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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Remédios antigos - Tabletes de Cocaína: 1900



Estas tabletes de cocaína eram "indispensáveis para os cantores, professores e oradores". Eles também aquietavam a dor de garganta e davam um efeito "animador" para que estes profissionais atingissem o máximo de sua performance.

Grande ABC vai pleitear R$313 milhões junto ao Ministério da Saúde

Em reunião realizada, nesta terça-feira, (07), entre seis prefeitos da região, foi definido que o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC vai pleitear junto ao Ministério da Saúde nos próximos dias o valor de R$ 313 milhões para investimento na área da Saúde. O valor é expressivo, porém, não há previsão de quando e nem se o recurso será liberado pela União. As informações são do jornal Diário do Grande ABC.

O presidente da entidade e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), afirmou que o projeto foi elaborado pelos secretários de Saúde de cada cidade da região. O único gestor que não compareceu à reunião foi Adler Kiko Teixeira, prefeito de Rio Grande da Serra.

A secretária adjunta de Saúde de São Bernardo, Lumena Furtado, revelou que os setores prioritários para aplicação dos recursos são: rede cegonha, o investimento nos hospitais e na rede de atenção básica, que corresponde às unidades de Saúde.

A primeira diz respeito ao projeto de autoria do governo federal que garante acompanhamento médico às gestantes e crianças desde a confirmação da gravidez até os 2 anos do bebê. Foi o maior valor solicitado à União, com R$ 141 milhões.

Além disso, na escala de prioridades da entidade está a melhoria dos hospitais dos municípios, inclusive com a reestruturação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva.

Já o montante destinado à melhoria na estrutura das unidades de Saúde chegou a R$ 74 milhões. De acordo com o prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), a rede básica de saúde do município está atrasada. Diante disso, é necessário adequar-se aos novos formatos.

Estado

Apesar de ter considerado a postura da Secretaria Estadual de Saúde mais otimista neste ano, o gestor voltou a pedir a participação do Estado no custeio dos equipamentos de Saúde do Grande ABC.

A lista de solicitações enviada para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ainda contempla o envio de investimento na rede de Saúde mental, com R$ 14 milhões, para ampliação e construção de Centro de Atenção Psicossocial e residências terapêuticas.

O ajustamento dos complexos reguladores de vagas e marcações de consulta também integra o relatório de prioridades.

Ministério investe R$900 mi em atenção básica

O Ministério da Saúde vai coordenar ações voltadas ao aprimoramento da atenção básica em todo o país. Para isso, o Ministério da Saúde garantirá, por ano, recursos da ordem de R$ 900 milhões, destinados à estratégia de certificação da qualidade da assistência.

O objetivo das novas medidas – definidas em conjunto com os estados e municípios – é incentivar os gestores locais do Sistema Único de Saúde a melhorar o padrão de qualidade da assistência oferecida aos usuários do SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e por meio das equipes de Saúde da Família.

Os primeiros resultados dessa mudança de diretriz na atenção primária à saúde da população brasileira estão previstos para o próximo semestre. Para isso, o Ministério da Saúde garantirá, por ano, recursos da ordem de R$ 900 milhões, destinados à estratégia de certificação da qualidade da assistência.

O novo modelo para a atenção básica no SUS – que também inclui reforma e ampliação das atuais 36,8 mil UBSs e a construção de novas unidades – é focado na melhoria da qualidade e do acesso aos serviços públicos de saúde.

Segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha, o governo vai induzir a qualificação da atenção primária no país. E afirma que há disposição de até dobrar os valores repassados às Equipes de Saúde da Família que cumprirem metas de qualidade e comprovarem a melhoria do atendimento à população.

A reestruturação da política de atenção básica no SUS – para a qual estão previstos cerca de R$ 2,2 bilhões a mais por ano, elevando o orçamento anual da política de R$ 9,8 bilhões para R$ 12 bilhões – prevê um aumento de até 26% no Piso de Atenção Básica (PAB) Fixo repassado aos municípios mais carentes do país. Com o aumento, o valor anual per capita do PAB Fixo passará de R$ 18 para R$ 23.

O incentivo financeiro repassado às Equipes de Saúde da Família (ESFs) – o chamado PAB Variável – estará vinculado ao cumprimento de parâmetros de qualidade e terão um aumento de aproximadamente 5%.
De acordo com o Ministério da Saúde, será criado um componente de qualidade atrelado a este incentivo, que poderá até dobrar os valores mensais pagos às ESFs.

Indicadores

Para a definição de critérios para o aumento dos incentivos financeiros na atenção básica, o Ministério da Saúde adotou indicadores nos municípios, como o PIB per capita, o percentual de pessoas em extrema pobreza, o índice de famílias beneficiárias do Bolsa Família, a densidade demográfica o percentual de usuários
de planos de saúde.

Para Padilha, a satisfação da população com os serviços oferecidos nas UBSs e também por meio das Equipes de Saúde da Família também será um importante indicador para a definição dos repasses financeiros.

As metas de qualidade dos serviços de saúde – tanto nas Unidades Básicas como pelas ESFs – serão contratualizadas pelos Municípios junto ao Ministério da Saúde. Elas serão constantemente acompanhadas pelo governo federal, em parceria com universidades e institutos de ensino que serão contratados para o monitoramento e a avaliação da qualidade da assistência oferecida aos usuários do SUS.

UBSs

Parte da estratégia de fortalecimento da atenção básica no SUS será a requalificação das UBSs. Parte das 36,8 mil atuais UBSs passará por adequação e padronização da estrutura física. Também está prevista a construção de novas Unidades Básicas de Saúde.

Até o final deste ano, um amplo censo será realizado, em todo o país, para a verificação das condições e certificação das Unidades Básicas de Saúde em funcionamento. A construção de novas UBSs atenderá a critérios de prioridade, em que serão considerados indicadores municipais como o PIB per capita, o percentual de pessoas em extrema pobreza e o índice de Unidades Básicas de Saúde com qualificação insuficiente.

As construções de UBSs serão periodicamente acompanhadas por consultoria independente como também pelo Ministério da Saúde, por meio da Ouvidoria (proativa) e de um novo sistema de acompanhamento de obras, que deverá ser alimentado pelos Municípios.

Valorização Profissional

O novo modelo de atenção básica também prevê a valorização profissional no SUS. Para isso, o governo federal coordenará medidas de incentivo aos profissionais para a garantia da assistência à população; principalmente, atenderem em regiões remotas ou com maior carência de mão-de-obra em saúde.

Entre as possibilidades estão a oferta de cursos de especialização (presenciais ou a distância), a ampliação do programa Telessaúde para apoio ao diagnóstico clínico (conhecido como “segunda opinião médica a distância”), a contagem de pontos para Residência Médica e, em parceria com o Ministério da Educação, o abatimento de dívida junto ao programa de Financiamento Estudantil (Fies).

Parceria entre HCor e Ministério completa mais de 6000 ECG´s

Lançado em janeiro de 2010 e implantado desde novembro de 2009, o sistema de Tele-eletrocardiografia Digital – parceria entre HCor – Hospital do Coração e Ministério da Saúde – já passa dos seus cinco mil ECG’s (eletrocardiogramas) realizados.



Segundo a instituição, os estados já aderiram ao projeto e foram feitos 6273 laudos no período entre 18 de novembro de 2009 a 31 de maio de 2011. O sistema, implantado em 322 ambulâncias do Serviço de Atendimento de Urgência e Emergência (SAMU) do país tem como principal objetivo identificar, de forma rápida, os riscos cardíacos em vítimas atendidas pelo SAMU e repassar um posicionamento sobre a saúde do paciente em poucos minutos.

O Projeto faz parte de uma parceria firmada em 2008 entre Ministério da Saúde e HCor com hospitais referenciados a serviço do SUS. O convênio com esses hospitais envolveu a aquisição de novas tecnologias, capacitação profissional, pesquisas e consultorias na área de gestão com a cooperação dos hospitais.

