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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Adolescentes criam camisinha que muda de cor ao detectar DSTs

Reprodução/Teen Tech Awards
"S.T.EYE" permite a identificação de contaminação pela
mudança de cor no presevertivo
Indicador no preservativo permite a identificação de micro-organismos causadores de doenças

Um grupo de adolescentes britânicos inventou uma camisinha que muda de cor quando detecta a presença de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como sífilis e clamídia. Com um indicador que mostra diferentes cores de acordo com o tipo de bactéria ou infecção encontrada, a invenção recebeu o nome de “S.T.EYE” (uma brincadeira com sigla em inglês STI, Sexually Transmited Infections).
 
Os estudantes da escola britânica Isaac Newton Academy Daanyaal Ali, 14, Muaz Nawaz, 13, e Chirag Shah, 14, ganharam o prêmio da área de saúde no Teen Tech Awards em Londres pela invenção. “Nós a criamos para ajudar o futuro de uma nova geração.
 
Nós queríamos algo que detectasse essas doenças prejudiciais da maneira mais segura possível para que as pessoas pudessem tomar ação imediata na privacidade de suas casas, sem a necessidade de procedimentos médicos invasivos” afirma Daanyaal Ali sobre o objetivo da criação.
 
Como recompensa pelo prêmio, a escola concedeu o valor de 1.000 libras esterlinas (aproximadamente R$ 4,847) a cada estudante. Fora isso, receberam convites para uma recepção especial no Palácio Buckingham.
 
Outras invenções de destaque no Teen Tech incluíam um par de sapatos que cria, ao andar, energia suficiente para carregar dispositivos eletrônicos e uma ferramenta capaz de administrar o uso da água que poderia ser usado pelas comunidades rurais africanas para administrar o sistema de água.
 
iG

Operadoras conscientizam o paciente de sua responsabilidade

wearable-aplicativos-vestíveisComo discutir a saúde do futuro diante dos problemas do sistema de saúde do presente?
 
Por Maria Carolina Buriti
 
Sem dúvida, um desafio com três importantes fatores em seu caminho: o envelhecimento da população; a mudança do perfil epidemiológico; e o bônus demográfico, momento único para os países no qual a maioria da população está em idade ativa para trabalhar. Este último, ilustra um cenário preocupante: se no futuro, a maioria da população terá mais de 60 anos, não se terá um grande contingente para financiar os sistemas de saúde e previdência, ao contrário de outras nações que já passaram pelo fenômeno. “Os países europeus enriqueceram para envelhecer e nós estamos envelhecendo sem enriquecer”, analisou a consultora Denise Eloi, que integrou junto com a Diretora Técnica Médica e Rede Credenciada da Sul América, Tereza Veloso, e o presidente da Central Nacional Unimed, Mohamad Akl, o painel “Saúde do Amanhã”, durante o Saúde Business Forum.
 
Parte da solução deste dilema pode estar na mudança de atuação do próprio indivíduo com a sua saúde, na qual ele assume um papel de protagonista. Os dados corroboram este urgente envolvimento, pois o estilo de vida corresponde a 50% dos determinantes de saúde. O restante é dividido em: 10% cuidado e acesso à saúde, 20% fatores genéticos e 20% exposição ao ambiente. “A grande missão é trabalhar o empoderamento e a inclusão do beneficiário como um ator e não só como consumidor”, analisa Denise, acrescentando que isso ocorrerá com educação, informação e orientação ao usuário.
 
Atenta a este cenário, a SulAmérica usa tecnologia e comunicação para engajar os usuários. Há 13 anos, a empresa implantou o Saúde Ativa, programa que iniciou apenas com cuidado a pacientes crônicos e hoje atende a outros três grupos divididos em: pessoas identificadas com risco de desenvolver alguma patologia; doentes de alta complexidade; e os indivíduos saudáveis. “Acima de tudo, o programa atua para impulsionar mudanças sustentáveis e contribuir para a melhora e manutenção da saúde da população”, explica Tereza.
 
Sem custo para as empresas participantes, o Saúde Ativa monitora e analisa informações de saúde, os hábitos dos beneficiários e, o melhor de tudo, disponibiliza conteúdo de saúde para os participantes do programa e aos interessados no geral. Alguns projetos do Saúde Ativa, como o de doentes crônicos, obteve redução de sinistro de 24% em 2013. (veja box abaixo).
 
