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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fusão de Droga Raia e Drogasil pode ampliar disputa sobre genérico

A união das operações de Droga Raia e Drogasil poderá elevar as margens de negociação das redes com os laboratórios e ampliar a disputa sobre o preço dos genéricos. Segundo laboratórios ouvidos pela Folha, a explicação está na lógica das negociações. Com maior escala de compra, as empresas podem barganhar descontos mais amplos para o consumidor.

O impacto, no entanto, não se estenderia aos chamados medicamentos de referência (não genéricos e sujeitos a prescrição), que têm o preço regulado pela Câmara de Medicamentos, órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Como são amplamente procurados pelas redes, a margem de descontos concedida pelos laboratórios é menor. Segundo executivos próximos às negociações, uma estratégia de Droga Raia e Drogasil em genéricos seria adotar a mesma tática da Drogaria São Paulo, hoje líder de vendas, que arremata os lotes de genéricos dos laboratórios com menor preço. Procurada, a rede não comentou a informação.

Os genéricos são vistos como uma das grandes fronteiras de competição para o setor, pois patentes de medicamentos importantes de grandes laboratórios vão vencer neste ano. O segmento cresceu 30% nos últimos 12 meses e hoje atinge R$ 7,3 bilhões. Os benefícios para o consumidor com a consolidação do setor, no entanto, não são tão evidentes aos olhos de Pedro Matizonkas, da ESPM. “Os benefícios estão no ganho de musculatura das redes em número de lojas.

O nível de serviço também precisa ser provado.” Juntas, Droga Raia e Drogasil atingem receita de R$ 4 bilhões e somam 700 lojas. Para Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácia e Drogarias), se concretizada, a transação não deve enfrentar resistência das autoridades regulatórias, em razão de o setor ser pulverizado. Juntas, as empresas terão menos de 10% do mercado. “A empresa conjunta poderá fazer uma nova emissão na Bolsa e se capitalizar para abrir novas lojas”, afirma. Segundo analistas ouvidos pela Folha, a Drogasil perdeu a oportunidade de ser a consolidadora do mercado, superada, por exemplo, pela movimentação da Drogaria São Paulo com a aquisição da rede Drogão em 2010. CONCORRÊNCIA A fusão com a Droga Raia é tida como a melhor solução para a Drogasil para expansão imediata e para proteger o mercado paulista das investidas da Pague Menos, forte principalmente no Nordeste. Já a Droga Raia tende a melhorar as margens com a união com a Drogasil. Enquanto esta lucrou R$ 89 milhões no ano passado, a Raia ganhou só R$ 1,7 milhão. Para Sandra Peres, analista da Coinvalores, no entanto, ainda há questões pendentes sobre a união.

“Existem sobreposições expressivas de lojas. Possivelmente existirão duas unidades numa mesma esquina nos grandes centros, o que poderá provocar o fechamento de certas unidades”, diz. Hoje, cerca de 50% do faturamento de ambas as redes está no Estado de São Paulo.

Fonte Folhaonline

Síndrome de Proteus

Essa é uma anomalia da medicina realmente “incrível” (para não dizer assustadora). Trata-se do surgimento de uma grande quantidade de malformações cutâneas e subcutâneas, com hiperpigmentação, malformações vasculares e crescimento irregular dos ossos. Produz-se o gigantismo parcial dos membros ou o crescimento excessivo dos dedos enquanto algumas zonas do corpo crescem menos do que deveriam. Tudo isto provoca uma desfiguração extrema da pessoa que costuma ser socialmente estigmatizada.

A síndrome de Proteus é uma doença congênita extremamente rara: se descreveram cerca de 100 casos em todo mundo, embora acredita-se que existam outros não descritos na literatura. Alguns médicos especialistas defendem que provavelmente seja causado por um gene dominante letal. Outros dizem que se deva a uma recombinação no embrião dando lugar a três tipos de células: Células normais, células de crescimento mínimo e células de crescimento excessivo. O tratamento infelizmente ainda está em fase de pesquisa, não existe uma cirurgia específica para os casos.


Esta doença teria permanecido desconhecida, se não fosse o caso de Joseph Merrick, O homem elefante, foi um caso particularmente grave desta síndrome.


Um outro caso. Uma mulher com Sídrome de Proteus na mão.

Fonte diariodebiologia.com

Anomalias: Epidermodisplasia Verruciforme

Também conhecida como doença do ‘homem-árvore’, EV é uma doença hereditária extremamente rara que leva a formação de verrugas na pele que nunca param de crescer. Ela costuma se manifestar entre um e 20 anos de idade e afeta normalmente as mãos e os pés. O único tratamento conhecido é a remoção cirúrgica das verrugas que voltam a crescer em seguida, o que exige cirurgias freqüentes.

Epidermodisplasia Verruciforme ou doença do 'Homem Árvore', como é popularmente conhecida, é uma doença hereditária extremamente rara que leva a formação de verrugas na pele (principalmente nos pés e nas mãos) que nunca param de crescer.

Dede, como é chamado na Indonésia, é conhecido no mundo todo por ser portador dessa terrível doença.



Em agosto de 2008, Dede foi submetido a uma intervenção cirúrgica para remover 6kg de verrugas de seu corpo.



Mas essas verrugas estão crescendo novamente, e Dede precisa de ajuda para fazer novas cirurgias. Essa doença não tem cura, e para que Dede tenha uma qualidade de vida melhor, é preciso ser submetido a cirurgias anuais (ideal seria duas vezes ao ano).




Dede tem 37 anos, já foi casado e tem dois filhos. A primeira verruga foi percebida em seu joelho quando ele era adolescente. A medida que o tempo foi passando e seu corpo sendo coberto pelas verrugas, muitos problemas na vida de Dede foram aparecendo: Perdeu o emprego, a mulher o abandonou, passou a ser evitado pelos vizinhos e a maioria das atividades normais do dia a dia de um homem, como atender telefone, pescar, trabalhar, etc, ficaram limitadas.

Em um dado momento de sua vida, Dede trabalhou em um circo e dessa maneira conseguiu mobilizar a atenção pública, recebendo doações e ajuda do governo para realizar um tratamento.

Com as doações recebidas, Dede também comprou um terreno onde planta arroz, e comprou um carro usado para que os parentes possam levá-lo ao hospital.

Recentemente a Discovery Channel fez um documentário mostrando as aflições que essa doença causa ao 'Homem árvore', um ser humano vítima de uma doença sem cura, mas que pode ter seu sofrimento amenizado, caso o governo na Indonésia assuma a responsabilidade e forneça assistência necessária ao cidadão Dede.

Em 2007, Dede, da Indonésia, teve quase seis quilos de verrugas removidas e hoje necessita novamente de cirurgia para poder utilizar novamente as próprias mãos (fotos).