De acordo com a publicação, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) podem utilizar nas ambulâncias do SAMU um sistema que, por meio de sinais sonoros transmitidos por um telefone comum ou celular, repassa os batimentos cardíacos do paciente para uma central que codifica esses dados e os repassa para o HCor.

O hospital por sua vez, por meio do uma equipe de cardiologistas e enfermeiros analisa os traçados da vítima e repassa o laudo para a equipe do SAMU nas ambulâncias. A partir daí os socorristas avaliam os procedimentos que devem ser aplicados no paciente no momento do resgate.

Estado – ECG’s realizados

Paraná – 1.350

Goiás – 1.192

Alagoas – 35

São Paulo – 623

Rio de Janeiro – 587

Distrito Federal - 444

Pernambuco - 20

Rio Grande do Norte - 77

Paraíba – 100

Bahia – 272

Mato Grosso - 11

Sergipe – 539

Espirito Santo – 224

Piauí – 123

Minas Gerais – 341

Amazonas – 72

Maranhão – 217

Pará - 45

Santa Catarina – 96

Roraima – 15

Ceará – 31

Tocantins – 15

Mato Grosso do Sul – 35

Acre – 3

Rondônia – 10

Total - 6.273

Planos devem ressarcir despesas de segurados atendidos pelo SUS

A Advocacia-Geral da União (AGU) demonstrou, na Justiça, a legalidade da cobrança de restituição feita aos planos e seguros privados de assistência à saúde quando um segurado for atendido através do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com determinação da Lei nº 9.656/98.

A Promed Assistência Médica Ltda questionou a legalidade da cobrança e sustentou que a Tabela Única Nacional de Equivalência de Procedimentos (Tunep), que fixa os valores a serem restituídos ao SUS, é ilegal. De acordo com a empresa, a Agência Nacional de Saúde Suplementar estaria extrapolando seu poder de regulamentar cobrando valores muito superiores aos custos dos atendimentos.

A Procuradoria Federal no estado do Goiás (PF/GO) e a Procuradoria Federal Junto a ANS esclareceram que a lei tem por objetivo impedir que os planos de saúde tenham enriquecimento sem causa, na medida em que receberiam as mensalidades de seus clientes, mas os serviços seriam prestados pelo SUS.

Os procuradores também sustentaram que os valores da Tunep foi instituída pela Resolução nº 17 da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde, em atendimento a autorização contida no parágrafo 1º do artigo 32 da Lei nº 9.656/98. Além disso, ressaltaram as procuradorias que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade da lei no julgamento da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.931/DF.

O juízo Federal Substituto da 9ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Goiás acolheu os argumentos da AGU. Na decisão o magistrado destacou que “a obrigação de ressarcimento constante da Lei 9.656/98 não tem natureza tributária. Trata-se de obrigação civil estabelecida legalmente diante de situação específica que beneficiava as operadoras de planos de saúde em detrimento dos cofres públicos”.

Secretarias de Saúde discutem medidas para Copa de 2014

O Ministério da Saúde, Estados e Municípios se reuniram nesta semana com objetivo de dar continuidade ao planejamento das ações de Saúde preparatórias para Copa 2014. Nesta reunião, a Câmara Temática da Saúde Copa 2014 foram apresentadas experiências internacionais de grandes eventos esportivos e as diretrizes do Ministério da Saúde e da Anvisa para organização da rede assistencial e sistemas de vigilância em saúde.


O secretário-executivo adjunto, Adriano Massuda, coordenador da Câmara, explica que o método de trabalho proposto pelo Ministério da Saúde é de apresentar conteúdos, diretrizes e informações para subsidiar o plano de ação das 12 cidades.

A Câmara é coordenada pelo Ministério da Saúde, fazendo a interlocução com as 12 cidades e os estados onde serão realizados os jogos (Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP)).

O objetivo da Câmara Temática da Saúde é a coordenação do planejamento de ações nacionais na área da saúde, estabelecendo diretrizes gerais, metas e estratégias. Os integrantes da Câmara vão discutir e elaborar planos para contenção de epidemias, preparar campanhas preventivas sobre possíveis surtos e epidemias em municípios que receberão jogos e regiões turísticas próximas e organização de rede assistencial pública e privada para atender as demandas durante o evento.

O representante do consórcio contratado pelo Ministério dos Esportes para a Copa 2014, Victor Zakime, apresentou ao grupo as principais preocupações com relação a um evento deste porte.

Uma das experiências que será apresentada por Zakime foi a da Alemanha 2006 que tinha um plano de monitoramento com envio diário de todas as notificações de saúde.

George Dimech, da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), expôs sobre o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da SVS, que já realiza um trabalho de monitoramento de epidemias e ações estratégicas com relação a desastres ambientais. Ele ressaltou que o trabalho, desenvolvido desde 2006, vem se aperfeiçoado cotidianamente
Dimech apresentou ainda as experiências na Copa da África do Sul e nos Jogos de Inverno em Vancouver destacando os sistemas de comunicação das informações e monitoramento dos casos.

Os participantes também tiveram acesso ao planejamento, na área da Saúde, para a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, que serão realizados no Rio de Janeiro de 16 a 24 de julho. O evento reunirá 6 mil atletas de 110 países. Outra experiência nacional será apresentada pela Secretaria de Saúde de Salvador sobre o planejamento relativo ao Carnaval.

Ainda no período da tarde, os integrantes da Câmara ouviram a apresentação de José Eduardo Fogolin, a Secretaria de Atenção a Saúde, sobre as diretrizes da Política Nacional de Urgência e Emergência. E também do representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre as orientações com relação à Vigilância Sanitária para eventos de massa em pontos de entrada (Aeroportos, Portos e Fronteiras).

Mobilidade facilita processos e melhora comunicação hospitalar

Os avanços tecnológicos e a criação de novas ferramentas vêm contribuindo para que o conceito de mobilidade ganhe espaço na esfera da saúde. Abordar a importância e aplicação desse conceito dentro do ambiente hospitalar foi o tema central do evento “1.2.1 Network Saúde”, realizado nesta quinta-feira (09), na IT Mídia, em São Paulo.


Segundo o sócio-fundador da MTM Tecnologia, Gustavo Perez, as principais funções da mobilidade no âmbito clínico estão ligadas à facilitação de processos e comunicação. “Está havendo uma mudança de paradigmas e pode-se ver a mobilidade entrando nos hospitais, principalmente com o prontuário eletrônico e na comunicação com os médicos”.

Com a mobilidade, segundo Perez, os protocolos e processos hospitalares podem ser armazenados de forma inteligente. “Isso possibilita maior adesão aos métodos com um acesso muito mais prático. Além de poder ser visualizado pelo o médico no próprio dispositivo móvel, sem que haja a necessidade de disponibilizar um hardware completo”.

Na esfera da comunicação, o profissional exemplifica que alguns hospitais vêm utilizando SMS para se comunicar, no entanto esse serviço não possui garantia de entrega. “A solução batizada de Portal Mensageiro, por exemplo, permite que os profissionais de saúde mandem mensagens e alertas dentro e fora das instituições e tenham controle de entrada e saída dos indivíduos. Além disso, é possível saber se o destinatário recebeu e leu o comunicado, tendo assim um maior controle da informação circulada”

Da mesma forma, com o armazenamento de dados também é possível estabelecer uma relação mais próxima com os pacientes e obter mais agilidade nas decisões. “Mais do que permitir que o profissional tenha maior controle sobre sua agenda, o dispositivo móvel pode acessar o histórico de saúde do indivíduo”.

