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domingo, 13 de maio de 2012

USP vai criar banco de células-tronco

Células de pluripotência induzida serão utilizadas para testes de medicamentos

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) querem criar o primeiro banco de células-tronco de pluripotência induzida (iPSC, na sigla em inglês) da América Latina. As iPSC são células adultas modificadas pelos cientistas para recuperar sua capacidade de gerar qualquer outra célula do organismo. O banco será útil para a realização de testes de medicamentos in vitro.

“Se você tem uma droga que pode causar arritmia em algumas pessoas, a melhor estratégia pode ser obter células cardíacas do paciente e ver como elas reagem ao medicamento in vitro”, explica a geneticista Lygia da Veiga Pereira, chefe do Laboratório Nacional de Células-tronco Embrionárias (Lance) da USP. “Se apresentarem arritmia, você não precisará administrar a droga no paciente para descobrir o risco. Desta forma, diminuímos o número de reações adversas.”

Uma forma de obter as células cardíacas do exemplo dado por Lygia é realizar uma biópsia do coração. “Mas, na maioria das vezes, o risco de um procedimento tão invasivo não compensa”, aponta a pesquisadora. Com as iPSCs, no entanto, os especialistas podem extrair células da pele ou do sangue - ao alcance da mão dos médicos -, induzir sua pluripotência e diferenciá-la no tecido em que desejam realizar os testes.

Desta forma, é possível, por exemplo, diferenciar as iPSCs de um paciente em neurônios para testar a eficácia de um antidepressivo, em células hepáticas para testar a absorção de um medicamento ou em células cardíacas para prever um possível efeito adverso.

Mais longe
O projeto dos pesquisadores da USP, no entanto, não se limitará a analisar a resposta de pacientes específicos a determinados tipos de fármaco. Eles pretendem criar um verdadeiro banco de iPSCs que ofereça uma amostragem fidedigna do perfil genético da população paulista e brasileira (mais informações nesta página).

Populações de diferentes etnias, países ou regiões podem apresentar uma diversidade significativa na resposta a determinados remédios. Em 2005, por exemplo, o FDA - agência de vigilância sanitária americana - aprovou uma droga para insuficiência cardíaca específica para a população negra. Os testes clínicos mostraram resultados tímidos em americanos brancos, mas os benefícios foram evidentes para negros.

Em média, de cada mil substâncias testadas pela indústria farmacêutica, só uma chega às prateleiras das farmácias. Quanto mais cedo os laboratórios descobrem a inviabilidade de uma droga - por apresentar alta toxicidade ou baixa eficácia -, menos dinheiro e tempo são jogados fora.

“Um banco como esse que vamos criar possibilitará identificar substâncias inviáveis e promissoras mais rápido, economizando muito dinheiro”, aponta Paulo Lotufo, diretor da Divisão de Clínica Médica do Hospital Universitário da USP. Ele recorda que as precárias condições em que são realizados os testes pré-clínicos - em animais - no País torna a alternativa das iPSCs ainda mais atraente. “Já que não temos animais em condições ideais para realizar os testes dos fármacos, poderemos testá-los em células humanas in vitro.”

Apesar de não substituir os testes em animais, Lygia aponta que as iPSCs possuem algumas vantagens. “O camundongo, por exemplo, é muito diferente do ser humano para testes que envolvem o tecido cardíaco”, afirma a pesquisadora. “O coração do roedor bate 600 vezes por minuto. O nosso, cerca de 80 vezes. Além disso, há importantes diferenças no tamanho, na pressão sanguínea e na suscetibilidade a ataque cardíaco.”

Lotufo pretende coletar as amostras de sangue para o banco de iPSCs no contexto do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), um imenso projeto que procura investigar a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas em uma população composta por 15 mil funcionários de seis instituições públicas de ensino superior e pesquisa das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. É o maior estudo do tipo já realizado na América Latina.

“Vamos criar o banco de dados com todos os voluntários da amostra paulista, que representa cerca de um terço do universo do Elsa”, aponta Lotufo. Além disso, o pesquisador também gostaria de incluir outros mil voluntários de centros do Elsa de outras regiões do País. Se tudo der certo, o banco de dados incluirá iPSCs de cerca de seis mil pessoas.