Fonte:
Reuter - Indonesia's "tree man" faces new operations
Bizarro - Fatos e Fotos de Anomalias e Comportamentos

Proctalgia Fugaz


De causa desconhecida tem sido associada a um componente psíquico (depressão e ansiedade) e a espasmos dos músculos do períneo chamados elevadores do anus e cólicas decorrentes da contração do intestino grosso detectadas por um exame chamado manometria anorretal realizada na fase aguda da afecção ou durante os episódios de dor.

Alguns autores reforçam uma predisposição genética por encontrarem alterações histológicas ou teciduais em famílias portadoras da proctalgia fugaz. Esta alteração anal tormentosa tem inicio súbito e não tem causa aparente. Pode ocorrer durante o dia, mas e mais freqüente a noite, quando pode perturbar o sono do paciente e acordá-lo bruscamente durante o sono. E descrita como uma sensação extremamente dolorosa, localizada de 5 a 10 cm dentro do reto, semelhante a uma cãibra, torção que persiste por poucos minutos e então desaparece espontaneamente.

O exame de toque não detecta nenhuma anormalidade no canal anal, porem muitos pacientes referem dor ao toque retal, na abertura anal pela contração do músculo esfíncter anal e principalmente no lado esquerdo do reto, para sua melhor compreensão e que este toque e feito no músculo elevador do anus, acima referido, que se encontra espastico, contraído e inflamado( tendinite). O exame endoscópico apresenta-se normal. Para alguns autores a proctalgia e a associação:

- Da Síndrome dos Intestinos Irritável: Nesta síndrome o paciente tem dor abdominal em cólica, estufamento abdominal por gases e dificuldade na eliminação destes gases.


- Mialgia (dor) dos músculos formadores da pelve.

- Espasmo ou contração dos músculos formadores do esfíncter anal.
Incidência:
E mais comum em mulheres entre os 30 e 50 anos, que sofreram cirurgias ginecológicas e nos homens uma historia de inflamação na próstata (prostatite) parece ser um fator predisponente.

Diagnostico, será feito:
- Quadro clinico: Sintomas
- Exames complementares:
Endoscopia retal: Geralmente e normal.
Manometria anorretal: Poderá indicar um aumento da pressão do músculo esfíncter anal.

Critérios diagnósticos para a proctalgia fugas:
1- Dor localizada no anus ou na região inferior do reto, de caráter recorrente
2- Episódios com duração de segundos a minutos e
3- Ausência completa de dor entre os mesmos

Tratamento:
- E inespecífico e visa relaxar a musculatura perineal que determinara o alivio da dor.


- Calor local: Tem ação relaxante.

- Antiinflamatórios e relaxantes musculares.

- Antidepressivos.

- Pomada especifica que relaxa o esfíncter anal.

- Botox: Injeção da toxina no esfíncter anal que determinara também o seu relaxamento.

- Triancinolona com xylocaina: Injetados dentro dos músculos elevadores, nos pontos mais doloridos revelados pelo toque retal, para tratamento da tendinite.

- Serotonina intestinal: Devera ser elevada com medicamentos por via oral para os pacientes que apresentam a Síndrome dos Intestinos Irritável que antigamente era chamada de Colite.

- Exercícios de relaxamento para os músculos perineais: Apresenta bom resultado nos pacientes com antecedente de inflamação prostática e cirurgias perineais.

Cirurgia plástica genital está cada vez mais popular entre as mulheres

Uma nova pesquisa publicada no “International Journal of Obstetrics and Gynaecology” revela que a cirurgia plástica genital é um procedimento médico cada vez mais popular entre as mulheres. Dados do Serviço Nacional de Saúde dos EUA revelam que o número de cirurgias deste tipo aumentou cinco vezes nos últimos 10 anos no território americano.

Este é o primeiro estudo a analisar especificamente as dimensões vaginais das mulheres que procuram a cirurgia cosmética. O estudo observou 33 mulheres que haviam solicitado cirurgia de redução labial vaginal, procedimento que havia sido recomendado pelo médico de clínica geral. A idade média do grupo foi de 23 anos.

Todas as mulheres foram examinadas por um ginecologista e a largura e o comprimento dos pequenos lábios vaginais foram medidos e comparados com os valores considerados mais frequentes entre mulheres.

O estudo descobriu que todas as mulheres que procuram a cirurgia tinham pequenos lábios de tamanho normal, com uma largura média de 26,9 mm (direita) e 24,8 mm (esquerda).

Para apenas três das mulheres havia necessidades de cirurgia para tratar de uma significativa assimetria. Das mulheres para as quais foram recusada a cirurgia, doze (40%) delas ainda permaneciam ansiosas para prosseguir a cirurgia por outros meios, e 11 mulheres aceitaram encaminhamento para um atendimento na área de psicologia. Uma das participantes foi encaminhada a um serviço de saúde mental.

As mulheres foram perguntadas sobre o que gostariam de alcançar com a cirurgia e 20 delas (60%) desejavam ter os lábios vaginais menores para melhorar a aparência. Outras razões incluídas foram: reduzir o desconforto, melhorar a confiança e a vontade de melhorar a relação sexual.

O estudo também analisou quantos anos as mulheres tinham quando começaram a se sentir insatisfeitas com os pequenos lábios vaginais. Vinte e sete mulheres (81%) foram capazes de identificar isso. Destas, cinco mulheres (15%) relataram que desde a idade de 10 anos tinham esta insatisfação; dez (30%) ficaram infelizes com o aspecto estético de suas vaginas entre as idades de 11 anos e 15 anos, cinco (15%) entre 16 e 20 anos, quatro (12%) nos seus 20 e 3 (9%) na casa dos 30 anos.

Razões para este descontentamento incluíram uma autoconsciência crescente da área genital, um desconforto físico, comentários de um parceiro e até assistir programas de TV sobre cirurgia genital cosmética.

Sarah Creighton e Elizabeth Garrett Anderson, do Instituto de Saúde da Mulher, comentaram os resultados da pesquisa:

- É surpreendente que todas as participantes do estudo tinham pequenos lábios vaginais de tamanho normal e, apesar disso, quase metade ainda estava ansiosa para prosseguir a cirurgia como uma opção.
Uma preocupação específica do estudo é a idade de algumas das pacientes encaminhadas para cirurgia, sendo uma tão jovem que tinha apenas 11 anos. O desenvolvimento da genitália externa continua ao longo da adolescência e, em particular dos pequenos lábios, que podem se desenvolver de forma assimétrica, inicialmente e tornarem-se mais simétricos com o tempo.

O editor-chefe adjunto do blog do “International Journal of Obstetrics and Gynaecology”, Pierre Martin-Hirsch, acrescentou:

- Muitas mulheres que estão preocupadas em fazer cirurgia plástica vaginal podem ter pequenos lábios de tamanho normal. Uma orientação clara e específica dos médicos é necessária para a operação.

