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sábado, 20 de setembro de 2014

Desenhos feitos na infância influenciam a inteligência na vida adulta

Reprodução
Especialistas do estudo britânico ressaltam que a habilidade também é influenciada por outros fatores, como atividades extracurriculares e relações sociais saudáveis
 
Aos 5 anos, André Luiz Alcântara fez um desenho da família que foi escolhido para estampar uma camiseta comemorativa da escola em que estudava. Nesse mesmo ano, começou a ler antes dos ensinamentos da professora. Destaques de aprendizagem se repetiram ao longo da vida estudantil.
 
O mais recente é a aprovação no último vestibular da Universidade de Brasília antes mesmo de o jovem completar o ensino médio. Um estudo feito no Instituto de Psiquiatria do King's College London, no Reino Unido, indica que pode existir relação entre a primeira e a atual vitória. Publicada na revista científica Psychological Science, a pesquisa indica que os primeiros rabiscos de uma criança servem como indicativo do nível de inteligência quando ela fica mais velha.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram mais de 7 mil pares de gêmeos idênticos e não idênticos, convidados a desenhar uma pessoa. As ilustrações receberam nota conforme a equivalência com a realidade. Dez anos depois, os voluntários retornaram para realizar um novo teste. Dessa vez, mais cognitivo (Leia Para saber mais). Aqueles que se destacaram no primeiro experimento chamaram a atenção também no segundo.

Segundo Rosalind Arden, líder da pesquisa, o tamanho da amostra dá grande confiança aos resultados, mas as conclusões foram apenas de que há alguma associação entre os escores de desenho aos 4 anos e a inteligência. “Muitas crianças que apresentaram resultado baixo vão ser brilhantes. Percebemos uma tendência, não uma certeza”, ressalta.
 
Ao longo da vida, habilidades se sobrepõem. Quando se tem facilidade com alguma coisa e se começa a aprender outra, mesmo que utilizando diferentes partes do cérebro, ambas as habilidades evoluem. “Muitas vezes, usamos essa sobreposição entre facilidades como nossa medida de inteligência”, explica a pesquisadora.

Basta estimulá-los
Arden, responsável pelo estudo, reforça que a relação entre os primeiros desenhos e a inteligência é uma tendência. Outros fatores vão interferir na construção dessa habilidade, como os estímulos recebidos pela vida. Cabe aos pais, portanto, estimular os filhos a expressarem a forma como veem o mundo. “Vamos incentivar as crianças a desenhar sem que eles, os pais, avaliem a si mesmo e os filhos”, propõe.
 
É no jardim de casa e usando tintas que Eduardo Pires, 5, gosta de ficar. “Durante um tempo, se chateava porque não conseguia colocar no papel o que imaginava”, conta a mãe, Valdênia Pires, 33. “Mas eu o incentivei a continuar e ele voltou.”
 
A insistência da mãe e a prática do filho o levou a ter um olhar bem mais detalhista. “Se peço para ele desenhar uma casa, fica muito claro a casa que ele escolheu. Quando é a nossa, por exemplo, ele faz a cor, o número de janelas e as plantas bem certinhos”, orgulha-se. A maturidade que o pequeno mostra nos traços também impressiona a mãe. “Se ele está triste, desenha. Se está feliz, desenha. Ele se abre a uma expressão diferente dos sentimentos e consegue mostrar as emoções.”
 
Correio Braziliense

Países que controlam tabagismo e hipertensão têm menos casos de Alzheimer

A receita não foge ao tripé que sustenta uma vida saudável e longeva: não fumar, comer bem e se exercitar
 
Na forma inicial, o Alzheimer causa alterações na memória, na personalidade e em habilidades espaciais e visuais.
 
A progressão pode ser rápida ou lenta, mas, em todos os casos, tem como estágio final uma resistência à execução de tarefas diárias, perda da razão e da habilidade de cuidar de si próprio, incontinência urinária e fecal e deficiência motora progressiva. Essas características altamente debilitantes são o que assustam cerca de 68% das pessoas entrevistadas em todo o globo pela Alzheimer's Disease International (ADI).
 
A equipe de pesquisadores multidisciplinar divulgou hoje o Relatório Global do Alzheimer 2014 com essa e outras conclusões importantes. Em alguns países, nos últimos 20 anos, por exemplo, há uma redução da incidência de demência. O motivo, segundo o documento, é o melhor controle do diabetes, da hipertensão e a diminuição do tabagismo.
 
A equipe liderada por Martin Prince, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências da King’s College of London, examinou criticamente evidências para a existência de fatores de risco modificáveis para a demência.
 