Identificação por rádio freqüência

A Radio-Frequency Identification (RFID), que em português significa identificação por rádio freqüência, é outra solução móvel presente no mercado. A tecnologia é utilizada para localizar equipamentos e medicamentos específicos dentro do hospital.

“Ele possibilita ter uma visibilidade de onde está o medicamento ou determinado aparelho. Isso otimiza a gestão do tempo, pois não há a necessidade de ficar procurando pelo item”.

O “RFID” também pode ser utilizado no rastreamento de pacientes em estado delicado. “Se houver um indivíduo com algum tipo de enfermidade mental e que fica vagando pelo hospital, a equipe tem a chance de localizar esse paciente”.

Outra questão diz respeito a transfusões de sangue. Segundo sócio-fundador da MTM Tecnologia, existem muitos erros relacionados a esse tipo de procedimento. A ferramenta permite que, por meio de um código de barra, seja possível catalogar as bolsas de sangue e eliminar os riscos de misturar tipos sanguíneos incompatíveis, ou mesmo saber se determinado tipo de sangue está faltando.

Home Care

Perez explica que hospital cheio nem sempre é um bom sinal, pois pode significar falta de produtividade da instituição. No intuito de diminuir a lotação, a mobilidade está sendo implantada no âmbito do home care, porém esse recurso ainda está engatinhando no Brasil.

“Existem iniciativas de algumas empresas de fazer integração de equipamentos específicos para pacientes que se conectam com uma central e vão para o repositório do hospital”

A ideia é fazer um acompanhamento preventivo ou do pacientes que não precisa mais estar no hospital, mas necessita de um acompanhamento.

Limitações

Para Perez por mais que a mobilidade seja uma tendência, ela deve ser utilizada com cautela. “A tecnologia deve auxiliar o médico, mas o profissional não pode deixar de fazer o seu trabalho, caso ocorra alguma falha.”

E ressaltou, ainda, que é preciso saber onde a tecnologia pode e não pode ser usada. “Onde houver equipamentos críticos não se pode usar esse tipo de recurso. É importante sempre zelar pela segurança dos procedimentos”.

“Liderança é fundamental para garantir segurança ao paciente”

Trabalhar para conscientizar hospitais e sistemas de saúde a respeito dos mais graves problemas de qualidade e segurança do paciente, como infecções hospitalares, cirurgias em locais errados, infecções pós-cirúrgicas, além de prevenir internações por casos evitáveis de insuficiência cardíaca. Esta é a função do médico Mark R. Chassin, presidente da The Joint Commission e da Joint Commission Center for Transforming Healthcare. Membro do Instituto de Medicina da National Academy of Sciences. Chassin assegura que a liderança é fundamental para aumentar a qualidade e segurança no cuidado ao paciente.

Acompanhe abaixo a entrevista completa com Mark Chassin.

CBA - Como a The Joint Commission tem contribuído para a melhoria da qualidade e segurança no cuidado ao paciente?

Mark Chassin – A JCI, em parceria com o CBA, tem tido bastante sucesso em conscientizar as instituições de saúde sobre a qualidade dos cuidados de saúde e segurança no Brasil, introduzindo o país a um conjunto de normas internacionais de qualidade e segurança. Hospitais brasileiros utilizam o método internacionalmente aceito para avaliar qualidade e segurança. A JCI/CBA, junto com os hospitais acreditados, pode definir um referencial de qualidade e segurança que irá nortear as ações de outras organizações de saúde para alcançarem qualidade similar.

CBA - Quais os principais desafios para aumentar a qualidade e segurança no cuidado ao paciente no mundo?

M.C. – A liderança é fundamental, tanto em nível nacional quanto dentro de cada organização de saúde. Líderes ajudam a moldar uma cultura de segurança em que a ocorrência de erros e de quase falhas servem de conhecimento para a aprendizagem. Líderes clínicos ajudam a padronizar como os cuidados serão prestados, assim como tornam o cuidado mais seguro e consistente. Eles se utilizam, por exemplo, da ciência e das evidências para reduzir a variação na prática clínica. Essa liderança não está concentrada no topo de uma organização, mas vem de várias fontes dentro de uma organização. Embora os conceitos de liderança para a qualidade e a segurança do paciente sejam universais, a forma como os conceitos se desdobram em um país tem uma base significativa na cultura de qualidade e segurança dos doentes a nível nacional e nos profissionais de saúde.

CBA - Como o senhor vê os programas de qualidade e segurança no cuidado ao paciente desenvolvidos no Brasil?

M.C. – O Brasil é um país dinâmico e que está se desenvolvendo e em constante mudança. A comunidade de cuidados com a saúde também está mudando ao abraçar os conceitos de qualidade e segurança do paciente. Os hospitais brasileiros reconhecem o paciente como um parceiro no processo do cuidado, os profissionais de saúde adotam boa ciência e o aprendizado é valorizado.

CBA - O que ainda é preciso melhorar no Brasil em relação a metas internacionais de qualidade e segurança no cuidado ao paciente?

M.C. – Acredito que a mudança para o Brasil está em disseminar o conhecimento e as práticas relacionadas com a qualidade e segurança do paciente através do sistema de cuidado da saúde. O Brasil é um país grande com centenas de prestadores de serviços, com diferentes níveis de conhecimento de qualidade. Canais de informação divergentes fluem para melhorar o conhecimento. Além disso, o padrão de qualidade nacional, como a política nacional de segurança do paciente, poderá ajudar na disseminação das boas práticas de segurança para todo o sistema de cuidado com a saúde.

CBA - Quais resultados estão sendo obtidos com a aplicação das Metas Internacionais de segurança e qualidade da JCI?

M.C. – A 4ª Edição da Comissão Mista Internacional das Normas Internacionais para Hospitais da JCI contém requisitos relativos às seis metas Internacionais de Segurança do Paciente. Esses objetivos descrevem as áreas em que as organizações podem tomar medidas imediatas para melhorar a segurança do paciente. Eles estão baseados em grande parte nas mesmas provas que está por trás dos desafios da Segurança do Paciente apresentados pela Organização Mundial de Saúde. Embora essas metas possam ser claras e de fácil compreensão, por exemplo, utilizando sempre duas formas de identificação dos pacientes antes de dar medicamentos, tratamentos ou amostras de sangue, são muito difíceis de implementar para cada paciente, por todos os funcionários, em cada turno. Manter boas práticas também é um problema para muitas organizações. Portanto, a JCI e a Comissão Mista acompanham quantas organizações, das que foram pesquisadas, têm 100% de conformidade com todos os elementos de cada meta. A JCI concluiu que o cumprimento das metas melhora a cada pesquisa.

CBA – Em relação às Metas Internacionais, qual o ponto mais vulnerável?

M.C. – O não cumprimento de qualquer das metas pode ter impactos negativos sobre pacientes e suas famílias. A gravidade dos danos evitáveis é altamente variável, desde pequenas lesões à perda da vida. As metas internacionais de segurança do paciente da JCI ajudam as organizações a prestarem atenção nas formas mais comuns de erros evitáveis, como aqueles associados com os erros de medicação – já que quase todos os pacientes internados recebem um ou mais medicamentos. A JCI também ajuda as organizações a dominarem todos os componentes para garantir local correto, procedimento correto, cirurgia correta no paciente correto, uma vez que o impacto de tais erros é devastador. Os problemas de segurança identificados nas Metas Internacionais de Segurança do Paciente são realmente globais em extensão. Organizações em todo sistema de cuidados de saúde ao redor do mundo estão lutando para aperfeiçoar seus sistemas nessas áreas para manter os pacientes seguros de danos evitáveis.

EUA limita uso de droga para redução de nível de colesterol

O FDA (agência americana reguladora de fármacos) restringiu na quarta-feira (8) o uso da sinvastatina de 80 mg --a mais alta dose aprovada-- por aumento no risco de danos musculares (miopatia).



