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domingo, 2 de outubro de 2011

Menor homem do mundo continua na infância por causa de doença

JunreyJunrey Balawing, com 18 anos hoje, parou de crescer quando tinha um ano

O filipino Junrey Balawing, o menor homem do mundo, com apenas 60 cm de altura, vive preso à infância por causa de uma doença que interrompeu seu crescimento e o faz se comportar como um bebê.

Junrey, que completou 18 anos em junho, passa a maior parte do dia olhando a rua em sua humilde casa, onde mora com os pais e três irmãos mais novos, em uma região montanhosa do município de Sindangan, no sul das Filipinas.

Por chegar à maioridade, o livro Guinness declarou em 12 de junho que ele é o menor homem do planeta, com 59,9 cm. Apesar de ser considerado adulto, nada em seu comportamento o diferencia de um bebê, e assim o tratam as pessoas próximas.

A mãe do rapaz, Concepción Balawing, de 36 anos, não o deixa sozinho em nenhum momento, já que Junrey não consegue andar nem ficar em pé, e o carrega nos braços o tempo todo como se tivesse um ano, idade em que o filipino parou de crescer.

"Quando dei à luz, Junrey estava bem. Ele parou de se desenvolver como uma pessoa normal mais tarde. Quando tinha pouco mais de um ano o médico receitou alguns remédios para fortalecer os ossos, mas ele cresceu muito pouco", explica Concepción.

"Só voltamos a levá-lo ao médico aos 12 anos e o médico nos disse que ele não poderia andar e que não cresceria mais. E nos garantiu que não havia mais nada a fazer, apesar de termos ido a outro médico". Apesar de aparentemente só ser capaz de balbuciar algumas palavras e de repetir o que dizem seus pais, a mãe do rapaz afirma que "seu cérebro funciona bem".

Seu pai, Reynaldo Balawing, de 38 anos, considera que, apesar das aparências, seu filho é consciente do problema e ressalta que "se sente inferior as outras crianças porque muitas o ignoram quando ele as chama".

A situação de Junrey o impediu de ir à escola e ter amigos de sua idade, embora seus pais garantam que algumas crianças da vizinhança brincam com ele de vez em quando e o carregam no pequeno triciclo dado pelo prefeito da cidade.

Quando não está olhando a rua ou brincando com o triciclo, Junrey recorta papéis e pinta cadernos. Seus três irmãos, com idades entre nove e 13 anos, ajudam sua mãe a cuidá-lo e o chamam de "kuya", palavra da língua tagalo usada para mostrar respeito pelos irmãos mais velhos.

A concessão do recorde do mundo causou comoção nesta humilde família que vive da pequena renda do trabalho como ferreiro de Reynaldo, mas não tirou a família de Junrey da pobreza.

Fonte R7

Norte e Nordeste “somem” do mapa de transplantes por falta de médico e equipamento

Acre e Sergipe têm número insignificante de transplantes

O Brasil comemora o aumento no número de doadores e de transplantes de órgãos a cada ano. No último balanço divulgado na semana passada pelo Ministério da Saúde, pela primeira vez o país chega a 11,1 doadores por milhão. No ano passado, a conta fechou com 9,9.


Em linhas gerais, o índice representa 13% de crescimento no número de transplantes realizados no país neste semestre, passando dos 1.896 em 2010, para 2.144. Ainda segundo o Ministério da Saúde, o país deve atingir a marca de 23 mil transplantes neste ano, contra os 21.040 do ano anterior.

No entanto, essa realidade positiva não é a mesma nos Estados do Norte e Nordeste, cuja média de doadores e de transplantes é bastante inferior, segundo o relatório semestral da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), referente aos transplantes realizados em 2011.

Nele, apenas dois Estados da região Norte - Acre e Pará - aparecem na lista, sendo que o primeiro surge com média de zero por milhão, número praticamente insignificante de transplantes.

O Pará, por sua vez, surge com uma média de 2,4 transplantes realizados por milhão de população, totalizando somente nove cirurgias no período.

Os outros cinco Estados da região – Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins – simplesmente não aparecem no relatório. Isto é, não possuem sequer um sistema capaz de captar órgãos e muito menos transplantá-los.

No Acre, foram realizados recentemente dois transplantes de rim de doador morto e outros dois de pacientes vivos, afirma Regiane Ferrari, coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Acre. A pouca quantidade ocorre pela falta de um programa específico no Estado, a que a secretária afirma estar em fase de implantação.

- Não temos um grupo preparado ainda para captação. Mas a gente está em fase de implantação da OPO (Organização de Procura de Órgão), o instrumento para fortalecer a busca. Em 60 dias ele estará habilitado no Acre.