“Nós nos concentramos em quatro domínios fundamentais: desenvolvimentos psicológico e psicossocial, estilo de vida e fatores de risco cardiovascular”, enumera.
 
Eles garantem, com base em dados científicos, que, mesmo com o envelhecimento da população, a incidência do risco do problema pode ser modificada com a redução do uso do tabaco e um melhor controle e detecção da hipertensão e do diabetes. A última doença, de acordo com as conclusões do grupo, pode aumentar o risco de males neurodegenerativos em 50%.
 
Independentemente da idade e da carga genética, a demência causada pelo Alzheimer pode ser prevenida. A receita não foge ao tripé que sustenta uma vida saudável e longeva: não fumar, comer bem e se exercitar. Os pesquisadores resumiram as recomendações em uma máxima:
 
“O que é bom para o coração é bom para o cérebro”. Isso porque a redução dos casos da doença percebida por eles tem como pano de fundo uma melhora na saúde cardiovascular em países de alta renda.
 
“Existem evidências de vários estudos de que a incidência de demência pode estar caindo em países de alta renda vinculadas a melhorias na educação e na saúde cardiovascular. Precisamos fazer tudo o que pudermos para acentuar essas tendências”, afirma Martin.
 
Correio Braziliense

Alongamentos podem prevenir problemas de coluna

Segundo a OMS, cerca de 80% da população mundial terá, pelo menos uma vez na vida, dor na coluna
 
Problemas na coluna, como dores na lombar, são reclamações constantes em consultórios médicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem a estimativa de que aproximadamente 80% da população mundial sofrerá pelo menos um episódio de dor na coluna durante a vida.

A psicóloga Maira Mesquita sofre de dores na coluna, cervical, atrás do ombro e nos braços diariamente há cinco anos. Ela conta que já procurou diversos especialistas, mas atualmente não realiza nenhum tratamento específico para a lombalgia. De acordo com o ortopedista especializado em coluna vertebral do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), Luis Eduardo Carelli, lombalgia é toda dor que afeta a coluna vertebral na parte lombar baixa.

Quem permanece sentado por longos períodos, como pessoas que trabalham em escritórios, tem a necessidade de trabalhar em uma mesa de boa altura e uma cadeira ajustável e com encosto. Segundo o médico Carelli, é necessário identificar a melhor maneira de sentar, com a postura correta.

“Também é recomendado que, ao longo do dia, sejam feitos exercícios leves, como andar, caminhar e ginástica laboral. Isso para todas as pessoas, mas preferencialmente pessoas com mais idade”, explica o ortopedista.

No caso de Maira, que fica muito tempo sentada estudando, as dores são frequentes. “Sinto dores quase todos os dias, principalmente quando passo muito tempo sentada e quando vou dormir”, afirma. A psicóloga tem o costume de mudar o lugar do estudo, para aliviar um pouco as dores, e também utiliza uma cadeira diferenciada, onde ela se encaixa melhor e fica mais confortável na hora do estudo.

Para pessoas que trabalham em pé, como vendedores e comerciantes, é recomendável que a postura seja mais ereta possível, evitando a queda dos ombros e a postura relaxada. Em caso de trabalhadores que carregam peso, é importante lembrar que “o melhor quando abaixar para pegar objetos no chão é flexionar os joelhos e trazer o objeto próximo ao corpo”, explica o ortopedista Luis Eduardo Carelli.

A flexão excessiva dos joelhos e possível torção, em conjunto com o excesso de peso carregado, podem desenvolver hérnias de disco. É necessária a prevenção e alguns cuidados rotineiros para que os discos não sejam sobrecarregados e, assim, evitar doenças degenerativas do disco.

A colaboradora da CTIS Márcia Veiga, 45 anos, aos 9 anos de idade sofreu um traumatismo na coluna, ao levar um tombo. Apenas aos 15 anos foi descoberto que ela, na verdade, sofria de espondilose lombar, uma doença reumática crônica e progressiva. As dores são diárias e ela já aprendeu a conviver com elas.

Márcia se tratou com ortopedistas no Hospital Sarah Kubitschek e, hoje em dia, realiza diversas atividades para auxiliar na diminuição das dores de coluna. “Faço acupuntura, pilates, academia. A dor é constante, mas já procurei médicos para tratar também a fibromialgia. Isso não me impede de viver, não posso deixar as dores ou a doença tomarem conta de mim”, afirma Márcia.