A Central Nacional Unimed também vê na tecnologia e na informação ao beneficiário o caminho certo para o engajamento. Por esta razão, a empresa está desenvolvendo um aplicativo com funcionalidades como conversa entre médico e paciente via whatsapp; agendamento de consultas e exames; jogos de saúde e monitoramento dos sinais vitais dos beneficiários. “O aplicativo vai aumentar o envolvimento do paciente com o autocuidado e a eficiência [do controle] das doenças crônicas”, conta Akl, citando o dado que no Brasil há 1,3 celulares por habitante. Além disso, acrescenta o executivo, o aplicativo será mais um canal de relacionamento e ajudará a cooperativa a ter mais controle sobre a duplicidade de exames, por exemplo.
 
Enquanto o aplicativo não vem, a cooperativa difunde alguns jogos para tablets e celulares, nos quais as pessoas aprendem com dicas de saúde; instala tótens para os beneficiários responderem a questionários sobre a saúde, que são posteriormente disponibilizados para a empresa com o perfil global dos funcionários; e envia boletins com dicas de qualidade de vida e saúde aos departamentos de recursos humanos dos clientes.
 
Por meio de uma análise, que envolveu informações de diferentes fontes como médico do trabalho, relatórios do uso do plano; entre outras, que a CNU conseguiu identificar 21 mil beneficiários que estavam em “desequilíbrio de saúde”. Destes, 4 mil com o quadro considerado grave aderiram ao Programa de Atenção Primária, cujos resultados incluem a redução do custo mensal per capita da saúde. (box abaixo).
 
Mesmo com as iniciativas das operadoras, Denise ressalta que é importante tratar a questão de forma sistêmica. “Precisamos fazer uma grande transformação, uma revolução sobre qual o modelo assistencial que a sociedade deseja. É preciso enxergar o sistema integrado e com o beneficiário no centro”, pondera Denise.
 
Sul América
Saúde Ativa é uma plataforma online de bem-estar e saúde composto de um programa no qual as empresas participantes podem ajudar seus colaboradores a controlar e identificar doenças e ter hábitos de vida mais saudáveis.

 A plataforma tem uma parte aberta aos interessados no geral, com conteúdo e testes sobre saúde e qualidade de vida. O programa não é de exclusividade dos associados da seguradora, podendo ser adquirido por autogestões e outras empresas interessadas.
 
O programa de Gestão de Crônicos em 2013, com 30 mil pessoas, reduziu 24% o sinistro da população. Subtraindo o custo do programa, a média é de 18 a 19% da redução do sinistro.

 O programa Idade Ativa, que propõe o envelhecimento saudável, tem 6 mil participantes e atingiu 6% de sinistralidade.
 
Central Nacional Unimed
Mapeamento dos beneficiários em sete linhas de cuidado: neoplasia; doença do cérebro e cardiovascular; mente saudável; obesidade; doença respiratória; doença renal e diabetes.
 
21.204 beneficiários foram eleitos com “desequilíbrio de saúde” em uma das sete linhas de cuidado.
 
4.937 considerados com “desequilíbrio grave de saúde” entraram no programa de atenção primária. Iniciaram o programa ao custo de R$ 350 no mês per capita e tiveram redução no custo mês a mês, chegando a R$ 150 reais no mês per capita.
 
Saúde Web

Fornecimento de remédio que trata sífilis volta em 15 dias, diz ministra

Penicilina benzatina, conhecida por Benzetacil, está em falta no mercado. Crise de abastecimento foi provocada por escassez de matéria-prima
 
A ministra interina da Saúde, Ana Paula Menezes, disse nesta terça-feira (23) que o fornecimento da penicilina benzatina, muito conhecida pelo nome comercial Benzetacil, deve voltar ao normal em até 15 dias.

O antibiótico, usado para tratar sífilis e outras infecções, está em falta no setor público e privado. A crise de abastecimento, segundo o ministério, é provocada pela escassez de matéria-prima.

“Daqui 15 dias a situação estará normalizada", disse a ministra interina" disse ela ao G1, em um evento sobre saúde realizado em São Paulo nesta manhã. “Não teve nenhuma falha de compra dos gestores. O produtor teve problema com a matéria-prima e isso atrasou a sua distribuição. O ministério sentou com os laboratórios com a perspectiva de que possam retomar, da maneira mais rápida, a distribuição do medicamento”, afirmou Ana Paula.
 