Sergipe, no Nordeste, tem exemplo semelhante. A média de zero transplante por milhão é consequência de graves problemas estruturais, como falta de equipamentos básicos e de pessoal capacitado, explica Benito Oliveira Fernandez, coordenador da central de transplantes de Sergipe.

- Foram realizados dois transplantes de múltiplos órgãos, três transplantes de rim e 99 transplantes de córnea em 2011. A dificuldade dos hospitais de conseguir fechar o protocolo de morte encefálica vem levando a essa deficiência.

Isso ocorre porque apenas o Hospital de Urgência de Sergipe possui os equipamentos necessários para detectar a morte cerebral – um eletroencefalograma e um doppler transcraniano – em todo o Estado.

A pouca estrutura obriga outros hospitais do Estado a terem de transferir o corpo de um paciente para esse hospital a fim de se fazer os exames. A maratona torna a possibilidade do transplante de pulmão e coração, por exemplo, praticamente inviável pela falta de agilidade no processo, conta.

- Apesar de o coração ter autonomia [continua batendo, mesmo num corpo morto], o próprio balançar do transporte pode acarretar uma parada cardíaca, impedindo a chance de o paciente ser um doador.
Fernandez afirma, no entanto, que a secretaria já está analisando a compra de mais equipamentos para o Estado.

Alagoas (1,3 pmp), Bahia (4,6 pmp), Maranhão (0pmp), Paraíba (2,7pmp), Pernambuco (7,5 pmp) e Piauí (2,6 pmp) são outros exemplos de Estados nordestinos que ficam bem abaixo da média nacional de doadores por milhão de população.

Saúde pública influencia na precariedade
A disparidade entre Estados se dá pela descentralização dos programas de transplante, que dependem da vontade política dos Estados para ser concluídos, explica Heder Borba, coordenador-geral do SNT (Sistema Nacional de Transplantes) do Ministério da Saúde.

- Há um acúmulo de profissionais capacitados em regiões mais desenvolvidas e uma dificuldade de fixação desses profissionais em regiões como o Acre e Tocantins.

Enquanto São Paulo possui um programa de captação de órgãos e de transplantes há mais de dez anos, Tocantins e Acre ainda estudam a implantação dos seus. Por isso, o grande objetivo do governo é levar esses programas a regiões mais remotas, afirma Borba.

- O maior desafio é conseguirmos que nesses locais de difícil acesso se desenvolva alguns transplantes. Mas não temos a pretensão de que todos os tipos sejam feitos em todos os Estados porque pode cair a qualidade.

Além da política, a capacitação de profissionais nessas regiões ainda precisa ser reforçada. Borba dá como exemplo o bem-sucedido programa do Rio Grande do Norte, que ultrapassou a média nacional, e agora fechou o semestre com 16,4 doadores por milhão, de acordo com a ABTO. A taxa de doadores praticamente triplicou no Estado em relação aos anos anteriores.

Mas é o Ceará que mais destoa da realidade nordestina. O Estado apresentou a maior média de transplantes por milhão de população da região (16,8), neste semestre. E na taxa de transplante de fígado atingiu 18,2 pmp, índice maior do que de São Paulo (16,5 pmp).

O sucesso nos dois Estados partiu de investimentos estaduais na capacitação de profissionais. No RN, por exemplo, hospitais receberam especialistas de outros Estados já treinados para trabalhar com a captação e transplantes.

Falta de capacitação e investimentos também
Os dois exemplos acima dão o tom: quanto maior o investimento em pessoal e equipamentos, maiores as chances de aumentarem as doações e os transplantes. Isso porque a pessoa capacitada para trabalhar no sistema sabe todo o trâmite necessário, desde conversar com a família, fazer o diagnóstico de morte cerebral até encaminhar o órgão para a pessoa certa, que o espera numa imensa fila.

E, no Brasil, ainda há poucas pessoas capazes de fazer tudo isso, explica Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO.

Para suprir essa lacuna, a associação oferece cursos de capacitação até mesmo para quem não é da área médica, já que o intuito é que as pessoas tenham mais informações sobre como doar.

- Faltou investimento por muitos anos e não acontece [uma mudança] da noite para o dia. E até quem treinamos nos últimos anos fica sem trabalho por falta investimento dos Estados.

A imensa fila de pessoas que esperam um transplante é outro meio que deve ser mais bem administrado a fim de melhorar o sistema.

Filas precisam ser superadas
De acordo com ministério, até o dia 30 de setembro, mais de 31 mil pessoas esperam por um transplante no Brasil. Apesar de ter havido uma queda de 12% em relação a dezembro de 2010 (36.256), a intenção é diminuir a fila e, em casos de órgãos mais fáceis de serem captados e transplantados, como rins, e tecidos, como a córnea, extingui-la, diz Borba.