O remédio (Zocor, da Merck Sharp & Dohme) é indicado para a redução dos níveis de colesterol. A partir de agora, só poderá ser usado por pacientes que já vêm usando essa dose por mais de um ano, sem evidência de dores ou fraqueza muscular.

Nos EUA 2,1 milhão de pacientes utilizaram esse remédio em 2010. Não há estimativas de usuários no Brasil.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai estudar se seguirá a mesma recomendação.

Veja combinações brasileiras para substituir pirâmide alimentar

Na semana passada, a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, apresentou as novas recomendações nutricionais do governo americano para tentar reduzir o avanço da obesidade naquele país.

Na ocasião, comunicou a substituição da pirâmide alimentar por um prato, batizado de "MyPlate", com a intenção de facilitar a leitura de que alimentos devem ser consumidos numa refeição. E frisou a importância do convívio familiar à mesa.
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Estudo da Yale mostra como nicotina emagrece quem fuma

Parar de fumar significa quilos a mais na balança. Agora, uma pesquisa publicada na revista "Science" desvendou o mecanismo responsável por diminuir a fome dos fumantes.

Descobriu-se que a nicotina, composto presente no tabaco e que causa dependência, reduz o apetite ativando um grupo de neurônios no cérebro, na região do hipotálamo, ligados à saciedade.

A nicotina faz esses neurônios sinalizarem que a pessoa já comeu o suficiente.
"Há duas maneiras de os fumantes se beneficiarem dessa informação para impedir que ganhem peso quando largarem o hábito", disse à Folha Marina Picciotto, da Universidade Yale (EUA), líder da pesquisa.

A cientista afirma que o uso de substitutos do cigarro, como o chiclete de nicotina, pode ativar os receptores neuronais identificados na pesquisa e ajudar a controlar o apetite da pessoa.

Outra opção, ainda experimental, é o uso da droga contra depressão, disponível na Europa Oriental, que os cientistas testaram em roedores.

"Estudos ainda podem checar se os fumantes que tomaram essa droga, o Tabex, para largar o vício tiveram menos ganho de peso do que os que largaram sem tomar", diz a pesquisadora.

O trabalho ajuda a explicar por que os fumantes são, em média, mais magros do que os não fumantes e por que quem para de fumar tende a engordar, como foi demonstrado por vários estudos desde a década de 1980.

A pesquisa, feita em camundongos, submeteu roedores a testes genéticos, farmacológicos, fisiológicos e comportamentais.

A descoberta abre a possibilidade para a criação de drogas que ajudem a parar de fumar e controlem o ganho de peso decorrente disso.

"Entender os mecanismos por trás dos efeitos anoréxicos de fumar também facilita o desenvolvimento de tratamentos para prevenir ou tratar a obesidade", escreveram os pesquisadores.



Vontade por doces não é só tentação, mas necessidade física, diz médico

A vontade de comer doces não é apenas uma tentação: tem uma explicação fisiológica. O açúcar é o alimento dos neurônios, as células cerebrais. E, para se manter vivo, o corpo humano precisa dessa substância.

Após 5 minutos sem glicose, uma pessoa morre. E a fraqueza pode ser um sinal de alerta. Para explicar que o desejo por doces é mais do que gula, mas uma necessidade, o Bem Estar desta quarta-feira (8) convidou o ginecologista José Bento.

Segundo o médico, 60% da dieta deve ser composta por carboidratos, que podem ser sob a forma de frutas, doces ou pães e massas. A cada década, o metabolismo de cada indivíduo cai cerca de 5%, o que faz com que haja ganho de peso. Por isso, no estúdio, o preparador físico e consultor José Rubens D'Elia passou uma série de exercícios para queimar as calorias adquiridas.

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BH tem redução histórica no número de casos de dengue

Belo Horizonte tem redução histórica no número de casos de dengue desde o início da transmissão da doença na cidade, na década de 1990.

A queda é de mais de 95 por cento se comparada com o mesmo período do ano passado. Nos casos de suspeita da doença, a diminuição ultrapassa os 90 por cento.

Para a Secretaria Municipal de Saúde da capital mineira, vários fatores podem ter contribuído para esse recuo, entre outros: a participação da sociedade na prevenção à doença e o trabalho dos 1.700 agentes de combate a endemias.

Neste ano, até o momento, são cerca de 5,5 mil casos suspeitos da doença, com aproximadamente mil confirmações.

No ranking das regiões de Belo Horizonte mais afetadas pela dengue, a Norte apresenta o maior número de casos, seguida pelas Regiões Noroeste e Barreiro.

Vaca clonada na Argentina produzirá leite materno

Um instituto argentino anunciou nesta quinta-feira a criação da primeira vaca clonada transgênica, que incorpora genes humanos com o objetivo de produzir leite com propriedades nutritivas semelhantes às do leite materno.


"A vaca clonada, que se chama Rosita ISA, é o primeiro bovino a obter genes humanos incorporados ao seu código genético, que são capazes de codificar as proteínas presentes no leite materno", disse o INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária) através de um comunicado.

A vaca foi apresentada em teleconferência com a Casa Rosada, sede do governo argentino, onde a presidente Cristina Kirchner disse ter rejeitado a "homenagem" de ter a vaca batizada com seu nome.

"Vieram me dizer que o nome seria Cristina, mas que mulher gostaria de ter seu nome numa vaca? Por isso me pareceu mais apropriado que a batizassem de Rosita", disse a presidente.

Rosita ISA nasceu no dia 6 de abril "por cesariana, devido ao seu peso excessivo (45 kg), sendo que geralmente os bovinos da sua raça (Jersey) não passam de 22 kg", disse o organismo.

"O objetivo é elevar o valor nutritivo do leite bovino através da produção da proteína lactoferrina - que é antibacteriana e antiviral - e da lisozima - também atibacteriana", disse em coletiva de imprensa Adrián Mutto, um dos pesquisadores.

O INTA obteve a clonagem através de um trabalho conjunto com a Universidade Nacional de San Martín.

Unhas encravadas e com micoses exigem cuidados médicos

As unhas não são apenas um complemento das mãos e pés, afinal, elas têm como principal função proteger as pontas dos dedos. E além do aspecto estético, que também inclui cuidados com a higiene e beleza, elas podem revelar o estado de saúde de uma pessoa, causar muito desconforto quando encravam ou crescem com alterações em sua formação.


As unhas podem também sinalizar carências de vitaminas, sais minerais e outros nutrientes, quando apresentam manchas esbranquiçadas.Segundo o dermatologista Joaquim Mesquita, de acordo com o tipo de alteração identificada, os problemas mais simples podem ser resolvidos por um podólogo, especialmente quando se refere a cortar as unhas de forma mais adequada e os processos básicos de limpeza.

“Porém, para o diagnóstico de doenças, indicação de tratamentos orais ou tópicos, e realização de procedimentos cirúrgicos, que envolvem uso de bisturis e laser, estes devem ser sempre realizados prioritariamente por médicos dermatologistas, para garantir a segurança do paciente”, ressalta.

De acordo com o especialista, para evitar problemas com a saúde ou beleza das unhas, elas devem ser sempre mantidas limpas e bem aparadas. “O ideal é que o corte seja mantido no formato levemente oval ou reto, para evitar encravamento ou descamação”.

No caso das mulheres, é importante deixar as unhas sem esmalte ao menos uma semana por mês, para que possam respirar. Caso ocorra dermatite de contato, o uso do esmalte deve ser interrompido. “A acetona é outro agente a ser evitado, pois pode danificar a superfície da unha, tornando-a mais frágil e quebradiça. As cutículas não deveriam ser inteiramente removidas, pois constituem uma barreira protetora contra fungos e bactérias”, afirma Mesquita.

