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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mobilidade facilita processos e melhora comunicação hospitalar

Os avanços tecnológicos e a criação de novas ferramentas vêm contribuindo para que o conceito de mobilidade ganhe espaço na esfera da saúde. Abordar a importância e aplicação desse conceito dentro do ambiente hospitalar foi o tema central do evento “1.2.1 Network Saúde”, realizado nesta quinta-feira (09), na IT Mídia, em São Paulo.


Segundo o sócio-fundador da MTM Tecnologia, Gustavo Perez, as principais funções da mobilidade no âmbito clínico estão ligadas à facilitação de processos e comunicação. “Está havendo uma mudança de paradigmas e pode-se ver a mobilidade entrando nos hospitais, principalmente com o prontuário eletrônico e na comunicação com os médicos”.

Com a mobilidade, segundo Perez, os protocolos e processos hospitalares podem ser armazenados de forma inteligente. “Isso possibilita maior adesão aos métodos com um acesso muito mais prático. Além de poder ser visualizado pelo o médico no próprio dispositivo móvel, sem que haja a necessidade de disponibilizar um hardware completo”.

Na esfera da comunicação, o profissional exemplifica que alguns hospitais vêm utilizando SMS para se comunicar, no entanto esse serviço não possui garantia de entrega. “A solução batizada de Portal Mensageiro, por exemplo, permite que os profissionais de saúde mandem mensagens e alertas dentro e fora das instituições e tenham controle de entrada e saída dos indivíduos. Além disso, é possível saber se o destinatário recebeu e leu o comunicado, tendo assim um maior controle da informação circulada”

Da mesma forma, com o armazenamento de dados também é possível estabelecer uma relação mais próxima com os pacientes e obter mais agilidade nas decisões. “Mais do que permitir que o profissional tenha maior controle sobre sua agenda, o dispositivo móvel pode acessar o histórico de saúde do indivíduo”.

Identificação por rádio freqüência

A Radio-Frequency Identification (RFID), que em português significa identificação por rádio freqüência, é outra solução móvel presente no mercado. A tecnologia é utilizada para localizar equipamentos e medicamentos específicos dentro do hospital.

“Ele possibilita ter uma visibilidade de onde está o medicamento ou determinado aparelho. Isso otimiza a gestão do tempo, pois não há a necessidade de ficar procurando pelo item”.

O “RFID” também pode ser utilizado no rastreamento de pacientes em estado delicado. “Se houver um indivíduo com algum tipo de enfermidade mental e que fica vagando pelo hospital, a equipe tem a chance de localizar esse paciente”.

Outra questão diz respeito a transfusões de sangue. Segundo sócio-fundador da MTM Tecnologia, existem muitos erros relacionados a esse tipo de procedimento. A ferramenta permite que, por meio de um código de barra, seja possível catalogar as bolsas de sangue e eliminar os riscos de misturar tipos sanguíneos incompatíveis, ou mesmo saber se determinado tipo de sangue está faltando.

Home Care

Perez explica que hospital cheio nem sempre é um bom sinal, pois pode significar falta de produtividade da instituição. No intuito de diminuir a lotação, a mobilidade está sendo implantada no âmbito do home care, porém esse recurso ainda está engatinhando no Brasil.

“Existem iniciativas de algumas empresas de fazer integração de equipamentos específicos para pacientes que se conectam com uma central e vão para o repositório do hospital”

A ideia é fazer um acompanhamento preventivo ou do pacientes que não precisa mais estar no hospital, mas necessita de um acompanhamento.

Limitações

Para Perez por mais que a mobilidade seja uma tendência, ela deve ser utilizada com cautela. “A tecnologia deve auxiliar o médico, mas o profissional não pode deixar de fazer o seu trabalho, caso ocorra alguma falha.”

E ressaltou, ainda, que é preciso saber onde a tecnologia pode e não pode ser usada. “Onde houver equipamentos críticos não se pode usar esse tipo de recurso. É importante sempre zelar pela segurança dos procedimentos”.

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