Atualmente, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem no Brasil quatro empresas com registro válido para produzir a penicilina benzatina, também conhecida como benzilpenicilina benzatina ou penicilina G benzatina. A Eurofarma, que produz o remédio com nome comercial Benzetacil, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), o Laboratório Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma Indústria Farmacêutica LTDA.
 
Problema mundial
Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), que representa boa parte das indústrias farmacêuticas do Brasil, o desabastecimento de penicilina é um problema mundial e a interrupção do fornecimento dos insumos para a produção foi repentina, o que originou o problema.
 
Além de ser a primeira linha de tratamento contra sífilis, o remédio é ainda usado para tratar outras infecções, como a febre reumática aguda, doença bacteriana que afeta coração, cérebro e articulações.

Em um documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2005 sobre o controle de infecções como a febre reumática aguda, o problema do abastecimento de penicilina benzatina já foi citado.
 
"Nos últimos tempos, tem havido problemas tanto em relação à disponibilidade quanto em relação à qualidade da penicilina benzatina ao redor do mundo. Em muitos países, essa medicação é escassa, e frequentemente está indisponível por períodos prolongados. Ainda mais preocupante, a qualidade da medicação é altamente variável."

G1

Cai em 16% índice de brasileiros que admitem beber e dirigir

Fonte: Igor kisselev
Fonte: Igor Kisselev
Em 2012, a fiscalização da Lei Seca ficou mais rígida. Desde então, o número de pessoas que bebem e dirigem caiu 16%. Essa queda favoreceu a redução de mortes no trânsito. Para se ter uma ideia, entre 2012 e 2013, mais de duas mil vidas foram salvas
 
O bancário Marcos Nofre, por exemplo, está entre os motoristas que deixaram de beber depois que o país passou a ter tolerância zero para aqueles que combinam álcool e direção. “Há uns seis meses atrás eu ainda continuava bebendo e dirigindo naquela velha ideia de ‘não aconteceu comigo e nunca vai acontecer’, Só que com o passar do tempo os meus amigos foram caindo e eu acabei mudando. Acabei pensando que não vou esperar acontecer um acidente ou ser multado e perder a carteira. Hoje a gente vai para as festas de taxi ou então quando tem alguma festa em uma boate perto da casa de alguém a gente dorme lá. São pequenas coisas que a gente vai mudando no dia a dia, mas para evitar uma tragédia maior e para ter uma consciência um pouco mais tranquila na hora de curtir a balada.”
 
A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, destaca que a redução no número de pessoas que bebem alcoolizadas no Brasil é significativa. Porém, ela lembra que, além de não beber antes de pegar o volante, é preciso dirigir com responsabilidade.
 
“Nós já podemos contabilizar avanços. Houve um maior conhecimento da população acerca dos perigos entre beber e dirigir. É essencial não associar álcool e direção, não usar celulares, não passar mensagens durante a direção, ter muita atenção nas sinalizações, nas placas, usar o cinto de segurança, usar o capacete. Enfim, eu acho que todas essas são medidas importantes para que a gente possa contribuir nas mortes no trânsito”.
 
O Brasil é um dos 25 países do mundo que estabeleceram a tolerância zero para o consumo de bebida alcóolica entre motoristas e pilotos de motocicletas. Atualmente, no país, quem for flagrado dirigindo alcoolizado pode passar um longo período com a carteira de motorista apreendida. Além disso, o motorista ainda é multado em 1.915 reais.
 
Fonte: Alexandre Penido/ Agência Saúde

Fumantes e ex-fumantes podem sofrer doenças não diagnosticadas

Piso de cigarro (Foto: Greg Wood/AFP Photo)
Foto: Greg Wood/AFP Photo - Piso de cigarro
Estudo diz que eles têm qualidade de vida pior do que quem nunca fumou. Examinar mais cedo doenças pulmonares crônicas ajudaria na prevenção
 
Mais da metade dos fumantes e ex-fumantes que são considerados saudáveis por conseguirem passar por um teste de capacidade respiratória, na verdade sofrem de doenças pulmonares crônicas - de acordo com um estudo divulgado pela revista especializada norte-americana "JAMA Internal Medicine".
 