Problemas comuns x tratamentos

Dentre os inúmeros sintomas que as unhas apresentam está a micose, um tipo de infecção causada por fungos, que podem causar pouco ou nenhum sintoma, mas deixam as unhas esbranquiçadas, ocas e grossas e, às vezes, favorecem o encravamento.

Os problemas comuns que afetam a saúde e a beleza das unhas são:

Unha encravada: ocorre quando uma das pontas da unha, ao crescer, literalmente “penetra” na pele ao seu redor. O processo decorre de um aumento na pressão sobre a unha ou suas pregas, causado, principalmente, pelo ato de cortá-las de forma errada ou usar sapatos apertados ou pontiagudos.

O encravamento se caracteriza pela inflamação e vermelhidão dos cantos das unhas que podem, até mesmo, formar um tecido inflamando que secreta pus e provocar dores com intensidade variada. A unha encravada pode ser classificada em Grau I (só há queixa de dor); Grau II (além da dor, há uma secreção sanguínea ou seropurulenta) e Grau III (dor, secreção e hipertrofia da área acometida).

Casos mais leves de unha encravada (Grau I) podem se tratados com métodos conservadores, que incluem tratamentos com antibióticos ou antiinflamatórios tópicos, colocação de algodão entre a unha e a borda lateral e uso de órteses acrílicas. Nos casos mais graves (Grau II e III), são indicadas cirurgias que retiram a parte da matriz e lâmina da unha envolvidas no processo de encravamento, da borda ungueal lateral hipertrófica e do tecido inflamado.

Estas cirurgias só devem ser realizadas por médicos. Para prevenir a unha encravada, recomenda-se evitar sapatos apertados; arredondar a borda das unhas ao aparar e evitar cortar em excesso.

Unha em telha: é caracterizada pelo aumento da curvatura (da raiz a ponta das unhas), deixando-a com o aspecto similar ao de uma telha. O tratamento pode ser feito de forma conservadora, com a colocação de lâminas flexíveis que fazem pressão sobre a placa ungeal e diminuem a curvatura, ou com a cirurgia.

Unha em pinça: apresenta uma distrofia com hipercurvatura transversa, que aumenta ao longo do eixo longitudinal da sua formação. Nas extremidades, suas bordas apertam os tecidos moles, que são pinçados. O tratamento é semelhante ao da unha em telha.

Hematoma subungeal: é um trauma agudo sofrido na região da unha – decorrente da queda de um objeto, por exemplo – que provoca dor severa. Normalmente os casos leves não requerem tratamentos.

Verrugas: são tumores benignos causados por infecção pelo HPV. Elas podem crescer em quaisquer dos tecidos moles ao redor das unhas. Podem ser tratadas com ácidos tópicos, quimioterapia, crioterapia e imunoterapia.

Prêmio Nobel de 2008 critica gestão do surto da E.coli pela Alemanha

Para Luc Montagnier, um responsáveis pela descoberta do vírus da aids, resposta alemã ao surto denota 'falta de coordenação' das autoridades do país

PARIS - A gestão do surto da E. coli na Alemanha e suas consequências para a saúde denotam uma "falta de coordenação" das autoridades do país, disse nesta quinta-feira, 9, o prêmio Nobel de 2008 Luc Montagnier, um responsáveis pela descoberta do vírus da aids.

"Eu não sei se o que há é uma falta de coordenação. É um Estado federal e cada estado faz o que quer, essa é a impressão que tenho", declarou o virologista francês. "Para os problemas comuns, como a radioatividade, as doenças infecciosas e epidemias, tem que haver uma coordenação", ressaltou o especialista, que considerou que a situação "não está clara".

"Não tenho muita informação, mas o que é raro é que pensassem em uma origem única, procedente de verduras compradas. Mas depois falam de mil pessoas contaminadas e estou certo de que todas não foram ao mesmo lugar", acrescentou. Primeiramente, o surto foi relacionado a pepinos de origem espanhola e, posteriormente, a grãos germinados.

"O que penso é que houve uma transmissão entre pessoas e isso pode ser controlado com métodos de higiene, já que é evidente que (o surto) procede de matéria fecal", afirmou. "Outra hipótese é a de uma atividade como o bioterrorismo", disse Montagnier em seu escritório na sede da Unesco na capital francesa.

Ele acrescentou que está surpreso "com a reação na Alemanha" e que "é preciso pensar que as doenças e os agentes de infecção das doenças evoluem do mesmo modo que também sobre eles".

Canadá confirma o primeiro caso de 'E. coli'

Paciente, que já recebeu alta, viajou para a Alemanha recentemente e confirmou que consumiu verduras no país


Toronto - As autoridades de saúde canadenses anunciaram nesta quarta-feira que as provas de laboratório confirmam a existência no país de um caso de "E. coli", bactéria que causou a morte de 25 pessoas na Alemanha.

O porta-voz do Ministério da Saúde da província de Ontário, Andrew Morrison, disse à Agência Efe que as provas de laboratório realizadas em um paciente que ficou doente na semana passada confirmaram que a bactéria é a mesma detectada na Alemanha.

"O laboratório confirmou nesta quarta-feira que se trata da bactéria 0104:H4", declarou Morrison.

Morrison também assinalou que o paciente, cuja identidade não foi revelada, recebeu alta há vários dias e que está sendo acompanhado, mas que sua evolução foi o tempo todo satisfatória.

As autoridades canadenses confirmaram que antes de ter adoecido com sintomas de diarreia, o indivíduo tinha viajado à Alemanha e tinha consumido verduras no país europeu.


Prefeitura de SP e EMTU fazem ação de prevenção à Aids no Terminal São Mateus

São Paulo, 9 - Na sexta-feira, 10, haverá uma ação de prevenção à DST/AIDS no Terminal Metropolitano São Mateus, informa a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos - EMTU/SP. Serão distribuídos 15 mil preservativos (masculinos e femininos) e material informativo sobre prevenção.


Também serão oferecidos testes gratuitos de HIV em sala reservada. O resultado poderá ser conhecido em 30 minutos. A ação é alusiva ao Dia dos Namorados, comemorado no domingo, 12.

Americana salva mãe com campanha por rim no Facebook

Uma americana conseguiu salvar a vida de sua mãe ao encontrar uma doadora de rim em apenas três meses após fazer um apelo por meio de uma página no Facebook.

Reprodução
Reprodução Anu Dwivedi, de 61 anos, e sua família

Anu Dwivedi, de 61 anos, sofria com problemas nos rins havia dez anos e tinha apenas 20% das funções renais. Com sua saúde se deteriorando rapidamente, seus médicos a advertiram que sua única saída seria conseguir um transplante.

Desesperada após descobrir que nenhum outro membro de sua família tinha compatibilidade para doar um rim à mãe e diante de uma espera de até seis anos por um doador pelas listas oficiais, Kirti Dwivedi, de 33 anos, decidiu buscar outros meios de ajudá-la.

Ela criou então no fim do ano passado uma pagina no Facebook chamada Kidney Disease & My Tiny Mother (Doença Renal & Minha Pequena Mãe) na qual expunha o problema.

"Quando descobrimos quanto tempo teríamos que esperar para encontrar um doador, discuti com meus pais a ideia de começar uma página no Facebook. Esperávamos encontrar um doador vivo para minha mãe, mas se não desse certo, pelo menos esperávamos educar as pessoas sobre as causas das doenças renais e sobre doações entre pessoas vivas", explicou Kirti à BBC Brasil.

Em menos de três meses, dezenas de pessoas haviam visitado a página e uma mulher praticamente desconhecida se voluntariou a doar um rim a Anu.

"Fiquei chocada e completamente estupefata. Essa mulher queria doar um rim e salvar a vida da minha mãe sem pedir nada em troca. Isso me fez, verdadeiramente, voltar a ter fé na humanidade", diz ela.
"Eu honestamente não esperava encontrar alguém, ainda mais em três meses", afirma.

