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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Fornecimento de remédio que trata sífilis volta em 15 dias, diz ministra

Penicilina benzatina, conhecida por Benzetacil, está em falta no mercado. Crise de abastecimento foi provocada por escassez de matéria-prima
 
A ministra interina da Saúde, Ana Paula Menezes, disse nesta terça-feira (23) que o fornecimento da penicilina benzatina, muito conhecida pelo nome comercial Benzetacil, deve voltar ao normal em até 15 dias.

O antibiótico, usado para tratar sífilis e outras infecções, está em falta no setor público e privado. A crise de abastecimento, segundo o ministério, é provocada pela escassez de matéria-prima.

“Daqui 15 dias a situação estará normalizada", disse a ministra interina" disse ela ao G1, em um evento sobre saúde realizado em São Paulo nesta manhã. “Não teve nenhuma falha de compra dos gestores. O produtor teve problema com a matéria-prima e isso atrasou a sua distribuição. O ministério sentou com os laboratórios com a perspectiva de que possam retomar, da maneira mais rápida, a distribuição do medicamento”, afirmou Ana Paula.
 
Atualmente, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem no Brasil quatro empresas com registro válido para produzir a penicilina benzatina, também conhecida como benzilpenicilina benzatina ou penicilina G benzatina. A Eurofarma, que produz o remédio com nome comercial Benzetacil, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), o Laboratório Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma Indústria Farmacêutica LTDA.
 
Problema mundial
Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), que representa boa parte das indústrias farmacêuticas do Brasil, o desabastecimento de penicilina é um problema mundial e a interrupção do fornecimento dos insumos para a produção foi repentina, o que originou o problema.
 
Além de ser a primeira linha de tratamento contra sífilis, o remédio é ainda usado para tratar outras infecções, como a febre reumática aguda, doença bacteriana que afeta coração, cérebro e articulações.

Em um documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2005 sobre o controle de infecções como a febre reumática aguda, o problema do abastecimento de penicilina benzatina já foi citado.
 
"Nos últimos tempos, tem havido problemas tanto em relação à disponibilidade quanto em relação à qualidade da penicilina benzatina ao redor do mundo. Em muitos países, essa medicação é escassa, e frequentemente está indisponível por períodos prolongados. Ainda mais preocupante, a qualidade da medicação é altamente variável."

G1

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