De acordo com o médico, os tratamentos para dores na coluna são indicados após diagnóstico específico e realização de exames. Após esse processo, pode ser indicado o repouso, a restrição da atividade física, atividades físicas específicas, fisioterapia, evitar o sedentarismo, se alongar a cada duas horas, ter uma boa qualidade de vida e alimentação saudável.

Segundo o médico, a correta postura é necessária sempre, em casa, durante as atividades de lazer, no sofá. “São recomendadas atividades físicas, ginásticas laborais, alongamentos em casa e no trabalho. A prevenção é a chave do sucesso para a saúde da coluna”, diz o ortopedista Carelli.

Brasília Encontro

A ligação entre dias ensolarados e o suicídio

O fato de que as taxas de suicídio tendem a alcançar seus picos na primavera tem intrigado cientistas há bastante tempo
 
Porém, um novo estudo realizado na Áustria mostra que, em qualquer época do ano, alguns dias de sol podem significar taxas de suicídio mais elevadas.
 
A ligação curiosa entre estações do ano e as taxas de suicídio remonta há mais de um século. Estudos têm encontrado uma maior taxa de suicídio durante a primavera e uma taxa mais baixa durante o inverno, tendências que podem ter sido influenciadas pelo clima e pela luz do sol. Mas há também outros fatores sazonais que podem afetar comportamentos suicidas – por exemplo, feriados, laços sociais, as variações na taxa de desemprego e acesso a médicos. (Lembrando que, no hemisfério norte do ocidente, onde a maioria dos estudos foram conduzidos, a maioria das festividades acontece no inverno).
 
No novo estudo, os pesquisadores analisaram diretamente o número de horas de sol entre 1970 e 2010, quando cerca de 70 mil suicídios ocorreram na Áustria. O país tem um clima continental úmido, com quatro estações demarcadas, incluindo os verões quentes e invernos frios. Outros países com climas semelhantes incluem Japão e o leste da América do Norte. Para o estudo, os pesquisadores usaram dados de 86 estações meteorológicas na Áustria para calcular o número de horas de sol por dia.
 
Os resultados foram dois. Os cientistas encontraram uma relação entre o número de suicídios e horas de sol por dia, tanto durante o dia do suicídio como durante os dias anteriores. “Luz do sol no dia do suicídio e até 10 dias antes do ato parece facilitar o suicídio”, escreveram os pesquisadores em seu estudo, publicado na revista “JAMA Psychiatry“.
 
Por outro lado, ter luz do sol de 14 a 60 dias antes parecia ter um “efeito protetor”, reduzindo a taxa de suicídio. Os resultados também mostraram que a ligação entre o sol e taxa de suicídio existe tanto para métodos de suicídio “violento” – como enforcamento, afogamento e tiro – e métodos não violentos, como o envenenamento.
 
Existem algumas possíveis explicações para justificar estes resultados. Estudos anteriores demonstraram que a luz interage com o neurotransmissor serotonina, que afeta o humor em animais e pessoas. Isto significa que a exposição à luz solar pode alterar os níveis de serotonina e influenciar comportamentos e emoções como humor, impulsividade e agressividade, explicam os autores.
 
Embora este artigo não seja suficiente para provar que a luz solar provoca um aumento nas taxas de suicídio durante um certo tempo, ele se soma a evidências de estudos anteriores que afirmam o mesmo.
 
Segundo o psiquiatra José Manoel Bertolote, autor do livro “O suicídio e sua prevenção”, o suicídio é uma das principais causas de mortes em homens jovens nos países desenvolvidos e emergentes, matando 26 pessoas por dia no Brasil. Nos últimos 25 anos, as taxas de suicídios entre jovens brasileiros cresceram 25% e, atualmente, há 4,8 mortes desta forma a cada 100 mil habitantes.
 
Uma questão de gênero
De acordo com o estudo austríaco, mulheres são mais propensas que os homens a tentar o suicídio, mas os homens são mais propensos a morrer com esta tentativa. A relação mais elevada entre horas de sol diárias e taxas de suicídio foi observada principalmente entre as mulheres, resultado que se alinha com conclusões de um estudo anterior que constatou que, em comparação aos homens, uma menor exposição ao sol pode ser suficiente para desencadear o suicídio de mulheres.
 
A ligação entre a luz do sol a longo prazo e taxas de suicídio mais baixas foi encontrada principalmente em homens, segundo os pesquisadores. No entanto, eles ressaltam que é difícil saber o quão verdadeiro é este efeito. Por exemplo, se a pessoa já se suicidou depois de um pequeno aumento na luz solar, então ela não seria incluída nos dados quando os pesquisadores analisassem períodos mais longos de dias de sol.
 