Fonte O Globo

Exposição acidental a quimioterápicos atinge 17% dos enfermeiros da oncologia

Pesquisadores enfatizam importância de implementar medidas de segurança para enfermeiros que lidam com drogas altamente tóxicas

Quase 17% dos enfermeiros que trabalham em centros ambulatoriais de infusão de quimioterapia afirmam terem sido expostos, na pele ou nos olhos, às drogas tóxicas que administram. A pesquisa foi feita pelo University of Michigan Comprehensive Cancer Center com 1.339 enfermeiros que não trabalham em unidades de internação. Atualmente, 84% dos procedimentos de quimioterapia são feitos em regime ambulatorial, em grande parte pelos enfermeiros.

“Qualquer exposição não intencional da pele ou dos olhos pode ser tão perigosa como uma picada de agulha. Minimizamos os incidentes com picadas de agulha. Eles são eventos raros e que provocam uma resposta robusta dos administradores. As enfermeiras vão imediatamente para avaliação e tratamento profilático. Mas não temos o mesmo procedimento para a exposição à quimioterapia”, disse o principal autor do estudo, Christopher Friese, professor da escola de enfermagem da universidade.

Orientações de segurança para a quimioterapia e administração das drogas têm sido emitidas por organizações como o National Institute for Occupational Safety and Health. Mas estas orientações não são obrigatórias. As diretrizes incluem recomendações para a utilização de batas, luvas e outros equipamentos de proteção quando manusear drogas quimioterápicas.

Os autores do estudo descobriram que as práticas que envolvem mais pessoas e recursos relataram menos exposições. Além disso, as práticas em que dois ou mais enfermeiros eram obrigados a verificar as ordens de quimioterapia tiveram menos exposição. “Esta pesquisa mostra que compensa prestar atenção à carga de trabalho, à saúde de uma organização e à qualidade das condições de trabalho. Isso não diz respeito apenas à satisfação no trabalho. É provável que diminua estes riscos ocupacionais”, diz Friese.

Ao contrário das agulhas, quando um vírus específico está envolvido e tratamentos preventivos podem ser feitos, é mais difícil relacionar a exposição à quimioterapia a um efeito direto sobre a saúde. Assim, é mais complicado para os sistemas de saúde responder a estes incidentes. A exposição acidental à quimioterápicos pode afetar o sistema nervoso, prejudicar o sistema reprodutivo e levar a um risco futuro de câncer de sangue.

Fonte Isaude

Projeto melhora qualidade de atenção hospitalar, salva vidas e diminui infecções

Programa proposto pela Johns Hopkins University está sendo testado com sucesso em hospitais do estado de Michigan (EUA)

Um programa de melhoria da qualidade implantado em hospitais tem salvado vidas e reduzido drasticamente infecções na corrente sanguínea recorrentes em unidades de tratamento intensivo hospitalares em todo o estado de Michigan, nos Estados Unidos. A medida também tem poupado aos cofres dos hospitais uma média de US $ 1,1 milhões por ano. É o que indica uma nova pesquisa da Johns Hopkins University, publicada na última edição do American Journal of Quality Medical.

A criação de políticas que buscam maneiras de cortar custos dos cuidados de saúde também traz resultados significativos para a redução de danos evitáveis, ??com benefícios tanto para o paciente quanto para o hospital.

“Nós já sabíamos que o projeto Michigan salvaria vidas e reduziria infecções. Agora sabemos que, com a prevenção das infecções, os hospitais pouparão muito dinheiro”, disse o líder do estudo, Peter J. Pronovost, diretor do Armstrong Institute for Patient Safety and Quality, ligado à Johns Hopkins University.

A pesquisa mostrou que cada infecção da corrente sanguínea associada aos tubos plásticos usados para administrar medicamentos ou fluidos em pacientes de UTI custam, em Michigan, uma média de US$ 36,5 mil. A implementação de um programa de segurança custou aproximadamente US$ 3,375 por infecção evitada entre 2003 e 2005. O gasto para colocar o programa em prática foi de aproximadamente US$ 161 mil por hospital.

O programa de Michigan, desenvolvido na Johns Hopkins University, também inclui uma checklist a ser seguido por médicos e enfermeiros na colocação do cateter com cinco etapas básicas que começam pela higienização das mãos antes de coloca-lo na região da virilha, onde as taxas de infecção são mais elevadas. Junto com o checklist, o programa promove uma “cultura de segurança”, com instruções para identificar e evitar problemas nessa área, além de implementação de soluções, melhorias e capacitação profissional.

” O dinheiro arrecadado a partir da economia com cuidados de saúde decorrentes dessa iniciativa, vai para seguradoras que serão poupadas de custos relacionados a essas infecções. Estratégias para melhorar a qualidade devem estar na vanguarda de esforços para cortar custos com cuidados de saúde. A redução de danos evitáveis ??pode ser o melhor caminho para economizar dinheiro e, consequentemente, melhorar o atendimento em hospitais” , diz o pesquisador.

Fonte Isaude

Ortopedistas descobrem erro genético que causa síndrome do homem elefante

Estudo vai ajudar no diagnóstico e tratamento da doença, caracterizada pelo crescimento desproporcional do tecido ósseo

Cirurgiões ortopedistas do Children’ s National Medical Center, nos Estados Unidos, identificaram a mutação genética causadora da Síndrome de Proteus, doença rara em que o tecido ósseo cresce fora de proporção. O estudo, liderado por pesquisadores do National Human Genome Research Institute (NHGRI), pode ter implicações tanto na identificação quanto no tratamento da condição, bem como para certos tipos de câncer.

A equipe de pesquisa descobriu que uma mutação pontual – um erro simples no código genético do DNA – no gene AKT1 ativa o crescimento do tecido associado à síndrome. Esta mutação genética é quase sempre detectável em amostras de sangue simples, tornando necessária a coleta de tecidos profundos, como ossos, cartilagem e placas de crescimento, enquanto os pacientes são submetidos aos procedimentos cirúrgicos necessários. “Síndrome de Proteus é uma doença extremamente rara, fazer a coleta de tecidos para a amostra exige muito cuidado”, disse a pesquisadora Laura L. Tosi.

A variante do gene que desencadeia a doença ocorre espontaneamente em indivíduos afetados durante o desenvolvimento embrionário, mas os sintomas só aparecem nos primeiros dois anos de vida. Esta mutação na AKT1 altera a capacidade das células afetadas de regular o próprio crescimento, levando ao crescimento anormal de algumas partes do corpo.

