consiste basicamente em interromper o seu avanço e se possível também, possibilitar repigmentação dessa pele. Quando conduzido de forma adequada a um profissional dermatologista, algumas pessoas que perderam a pigmentação de determinadas partes do corpo podem voltar a ter pigmento. O tratamento consiste na fototerapia com radiação ultravioleta ofertada em todo Brasil.

Prevenção
Não existem formas de prevenção do vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectar a doença precocemente e iniciar cedo o tratamento. Em pacientes com diagnóstico de vitiligo, deve-se evitar os fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Evitar o uso de roupas apertadas, ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, e diminuir a exposição ao sol. Controlar o estresse é outra medida.

Luíza Tiné, para Blog da Saúde

Estado de São Paulo amplia rol de serviços nas farmácias

Imagem relacionadaEnfim, a valorização do papel dos farmacêuticos avança no estado de São Paulo

Cinco meses após ser aprovado pela Assembleia Legislativa, o projeto de lei nº 638/2014 foi sancionado pelo governador Márcio França. A medida regulamenta uma série de novos serviços que podem ser prestados pelas farmácias e drogarias – entre os quais a aferição de pressão arterial, medição de temperatura, inalação e teste de glicemia.

Além disso, ficam autorizadas a manipulação e a dispensação de medicamentos isentos de prescrição, suplementos alimentares, produtos homeopáticos, dermocosméticos, artigos de higiene pessoal, perfumes e itens de cuidado pessoal, sempre mediante a indicação do farmacêutico. O projeto data de 2014 e teve como autores os parlamentares Fernando Capez e Bruno Covas, hoje prefeito da capital paulista.

A iniciativa segue exemplos de outros estados, que ampliaram o rol de atividades do varejo farmacêutico. São os casos de Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal e das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. “Esta é mais uma iniciativa que reconhece a importância e os conhecimentos do farmacêutico, fazendo dele um agente estratégico para facilitar o acesso dos brasileiros à saúde”, celebra Cassyano Correr, coordenador do programa de assistência farmacêutica encabeçado pela Abrafarma.

Panorama Farmacêutico