Os estudiosos dizem que se a ligação entre o sol e o risco de suicídio se provar válida em estudos futuros, o próximo passo é identificar quais pacientes com depressão são mais susceptíveis de serem afetados pela luz solar.
 

HypeScience

Conheça dicas para comprar e preparar peixes

Apesar de saudável, muitas pessoas têm objeções ao alimento
 
Eu cresci comendo peixe. Minha família apreciava uma refeição com peixe ao menos uma vez por semana, truta salmonada ou linguado. Salmão, arenque defumado e peixe branco eram iguarias ocasionais.
 
No verão, quando eu pegava algumas percas num lago local, minha mãe limpava-as cuidadosamente e as preparava na frigideira.
 
Meus filhos gostam de peixe, e também de pesca. Eles sempre levavam sanduíches de sardinha para o almoço na escola; eu sabia que não seriam trocados por sanduíches de pasta de amendoim. Quando eles pescavam uma carpa de um rio em Minnesota, eu a recheava e fazia no forno, para o delírio dos convidados para o jantar. Também fico muito feliz por todos os meus quatro netos gostarem de peixe.
 
Sendo assim, fico perplexa pelo fato de o peixe continuar tão mal amado em comparação a outras fontes de proteína animal: carne vermelha e frango.
 
Conheço todas as desculpas: "Não sei o que comprar". "Não sei como preparar". "Deixa muito cheiro na cozinha". "Uma vez comi um peixe estragado e nunca mais toquei nisso".
 
Existem maneiras de contornar essas objeções (há duas décadas, produzi um livro de receitas de frutos do mar com Richard Flaste para facilitar isso). E sempre ajuda saber como e por que escolher certos peixes e moluscos.
 
Bom para a saúde
Comecemos com a saúde. Peixe faz bem, melhor do que a carne vermelha (prejudicial ao coração) e até mesmo do que as aves magras. Peixes oleosos como salmão, cavala, anchova, arenque e sardinha são ricos em ácidos graxos ômega-3. Estes são ácidos poliinsaturados que podem proteger contra ataques cardíacos e derrames, ajudar a controlar os coágulos sanguíneos e criar membranas de células no cérebro. Eles também são importantes para o desenvolvimento neurológico e visual das crianças.
 
O ômega-3 também pode ajudar a aliviar uma série de problemas, como câncer, depressão, inflamações no intestino e doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatóide.
 
As melhores evidências dos benefícios vêm de estudos com pessoas que comem peixe há muito tempo, em vez de tomar suplementos de ômega-3.
 
Há quase três décadas, pesquisadores holandeses publicaram um estudo revolucionários na revista "The New England Journal of Medicine". Intrigada com a taxa de mortalidade extremamente baixa por doenças de coração entre os esquimós da Groenlândia, a equipe acompanhou 872 homens de 40 a 59 anos durante 20 anos, e descobriu que aqueles que comiam pelo menos duas refeições semanais de peixe apresentavam uma taxa de mortalidade por ataques cardíacos 50 por cento menor do que os que não comiam peixe.
 
Outros estudos ligaram o consumo de peixe a um risco reduzido de derrames, embora pesquisas posteriores tenham concluído que o benefício de saúde estava limitado a pessoas com alto risco de doenças cardiovasculares.
 
Dado que doenças cardíacas e derrames são as principais causas de morte entre americanos, seria de se imaginar que essa pesquisa aumentaria drasticamente o consumo de peixe nos Estados Unidos. Infelizmente, pouca coisa mudou.
 
— Os asiáticos comem cerca de 15 quilos de peixe por ano — me disse Paul Greenberg, autor de dois livros populares sobre frutos do mar.
 
Isso pode ajudar a explicar a expectativa de vida maior dos japoneses.
 
Dicas para comprar e preparar peixes
Se o seu problema é escolher quais peixes comprar, procure uma loja especializada ou uma peixaria de supermercado que tenha um funcionário experiente. Peça recomendações e ideias de preparo.
 
 
Veja algumas dicas:
 
— Certifique-se de comprar peixes frescos, sem um cheiro forte de peixe.
 
— Se o peixe estiver embalado em plástico, ele ficará malcheiroso a menos que seja congelado logo após a compra. Eu sempre enxáguo e seco os peixes antes de cozinhá-los.
 