O diagnóstico clínico geralmente é baseado na observação das características do paciente, que incluem crescimento excessivo de alguns membros, lesões cutâneas e espessamento da sola dos pés. Um caso bem conhecido da Síndrome de Proteus ganhou atenção em 1980 com o filme “O Homem Elefante”, que conta a história de um londrino, chamado Joseph Merrick, que viveu no século XIX.

O presidente do Children’ s National, Kurt D. Newman, acredita que a cirurgia pode ser menos dolorosa e mais precisa em pacientes pediátricos, especialmente aqueles que requerem múltiplas cirurgias e um longo tratamento, como no caso da Síndrome de Proteus. ” Este estudo tem o objetivo de identificar a causa dessa síndrome para que tratamentos eficazes sejam desenvolvidos o mais rápido possível” , disse.

Fonte Biotec

Mecanismo de ativação das proteínas G aponta caminho para remédios mais eficazes

Embora a estrutura das proteínas seja conhecida há quase 20 anos, só agora foi desvendado como elas são acionadas pelos receptores

Ver, cheirar ou provar, responder ao perigo com um coração disparado, focar a mente ou sentir alegria – todas estas ações requerem os interruptores intracelulares conhecidos como proteínas G. Embora a estrutura destas proteínas tenha sido descoberta há quase 20 anos, a forma exata como são “acionadas” pelos receptores acoplados a elas permaneceu um mistério até agora.

A descoberta de um mecanismo que pode ser essencial para cada via ativada de proteína G sugere que estas estruturas proteicas podem ser um alvo para novas drogas mais eficazes segundo a professora de farmacologia Heidi Hamm.

Hormônios, neurotransmissores e mais da metade de todas as drogas no mercado realizam proezas fisiológicas se conectando e ativando receptores ligados à proteína G (GPCRs).

Uma vez que o sinal é recebido, o receptor muda de forma, permitindo que eles se liguem e ativem as proteínas G dentro da célula. Isso aciona as proteínas G e desencadeia um fluxo de eventos terminando com o coração palpitando ou com a sensação de um cheiro doce.

Como os GPCRs ativam múltiplas vias sinalizadoras de proteína G, as drogas que atuam sobre estes receptores encobertos por uma membrana são mais agressivos que o necessário. Atacar as vias ativadas pela proteína G dentro da célula poderia levar a novas classes de drogas semelhantes ao laser com menos efeitos colaterais.

As proteínas G são compostas por três subunidades, alfa, beta e gama, e são nomeadas de acordo com as moléculas que transferem energia que elas carregam – difosfato de guanosina (GDP) e guanosina trifosfato (GTP).

Em seu estado inativo, a proteína G carrega GDP. Mas, quando ativada por seu receptor, a sub-unidade “Galpha” descarta o GDP de baixa energia de carga em favor de uma molécula e GDP de maior energia, e se separa das subunidades beta/gama.

Os pesquisadores sabiam que quando uma proteína G chamada transducina se liga ao receptor (rodopsina) sensível à luz e é ativada por ele, em bastonetes da retina, isso provoca uma cascata de eventos que permite a visão com pouca luz ou à noite. Mas como exatamente a ativação acontece?

Em 2006, usando SDSL junto com espectroscopia por ressonância dupla elétron-elétron (DEER), os pesquisadores identificaram o local da ativação de uma região crítica da subunidade Galpha.

No último estudo, eles combinaram a DEER, análise bioquímica e modelagem molecular de última geração para medir a distância entre dois “domínios”, ou cadeias de aminoácidos, da subunidade Galpha – antes e após a ativação.

Eles descobriram que os domínios balançam bem separados após a ativação, permitindo a liberação da molécula de GDP – um passo crucial na transmissão do sinal visual.

“A mudança estrutural não é somente de grande porte, mas, aparentemente, existe um alto grau de flexibilidade molecular no complexo. Isso é inesperado de acordo com o pensamento convencional da ciência da proteína, e é algo que não pode ser diretamente observado em estruturas cristalinas. É muito provável que essa flexibilidade passe a ser importante para a função”, disse Hubbell, que é professor de oftalmologia, química e bioquímica na Universidade da Califórnia.

Para confirmar a importância da mudança conformacional, Hamm e seus colegas mostraram que poderiam bloquear a ativação da proteína G através da inserção de cross-links químicos ou “tiras” que impedissem a separação dos domínios.

Fonte Isaude

Entenda nova técnica de fertilização usada no nascimento de bebê no RJ

Sete mulheres já estão grávidas com novo método na cidade de Campos. Mais barato, procedimento requer o uso de menos remédios

O Invo é um método de reprodução assistida que promete baratear os custos e trazer vantagens também em relação à eficácia do tratamento. Campos, no Norte do estado do Rio de Janeiro, aplica a técnica na rede pública e anunciou na última terça-feira (23) o nascimento de Maria Vitória como o primeiro fruto da novidade no Brasil. No mesmo município, outras sete mulheres ficaram grávidas com o mesmo processo.

Francisco Augusto Colucci explicou ao G1 quais são, no seu ponto de vista, as vantagens da técnica. Ele é coordenador do Hospital Escola Álvaro Alvim, onde foi feito o tratamento de Claudia de Souza da Hora, mãe de Maria Vitória.

“O objetivo da fertilização é promover o encontro dos gametas, que são o óvulo e o espermatozoide”, explicou o médico, falando da reprodução assistida como um todo. Na versão tradicional da inseminação artificial, “esse encontro é feito em laboratório, numa placa, depois vai para uma incubadora que mimetiza [imita] as condições do corpo humano”. Essas condições que a incubadora tenta reproduzir são, principalmente, a temperatura e os gases presentes no corpo da mulher.

No Invo, o óvulo e o espermatozoide são guardados em uma cápsula que é colocada dentro da vagina. Presa por um diafragma comum, ela fica ali por três dias. Dessa forma, a fertilização acontece dentro do corpo da mulher. Para Colucci, é um processo “mais natural”, que traz também benefícios para o aspecto psicológico da mulher.

Como o processo aproveita as condições do corpo da mulher, ideais para a fertilização, o risco de falhas diminui. Segundo o médico, são usados menos remédios que na inseminação tradicional, e faz com que os custos caiam. Não usar a incubadora também contribui para baixar o preço.

Disponibilidade
Como o Sistema Único de Saúde (SUS) tem organização e gestão descentralizadas, é difícil saber onde o tratamento está disponível gratuitamente. De um modo geral, ele informa que “procedimentos relativos à reprodução humana assistida já são oferecidos no SUS, por meio de serviços públicos (normalmente hospitais universitários) e hospitais conveniados”.

O SUS afirma ainda que “cabe às secretarias estaduais e municipais definirem sua rede de serviços e assistência à população”. No caso de Campos, a Secretaria de Saúde do município disse ao G1 que o tratamento foi oferecido com verbas próprias.