"Os efeitos do tabagismo crônico nos pulmões e na saúde em geral são muito subestimados", afirmou James Crapo, professor de medicina no National Jewish Health (NJH) de Denver (Colorado, oeste dos Estados Unidos). "As doenças pulmonares são frequentes entre os fumantes cujos testes de capacidade respiratória deram resultados normais", comentou o médico sobre a pesquisa.
 
Ao levar em consideração outros critérios clínicos relacionados a algumas funções físicas e respiratórias, e após realizar exames com um escâner, os autores determinaram que 55% dos participantes do estudo que foram declarados saudáveis na verdade sofrem diversas formas de doenças pulmonares crônicas.
 
Saúde crítica O estudo se baseou em 8.872 indivíduos com idades entre 45 e 80 anos que fumaram pelo menos maço de cigarros por dia durante dez anos. A maior parte deles fumou durante uma média de 35 anos, e alguns até 50 anos. O escâner determinou que 42% dos participantes - cujos pulmões pareciam saudáveis no teste de capacidade respiratória - sofria enfisema ou espessamento das vias respiratórias.
 
Cerca de 23% deles apresentava um espessamento acentuado das paredes respiratórias, em comparação com 3,7% de pessoas que nunca fumaram. Em termos gerais, tanto os fumantes como os ex-fumantes têm uma qualidade de vida bastante pior que aquelas que nunca fumaram.
 
Muitas destas pessoas estão provavelmente nas fases iniciais de uma doença pulmonar obstrutiva crônica, como enfisema e bronquite crônica. Ambas são a terceira causa de morte nos Estados Unidos, de acordo com os investigadores. Estas doenças incuráveis raramente ocorrem em pessoas com menos de 55 anos.
 
Uma pesquisa recente mostrou que o exame com scanner para pessoas que fumaram um maço de cigarros por pelo menos 30 anos pode permitir claramente detectar câncer de pulmão precoce e reduzir a mortalidade em 20%.
 
Um exame mais cedo de doenças pulmonares crônicas também pode permitir melhorar os sintomas e a qualidade de vida, afirmam os pesquisadores.
 
"Esperamos que este estudo ajude a desmascarar o mito do fumante que está em boa saúde e aumentar a conscientização sobre a importante prevenção do tabagismo", disse Elisabeth Regan, professora assistente de medicina no NJH.

G1

Paracetamol: pessoas estão em risco de overdose e morte, sem saber, por usarem a dose máxima recomendada

Tomar muito paracetamol para o resfriado ou dores, ultrapassando a dose máxima diária, pode matá-lo, de acordo com especialistas
 
Os pacientes, muitas vezes, não conseguem perceber a real quantidade do fármaco quando estão gripadas. Muitas tomam um comprimento como analgésico, mas também acabam tomando remédios compostos para dor de cabeça ou um chá (encontrado em farmácias) que alivia dores e coriza em momentos de gripe. O grande problema é que poucos sabem que, nestes dois últimos, também pode existir paracetamol na composição, o que se soma ao total máximo que alguém deve ingerir do medicamento, por dia.
 
Um estudo mostrou o risco de morrer de insuficiência hepática (fígado) por falta de desconhecimento, ingerindo acidentalmente doses perigosas ou fatais.
 
Oito comprimidos de 500 mg por dia – o equivalente a 4 gramas – deve ser a dose máxima diária.
 
No estudo, uma equipe liderada pelo Dr. Kenneth Simpson, analisou dados de 663 pacientes que tinham sido admitidos no Edinburgh Royal Infirmary, entre 1992 e 2008, com danos no fígado causados ​​por paracetamol.
 
Eles encontraram 161 pessoas, com média de idade de 40 anos, que haviam ingerido a substância em doses acidentais, por usarem vários medicamentos diferentes, para aliviar dores nas costas, estômago, cabeça ou dente. Todos tiveram overdose ao paracetamol.
 
Dois em cada cinco morreram de insuficiência hepática, diz um relatório no British Journal of Clinical Pharmacology.
 
Dr. Simpson, da Universidade de Edimburgo, disse que essa ingestão acidental pode ocorrer quando a pessoa possui dores persistentes que demoram a passar, tomando mais paracetamol do que deveriam.
 