— Peixes de viveiros nem sempre são o desastre ecológico ou um risco à saúde como alguns afirmam. O bagre americano, por exemplo, é "nosso peixe de viveiro de maior sucesso, e o processo cria zonas úmidas muito usadas por pássaros", explicou Greenberg. O salmão de viveiro hoje vem principalmente do Chile, onde não afeta as populações selvagens.
 
— A maioria dos mexilhões vem de viveiros, e ajudam a limpar as águas onde vivem. Eles têm baixo teor de gordura e calorias, são boas fontes de ômega-3 e trazem muito pouco colesterol. Por outro lado, camarão (grande parte de viveiros, muitas vezes em condições questionáveis), lula e lagosta são ricos em colesterol.
 
— Aqueles preocupados com o preparo do peixe e seu efeito "aromático" têm duas opções: grelhá-los ao ar livre, ou optar por peixe quando se come fora.
 
— Um erro frequente é cozinhar demais o peixe. Ele deve parecer um pouco cru quando retirado do forno ou do fogão, sugeriu Greenberg. No momento em que chegar à mesa, ele estará adequadamente cozido.
 
— Algumas pessoas precisam ser cautelosos com frutos do mar. Aqueles com alergia a qualquer peixe ou marisco, o que pode apresentar um risco de vida, devem evitá-los e aprender sobre outras variedades com reações cruzadas.
 
— Mulheres grávidas são aconselhadas a limitar seu consumo de peixes como atum e peixe-espada, com altos níveis de mercúrio, que podem afetar o desenvolvimento cerebral do feto. Mas as antigas restrições de gravidez sobre o peixe cru (sushi e sashimi) foram removidas, desde que o peixe tenha sido congelado entre 18 e 20 graus negativos, por pelo menos três dias, para matar qualquer parasita.
 
The New York Times / Zero Hora

Saiba porque temos várias idades ao mesmo tempo


Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS
Para Ivan Izquierdo, idade é ponto a favor dos pesquisadores
Idades fisiológica, social, intelectual e cultural variam de acordo com o jeito com que cada um leva a vida
 
A professora aposentada Luci Garcia estava no aeroporto, prestes a embarcar para Natal nas férias do ano passado. Quando entrou na fila prioritária do check-in, foi abordada por um funcionário da companhia aérea que pensou que Luci estava se aproveitando da vantagem concedida a quem tem mais de 60 anos.
 
— Ele duvidou que eu estivesse na terceira idade — conta, sorridente.
 
A história se repete aonde quer que ela vá. Com disposição, bom humor e uma condição física invejável, Luci tem 78 anos, mas ninguém acredita.
 
O mais surpreendente para quem a conhece é sua vida social ativa. Luci viaja pelo menos três vezes por ano — já foi para o Nordeste, Caribe, Leste Europeu, entre outros destinos. Quando está em Porto Alegre, joga carta e bolão com amigos regularmente. Faz ginástica três vezes por semana com um grupo de mulheres bem mais jovens e garante que não sai reclamando de dor pelo corpo.
 
— Eu não paro quieta — diz.
 
Luci é um exemplo das pessoas cuja idade expressa na carteira de identidade não corresponde à idade de suas capacidades físicas ou mentais. Como Luci, muitos dos 15 milhões de brasileiros que já ultrapassaram os 60 anos contrariam a ideia de que ser idoso é estar debilitado, incompetente e frágil. Essa constatação está causando um debate entre cientistas sobre o real significado da idade cronológica e a definição de 60 anos como o início da terceira idade.
 
— A velhice é só uma convenção social, uma instituição política, porque a idade não é mais sinônimo da competência das pessoas — defende Newton Luiz Terra, diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
 
A grande descoberta da geriatria atual é a de que temos mais de uma idade ao mesmo tempo. Além da cronológica, existe a idade fisiológica, a social, a intelectual e a cultural, que variam de acordo com o jeito com que cada um leva a vida. Na sua carteira de identidade, Luci está próxima dos 80. Mas sua idade social equivale a de um jovem de 25 anos.
 
— O passar do tempo se tornou um indicador muito limitado da idade. É preciso levar em consideração outros aspectos da rotina do indivíduo — avalia o geriatra.
 
Fórmula de cálculo exato ainda é buscada por estudiosos
Hoje, os pesquisadores calculam as diferentes idades que uma pessoa tem ao mesmo tempo com base na observação. Não existe ainda uma fórmula matemática que as defina com exatidão, embora ocorram iniciativas nesse sentido. A mais popular é a do médico americano Michael Roizen, que criou um método para calcular a idade fisiológica ou biológica de um indivíduo, conforme uma série de indicadores.
 