Qualidade de vida

No dia 19 de abril, Anu recebeu um rim de Amy Donohue, de 41 anos. Segundo a doadora, a morte de seu pai por câncer, alguns anos antes, a levou a querer ajudar outros com problemas de saúde.

"Não havia mais nada que eu pudesse fazer pelo meu pai, mas Anu podia receber um rim, prolongar sua vida e ter uma qualidade de vida melhor", disse ela em uma entrevista à TV americana.

A operação, na descrição de Kirti, foi "um sucesso completo". "Amy já se recuperou quase completamente, apesar de ainda enfrentar fadiga ocasional, e minha mãe está progredindo maravilhosamente", relata.

Segundo ela, a mãe agora "se cuida bastante". "Como ela diz: 'Amy me deu um presente tão maravilhoso que eu preciso cuidar muito bem dele'", conta.

Mesmo após o sucesso da operação, Kirti decidiu manter a página aberta no Facebook e criou um site, www.TinyFabKidney.com, para fornecer informações e servir como uma lista de pessoas em busca de doadores.

"Isso se tornou uma grande parte da minha vida. Eu sinto que todos nós que temos algum paciente com doença renal em nossas vidas somos partes de uma grande família - conhecemos os altos e baixos, a dificuldade de amar alguém que está doente e de tentar ajudar. Espero que possamos continuar a contribuir", diz.

São Paulo proíbe uso de jaleco fora do hospital

A lei é nova aqui, mas em outras cidades como Uberlândia em MG, e até em outros países como Inglaterra ela já existe.
Fico eu pensando com os meus botões quem é que vai fiscalizar.
Nem a NR32 funciona!!


O uso de jaleco ou avental fora do local de trabalho está proibido no Estado de São Paulo e a infração está sujeita à multa - estipulada em 10 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), ou seja, R$174,50, atualmente.
A lei que veta o uso externo de equipamentos de proteção individual foi publicada ontem no Diário Oficial do Estado. Em caso de reincidência, o valor da multa será dobrado.

As formas de fiscalização e de aplicação da multa não estão definidas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, também não foi estabelecido um prazo para que isso ocorra. Por ora, a infração à legislação não terá efeito punitivo. Ainda segundo a pasta, será lançada uma campanha de conscientização e adesão à lei.

O objetivo é impedir que o vestuário seja fonte e veículo de transmissão de micro-organismos dentro e fora do local de trabalho.

Pesquisa publicada em setembro passado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), câmpus de Sorocaba, detectou a presença de bactérias em 95,8% dos jalecos médicos analisados. Entre elas estava a Staphilococcus aureus, principal responsável pelas infecções hospitalares. Mangas e bolsos são as áreas mais contaminadas, segundo o estudo.

As entidades de classe divergem quando à relevância da lei. Para o infectologista Caio Rosenthal, conselheiro do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), a medida "é ridícula". "Não tem fundamentação científica. Se for para tirar o jaleco, vai ter de tirar também os sapatos, os óculos."

Distribuição de camisinhas pelo governo federal caiu 30% em 2010

Preocupados com o controle da aids, médicos e ativistas questionam estratégia do Ministério da Saúde, que identificou queda de demanda em pesquisa; a pasta afirma que houve realinhamento das capacidades de estoque dos Estados e municípios



Ao contrário do que havia anunciado, o governo federal reduziu a distribuição de camisinhas no País. Em 2010, o total enviado a Estados e municípios foi 30% menor que em 2009. O uso do preservativo é considerado essencial para evitar a infecção pelo HIV, o vírus causador da aids.

A mudança ocorreu menos de um ano depois de uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde identificar a queda do uso do preservativo e de a pasta avaliar que a melhor estratégia para combater o problema seria facilitar o acesso.

Em 2009, o governo distribuiu 465,2 milhões de camisinhas - número recorde. No ano seguinte, com queda de 30%, foram distribuídos 327 milhões de preservativos, total inferior inclusive a 2008 (406,5 milhões).

"Diante de um cenário de queda de uso de camisinhas, o esperado seria um reforço na distribuição. Algo que, por alguma razão, não se identifica nos balanços realizados", constata o pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Grangeiro.

Em alguns Estados, a mudança foi expressiva. Santa Catarina e Paraíba, por exemplo, receberam do governo federal, no ano passado, quase a metade do que haviam recebido em 2009. Piauí, por sua vez, recebeu pouco mais de um terço, e Sergipe, um quarto.

"O governo federal está sendo corresponsável pelas novas infecções de aids que ocorrem no País", reagiu o presidente do Grupo Pela Vidda de São Paulo, Mario Scheffer.

Ele observa que a redução na distribuição de camisinhas ocorre num momento em que se exigia audácia do governo federal na busca por estratégias mais eficazes de prevenção. "O que vemos é justamente o contrário. Em vez de reagir, de questionar as estratégias usadas diante da redução da demanda de camisinhas, o governo se cala."

Incidência. A epidemia de aids no País se encontra estabilizada, mas em padrões ainda considerados altos. Em 2009, foram descobertos 38.538 novos casos da doença, um número 3% maior que o de 2008. O boletim mais recente mostra aumento da incidência entre a população de 13 a 24 anos.

Apesar de ser motivo de apreensão entre ativistas e especialistas no controle da aids, a mudança na grade de distribuição é vista com naturalidade pelo governo. "Não houve redução da demanda nem comprometimento das ações de prevenção", afirmou, por e-mail, o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. Em vez de queda na grade de distribuição, ele afirma ter havido um "realinhamento" das capacidades de estoques dos Estados e municípios.

De acordo com o departamento, em 2009 os Estados teriam encomendado uma quantia excessiva do produto. Como houve sobra na maior parte das localidades, a solução foi fazer um ajuste, encaminhando em 2010 apenas o que seria preciso para complementar a necessidades locais.

Isso explicaria exceções. Como São Paulo, onde a grade de distribuição de 2010 foi mantida, pelo fato de o Estado ter usado o quantitativo inicialmente programado. A justificativa não esclarece o fato de em alguns Estados a distribuição de 2010 ter sido inferior à de 2008.

E o departamento argumenta que os Estados também adquirem preservativos, num sistema de contrapartida. Para ativistas, a explicação não convence. "A contrapartida não vem de hoje. E ela surge como reforço, não como justificativa para redução na distribuição", diz Scheffer.

Estratégia. A estratégia do ministério destoa do discurso adotado nos últimos anos. Em 2009, após a divulgação da pesquisa apontando a redução do uso de preservativos, o governo enfatizou a necessidade de reforçar a distribuição. Na ocasião, foi anunciada a licitação de 1,2 bilhão de camisinhas - um quantitativo que nunca chegou aos armazéns do País. Desse total, o governo conseguiu comprar 750 milhões.

Uma dificuldade semelhante ocorreu no ano anterior. Em 2008, o ministério havia anunciado a licitação de outros 1,2 bilhão de preservativos, dos quais chegaram ao País 788,8 milhões. Agora, a pasta anuncia a compra de 1,4 bilhão de camisinhas.

"O próprio volume de compras indica que governo esperava um aumento da demanda. Se ele não ocorre dentro dos padrões esperados, é claro que houve uma falha no meio do caminho", completou Scheffer.

Estudo mostra que é possível parar de fumar sem ganhar peso

De acordo com a pesquisa, o estímulo de determinado receptor cerebral pode ajudar a diminuir o apetite


Um grupo de cientistas norte-americanos descobriu o mecanismo pelo qual a nicotina ajuda a controlar o apetite, uma descoberta que pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos para parar de fumar sem engordar ou simplesmente perder peso.

No estudo, feito com ratos e publicado na revista Science, os pesquisadores descobriram que a nicotina ativa alguns neurônios do hipotálamo que avisam o corpo que ele já recebeu alimento suficiente.

