Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo Hospital São Paulo em greve |
A greve que os médicos residentes que começou nesta terça-feira (23) suspendeu o atendimento nos ambulatórios do Hospital da Universidade Federal de São Paulo. Desde a semana passada, as cirurgias e as internações que não são de emergência já estavam comprometidas por causa de uma grave crise financeira.
Sem saber da greve, cerca de 20 pessoas chegaram ao hospital antes do dia clarear, como mostrou o Bom Dia São Paulo.
Sem saber da greve, cerca de 20 pessoas chegaram ao hospital antes do dia clarear, como mostrou o Bom Dia São Paulo.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável pelo hospital, informou que as internações foram retomadas na sexta-feira (19), priorizando os pacientes oncológicos. A assessoria da universidade afirma ainda que, "com a progressiva normalização de insumos e demais condições, mais pacientes de outras especialidades serão chamados".
De acordo com o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simep), a falta de recursos ainda prejudica a condição de atendimento dos pacientes. A Secretaria Estadual de Saúde anunciou, na quinta-feira (18), que repassaria R$ 3 milhões ao hospital, com a condição de que os atendimentos fossem retomados.
Segundo o Simep, os residentes do hospital consideram que a verba oferecida pela secretaria só vai durar cerca de um mês, não sendo suficiente para resolver os problemas de atendimento.
A Unifesp afirma que a Reitoria da universidade não foi informada oficialmente da greve dos residentes, mas esclarece que considera as reivindicações do sindicato legítimas e trabalha para que sejam atendidas.
Hospital referência
Referência em atendimento de alta complexidade, o hospital está superlotado. Dezenas de pacientes foram acomodados em cadeiras e macas nos corredores. A realização de cirurgias de baixa e média complexidade que não são de urgência também estão suspensas. Quem procurou marcar uma intervenção cirúrgica nesta quinta também não conseguiu.
Referência em atendimento de alta complexidade, o hospital está superlotado. Dezenas de pacientes foram acomodados em cadeiras e macas nos corredores. A realização de cirurgias de baixa e média complexidade que não são de urgência também estão suspensas. Quem procurou marcar uma intervenção cirúrgica nesta quinta também não conseguiu.
O centro médico tem capacidade para 300 pacientes, mas atende, em média, 900 pessoas por dia. De acordo com o Hospital São Paulo, a grave situação orçamentária e a greve dos servidores federais ocasionou a redução do quadro de pessoal, diminuindo a capacidade da unidade de internação.
Em outubro de 2014, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que é responsável pela unidade, requisitou R$ 2,5 milhões a mais por mês para conseguir manter o hospital. Parte do dinheiro foi enviada pela Secretaria Estadual da Saúde e pelo Ministério da Saúde, mas não foi o suficiente para sanar os problemas.
Segundo informou o hospital, há negociações em andamento com o Ministério da Educação/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e os gestores locais para equacionar essa condição.
G1
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