Estudos recentes sobre velhice comprovam, na prática, que manter a mente e o corpo ativos permite atrasar o relógio biológico. Uma pesquisa da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, publicada neste ano na revista científica JAMA Neurology, revelou que os indivíduos que leem com frequência e desempenham um trabalho intelectual adiam em nove anos o surgimento de problemas de memória na comparação com aqueles que deixam de lado atividades dessa natureza. Em outro estudo, pesquisadores da universidades Brigham Young e Carolina do Norte, EUA, descobriram o que Luci sabe há muito tempo: ter uma vida social intensa faz bem para a saúde. Depois de analisar dados de mais de 300 mil indivíduos, a conclusão foi a de quanto mais amigos e família uma pessoa tem por perto, mais anos de vida ela terá. No caso de Luci, a idade só aumentou mesmo na carteira de identidade.
 
"Não posso nem pensar em parar de trabalhar"
O neurocientista Iván Izquierdo, coordenador do Centro de Memória da PUCRS, acaba de completar mais um ano de vida no último dia 16. Desta vez, apagou 77 velinhas. Mas o avanço da idade não vai alterar em nada sua rotina. Ele nem pensa em encerrar as atividades profissionais como professor e pesquisador:
 
— Não posso nem pensar em parar de trabalhar. Me faltaria algo, ficaria muito triste.
 
A ciência agradece
O argentino naturalizado brasileiro é um dos intelectuais mais produtivos do país. Desde que chegou ao Brasil na década de 1970, publicou 17 livros, mais de 500 artigos científicos e hoje é um dos cientistas latino-americanos mais citados na literatura especializada. Depois dos 60 anos, Izquierdo alcançou alguns dos maiores feitos da sua carreira. Foi escolhido diretor da Academia Brasileira de Ciências, membro estrangeiro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e merecedor da Ordem de Rio Branco, a maior comenda civil brasileira.
 
— O que me motiva a continuar a vida profissional é poder ensinar os jovens, mas também gosto de aprender. Ver os resultados da minha pesquisa me estimula muito — diz.
 
O avanço da idade o ajuda em gestão do tempo, inclusive:
 
— A idade, no caso dos pesquisadores, é um ponto a favor. Fazemos menos coisas, mas fazemos melhor.
 
Afinal, para que importa a idade cronológica quando a idade intelectual está em plena forma?
 
Curiosamente, a pesquisa que o neurocientista desenvolve sobre a biologia da memória pode ajudar a terceira idade, grupo mais suscetível a doenças como Alzheimer.
 
— Existe a possibilidade de que as nossas descobertas no laboratório tenham uma implementação clínica nesses casos, o que seria muito recompensador — acredita.
 
Em 2003, Izquierdo dispensou a oportunidade de se aposentar quando saiu da UFRGS. Sentia que tinha muito mais a contribuir. Hoje, mantém uma rotina de oito a 10 horas por dia, divididas entre o laboratório, a sala de aula e a atenção aos e-mails, em casa:
 
— Eu estou muito bem da cabeça e faço fisioterapia para conseguir caminhar com facilidade.
 
Ele próprio conta que viu seu pai trabalhar até virar octogenário. Procura fazer o mesmo, reservando espaço para atenção à família, aos netos e à literatura.
 
"A agenda está cheia"
Seja no teatro, no cinema ou em concertos de música, Rosa Campos Velho, 75 anos, está sempre envolvida em alguma atividade cultural.
 
— É o que me mantém viva — diz.
 
Além do prazer de estar por dentro do que ocorre em Porto Alegre, Rosa respira cultura porque trabalhou durante muitos anos como atriz e hoje é diretora do Sindicato dos Artistas do Rio Grande do Sul (Sated). Nunca imaginou que seria tão ativa.
 
— A agenda está cheia. Às vezes eu até queria um pouco mais de tempo livre para ficar com os netos — confessa.
 
Ela já não consegue mais usar as pernas para correr, como fazia quando jovem, mas garante que se fosse possível medir a sua idade cultural, estaria no auge das suas habilidades. Essa vitalidade nem sempre é compreendida. À medida que os anos foram passando, a oferta de papéis no teatro começou a diminuir.
 
— Eles preferem contratar uma mulher jovem para se fantasiar de mais velha a uma atriz experiente — espanta-se.
 
Ela também se sente julgada pela idade quando está no trânsito, a bordo do seu utilitário esportivo. Perdeu as contas de quantas vezes foi xingada por ser velha:
 
— Eu tenho pena deles, porque não respeitam os idosos hoje, mas não se dão conta de que a mocidade é passageira.
 