Para entender
A geneticista Lygia da Veiga Pereira, da USP, recorda que cada pessoa reage de um modo diferente aos remédios. “Fatores como idade, saúde e alimentação influenciam como o organismo absorve, processa ou elimina uma droga”, explica Lygia. “Mas o fator mais importante são nossos genes.”

Em 2009, por exemplo, o Estado noticiou a criação de um protocolo no Instituto de Psiquiatria da USP (IPq-USP) que, por meio de um exame genético, identificava se um paciente metabolizava de forma rápida ou lenta determinados tipos de medicamento, como o antidepressivo fluoxetina. Os especialistas analisavam variações no gene CYP.

Contudo, a farmacogenética - área da farmacologia que estuda as interações entre o genoma e os fármacos - ainda é muito incipiente. Há um longo caminho para se estabelecer quais genes interferem no metabolismo de cada droga e qual é o impacto específico de cada variação genética na resposta a um fármaco.

Não é só a eficácia de um remédio que depende dos genes. A toxicidade também pode variar segundo o perfil genético. Na Inglaterra, as reações adversas a fármacos respondem por uma em cada quinze admissões hospitalares. Nos EUA, cerca de dois milhões de pessoas apresentam reações adversas graves todos os anos. Cerca de 5% desses casos evolui para a morte.

Fonte Estadão

Até 2030, 42% da população dos Estados Unidos será obesa

Apesar de alarmante, dado foi considerado positivo, pois crescimento desacelerou; peso ideal será exceção

A obesidade dos Estados Unidos mais que dobrou nas últimas três décadas e deve atingir 42% da população até 2030. Além disso, cerca de um terço dos americanos estará com sobrepeso, fazendo com que as pessoas com peso ideal ou magras se tornem uma minoria no país.

 
Os dados são do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, em Washington, e foram publicados nesta semana. Apesar dos números alarmantes, a notícia foi considerada positiva porque o crescimento desacelerou nos últimos anos em comparação às décadas de 1980 e 1990.

Ainda assim, diz o diretor do órgão, William Dietz, mesmo que a obesidade permanecesse no patamar atual, "já seria um problema muito grave".

Doenças como diabete tipo 2, que passou a afetar também crianças americanas nos últimos 20 anos, e cardíacas são algumas das várias associadas à obesidade. O tratamento dos problemas de saúde provocam um custo bilionário para os EUA.

Estruturas. O aumento do peso da população exige alterações em equipamentos do país.

Ônibus nas cidades americanas estão sendo reforçados para aguentar o peso dos passageiros. As camas nos hospitais também são fabricadas com materiais mais resistentes. Cadeiras nos estádios inaugurados recentemente, como os dos times de beisebol do Yankees e do Mets, em Nova York, são mais largas do que no passado. As poltronas dos aviões na classe econômica já não comportam alguns passageiros com obesidade mórbida, que deve atingir 11% dos americanos em 2030.

O custo total para a sociedade é de US$ 190 bilhões por ano. Parte desse valor é bancado por não obesos que precisam pagar mais em seus seguros, de acordo com levantamento do economista da saúde Eric Finkelstein, da Universidade Duke.

Até mesmo o presidente Barack Obama está envolvido no debate. O líder americano incluiu uma cláusula na lei de reforma do sistema de saúde, aprovado em 2010, que permite aos empregadores cobrar de 30% a 50% a mais nos seguros de seus funcionários obesos caso estes não concordem em participar de programas de emagrecimento.

O Instituto de Medicina, organização acadêmica com base em Washington, discorda que as pessoas com obesidade deveriam ser responsabilizadas por estarem nessa condição. Os movimentos ativistas em defesa dos obesos também. Alguns já se comparam aos fumantes no passado e se sentem reprimidos ao comerem uma pizza.

Lynn McAfee, diretora do The Council on Size & Weight Discrimination, entidade de defesa do direito de ser gordo, diz que "empresas se recusam a contratar pessoas de tamanho grande (um dos termos usados como sinônimo de gordo), especialmente para funções de interação com o público. Universidades recusam alunos acima do peso e há até casos de quem não consegue alugar apartamentos por ser obeso".