“Essas pessoas tomam paracetamol ao longo do dia, várias vezes, mas não possuem controle de quantos mg tomaram em um ou vários dias”, disse Dr. Simpson. Repetidos erros na dosagem podem gerar lesões acumulativas no fígado e complicações, muitas vezes irreversíveis.
 
Ele ainda salientou que o menor valor encontrado no estudo foi 10 g, o que levou à morte. Mas, outros pacientes que também morreram haviam tomado 24 gramas!
 
“A coisa mais segura a fazer é monitorar o quanto você está tomando e não ultrapassar oito comprimidos de 500 mg em um dia”, disse ele.
 
Quantidades adequadas da droga são toleradas pelo corpo e agem de forma inofensiva, cumprindo o objetivo terapêutico, mas doses acima da máxima diária permitida, é um grande risco para o fígado.
 
R7

Portadores de hepatite C terão novos medicamentos para tratamento

A hepatite C é uma doença viral, causada pelo vírus C (HCV). A infecção, em casos crônicos, leva a uma grave inflamação do fígado que pode gerar casos de cirrose hepática e até câncer
 
A maioria das pessoas não sabe que tem hepatite C, pois ela só manifesta sintomas em uma fase muito avançada, geralmente muitos anos depois do contágio.
 
Para ajudar no tratamento, os pacientes passarão a contar, ainda este ano, com um conjunto inovador de medicamentos. A nova terapia será composta pelo daclatasvir, sofosbuvir e simeprevir. Com estes componentes, o paciente tem uma taxa de cura de 90%, significativamente maior que todos os tratamentos utilizados até o momento, e duração de 12 semanas, contra as 48 semanas de duração do tratamento anterior.
 
O médico Rogério Alves, que atende os pacientes da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH), conta que a incorporação dos novos medicamentos no SUS trará um grande ganho na qualidade de vida de quem sofre de hepatite C. “A importância é imensa. Além do tempo de tratamento ser muito mais curto, ele tem uma chance de cura muito boa. O tratamento anterior cobrava um preço muito caro dos pacientes, com efeitos colaterais que afetam a vida cotidiana. Este tem efeitos colaterais mais leves. O novo medicamento vai ajudar muito na continuidade do tratamento e na quantidade de pessoas que poderemos tratar. Vamos conseguir que os pacientes não desistam e aumentem a possiblidade de cura”.
 
A transmissão da hepatite ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas, objetos de higiene pessoal - como lâminas de barbear e depilar -, alicates de unha, além de outros objetos que furam ou cortam na confecção de tatuagem e colocação de piercings.
 
Diagnosticado em 2007, Luiz Carlos Amaral, 43 anos, aguarda com ansiedade os novos medicamentos. “Desconfio que contrai a hepatite em uma transfusão de sangue que fiz em 1981. Só fui descobrir a doença muito mais tarde. Nesta época, eu já tinha complicações no fígado e no esôfago”, conta.
 
Atualmente Luiz Carlos é diretor comercial da ABPH de Montes Claros (MG) e não obteve o sucesso esperado na primeira tentativa de tratamento por conta de efeitos colaterais da medicação. “O tratamento foi muito difícil, tive queda de que cabelo, perda de paladar e uma queda do número de plaquetas no sangue, que foi o principal motivo de ter interrompido. O médico achou melhor eu esperar a nova tecnologia, pois o medicamento poderia até fazer mais mal. Espero com muita esperança o novo tratamento, principalmente pela diminuição dos efeitos colaterais”, conta.
 
Estima-se que no Brasil entre 1,4 a 1,7 milhão de pessoas podem ter tido contato com o vírus, sendo a maior parte na faixa etária dos 45 anos ou mais. Essa concentração em pessoas com mais idade ocorre porque até o início dos anos 1990 não existiam testes capazes de detectar o vírus da hepatite C em transfusões de sangue e os procedimentos de biossegurança. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que toda pessoa com mais de 45 anos faça o teste para detectar o vírus da hepatite C que está disponível no SUS.
 

Gaeco desvenda esquema de corrupção em secretaria de saúde no oeste do Paraná

Um esquema de corrupção colocou em risco a saúde dos moradores de Ibema, no oeste do Paraná
 

 
Distribuidoras de medicamentos faziam contratos fraudulentos com a prefeitura, assim, os pacientes recebiam medicamentos vencidos.
 