Casais residentes no município que tiverem interesse no tratamento devem procurar a Secretaria Municipal de Saúde. Eles passarão por uma triagem médica e psicológica antes de iniciarem o tratamento.

Fonte G1

Filipinas: Curandeiros suprem falta de médicos




Os curandeiros tradicionais filipinos, que empregam as mesmas técnicas desde os tempos pré-hispânicos, são uma espécie de médicos da família dos mais pobres, incapazes de pagar por uma consulta e remédios.

Humor - Crise na saúde

Impulsividade é fator de risco para obesidade, aponta estudo

Um estudo publicado pela American Psychological Association indica que traços de personalidade como instabilidade emocional e meticulosidade estão mais presentes em pessoas com sobrepeso, sugerindo que a impulsividade é fator de risco para obesidade. Entre os participantes do estudo, os apontados como mais impulsivos pesavam quase 10 kg a mais em comparação aos outros.
Os pesquisadores do Instituto Americano de Envelhecimento usaram dados de uma pesquisa longitudinal – realizada com um mesmo grupo durante um longo período – que reuniu quase 2 mil pessoas, para determinar como os traços da personalidade estavam associados ao ganho de peso e índice de massa corporal (IMC).

Todos foram avaliados com base no big five, que são os cinco amplos domínios ou dimensões da personalidade usados ​​para descrever a personalidade humana: instabilidade emocional (neuroticism), extroversão (extraversion), amabilidade (agreeableness), meticulosidade (conscientiousness) e abertura para o novo (openness to experience), bem como nas 30 subcategorias destes traços de personalidade. Os participantes foram pesados e medidos durante os 50 anos de estudo, o que resultou num total de 14.531 avaliações.

De acordo com os resultados, a impulsividade era o maior preditor de sobrepeso. Aqueles que estavam entre os 10% mais impulsivos pesavam cerca de 10 kg a mais do que os demais participantes. “Pessoas com traços de instabilidade emocional e meticulosidade tendem a ceder às tentações e não ter disciplina. Para manter um peso adequado, é necessário ter uma dieta saudável e praticar regularmente atividades físicas, sendo que para isso é necessário compromisso e moderação. E isso pode ser difícil para indivíduos impulsivos”, diz a autora do estudo Angelina Sutin.

Impulsividade, agressividade e risco: traços de quem tem maior propensão a comer mais
Sutin explica que estudos anteriores já apontavam que indivíduos impulsivos são mais propensos à compulsão alimentar e de consumo de álcool. “Esses padrões também podem contribuir para o ganho de peso ao longo do tempo”, diz.

Outros resultados mostram que além dos impulsivos, também ganharam mais peso aqueles que gostam de correr riscos e os que são antagônicos – especialmente os apontados como cínicos, competitivos e agressivos.

“Além dos traços de personalidade, o ganho de peso é complexo e, provavelmente, inclui mecanismos fisiológicos, além dos fatores comportamentais”, diz Angelina. “Esperamos que entendendo mais claramente a relação entre a personalidade e a obesidade seja possível desenvolver tratamentos personalizados. Por exemplo, exercícios físicos feitos em grupo devem ser mais eficazes para os extrovertidos do que para os introvertidos”, finaliza.

Fonte Band

Medo do escuro: alteração na luz pode levar ao medo patológico

O medo é considerado um mecanismo natural de sobrevivência. Tanto o ser humano como outros animais aprendem por meio de experiências que este sentimento pode proteger do perigo. Já o medo patológico se difere por não ter causa objetiva e provocar uma aflição desmedida. Pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos EUA, realizaram um estudo em que apontam que a luminosidade pode influenciar o medo e a ansiedade.
“A luz tem efeitos profundos sobre o comportamento e a fisiologia. Ela desempenha um importante papel na modulação da frequência cardíaca, do ritmo circadiano, da digestão, do humor e de outros processos do corpo”, diz o psicólogo Brian Wiltgen, autor do estudo.

Segundo o biólogo Ignacio Provencio, o foco deste estudo foi a modulação do medo condicionado pela luz do ambiente. “O medo patológico é desencadeador de transtornos e fobias, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobias específicas e transtorno de estresse pós-traumático. Entender como a luz regula o medo pode ser útil no desenvolvimento de terapias específicas”, diz.

Medo aprendido e alteração na luz
Para entender os efeitos da luminosidade sobre o medo, Brian, Provencio e Daniel Warthen usaram um método comum para induzir o medo em modelos animais. Eles condicionaram ratos de laboratório a um ruído seguido de um choque elétrico leve. Logo os animais associaram o som ao choque e reagiam da mesma forma como reagiriam ao ataque de um predador, ficando imóveis.

Em seguida, os pesquisadores passaram a modular a intensidade de luz e constataram que, quanto mais iluminado, maior era a reação dos animais ao som, em comparação a quando o ambiente estava mais escuro. “Os ratos são animais noturnos. Faz sentido que sintam mais medo em ambientes mais iluminados, uma vez que desta forma serão mais facilmente identificados por seus predadores. Então, não significa que a luz aumente o medo, mas aumenta o medo ‘aprendido’ – o que pode ser semelhante a uma pessoa que ‘aprende’ a ter medo do escuro”, explica.

Olhos e cérebro
O teste foi realizado novamente, mas desta vez em dois modelos animais modificados. De acordo com os autores, o olho tem dois caminhos que começam na retina e terminam no cérebro: os cones e bastonetes, responsáveis pela visão noturna; e as células ganglionares que compõem a melanopsina, responsável por detectar os níveis de luz ambiente – em outras palavras, permitem ao cérebro detectar se é dia ou noite e funciona independentemente da visão. “Os dois caminhos têm conexões com os circuitos emocionais do cérebro”, diz.

Para avaliar qual dos caminhos controla o efeito de luz sobre o medo, de um dos ratos de laboratório foram retirados os cones e bastonetes, mas se manteve a melanopsina, e do outro foram retiradas as células ganglionares, mas foram mantidos os cones e bastonetes.

Induzindo os modelos animais aos dois tipos de reações de medo, eles constataram que o caminho de formação da imagem dos cones e bastonetes teve efeito sobre a modulação do medo.

“As implicações deste estudo em seres humanos é: mesmo durante o dia, a ausência de luz pode ser uma fonte de medo. Mas o aumento da luz pode ser usado para reduzir o medo e a ansiedade e para tratar a depressão. Se podemos vir a compreender os mecanismos celulares que afetam este, então, eventualmente, a ansiedade e o medo patológico podem ser tratados com fármacos para imitar ou aumentar a terapia da luz”, finaliza.