Fonte Estadão

Turma bo MBA em Gestão de Saúde e Infecção Hospitalar da INESP - Manaus

28 04 2012

Humor: Saúde Pública

Conheça sete lutas que transformam o corpo feminino

Boxe e MMA são aulas que queimam muitas calorias e definem músculos

Cada vez mais mulheres estão procurando as academias para praticar aulas de boxe, MMA, muay thai e outras lutas. Engana-se quem pensa que essas atividades sejam exclusividade masculina, as mulheres, e suas curvas, também podem colher os benefícios. Só é preciso cuidado para se proteger adequadamente. "Unhas devem estar aparadas, cabelos presos e nunca treine com brincos e outros acessórios", explica o instrutor de lutas Luciano Imoto, diretor da academia Imoto, de São Paulo. Dependendo da luta, recomenda-se usar sapatilhas para proteger os pés e protetor de busto para os seios.

E então, pronta para colocar a atividade que gasta de 600 a 1200 calorias na rotina de exercícios? Confira abaixo as modalidades mais comuns e escolha a que mais se encaixa ao seu perfil. 

Boxe - foto: Getty Images1. Boxe
No boxe, há muita movimentação, o que favorece muito os músculos dos braços e as pernas. Mas um dos pontos altos da aula são as vantagens para a região da barriga. Além de trabalhar muito o abdômen, o boxe ajuda a afinar a cintura. Essa luta faz com que a barriga fique contraída o tempo todo. Com isso, a rotação do tronco para os lados dará um ótimo resultado estético e melhorará a postura. E os benefícios não param por aí: a luta gasta aproximadamente 800 calorias por hora de treino. E não pense que a aula se resume aos socos. "O treino de preparação já trabalha muito as pernas, já que envolve saltos e cordas" explica Luciano Imoto.

Muay thai - foto: Getty Images2.Muay thai
A aula demuay thai já começa agitada, o aquecimento envolve polichinelos, corda e saltos, o que por si só já garante um bom gasto calórico. Durante o enfrentamento é delimitado um círculo de ação para cada combatente, o que determina que os movimentos sejam feitos de maneira explosiva. "Como o foco são os chutes - dados com a perna esticada e a ponta do pé - a aula fortalece, principalmente, pernas, glúteos, além da parte central do tronco e abdômen, que são exigidos pois assumem a função de estabilizar os membros", explica Luciano Imoto. Caso você queira fortalecer mais ombros e braços, basta pedir para o seu professor dar destaque aos socos e cotoveladas durante o treino. Tanto esforço gasta aproximadamente 800 calorias e traz também benefícios para a coordenação motora e a concentração.

Karatê - foto: Getty Images3. Karatê
Além de trazer benefícios para o corpo, o karatê também cuida da sua mente. "Essa luta mantém a disciplina e a tradição oriental, além de ser detalhista, já que a menor desatenção pode virar o jogo", explica o educador físico Washington Alves, instrutor de MMA da academia Planet Sport (de São Paulo). A grande quantidade de socos e chutes, dados com o joelho elevado e dobrado e o pé em posição neutra, fazem com que a atividade trabalhe o corpo de uma maneira global. O gasto calórico da aula também gira em torno das 800 calorias.

Capoeira - foto: Getty Images4. Capoeira
O gingado e as acrobacias da capoeira melhoram a flexibilidade, principalmente das pernas, responsáveis pela maior parte dos golpes. "O aluno ganha elasticidade sem perceber", conta o educador físico Washington. Os movimentos acrobáticos garantem um fortalecimento global, isso porque além de dar o golpe, é preciso manter o corpo todo contraído para equilibrar-se. O gasto calórico também está na casa das 800 calorias por hora.