A experiência mais dolorosa que veio com o avanço da idade cronológica foi quando teve de se aposentar de um cargo de assessora administrativa da Secretaria Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul. De acordo com a Constituição Federal de 1988, todos os funcionários públicos devem, obrigatoriamente, aposentar-se aos 70 anos.
 
— Acho estranho uma lei dizer que eu não era mais competente para trabalhar se eu nem sequer me sentia idosa — protesta.
 
Enquanto a sociedade não acorda para a produtividade da terceira idade, Rosa aproveita para usufruir das vantagens de estar nesta faixa etária: paga meia entrada nos espetáculos, anda de graça no ônibus para ir ao Centro e, quando está de carro, usa as vagas preferenciais de estacionamento. Além disso, se sente muito mais à vontade para fazer e dizer o que sente.
 
— Depois de uma certa idade, a gente pode fazer o que quiser. Não sente mais as amarras da sociedade. É bem bom — conclui.
 
Zero Hora

Como calcular a quantidade calorias que eu preciso?

Para que você mantenha uma dieta balanceada e ganhe rendimento nas corridas é preciso saber o mínimo de calorias que você deve ingerir por dia. Aprenda a fazer o cálculo
 
Uma das regras básicas da corrida de rua é que você precisa de energia para conseguir fazer bons treinos. Mas como saber quantas calorias são necessárias, por dia, para que você mantenha as atividades básicas da sua rotina e ainda tenha potência na corrida?
 
Na realidade, na nutrição funcional não se calcula calorias. Mas quando se fala na rotina de atletas é importante fazer o cálculo, já que uma nutrição boa não fará com que você ganhe a corrida, mas uma alimentação ruim pode fazer com que você perca rendimento.
 
Existem diversas fórmulas de cálculo da Taxa de Metabolismo Basal (TMB), responsável por esse cálculo das calorias diárias. No entanto, a mais comum (e simples) de ser usada é a Equação de Harris-Benedict. Ela é diferente para homens e mulheres, como você pode ver abaixo.
 
Cálculo da TMB

Homens: TMB = 66,47 + (13,75 x P*) + ( 5,00 x A*) – (6,76 x I*)

Mulheres: TMB = 655,1 + (9,56 x P*) + ( 1,85 x A*) – (4,68 x I*)
 
P = Peso, em kg

A = Altura, em cm

I = Idade, em anos
 
Para que você entenda como a fórmula funciona, usaremos como exemplo uma mulher levemente ativa que pesa 56 kg, tem 167 cm de altura e 36 anos de idade.

Assim, aplicando a fórmula teremos:
 
TMB = 655,1 + (9,56 x 56) + ( 1,85 x 167) – (4,68 x 36) = 1331 kcal.
 
Agora, para calcular o valor calórico total desta mulher, é preciso multiplicar o TMB pelo fator que melhor corresponde à sua atividade, que no caso do exemplo é levemente ativa.
 
Use como referência os seguintes dados:
 
Sedentário: pouco ou nenhum exercício diário – TMB x 1,2

Levemente ativo: exercício leve de 1 a 3 dias na semana – TMB x 1,375

Moderadamente ativo: exercício moderado de 3 a 5 dias na semana – TMB x 1,55

Bastante ativo: exercício pesado de 6 a 7 dias na semana – TMB x 1,725

Muito ativo: exercício pesado todos os dias da semana ou com treinos duas vezes ao dia – TMB x 1,9
 
Aplicando essa regra ao exemplo, temos TMB x 1,375. Assim, o valor calórico total é igual a 1331 x 1,375, o que resulta em 1830 kcal, que é a quantidade de calorias totais que devem ser consumidas no dia pela mulher do exemplo.
 
Como seguir as necessidades calóricas
Ok, você fez o cálculo e já sabe a quantidade de calorias ideal para o seu corpo. Mas como seguir as necessidades calóricas sem perder rendimento? Saiba que o organismo do corredor precisa de substratos específicos para ter energia pra os treinos e provas. Por isso é tão importante que você tenha reserva de glicogênio, tanto muscular quanto hepático, para a energia imediata. Para conseguir esses nutrientes, você precisa manter uma alimentação balanceada, que deve incluir carboidratos, proteínas, gordura, vitaminas e minerais.

 Mas isso deve ser feito de forma saudável. Se, por exemplo, o resultado do seu cálculo der uma dieta com 3 mil calorias e você comer uma banana split que já quase equivale a esse total, não estará dividindo as calorias necessárias para o seu dia de forma correta. Não é preciso se preocupar apenas com o gasto calórico. Você deve dividir as calorias entre os nutrientes importantes para o bom rendimento do seu corpo.