Entre os detidos desta sexta-feira (19), está a secretária de saúde do município, que foi flagrada com mil reais em propina.
 

Cientistas desenvolvem adesivo de insulina que pode substituir injeções

O pequeno adesivo de insulina foi desenvolvido por cientistas de universidade dos Estados Unidos (Foto: Divulgação/PNAS)
Foto: Divulgação/PNAS
O pequeno adesivo de insulina foi desenvolvido por cientistas
 de universidade dos Estados Unidos
Adesivo detecta alta do nível de açúcar e libera dose de insulina no corpo. Testes feitos em roedores ocorreram com sucesso
 
Um pequeno adesivo de insulina, quadrado e não maior que uma moeda de um real, poderia substituir as injeções para diabéticos, segundo um estudo publicado na edição desta semana da revista científica da Academia Americana de Ciências, a "PNAS".
 
O adesivo pode detectar os aumentos nos níveis de açúcar no sangue e liberar dose de insulina na corrente sanguínea quando for necessário. Até agora o adesivo só foi testado em roedores com diabetes de tipo 1, mas, segundo seus criadores, os resultados deste estudo são "promissores" em relação a seu sucesso em humanos.
 
De fato, os cientistas sustentam que os efeitos estabilizadores do adesivo poderiam ser inclusive mais duráveis em humanos, dado que têm mais sensibilidade à insulina que os animais usados no experimento.
 
"Criamos um adesivo para diabetes que funciona rápido, é fácil de usar e é feito de material não tóxico e biocompatível", explicou Zhen Gu, um dos autores do estudo, elaborado por cientistas da Universidade da Carolina do Norte e a Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
 
"O sistema pode ser personalizado em função do peso da pessoa diabética e sua sensibilidade à insulina, razão pela qual podemos tornar ainda mais inteligente este adesivo inteligente", acrescentou o pesquisador.
 
Os autores do estudo destacaram que as injeções de insulina atuais representam um processo para o paciente que é "doloroso e impreciso".
 
"Injetar-se uma quantidade incorreta de medicação pode derivar em complicações significantes como cegueira e amputações de extremidades, ou consequências mais desastrosas como o coma diabético ou a morte", destacou John Buse, outro dos autores da pesquisa.
 
Segundo o estudo, o diabetes afeta mais de 387 milhões de pessoas no mundo todo, e espera-se que o número aumente até 592 milhões para o ano 2035.

Diabetes - infográfico (Foto: G1)
 
G1

Os problemas de saúde causados pelo uso de smartphone e como evitá-los

Foto/Reprodução
Tensão muscular causada por postura indevida em uso prolongado de celulares ou tablets causa 'pescoço de texto' e até inflamação nos nervos
 
O celular é quase um companheiro inseparável, visto por muitos como um bem essencial no dia a dia - mas o que muitas pessoas não sabem é que o uso excessivo deles pode causar danos ao corpo humano.
 
Se você sente constantes dores de cabeça, um couro cabeludo extremamente sensível ou um incômodo atrás de um olho, a culpa pode estar no uso indevido do smartphone.

Especialistas dizem que são cada vez mais comuns os casos de "text neck" - "pescoço de texto" em tradução livre -, dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em uma posição indevida para visualizar a tela do celular.
 
Segundo a fisioterapeuta Priya Dasoju, a "pescoço de texto" também pode levar a dores no braço e no ombro.
 
"O que estamos vendo são cefaleias cervicogênicas", afirmou. Ela diz que o problema vem de tanto inclinar a cabeça para frente da tela do celular, e isso cria uma pressão intensa nas partes frontais e traseiras do pescoço.
 
Esse problema pode se agravar e, em alguns casos, pode levar a uma condição conhecida como nevralgia occipital.
 
É uma condição neurológica em que os nervos occipitais – que vão do topo da medula espinhal até o couro cabeludo – ficam inflamados ou lesionados. Ela pode ser confundida com dores de cabeça ou enxaqueca.
 
"Cerca de 30% dos nossos pacientes que vemos têm nevralgia occipital", disse a osteopata Lola Phillips.
 
"Você tende a ter esse problema quando usa muito tablets, laptops ou smartphones. Você começa a sentir uma tensão na parte da frente do pescoço e uma fraqueza na parte de trás dele."
 