A nicotina atua sobre os receptores na superfície dos neurônios que são diferentes daqueles que desencadeiam o desejo pelo tabaco, o que significa que "Seria possível acabar com o apetite sem ativar as regiões de recompensa do cérebro", afirma em comunicado a principal autora do estudo, Dra. Marina Picciotto, da Universidade de Yale.

Picciotto lembra que muita gente não desiste do cigarro por medo de ganhar peso. "Infelizmente, é certo que fumar evita engordar", disse. "Queremos ajudar as pessoas a manter o peso ao abandonar o hábito e também os não fumantes que lutam contra a obesidade".

A descoberta, conduzida pela Faculdade de Medicina de Yale e com participação da Faculdade de Medicina Baylor, se deu quando o pesquisador Yann Mineur estudava um potencial antidepressivo que atua sobre estes receptores e percebeu que os ratos medicados com ele comiam menos do que aqueles que não tinham recebido a droga.

Ao averiguar o fato, os cientistas observaram que um subtipo específico de receptor da nicotina, o a3beta4, determina quanto um indivíduo come, e que quando a nicotina se junta a este receptor os neurônios pro-opiomelanocortin (POMC) são ativados, o que corta o apetite e aumenta o gasto energético.

Mineur disse à Agência Efe que há muitos outros fatores que influenciam a necessidade pela comida, assim como outros efeitos potenciais dos cigarros sobre a alimentação, além do mecanismo descrito.

"Mas foi mostrado que se for considerado a mesma quantidade de calorias, os não fumantes engordam mais que os fumantes", disse.

De acordo com os cientistas, o estudo abre a possibilidade de desenvolver novos tratamentos a base de nicotina para ajudar as pessoas a deixarem de fumar e controlar a obesidade e as desordens metabólicas.

Propagandas antigas - Tire o peso do estômago: Elixir Cintra



Elixir Cintra, para males do estômago, fígado e intestinos.
 
13 de outubro de 1940.

http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/tag/remedio/page/2/

Parceria vai estimular fumante a abandonar cigarro

São Paulo - O Instituto de Ensino e Pesquisa e o Serviço de Psicologia do Hospital do Coração, em parceria com o Ministério da Saúde, lançaram ontem (9), em São Paulo, um programa gratuito para incentivar os fumantes a abandonar a dependência. A parceria oferecerá um ciclo de palestras seguido de tratamento, com acompanhamento especializado de médicos e psicólogos dispostos a ajudar os fumantes a largar o cigarro.


Durante o projeto, será feita uma pesquisa com os participantes para avaliar a combinação da farmacoterapia (reposição de nicotina) com o suporte psicológico oferecido aos fumantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo representa atualmente a principal causa evitável de morte no mundo.

Rio inicia ações de prevenção contra epidemia de sarampo que surgiu na Europa

Rio de Janeiro – Com a epidemia de sarampo na Europa e a possibilidade de entrada de turistas vindos do continente trazerem o vírus da doença, a Secretaria Municipal de Saúde está executando ações de prevenção, primeiramente com a imunização de taxistas e, posteriormente, dos funcionários do setor de hotelaria.


A pedido do Sindicato dos Taxistas do Rio, a secretaria montou um posto de vacinação, no estacionamento da entidade, para a vacinação de taxistas contra a doença, durante toda esta semana. Cerca de 7 mil pessoas já foram infectadas pelo vírus do sarampo na Europa, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O vice-presidente do sindicato, José Castro, disse que vai pedir à secretaria que estenda o convênio por mais 15 dias para atender a um número maior de taxistas. “Apenas um quarto dos 32 mil taxistas do Rio esteve aqui para se vacinar. Queremos garantir a imunização dos que nunca se vacinaram, para evitar riscos”.

A coordenadora de Imunização da secretaria, Cristina Lemos, explicou que, como o sarampo é transmitido pela saliva, espirros e tosses, os taxistas acabam sendo mais suscetíveis à infecção ao transportarem turistas dentro do ambiente fechado do carro. Cristina adiantou que a secretaria já está estudando a possibilidade de ampliar as ações de prevenção para os profissionais de hotelaria.

“Estamos estudando a possibilidade de atender alguns hotéis, já que não dá para atender todo o setor hoteleiro na cidade, mas vamos trabalhar, principalmente, com a divulgação da informação para que o pessoal de recursos humanos e gerentes dos hotéis, pousadas e albergues orientem seus funcionários a procurarem os postos de vacinação”.

No dia 18, haverá, no Rio, a campanha de vacinação contra o sarampo para crianças com até 7 anos, juntamente com a vacinação contra a poliomielite para menores de 5 anos.

O consultor científico da unidade de Biomanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Reinaldo Martins, explicou que, desde 2001, o vírus do sarampo não circula mais no país, graças à vacinação gratuita e obrigatória de crianças entre 4 e 6 anos. Os casos da doença registrados no país, segundo ele, são de pessoas que se infectaram fora do Brasil ou de estrangeiros.

“Sarampo, rubéola e poliomelite foram eliminadas da América do Sul, mas ainda existem em outras partes do mundo. É por isso que produzimos a [vacina] tríplice viral [em Biomanguinhos] e precisamos continuar vacinando a população, pois o vírus pode ser reintroduzido com a importação.”

O Ministério da Saúde orienta aqueles que nunca contraíram sarampo e que estejam viajando para o exterior que se vacinem pelo menos 15 dias antes da viagem para garantir a imunização. Quem teve sarampo já está imunizado.

O sarampo é uma das principais causas de mortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade, sobretudo as desnutridas. O período de incubação dura entre oito e 13 dias. Depois, começam a aparecer os principais sintomas: pequenas erupções na pele de cor avermelhada, febre alta, dor de cabeça, mal-estar e inflamação das vias respiratórias, com presença de catarro.

Mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem com algum tipo de deficiência, segundo OMS

Brasília – Estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apresentam algum tipo de deficiência – uma em cada cinco (entre 110 milhões e 190 milhões) têm a vida dificultada por falta de condições.


De acordo com o relatório, poucos países implementaram nos últimos anos mecanismos que respondam às necessidades de quem vive com deficiência. As barreiras enfrentadas incluem discriminação, ausência de cuidados adequados à saúde e de serviços de reabilitação e transportes e construções sem acessibilidade.

Em países com baixa renda, aponta o estudo, as pessoas com deficiência têm três vezes mais chances de fazer gastos exorbitantes com saúde do que as que não apresentam problema algum.

Ainda de acordo com o estudo, crianças com deficiência têm menos chance de entrar na escola do que as que não apresentam problemas, além de terem pior desempenho escolar.

O relatório destaca a cidade de Curitiba como exemplo de transporte público acessível às pessoas com deficiência, com uma estratégia de sensibilização voltadas aos motoristas e funcionários.

A OMS cobrou esforços para melhorar o acesso de pessoas com deficiência a serviços básicos, além da adoção de uma estratégia voltada para o segmento. Segundo a instituição, os governos devem trabalhar também para sensibilizar a sociedade sobre o tema e apoiar pesquisas e capacitação de profissionais.

Ministério envia remédios para cidades de Roraima afetadas por enchente

Brasília – O Ministério da Saúde enviou hoje (9) a Roraima 7 toneladas de medicamentos, destinado ao atendimento dos municípios afetados por enchentes. A pasta alertou a população local para o risco de leptospirose e acidentes com animais peçonhentos.


Os 15 pacotes contendo antibióticos, antiinflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, ataduras, esparadrapos, luvas, cateteres e seringas devem atender um total de 7,5 mil pessoas por um período de três meses.

Na próxima semana, a pasta vai enviar seis kits para diagnóstico rápido de doenças – três para leptospirose e três para rotavírus, um dos principais causadores de diarreia, sobretudo em crianças. Ao todo, 540 exames poderão ser realizados com o material.