MMA - foto: Getty Images5. MMA
Uma evolução do vale-tudo, O MMA (Mixed Martial Arts) é uma mistura de sete diferentes lutas: jiu-jitsu, muay thai, judô, wrestling, karatê, boxe e capoeira. A diferença é que essa luta passou a ter regras bem claras, garantindo a integridade do praticante. Por agrupar tantas práticas, o MMA inclui movimentos no chão, chutes no ar, derrubada do adversário, trabalho de equilíbrio e isometria (segurar o adversário no chão) o que promove diversos benefícios ao corpo. Os resultados serão fortalecimento, agilidade, equilíbrio, flexibilidade e gordurinhas exterminadas. O gasto calórico dessa aula pode chegar a 1200 calorias por aula.

Jiu-jitsu - foto: Getty Images6. Jiu-jitsu
O jiu-jitsu é praticado predominantemente no chão e também usa o princípio da isometria para imobilizar o oponente. Além de contribuir para o fortalecimento muscular, a aula melhora o condicionamento físico e a função cardiorrespiratória, já que o esforço é constante. Apesar de precisar de força para praticar a luta, o que faz diferença mesmo é o domínio da técnica, já que é preciso muita atenção para dominar o adversário. Em apenas uma aula são eliminadas 1000 calorias.

Segundo Luciano Imoto, não é preciso se preocupar com a deformação da orelha, comum entre atletas que praticam essa luta, devido ao atrito com o tatame. "Isso só acontece quando não é dado o tempo necessário para a cicatrização. É possível também usar protetores auriculares específicos para a prática do esporte", explica.

Judô - foto: Getty Images7. Judô
O foco dessa luta é derrubar e imobilizar o adversário, para isso é preciso fazer muita força com tronco e braços, fortalecendo, principalmente, os músculos dessas regiões. Mas a resistência às investidas do oponente gera contrações no corpo todo, trabalhando-o por completo. O judô é uma das poucas lutas que conserva a tradição oriental e, por isso, a disciplina é um dos principais pontos a serem respeitados nesse esporte. O gasto calórico da aula de uma hora fica entre 700 e 800 calorias.


Fonte Minha Vida

Deixe sua barriga definida com estes sete exercícios

A competição é acirrada: de um lado, a vontade em conseguir uma barriga definida. Do outro, a preguiça em encarar o abominável sobe e desce do abdominal.

Entre um e outro, ficam você e a culpa por não dar um fim nessa situação. "Mas existem outras maneiras de definir o abdômen, ganhando tônus e alcançando a hipertrofia dos músculos", afirma o professor Diogo Cestari de Aquino, especialista em fisiologia do exercício e reabilitação cardíaca. Mudanças na respiração e a prática de ioga podem ajudar nesta missão. Descubra como.

Mulher fazendo natação - Foto Getty Images1. Controle da respiração
O controle da respiração durante a realização dos exercícios físicos tem como principal objetivo a estabilização do movimento. Por isso, a respiração em si não traz modificações na estética e no fortalecimento da parede abdominal. No entanto, para um indivíduo destreinado, esse estímulo pode ser suficiente para obter pequenas melhorias nesses músculos, como a diminuição da flacidez.

O fisiologista do exercício Luís Fernando Coimbra, gerente da unidade de Curitiba da Companhia Athletica, explica que ao realizar o movimento de um exercício, o ar deve ser eliminado dos pulmões. Ao retornar para a posição normal, inspire. "Isso contrai e relaxa o abdômen, protegendo a coluna tanto durante o esforço físico quanto no momento de relaxamento", explica.

Pessoas na esteira - Foto Getty Images2. Caminhada e corrida
"Tanto a caminhada quanto a corrida são excelentes aliados na definição dos músculos abdominais, pois diminuem a porcentagem de gordura do corpo com a queima de calorias", aponta Diogo. Para variar o treino, vale ainda investir na bicicleta ergométrica ou no elíptico, exercícios aeróbios de menor impacto. Antes de praticar esses exercícios, entretanto, recomenda-se uma avaliação médica e uma avaliação física.

Mulher se alongando - Foto Getty Images3. Boa postura
Ela é fundamental para eliminar a barriga. A postura inadequada pode ocorrer por um desequilíbrio muscular, evidenciado pela fraqueza da parede abdominal e pelo encurtamento da musculatura vertebral lombar e flexores do quadril. "Associado a esse quadro, observa-se aumento da lordose lombar, causa frequente de quadros de lombalgia", alerta o professor Diogo. Por isso, o fortalecimento e o alongamento das musculaturas favorecem a manutenção ou a melhora do alinhamento postural.