A dor pode ser intensa, como se o pescoço estivesse "queimando", e começa na base da cabeça, se estendendo por toda a parte superior, no couro cabeludo.
 
Geralmente, as dores começam na parte de trás da cabeça, no nervo occipital, mas às vezes elas ficam localizadas mais na parte da frente, acima dos olhos.
 
Pacientes com problemas de nevralgia occipital relatam dores fortes de cabeça (Foto: BBC)
Foto BBC: Pacientes com problemas de nevralgia occipital
relatam dores fortes de cabeça
'Raios de dores'
Adam Clark Estes começou a sentir dores de cabeça alguns meses atrás. Segundo ele, a dor é intensa. "É como se fosse a dor de uma ressaca forte. Você sente a cabeça latejando."
 
"Como se alguém tivesse me golpeado na cabeça com um cano de aço quente enviando raios de dores lancinantes no crânio", conta.
 
Você pode sentir a dor em um dos lados da cabeça ou nos dois, e até atrás dos olhos quando movimenta o pescoço. O conselho para curar o problema é mudar de postura na hora de mexer no celular – e evitar o uso excessivo dele.
 
"Quem sofre disso deveria pensar em adotar posturas diferentes quando estiver usando o celular. Sentar na vertical, por exemplo, e levantar o celular ou usar um suporte para ele ficar em uma altura mais adequada", explica a osteopata Lola Phillips.
 
"É preciso ter mais disciplina com o uso do telefone também", reitera.
 
O tratamento inclui correção de postura, massagem e remédios anti-inflamatórios, mas em alguns casos é preciso tomar medidas mais drásticas.
 
Adam Clark Estes teve que injetar um coquetel de esteroides e outros relaxantes nos nervos ao redor do seu pescoço.
 
"Dói bastante. Acho que o médico me deu quase 20 injeções separadas e depois delas eu fiquei tão mole que achei que iria desmaiar."
 
"Depois de me recuperar, o médico me disse que me sentiria melhor em um dia – e melhorou mesmo", conta.
 
Médicos também podem receitar relaxantes musculares, antidepressivos.
 
Especialistas dizem que a prevenção é a melhor opção. Diminuir o uso de smartphones ou então posicioná-los mais próximo da altura dos olhos são boas estratégias para evitar o problema.
 
"Tente não manter a mesma postura por muito tempo", disse a fisioterapeuta Priya Dasoju.
 
"Coloque um lembrete no celular ou no computador para se certificar de que você não está na mesma posição por muitos minutos consecutivos."
 
Os médicos garantem que as condições causadas por uso excessivo de smartphones são apenas dolorosas, não fatais.

G1

Greve no Hospital São Paulo suspende consultas em ambulatórios

Hospital São Paulo em greve (Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo
Hospital São Paulo em greve
Hospital sofre crise financeira e interrompeu internações na última semana. Para sindicato, R$ 3 milhões oferecidos pelo governo estadual não bastam
 
A greve que os médicos residentes que começou nesta terça-feira (23) suspendeu o atendimento nos ambulatórios do Hospital da Universidade Federal de São Paulo. Desde a semana passada, as cirurgias e as internações que não são de emergência já estavam comprometidas por causa de uma grave crise financeira.

Sem saber da greve, cerca de 20 pessoas chegaram ao hospital antes do dia clarear, como mostrou o Bom Dia São Paulo.
 
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável pelo hospital, informou que as internações foram retomadas na sexta-feira (19), priorizando os pacientes oncológicos. A assessoria da universidade afirma ainda que, "com a progressiva normalização de insumos e demais condições, mais pacientes de outras especialidades serão chamados".
 
De acordo com o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simep), a falta de recursos ainda prejudica a condição de atendimento dos pacientes. A Secretaria Estadual de Saúde anunciou, na quinta-feira (18), que repassaria R$ 3 milhões ao hospital, com a condição de que os atendimentos fossem retomados.
 
Segundo o Simep, os residentes do hospital consideram que a verba oferecida pela secretaria só vai durar cerca de um mês, não sendo suficiente para resolver os problemas de atendimento.
A Unifesp afirma que a Reitoria da universidade não foi informada oficialmente da greve dos residentes, mas esclarece que considera as reivindicações do sindicato legítimas e trabalha para que sejam atendidas.
 