Fonte Band

A influência da ansiedade no desempenho sexual

256328 8783 300x224 A influência da ansiedade no desempenho sexual  A ansiedade é uma característica do ser humano. Geralmente antecede momentos de perigo real ou imaginário, seguidos de sensações de mal-estar como vazio no estômago, batimentos cardíacos acelerados, medo intenso, aperto no tórax, sudorese. Em excesso – seja por intensidade ou frequência – pode acarretar inúmeros problemas, entre eles a “ansiedade de desempenho” (AD).
“A ansiedade de desempenho ocorre quando uma pessoa tem uma série de receios como ser criticada, de ser vista e julgada pelo seu comportamento. São geralmente pessoas com baixa auto-estima e que têm muito medo do julgamento dos outros”, explica a psicóloga Liliana Seger, especialista em sexualidade e pesquisadora ligada ao Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (PRO-AMITI) do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP .

Um dos campos em que a AD se manifesta mais comumente é o sexual. Neste caso, o paciente acredita que não vai conseguir corresponder às expectativas ou tende a supervalorizar a parceira. “Na verdade, a maioria das disfunções sexuais é causada ou agravada pela ansiedade. Uma das causas da ejaculação precoce é a “ansiedade de desempenho sexual” (ADS)” diz Liliana.

A pressa como inimiga
As causas da ADS são diversas, mas a pressa – seja no dia a dia, seja na cama – é a principal. “Em algumas cidades pequenas, como acontecia antigamente, os meninos iniciam sua vida sexual com prostitutas que, em geral, mandam ‘ir rápido’. E eles, com receio, ansiedade, medo de falhar e serem julgados, fazem tudo rapidamente. Adolescentes que transam escondidos dos adultos também podem ter o início da ejaculação precoce nessas circunstâncias”, explica.

Entre as mulheres, as consequências não se apresentam de forma evidente. Nelas, o principal efeito da ansiedade é a incapacidade de sentir prazer, levando a uma anorgasmia (dificuldade de ter orgasmo). “Quando a pessoa tem um parceiro, muitas vezes isso é percebido na relação. Quando não há parceiro fixo, geralmente não se fala nada, por ficar sem graça. Em casos de dúvida, um psicólogo especialista em terapia sexual pode fazer esse diagnóstico de forma clara”.

Feito o diagnóstico, o tratamento indicado é a terapia sexual individual e, às vezes, de casal, realizada por psicólogo especializado. Segundo Liliana, o paciente pode se recuperar completamente.

“O tratamento é voltado para a ansiedade como um todo e também para a de desempenho sexual. A dessensibilização e avaliação dos pensamentos são feitas para que o paciente entenda como e quando a ansiedade ocorre e, assim, aprender a lidar nessas situações”, diz. “Não se deve esquecer que atualmente fazer as coisas de forma rápida é geralmente visto como algo positivo e nem sempre isso é verdade, principalmente em relação à sexualidade”, finaliza Liliana.

Fonte Band

Comer ovo faz bem para a saúde?

1348516 32316372 300x199 Comer ovo faz bem para a saúde?  O ovo é um daqueles alimentos que geram controvérsia. Afinal, seu consumo é uma opção saudável ou uma armadilha de alto colesterol? De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, a resposta depende da qualidade da ração que a galinha come.
“Os ovos não são todos iguais”, diz a autora do estudo, Niva Shapira. De acordo com sua pesquisa, quando as galinhas são alimentadas com uma dieta baixa em ácidos graxos ômega-6 (soja, milho, girassol) e alta em antioxidantes como trigo, cevada e sorgo, elas produzem ovos que podem causar menos danos para a saúde humana. “A alimentação dos animais determina o impacto fisiológico do produto final em sua mesa”.

Oxidação do colesterol
Ovos ricos em ômega-6 aumentam a tendência do colesterol para oxidar, e como resultado, ele se deposita nas paredes das artérias. De acordo com os resultados do estudo, os ovos de galinhas que mantêm uma alimentação saudável podem diminuir a oxidação do LDL (o “colesterol ruim”) do corpo, ou seja, contribuiriam para menos problemas de saúde .

“Ovos mais saudáveis costumam custar mais caro”, diz Shapira. O preço da ração varia de região para região. Mas é comum que aquela rica em ômega-6 – como milho, soja e seus óleos – seja mais barata e, por isso, mais procurada pelos produtores.

Para avaliar os efeitos de uma alimentação saudável na composição do ovo, a autora e sua equipe desenvolveram uma dieta rica em antioxidantes e baixa em ácidos graxos, baseada em trigo, cevada e sorgo.

Qualidade e melhora na saúde
A ração melhor equilibrada foi oferecida a animais jovens que ainda não haviam acumulado os ácidos graxos em seus tecidos. Quando a composição dos ovos atingiu a desejada, os pesquisadores reuniram três grupos de voluntários. Uma parte iria comer dois desses ovos “mais saudáveis” diariamente durante uma semana, outra comeria dois dos ovos comuns durante o mesmo período e a terceira comeria no máximo quatro ovos comuns durante uma semana.

E os resultados foram bem diferentes. O grupo que consumiu dois ovos ricos em antioxidantes – ou mais saudáveis – diariamente apresentaram níveis de oxidação do LDL semelhantes ao grupo que comeu os quatro ovos comuns no período de uma semana. Já entre o grupo que consumiu dois ovos comuns por dia, houve um aumento de 40% de oxidabilidade LDL entre os participantes.

“Os resultados mostram que com os ovos ‘saudáveis’ é possível comer mais sem que LDL oxide e comprometa a saúde das pessoas”, diz Shapira.

Exigir um melhor produto
Para a autora, a população deve exigir dos grandes produtores a agricultura orientada para a saúde. “O foco não pode ser apenas o custo, mas as consequências para a saúde da população. Para que produzam alimentos saudáveis, os produtores precisam de apoio das autoridades locais e também que a sensibilização por parte dos consumidores cresça para que o acesso a produtos de qualidade seja ampliado”, aponta.

“Este estudo mostra que os consumidores devem tomar cuidado com pesquisas que tiram uma conclusão única sobre o valor da saúde dos alimentos, porque os resultados podem ter relação direta com a forma com que eles são produzidos – como no caso dos ovos. Na Europa, o milho e a soja são menos utilizados na alimentação dos frangos, enquanto na América do Norte, estes dois ingredientes constituem grande parte da ração das galinhas”, finaliza.

Fonte Band

Transtorno alimentar impacta função cerebral relacionada à sensação de prazer e motivação, aponta estudo

194879 3319 300x225 Transtorno alimentar impacta função cerebral relacionada à sensação de prazer e motivação, aponta estudo  A bulimia nervosa é um transtorno alimentar associado a episódios de compulsão alimentar seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios em excesso, vômito induzido, laxantes ou diuréticos. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA, aponta que estes episódios extremos podem afetar a produção de dopamina – substância relacionada com o prazer – no cérebro.
Um estudo anterior com modelos animais mostrou que a compulsão alimentar altera a produção de dopamina pelo cérebro.