Mulher sentada com as mãos nos pés - Foto Getty Images4. Pilates
Os exercícios praticados no Pilates são excelentes aliados na definição da região. Em todos eles, o principio básico é a ativação dos músculos profundos do abdômen, promovendo a correta respiração, a estabilização do centro de equilíbrio e a melhora postural. Além disso, o trabalho dos músculos superficiais do abdômen é extremamente solicitado na execução de inúmeros movimentos, contribuindo para a melhora da definição muscular. Segundo o fisiologista do exercício Luís Fernando, esta atividade deve ser aliada a outras, como exercícios aeróbios e de musculação, para melhorar os resultados.

Mulher praticando ioga - Foto Getty Images5. Aulas de ioga
As aulas de ioga podem ajudar na definição do abdômen. "Além das técnicas respiratórias que promovem o trabalho dos músculos abdominais profundos, inúmeras posições da prática solicitam fortemente o trabalho abdominal", afirma Diogo. Segundo ele, tais técnicas contribuem para a estabilização dos movimentos, o que fortalece a parede abdominal.

Pessoas fazendo bicicleta ergométrica - Foto Getty Images6. Aulas de spinning
As aulas de spinning podem favorecer o abdômen por auxiliarem na manutenção da composição corporal ou na diminuição da porcentagem de gordura. Assim como a corrida e a caminhada, trata-se de uma atividade aeróbia e que, por isso, ajuda na queima de gordura, aponta Diogo Cestari de Aquino. Mas, por causa da posição sentada, é importante observar a postura e trabalhar, em conjunto, exercícios para melhorar o equilíbrio postural.

Mulher fazendo alongamento - Foto Getty Images7. Alongamento
Apesar de não atuar de forma significativa na diminuição da porcentagem de gordura ou no fortalecimento abdominal, as aulas de alongamento podem auxiliar na melhora da definição muscular. Isso porque esses movimentos promovem o equilíbrio postural, fator extremamente importante também para a estética. "Ele é essencial tanto antes quando depois da atividade física, pois aumenta a mobilidade da musculatura e alivia a tensão muscular, evitando dores no dia seguinte", diz Luís Fernando.

Fonte Minha Vida

Secretaria de Saúde de SP nega reserva de leitos em hospitais públicos para planos de saúde


A lei estadual 1.131/10 reserva 25% dos leitos dos hospitais públicos, administrados por organizações sociais, a usuários de planos de saúde.
Brasília – A Secretaria de Saúde de São Paulo negou  que haja reserva de leito em hospitais públicos gerenciados por organizações sociais para usuários de planos de saúde. Por meio de nota, o órgão explicou que a finalidade da lei estadual 1.131/10 é permitir que as unidades sejam ressarcidas pela assistência médica que prestam a pacientes beneficiários de operadoras.

Na sexta-feira (10), o Conselho Nacional de Saúde aprovou uma resolução que pede à Justiça de São Paulo que considere ilegal a lei estadual, aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo e regulamentada por decreto assinado pelo governador Geraldo Alckmin em julho do ano passado. A lei estadual 1.131/10 reserva 25% dos leitos dos hospitais públicos, administrados por organizações sociais, a usuários de planos de saúde.

“É fundamental esclarecer que a regulamentação da lei estadual, além de proibir qualquer reserva de leitos ou preferência a pacientes de planos de saúde, garante idêntica qualidade a todos os pacientes na prestação de serviços e disponibilização de equipamentos, acomodações e insumos”, destacou o comunicado.

Segundo a secretaria, não havia possibilidade legal de cobrança para esse tipo de atendimento, que acaba onerando o caixa do Sistema Único de Saúde (SUS) em cerca de R$ 500 milhões ao ano. Dados da instituição indicam que cerca de 20% dos pacientes atendidos nesses hospitais têm algum tipo de plano de saúde.