Hospital referência
Referência em atendimento de alta complexidade, o hospital está superlotado. Dezenas de pacientes foram acomodados em cadeiras e macas nos corredores. A realização de cirurgias de baixa e média complexidade que não são de urgência também estão suspensas. Quem procurou marcar uma intervenção cirúrgica nesta quinta também não conseguiu.
 
O centro médico tem capacidade para 300 pacientes, mas atende, em média, 900 pessoas por dia. De acordo com o Hospital São Paulo, a grave situação orçamentária e a greve dos servidores federais ocasionou a redução do quadro de pessoal, diminuindo a capacidade da unidade de internação.
 
Em outubro de 2014, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que é responsável pela unidade, requisitou R$ 2,5 milhões a mais por mês para conseguir manter o hospital. Parte do dinheiro foi enviada pela Secretaria Estadual da Saúde e pelo Ministério da Saúde, mas não foi o suficiente para sanar os problemas.
 
Segundo informou o hospital, há negociações em andamento com o Ministério da Educação/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e os gestores locais para equacionar essa condição.
 
G1

Adultos superam crianças em consumo de medicamentos para a concentração

O TDAH, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, deixou de ser coisa de criança

Nos EUA, os adultos ultrapassaram as crianças no consumo de medicamentos para essa condição e responderam por 53 por cento das 63 milhões de prescrições de todo o setor para medicamentos contra o TDAH no ano passado, segundo dados compilados pela Shire Plc, que produz o medicamento mais vendido, o Vyvanse. Os dados contrastam com os 39 por cento de 2007, disse a fabricante de medicamentos com sede em Dublin.

A mudança no mercado, que refuta a noção comum de que o TDAH é uma condição pediátrica, ocorreu em parte porque o transtorno persiste na vida adulta, segundo os estudos. Mais pais de crianças com TDAH – que provoca agitação, falta de concentração e comportamento impulsivo – também estão sendo diagnosticados em meio a uma percepção crescente de que o transtorno pode ser herdado.

“Nós adotamos mais esforços no mercado de TDAH adulto, que agora representa mais da metade do mercado geral e tem o crescimento mais elevado”, disse o CEO da Shire, Flemming Ornskov, em uma teleconferência recente com analistas. “Isso está crescendo rapidamente, quase duas vezes tão rapidamente quanto o mercado como um todo”.

O Vyvanse, da Shire, que está aprovado para o tratamento tanto de crianças com idade entre 6 e 17 anos quanto de adultos, dominou metade do mercado de marcas para medicamentos contra o TDAH em todo o mundo no ano passado. Os esforços da empresa para atender esse mercado crescente estão concentrados em fazer os representantes de vendas ensinarem os médicos a respeito dos resultados obtidos em testes clínicos envolvendo adultos.

As vendas do medicamento subiram 18 por cento no ano passado, para US$ 1,4 bilhão, reforçando sua posição de droga mais vendida da Shire. Ultrapassou de longe a renda obtida por seu concorrente de marca mais próximo, o Concerta, da Johnson Johnson, que vendeu US$ 599 milhões, e o Ritalina, da Novartis AG. Ambos os medicamentos perderam a proteção de patente.

Usos mais amplos
O foco nos adultos se soma aos esforços da Shire por extrair mais vendas de sua carteira de TDAH. A empresa reformulou sua droga Adderall, que tem concorrentes genéricos, transformando-a em um tratamento de liberação prolongada que dura 16 horas e planeja buscar aprovação dos reguladores dos EUA até o segundo trimestre de 2017. A Shire também conseguiu autorização para implementar um tratamento de transtorno de compulsão alimentar como um novo uso para o Vyvanse em janeiro.

Na Europa, as crianças ainda são de longe o maior segmento, respondendo por 74 por cento dos pacientes de TDAH em 2014. “É importante notar que o nível de aceitação e diagnóstico e os medicamentos disponíveis para TDAH são mais limitados na Europa do que nos EUA”, disse a Shire, em um comunicado enviado por e-mail.

Isso está começando a mudar, especialmente na Escandinávia e em países como Alemanha e Espanha, segundo Ornskov. “A Suécia é um dos nossos mercados com crescimento mais acelerado, superando até mesmo as referências para os EUA”, disse ele.

UOL