A dopamina é um importante neurotransmissor, produzido por um grupo de células nervosas que atuam no cérebro promovendo, entre outros efeitos, as sensações de prazer e de motivação.

Neste, participaram um grupo de mulheres saudáveis e um grupo de pacientes com bulimia. Todas foram submetidas a exames de ressonância magnética funcional enquanto passavam por testes a estímulos visuais condicionantes e incondicionantes ao paladar e à interrupção deste estímulo. Todas também responderam a questionários.

Os resultados mostram que as mulheres com bulimia têm uma resposta fraca a regiões do cérebro que fazem parte deste circuito de recompensa. Essa resposta está relacionada com a frequência dos episódios de binge – compulsão alimentar – e expurgo: quanto mais episódios, menor a sensação de recompensa que elas sentem nos atos do dia a dia.

“Isso sugere que o transtorno alimentar afeta diretamente a função cerebral”, diz Guido Frank, professor do departamento de Psiquiatria e Neurociência da Universidade e autor do estudo. No entanto, a pesquisa não permitiu verificar se estas alterações voltam ao normal com a recuperação da paciente ou não. “Outro ponto é o de que a dopamina poderia ser foco no tratamento da bulimia nervosa, com uso de medicações específicas”, finaliza.

Fonte Band

Site de compra coletiva é proibido de vender drenagem linfática

A venda de pacotes de serviços de fisioterapia e terapia ocupacional por meio de sites de compra coletiva foi proibida, de acordo com uma resolução do Coffito (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) publicada nesta quarta-feira no "Diário Oficial da União".

Entre os tipos mais comuns de tratamentos oferecidos pelos sites, estão a drenagem linfática, radiofrequência e aplicação de Manthus.

Segundo Roberto Cepeda, presidente do Coffito, a comercialização desses pacotes sem diagnóstico pode pôr em risco a saúde dos pacientes.

"O profissional tem de fazer uma primeira avaliação e só depois indicar um procedimento. Com a venda pelos sites, isso é ignorado", afirmou.

A fiscalização será realizada pelos conselhos regionais de fisioterapia e terapia ocupacional e por meio de denúncias. A punição para quem desrespeitar a resolução vai de advertência até a suspensão do exercício profissional.

O presidente do Coffito afirmou que não houve nenhum caso de morte ou problema de saúde grave por conta da venda indiscriminada desses serviços, mas que a ideia é "trabalhar preventivamente".

Os sites de compra coletiva também oferecem serviços odontológicos.

A Folha procurou o Peixe Urbano e o Groupon, dois dos maiores sites de compra coletiva do país, que já venderam esses serviços, mas ainda não obteve resposta.

Fonte Folhaonline

A banalidade da ansiedade



São Paulo é ansiedade. Sobretudo. A todo instante. Não é fácil. Desgasta. Desde o instante em que você pula da cama, em cima da hora e se mete no banho meio estremunhado. Café, correria. Para pegar o trem, o ônibus, o metrô. Tentando escapar do aperto maior. Entra no carro. Para pegar o congestionamento menor. Olho na rua, olho no rádio para não ver a demora do semáforo. Ouvindo aquele lote de notícias frustrantes: outro caixa eletrônico, outro atropelamento na faixa, outro desvio de dinheiro. Faz mal.

Tem o medo, os prazeres, a solidão, a comida, o recreio, o dinheiro, o receio de não chegar lá. Mas, o inafastável é a ansiedade. Pensar sempre no que está por vir. Adiante. Nunca estar no aqui e agora. A cabeça está lá na frente, pensando no futuro. Próximo. Com boa dose de angústia. Pelo bem e pelo mal.

Até deitar para dormir a ansiedade é presente. Vou respirar material particulado que entrou pela janela e ficou no quarto em suspensão? Alguns não dormem, outros acordam no meio da noite, e outros tantos muito cedo. Antes da hora. Porque precisa começar um novo dia repleto de ansiedade.

E a tecnologia "da muita informação e pouca reflexão" acelera a ansiedade. O celular. Que tomou para si quase todos os olhares da cidade. Todo mundo mudo. De olho no celular.

Outro dia, quer dizer um fim de tarde de domingo, no Café Nespresso, entra um casal. Jovem, alegre. Sentam-se, recebem o cardápio, trocam duas palavras, fazem o pedido. Foi a última palavra entre eles. Cada um pegou seu celular e lá ficou. Vendo e-mails, mexendo nos jogos. Não se falaram por muito tempo. Quando conversaram, já era hora de sair.

Por isso a reação possível é ir em direção oposta. Ter tempo, valorizar o tempo. Cultivar atividades que imponham menos correria, menos pressa e menos angústia.

Ter uma infraestrutura cicloviária não é só para andar de bicicleta. É para dar outro ritmo ao deslocamento. Carro com bicicleta também anda mais devagar (carro com moto é pressa). Serve para permitir, ver a cidade. Seu lado bom. Ver a cidade que construímos.

Não cair na esparrela de falar só sobre que não deu certo, falar dos defeitos, viver no problema.

Ter como meta ser a capital do conhecimento vai nos levar a uma série de atividades, da leitura de bons longos livros à curtição de dar aula para o próprio filho sobre algo que ele quer aprender. Ou sobre a cidade mesmo. Poucas escolas ensinam a história de São Paulo. A história da origem dos times de futebol da cidade. A história de operários, de uma classe C que emergiu. Antes dessa de hoje.

Eleger o pedestre como prioridade é eleger nós mesmos a donos da cidade.Calçada arrumada, velocidade moderada no carro, parar na esquina para falar com algum vizinho.

Alguém já disse que viver numa cidade é poder andar nela. Usufruí-la.A questão é virar hábito. Antes, para sair da ansiedade e ter o hábito de usufruir a cidade, com calma, com prazer, é preciso ter obsessão.

Certas obsessões constroem. Construir uma nova cidade é querer. Não só querer, é virar sonho. Levantar de manhã correndo para São Paulo ficar do jeito que queremos é um bom motivo para sair da cama. Mesmo no frio, mesmo no feriado.

Ter obsessão por não viver obcecado pela ansiedade. É preciso de um remédio prático: ter metas inegociáveis. Ter uma filosofia de cidade, uma ideologia de libertação dessa ansiedade que nos oprime. É ir num café e conseguir conversar. Devagar. Bebendo em comemoração às nossas conquistas, na cidade.Ter calma, a certeza que estamos trabalhando exatamente no que vai fazer o dia seguinte ser melhor.

Um pouco de poesia, um pouco de engenharia. Sem pressa, com convicção do que estamos construindo.