“A secretaria entende que a lei estadual corrige esta distorção, criando fonte complementar de financiamento para hospitais do governo e também promove justiça social, ao garantir que os recursos do SUS serão aplicados na assistência dos pacientes que dependem, de fato, da rede pública”, concluiu a nota.

Na próxima terça-feira (15), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) irá julgar mérito de recurso apresentado pelo governo de São Paulo para manutenção da lei, contestada pelo Ministério Público Estadual na Justiça. Nas primeira e segunda instâncias, os juízes concederam liminares suspendendo os efeitos do decreto.

O decreto diz que as entidades não devem dar preferência aos clientes dos planos privados em detrimento de outros usuários e prevê que as instituições devem cobrar dos planos ressarcimento pelo atendimento de seus segurados “para serem aplicados na melhoria e na oferta de serviços do Sistema SUS, observadas as diretrizes fixadas pela Secretaria da Saúde”.

Fonte Agência Brasil

Ministro da CGU defende punição a responsáveis por prejuízos de hospitais federais do Rio

Brasília – O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou que os servidores e as empresas envolvidas nas irregularidades constatadas pelo órgão em hospitais federais do Rio de Janeiro devem ser responsabilizados e obrigados a ressarcir os prejuízos aos cofres públicos.

“Muitos dos prejuízos potenciais ainda podem ser interrompidos e evitados. Quanto ao resto, cabe [buscarmos] o ressarcimento e responsabilizar e punir administrativamente os servidores e, quando for o caso, responsabilizar as empresas”, disse o ministro durante a inauguração da sala do Serviço de Informação ao Cidadão do Ministério da Defesa.

As irregularidades constatadas pelos auditores já foram relatadas aos órgãos responsáveis como o Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Justiça (para envio ao Departamento de Polícia Federal), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Corregedoria-Geral da União.

No relatório da auditoria especial realizada nos seis hospitais federais fluminenses no período de janeiro de 2009 e abril de 2011, os auditores da controladoria-geral apontaram que o prejuízo pode chegar a R$ 96,5 milhões caso os responsáveis não adotassem as providências necessárias. O potencial de risco envolve os pagamentos para a locação de equipamentos hospitalares (R$ 35,2 milhões), obras e reformas prediais (R$ 27,9 milhões), serviços continuados (R$ 20,6 milhões) e para a aquisição de medicamentos e insumos médico-hospitalares (R$ 12,6 milhões).

“Grande parte desse prejuízo ainda pode ser evitado pelas medidas que o Ministério da Saúde já vem tomando”, destacou Hage, referindo-se à realização de 32 licitações para substituir contratos em andamento nos seis hospitais e a centralização das compras de bens e serviços em um único departamento. O ministério também informou que irá fortalecer seu setor de engenharia a fim de aprimorar a elaboração de projetos de obras e reformas prediais e a compra de equipamentos que vinham sendo alugados por valores mais altos. Os contratos de serviço também passarão a ser auditados mensalmente.

Além do risco potencial, o relatório também aponta os prejuízos já consumados nos hospitais federais de Ipanema, Lagoa, Andaraí, Cardoso Fontes, Bonsucesso e dos Servidores do Estado, nos quais, de acordo com a CGU, foram gastos R$ 888 milhões no período analisado.

Fonte Agência Brasil

Uma em cada cinco meninas engravida até os 18 anos no mundo, alerta OMS

Brasília – A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o grande número de mães adolescentes em todo o mundo, na véspera das comemorações pelo Dia das Mães. Calcula-se que uma em cada cinco meninas fica grávida até os 18 anos. Anualmente, 16 milhões de adolescentes, entre 15 e 19 anos, dão a luz um bebê.

Em muitos locais do mundo, as mulheres são pressionadas a casar-se e ter filhos com pouca idade, o que justifica os altos índices de gravidez na adolescência. Nos países pobres, mais de 30% das jovens casam-se antes de completar 18 anos.

A pouca escolaridade também contribui para a gravidez precoce. “As taxas de gestação entre mulheres com menos estudo é maior em comparação à das mulheres com mais anos de educação”, diz comunicado da OMS.

De acordo com a organização, muitas adolescentes não sabem como evitar uma gravidez ou não têm acesso aos métodos contraceptivos.