A orientação do ministério é de que a água para consumo humano seja filtrada por meio de um coador de papel ou um pano limpo, e fervida por 3 minutos. Caso não seja possível ferver, a recomendação é pingar duas gotas de hipoclorito de sódio em cada litro de água e deixar a solução agir por 15 minutos.

Em caso de acidente com animais peçonhentos, a orientação é lavar o local da picada com água e sabão, não amarrar a parte do corpo machucada, não sugar ou aplicar qualquer tipo de substância e manter a vítima em repouso até a chegada do socorro.

Em relação à leptospirose, é preciso ficar atento aos sintomas da doença – febre, dor de cabeça e dores no corpo, principalmente na panturrilha. Os sinais podem surgir até 40 dias após o contato com a água contaminada.

Como simplificar a decisão sobre o exame de próstata

Pesquisa sugere que nem sempre é preciso fazer acompanhamento do câncer de próstata


Uma das decisões mais difíceis que um homem precisa tomar sobre o câncer de próstata ocorre muito antes do diagnóstico. Ele deve ou não fazer um teste de sangue para detectar a doença?

A triagem para a detecção precoce do câncer pode parecer óbvia, mas não é uma escolha fácil para os homens quando são levados em consideração os testes regulares de PSA, que medem os níveis sanguíneos do antígeno prostático específico e são usados para detectar o câncer de próstata. Embora seja muito divulgado, estudos mostram que na verdade o exame de PSA é capaz de salvar poucas vidas.

Ao mesmo tempo em que este exame ajuda a encontrar alterações celulares na próstata, que atendem à definição técnica de câncer, muitas vezes os tumores crescem tão lentamente que, se deixados sozinhos, eles nunca irão causar danos.

Mas uma vez que o câncer é detectado, muitos pacientes, assustados com o diagnóstico, optam por tratamento cirúrgico e radioterapia, os quais podem prejudicar muito mais do que o próprio tumor, além de causar impotência e incontinência urinária.

Desta forma, os planos de saúde preferem não aconselhar os pacientes de uma maneira ou de outra sobre a realização de exames de PSA, afirmando que esta escolha deve ser discutida entre paciente e médico.

Então, como um homem decide se deve realizar o PSA ou não? Uma nova pesquisa oferece orientações simples e práticas para os homens acima de 60 anos.

Após os 60 anos

Pesquisadores do hospital Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, e da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram que o resultado do exame de PSA de um homem de 60 anos pode prever seu risco de morrer de câncer de próstata. O relatório foi publicado no periódico britânico “British Medical Journal” .

Os autores do estudo afirmam também que pelo menos metade dos homens que são examinados após os 60 anos na verdade não precisariam efetuar tais exames.

Os pesquisadores acompanharam 1.167 suecos desde os 60 anos até que morressem ou atingissem os 85. Durante esse tempo, houve 43 casos de câncer de próstata avançado e 35 mortes no grupo. Descobriu-se que uma pontuação de PSA de 2,0 ou mais aos 60 anos apresentava altas chances de desenvolver câncer de próstata avançado ou morrer da doença dentro dos 25 anos seguintes.

Cerca de um em cada quatro homens de 60 anos terá uma pontuação igual ou superior a 2,0 no exame de PSA e a maioria não irá desenvolver câncer de próstata. É o que afirma o principal autor do estudo, Andrew Vickers, responsável pela metodologia de pesquisa do hospital Memorial Sloan-Kettering. “Porém, esse resultado os coloca em um grupo de maior risco de homens que têm mais a ganhar com exames regulares”, conclui ele.

26 vezes mais chances

Quanto maior for a pontuação aos 60 anos, mais alto será o risco de morrer de câncer de próstata a longo prazo, afirmam Vickers e seus colegas. Homens com uma pontuação de 2,0 ou mais aos 60 teriam 26 vezes mais chances de eventualmente morrer da doença do que aqueles com pontuações abaixo de 1,0.

Ainda assim, o risco absoluto para os homens com pontuações elevadas foram menores do que o esperado. Segundo os pesquisadores, um homem de 60 anos com pontuação de PSA um pouco maior do que 2,0 tem um risco individual de morrer de câncer de próstata durante os próximos 25 anos de aproximadamente 6%. Um homem de 60 anos com uma pontuação de 5,0 apresenta um risco cerca de 17%.

"A maioria desses homens vai ficar bem", diz Vickers. "Mas eles podem ser informados de que são de alto risco e que precisam realizar os exames".

Baixo índice de PSA

O estudo também mostra que homens de 60 anos com uma contagem de PSA de até 1,0 apresentam um risco muito baixo de óbito por câncer de próstata ao longo dos próximos 25 anos: apenas 0,2 por cento.

"Eles podem ficar tranquilos, pois mesmo que tenham câncer de próstata, é pouco provável que corram risco de morte", afirma Vickers. "É um forte motivo para que sejam dispensados do exame".

O conselho é menos claro para os homens com pontuação entre 1,0 e 2,0 na idade de 60 anos. Eles ainda têm um baixo risco de morrer de câncer de próstata, a julgar pelos novos dados. Vickers ressalta que o risco a longo prazo varia de cerca de 1% a 3% para esses pacientes, e a decisão de realizar o exame pode depender de suas visões pessoais e históricos familiares.

Paz de espírito

Embora as descobertas não respondam a todas as questões relacionadas aos exames de PSA, elas podem trazer paz de espírito para aqueles que decidem não continuar com os testes regulares. Os resultados também asseguram aos homens que decidem continuar com os exames regulares de que os benefícios em geral superam os riscos.

O Dr. Eric A. Klein, presidente do Instituto Glickman de Urologia e Nefrologia da Clínica Cleveland, disse que gostaria de ver os resultados do novo estudo, mas que outras pesquisas também têm sugerido que o risco de câncer é baixo em homens cujos níveis de PSA estejam abaixo de 1,5 nas idades entre 50 e 60 anos.

"Estamos no meio de uma mudança de paradigma nos exames e na avaliação de riscos, que já não depende de uma simples contagem de PSA para determinar em quem deve ser feita a biópsia", explica Klein.

O exame de PSA já não é recomendado para os pacientes com mais de 75 anos, pois a lenta evolução da doença significa que grande parte dos homens nessa idade está suscetível a morrer por outro motivo que não seja o câncer de próstata recém detectado. Um amplo estudo realizado no ano passado confirmou que o exame de PSA não é útil para homens com 10 anos ou menos de expectativa de vida.

Jovens cinquentões

Entretanto, a orientação continua nebulosa para os homens mais jovens. De acordo com uma vasta pesquisa europeia feita no último ano, os homens de 50 a 54 anos não se beneficiaram do exame. Ao mesmo tempo, pacientes com idades variando entre 55 e 69 que fizeram o exame de PSA anual tiveram menos probabilidades de morrer de câncer de próstata do que aqueles que não o fizeram.

Os pesquisadores responsáveis pelo último estudo também investigaram se a pontuação de PSA de um homem com 50 anos pode prever seu risco a longo prazo. Segundo um relatório de pesquisa feita com 21 mil homens em 2008 e publicado na revista “BMC Medicine”, dois terços dos casos de câncer avançado que se desenvolveram ao longo de 25 anos ocorreram em homens que tiveram uma contagem de PSA acima de 0,9 aos 50 anos de idade.

Estas conclusões podem ajudar os mais jovens a decidirem se querem rastrear a doença. Um homem cujo PSA mostra que seu risco é baixo aos 50 anos pode decidir não realizar o exame novamente até os 60 anos. Já outro com uma pontuação mais elevada pode decidir realizar exames mais frequentes.

"Não resolvemos todos os problemas com a triagem", observa Vickers. "Precisamos rastrear menos pessoas, as pessoas certas, e não temos que tratar todos os tumores que encontrarmos."