Fonte Folhaonline

Farmacêutico sugere troca de remédio de marca por genérico

Estudo da ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) revela que 86% dos brasileiros já tiveram um medicamento de marca substituído por genérico por sugestão do farmacêutico.

A entidade ouviu 690 pessoas e 119 médicos em todas as regiões do país.

O levantamento também mostra que, apesar de os genéricos existirem há 11 anos no país, quase metade dos médicos desconfia da sua qualidade e segurança.

Na pesquisa, 45% dos profissionais disseram acreditar que o processo de avaliação e controle de qualidade é menos exigente do que o que ocorre com os medicamentos de marca, e 44% acreditam que esses remédios sofrem mais falsificações.

Entre um terço e um quarto desses profissionais diz que não concorda com a ideia de os genéricos serem tão eficazes (30%), nem de terem a mesma segurança (23%) que os remédios de referência.

Quase metade dos médicos (42%) afirma não ter o hábito de prescrever genérico.

Ainda assim, a maior parte deles (92%) relatou ter prescrito genéricos nos últimos 12 meses para reduzir o custo do tratamento ou a pedido do paciente.

Não há evidências científicas de que os genéricos tenham efeito menos eficaz que o dos remédios de marca.

CONSUMIDOR
A percepção da população, no entanto, é positiva. Para 83% das pessoas ouvidas no estudo, os genéricos são tão eficazes quanto os medicamentos de referência. E, para 80% delas, apresentam inclusive a mesma segurança.

A opinião dos entrevistados não mudou quando perguntados se fariam uso dos genéricos para tratamento de doenças de diferentes tipos de gravidade.

Só 8% dos consumidores afirmam que consumir medicamentos genéricos é arriscado. Cerca de 90% dos entrevistados afirmaram também que é fácil encontrar os genéricos nas farmácias.

Hoje, os genéricos representam 21% das vendas (em unidades) de medicamentos no país.

Os dados do trabalho foram apresentados ontem durante seminário internacional em São Paulo.

ORIENTAÇÃO
Para Maria Inês Dolci, coordenadora do ProTeste e colunista da Folha, são necessárias mais campanhas de orientação para os profissionais de saúde e a população.

Segundo ela, a pesquisa chama a atenção para a grande influência exercida pelos farmacêuticos na hora da venda dos medicamentos ao paciente.

"É preciso ter a garantia de que quem está sugerindo um outro remédio é um farmacêutico qualificado, e não um balconista."

A ProTeste também encaminhou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pedido para criação de programa de controle para aumentar o grau de segurança dos genéricos.

Segundo Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, pesquisas comprovam a segurança e a eficácia dos genéricos.


editoria de Arte/Folhapress


Fonte Folhaonline

Anvisa vai regulamentar acesso a remédios que ainda estão em estudo

Justiça. O pedreiro Ronaldo participou de um estudo clínico, mas teve de recorrer à Justiça para continuar recebendo a droga - Neco Varella/AE
Justiça. O pedreiro Ronaldo participou de um estudo clínico, mas teve de recorrer à Justiça para continuar recebendo a droga

Especialistas questionam medida, destacando o risco a que estão expostos os pacientes que usam drogas experimentais; outro ponto polêmico é artigo que atribui aos médicos a responsabilidade pela assistência integral ao paciente se ocorrer efeito colateral

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai regulamentar o acesso a drogas que ainda estão em testes. Para isso, quer garantir que voluntários de pesquisa continuem recebendo o remédio por toda a vida depois do fim do estudo, independentemente de a pesquisa ser para doenças crônicas, raras ou terminais.  

Atualmente, a resolução n.º 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde exige que o patrocinador de um estudo clínico ofereça a medicação para o voluntário pelo resto da vida ou enquanto ele necessitar. Mas, na prática, isso nem sempre acontece.

Segundo dados da Anvisa, entre 2008 e 2010, apenas 109 pacientes foram beneficiados com a doação após o estudo. Mas, só no ano passado, foram registrados 315 novas pesquisas clínicas no Brasil - cada uma, em geral, envolve 1,5 mil pessoas.

O pedreiro Ronaldo (nome fictício) é um desses pacientes. Ele foi voluntário de uma pesquisa e precisou recorrer à Justiça para garantir o acesso à droga (mais informações nesta página).

Ponto crítico. Segundo Vitor Harada, diretor-presidente da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro), o ponto mais complicado da proposta é a garantia do acesso à droga após o fim do estudo.

"Nem sempre você comprova a eficácia de uma medicação com um estudo só. E não podemos expor esse paciente ao risco, entregando um remédio antes de ele ser registrado", diz.

Para Harada, o fornecimento da medicação sem registro deveria se manter apenas para pacientes que possuem doenças graves, sem opção terapêutica disponível, em que a ausência da droga comprometa a sua saúde.

"Nesse caso, ninguém quer tirar a medicação. Mas não dá para seguir a mesma regra para pacientes com doenças crônicas, como hipertensão e diabete. Nossa preocupação não é o custo, mas o risco de expor alguém a uma droga experimental", diz.

Desiré Callegari, representante do Conselho Federal de Medicina (CFM) na Anvisa, tem a mesma opinião. "Se valer para todo mundo, você acaba onerando o patrocinador. Se houver droga similar registrada, o paciente já teria acesso", avalia o conselheiro.

Antônio Britto, presidente da Associação das Indústrias Farmacêuticas de Pesquisa (Interfarma), diz achar "um exagero" que todos os pacientes tenham direito a receber a medicação após o término do estudo.

"Há drogas que são únicas para determinadas doenças. Há outras com mais de 30 opções registradas. E existem outras que são para doenças tão raras que quase 100% dos pacientes participaram do estudo. São situações muito diferentes, e os critérios precisam ser claros."

Responsabilidades. Outro ponto polêmico da proposta é o artigo que atribui aos médicos, junto com o patrocinador do estudo, a responsabilidade pela assistência integral do paciente, caso ocorram eventuais efeitos adversos provocados pelas drogas.

A pesquisadora Valdiléa Velozo dos Santos, diretora do Instituto de Pesquisa Clínica da Fiocruz, diz que esse artigo vai inviabilizar pesquisas no Brasil. "Isso não tem lógica. Eu, como médica, não assinaria um pedido de doação pós-estudo sabendo que eu teria de me responsabilizar pelos efeitos adversos. Uma coisa é o médico ser negligente. Outra é ser responsável por uma droga ainda em estudo."

Segundo Gyselle Tannous, presidente da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), a posição do Brasil é muito clara - todo paciente que foi voluntário de uma pesquisa tem o direito de receber a medicação enquanto houver benefício para a sua saúde. "O custo desse sujeito é quase nada perto do lucro que o patrocinador vai conseguir ao registrar essa medicação", diz. "E, apesar da pressão, não vamos mudar de posição."

Fonte Estadão