Outra preocupação é quanto aos problemas de saúde provocados por uma gestação na adolescência. Complicações na gravidez e no parto são a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos em países pobres.

“Ter bebês durante a adolescência traz sérias consequências para a saúde da garota e da criança, especialmente em locais onde os sistemas de saúde são deficientes. Em alguns países, as adolescentes recebem menos cuidados durante e depois do parto em comparação às adultas”.

As garotas também se sujeitam mais a abortos ilegais. Cerca de 3 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos fazem abortos inseguros todos os anos.

Fonte Agência Brasil

Raio X descartado de hospital é encontrado em Brasília

Brasília - Moradores do Riacho Fundo, região administrativa localizada a cerca de 30 quilômetros do Plano Piloto em Brasília, passaram por um susto na madrugada de ontem (12), após encontrarem material supostamente radioativo em um galpão com objetos destinados a leilão. A primeira denúncia foi feita por volta das 22h ao Corpo de Bombeiros, após serem encontradas três máquinas de raio X. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) foi acionada e chegou ao local à 1h.

De acordo com a Cnen, tudo não passou de um susto. “Mas é importante aproveitarmos situações como essa para esclarecermos à sociedade sobre o que fazer ao se depararem com equipamentos suspeitos de conterem radioatividade”, disse à Agência Brasil o chefe da Divisão de Atendimentos a Emergências Radiológicas e Nucleares do Cnen, Raul dos Santos.

"Qualquer pessoa que encontrar equipamentos suspeitos de conterem radioatividade deve, de imediato, entrar em contato com o Corpo de Bombeiros [no telefone 193] ou com a Defesa Civil [no telefone 199]", informou. Nesse caso, todos os procedimentos adotados, tanto pelos denunciantes como pelos bombeiros, foram os indicados pela autoridade nuclear.

“Eles ligaram aos bombeiros, que adotaram o procedimento padrão e nos acionaram. Era um galpão cheio de material a ser leiloado. Entre eles estavam três máquinas de raio X. O local foi isolado até a nossa chegada. Fizemos uma análise rápida, com equipamentos de varredura e detectores de radiação, mas nada foi encontrado”, disse o chefe do Cnen.

O grande risco que o equipamento pode apresentar não é radioativo, segundo Raul dos Santos. “Equipamentos mais antigos, fabricados há mais de 30 anos, costumam ter, dentro, um óleo chamado Ascarel, que pode provocar contaminação ambiental, mas apenas de caráter químico. Do ponto de vista radiológico não há problemas”.

Ele acrescenta que, há cerca de dez anos, no Rio de Janeiro, houve um caso em que esse óleo foi retirado de um equipamento e usado “para fritar bolinhos de bacalhau. “Infelizmente essa imprudência resultou na morte de quatro pessoas”, acrescentou.

Santos explica que costumam ocorrer, por ano, entre quatro e cinco denúncias desse tipo. A última foi há duas semanas em Belo Horizonte (MG). De acordo com a Defesa Civil do Distrito Federal, esta é a terceira ocorrência registrada no DF desde setembro.

O primeiro caso ocorreu no setor Sudoeste, onde foi encontrado um pote com o símbolo de radioatividade, e o segundo aconteceu durante a Semana Santa em um prédio velho do Gama. Ao abrir a caixa de chumbo de um para-raios, uma pessoa se deparou com o mesmo símbolo e também acionou a Defesa Civil.

A expectativa da Cnen é que, na próxima segunda-feira (14), uma perícia seja feita no equipamento identificado ontem no Riacho Fundo, provavelmente por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a Anvisa, todos estabelecimentos precisam de licenciamento da vigilância sanitária local para operarem equipamentos de raio X. Além disso, nenhuma instalação destinada a esse tipo de equipamento pode ser construída ou modificada, e nenhum equipamento de radiodiagnóstico pode ser transferido sem a anuência e a autorização também da vigilância sanitária local.

A Agência Brasil tentou, mas não conseguiu contatar a Vigilância Sanitária do governo do Distrito Federal . Caberá a ela identificar a origem do equipamento e os responsáveis por seu descarte.

Fonte Agência Brasil