 Pães integrais, batata doce, mel, frutas, carnes magras, ovos e sucos são ótimas alternativas para que você faça uma alimentação regrada durante o dia. Invista, ainda, na água, pois a hidratação é essencial para corredores.
 
(Fonte: Júnia Bethônico, nutricionista do SPA Mitra – Belo Horizonte)
 
O2porminuto

5 casos de febre "Chikungunya" são confirmados em Feira de Santana

Aedes Aegypti (esquerda) e Aedes Albopictus (direita)
O Aedes Aegypti e o Aedes Albopictus são os principais vetores
 
O secretário da Saúde do Estado, Washington Couto, confirmou nesta sexta-feira (19/9) a ocorrência de 5 casos da febre Chikungunya na Bahia, no município de Feira de Santana.
 
Segundo Washington Couto, após alerta do Ministério da Saúde, todos os casos suspeitos passaram a ser investigados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), e amostras dos pacientes com sintomas suspeitos foram encaminhadas ao Instituto Evandro Chagas (IEC). Os primeiros resultados das amostras chegaram a Salvador na manhã desta sexsta-feira.

A partir da confirmação dos casos, a Sesab intensificará ações que já estão sendo desenvolvidas, com foco principal no combate ao vetor, que é o mesmo da dengue - um mosquito do gênero Aedes.
 
No caso da febre Chikungunya, o Aedes Aegypti e o Aedes Albopictus são os principais vetores.
 
Conforme a superintendente da Vigilância e Proteção da Saúde da Sesab, Alcina Andrade, no caso do Brasil, o vetor mais importante é o Aedes Aegypti, encontrado, principalmente, nos domicílios e peridomicílios.

Ações preventivas
A busca ativa de casos suspeitos e a intensificação do trabalho de campo para o combate ao vetor da doença, através da utilização do inseticida UBV (o chamado "fumacê"), para eliminação dos mosquitos alados (adultos), bem como da eliminação dos criadouros do mosquito, são algumas ações que vêm sendo adotadas pela Sesab e pelas secretarias municipais de Saúde, que já foram orientadas para ficar em alerta para a ocorrência de casos da febre Chikungunya.

O secretário da Saúde destacou ainda o papel da imprensa e da população na eliminação do vetor da doença, seguindo as mesmas recomendações feitas para o combate à dengue - a eliminação dos criadouros, que são recipientes que podem acumular água parada (pneus, vasilhames, garrafas, latas, tanques descobertos, etc).
 
Além disso, é importante que as pessoas fiquem atentas e busquem uma unidade básica de saúde caso tenham sintomas da doença - febre súbita e dores nas articulações. Podem também ocorrer dores musculares, dor de cabeça e exantema (manchas vermelhas na pele).

"A principal diferença entre a dengue e a febre Chikungunya é a dor nas articulações", explicou Alcina Andrade, acrescentando que ao contrário da dengue, que em suas formas mais graves tem uma alta taxa de letalidade, na Chikungunya a letalidade é muito rara, e não é necessário internar o paciente.

Casos no Brasil
Em nota divulgada recentemente, o Ministério da Saúde (MS) confirmou dois casos de febre Chikungunya no município de Oiapoque, no Amapá. As duas pessoas infectadas não possuíam registro de viagem internacional para países onde ocorre transmissão da doença, desta forma caracterizando transmissão autóctone.

Após o alerta do MS, todos os casos suspeitos passaram a ser investigados pela Sesab, e amostras dos pacientes encaminhadas ao IEC.
 
Nos últimos 15 dias, foram enviadas 16 amostras, sendo quatro de Salvador e as demais de Feira de Santana. No caso de Salvador, duas tiveram resultado negativo, uma teve resultado inconclusivo e será refeita, e uma ainda não teve o resultado conhecido.

A febre Chikungunya é uma doença viral, encontrada nas regiões tropicais e subtropicais, originária da África. O nome Chikuncunya, que significa "andar encurvado", deve-se à posição adotada por pacientes, em função das dores as articulações.
 
A transmissão autóctone da doença, inicialmente, ficou restrita aos países da África e Ásia, sendo os primeiros casos importados registrados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe.

O primeiro caso confirmado nas Américas foi em 2013 e atualmente, todos os paises da América Central têm registro de transmissão da doença. No Brasil, foram notificados 38 casos, dos quais 17 foram confirmados.
 
iG