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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Exposição acidental a quimioterápicos atinge 17% dos enfermeiros da oncologia

Pesquisadores enfatizam importância de implementar medidas de segurança para enfermeiros que lidam com drogas altamente tóxicas

Quase 17% dos enfermeiros que trabalham em centros ambulatoriais de infusão de quimioterapia afirmam terem sido expostos, na pele ou nos olhos, às drogas tóxicas que administram. A pesquisa foi feita pelo University of Michigan Comprehensive Cancer Center com 1.339 enfermeiros que não trabalham em unidades de internação. Atualmente, 84% dos procedimentos de quimioterapia são feitos em regime ambulatorial, em grande parte pelos enfermeiros.

“Qualquer exposição não intencional da pele ou dos olhos pode ser tão perigosa como uma picada de agulha. Minimizamos os incidentes com picadas de agulha. Eles são eventos raros e que provocam uma resposta robusta dos administradores. As enfermeiras vão imediatamente para avaliação e tratamento profilático. Mas não temos o mesmo procedimento para a exposição à quimioterapia”, disse o principal autor do estudo, Christopher Friese, professor da escola de enfermagem da universidade.

Orientações de segurança para a quimioterapia e administração das drogas têm sido emitidas por organizações como o National Institute for Occupational Safety and Health. Mas estas orientações não são obrigatórias. As diretrizes incluem recomendações para a utilização de batas, luvas e outros equipamentos de proteção quando manusear drogas quimioterápicas.

Os autores do estudo descobriram que as práticas que envolvem mais pessoas e recursos relataram menos exposições. Além disso, as práticas em que dois ou mais enfermeiros eram obrigados a verificar as ordens de quimioterapia tiveram menos exposição. “Esta pesquisa mostra que compensa prestar atenção à carga de trabalho, à saúde de uma organização e à qualidade das condições de trabalho. Isso não diz respeito apenas à satisfação no trabalho. É provável que diminua estes riscos ocupacionais”, diz Friese.

Ao contrário das agulhas, quando um vírus específico está envolvido e tratamentos preventivos podem ser feitos, é mais difícil relacionar a exposição à quimioterapia a um efeito direto sobre a saúde. Assim, é mais complicado para os sistemas de saúde responder a estes incidentes. A exposição acidental à quimioterápicos pode afetar o sistema nervoso, prejudicar o sistema reprodutivo e levar a um risco futuro de câncer de sangue.

Fonte Isaude

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