- É como enxugar gelo. Você tira a pessoa da fila, mas continua a ter doentes do coração, dos rins, da visão. A meta é zerar a fila de córnea em 2015, mas a fila do rim e do coração é muito difícil de zerar porque o número de pacientes é sempre maior do que o de órgãos à disposição para doação.

Apesar de todas as dificuldades, o Brasil se destaca em número absoluto de transplantes como o terceiro país do mundo, perdendo somente para Espanha e Estados Unidos e tem o maior sistema público de transplantes do planeta.

Segundo Borba, "o governo brasileiro investe R$ 1,2 bilhão por ano e aqui o paciente não paga pela cirurgia, nem pelos medicamentos, como nos Estados Unidos".

Fonte R7

Ioga ajuda a evitar lesões provocadas pela corrida

Técnica deixa tornozelos mais fortes e firmes

Praticar ioga não é bom somente para o corpo e o espírito. Executar seus movimentos é excelente para evitar lesões provocadas por esportes como a corrida.

Lesões nos joelhos e tornozelos podem ser evitadas com seus movimentos de alongamento. A ioga ajuda a deixar não só os tornozelos fortes e flexíveis, como também trabalha os músculos abdominais.

Isso proporciona equilíbrio durante a corrida. O alongamento proporcionado por sua prática impede o encurtamento do músculo e o deixa alongado, impedindo lesões.

A técnica ajuda o corredor a manter o foco do exercício. A força passa a ser mais consciente, deixando apenas ao corpo o trabalho de executá-la.

Fonte R7

Mulher de 27 anos morre de meningite em Salvador; Bahia registra 71 mortes no ano

A meningite tipo C causou mais uma morte na Bahia. Dessa vez, a vítima foi uma mulher de 27 anos que vivia em Salvador.

Do início do ano até agora, pelo menos 71 pessoas morreram em decorrência da doença, sendo quatro funcionários da rede hoteleira na Costa do Sauípe, onde foi registrado um surto em setembro.

No último dia 22, a Secretaria de Saúde da Bahia também confirmou a morte de uma menina de 9 anos na capital. De acordo com a secretaria, não há risco de surto da doença em Salvador, já que as duas mortes, da criança e da mulher, não têm relação entre si e ocorreram em bairros diferentes da cidade.

Para a secretaria, o surto de meningite na Costa do Sauípe terminou, pois não foram identificados novos casos entre funcionários da rede hoteleira desde o dia 10 deste mês. Foram confirmados sete casos e quatro mortes na região. “É necessário destacar que esse foi o primeiro e único surto ocorrido este ano no estado e que não houve surto de meningite meningocócica C em nenhuma outra região da Bahia”, alega a secretaria, em nota.

De janeiro a setembro de 2010, a Bahia registrou 87 mortes por meningite.

Fonte Agência Brasil

Secretaria de Saúde de SP convoca 283 prefeituras para novo esforço contra dengue

As cidades mais vulneráveis à circulação do vírus da dengue no estado de São Paulo foram convocadas pela Secretaria da Saúde para iniciar, na próxima semana, uma mobilização contra a doença. Segundo mapeamento feito pelo Centro de Vigilância Epidemiológica, 283 dos 645 municípios paulistas encontram-se nessa situação.

A classificação de risco das cidades foi feita com base em indicadores como série histórica de casos de dengue, índices de infestação predial (presença de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença) e densidade populacional.

Na segunda-feira (3), o governo paulista vai lançar com os prefeitos dos 283 municípios o novo Plano Estadual de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue para o período 2011-2012. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), as ações de campo para o controle de criadouros do Aedes aegypti devem ser executadas pelos municípios.

“A entrada em circulação do subtipo 4 do vírus da dengue no estado aumenta o número de pessoas suscetíveis à doença, ampliando o risco de casos graves e mortes. Por isso, essa mobilização é fundamental para que os municípios estejam preparados, tanto do ponto de vista do controle do vetor [mosquito] quanto da adequada assistência médica aos pacientes com suspeita de dengue”, declarou Giovanni Guido Cerri, secretário estadual de Saúde.

Entre janeiro e agosto de 2011 foram registrados no estado 81,2 mil casos de dengue. O número, segundo a Secretaria de Saúde, é 56% inferior ao mesmo período de 2010 (188,2 mil).

Fonte Agência Brasil

Ministério da Saúde aproveita Rock in Rio para fazer teste de aids e distribuir camisinhas

Até hoje (2), último dia do Rock in Rio, um estande com informações sobre prevenção e diagnóstico precoce do HIV estará à disposição do público. No local, as pessoas podem fazer o teste rápido de aids e receber orientações sobre sexo seguro.

Desde o início do festival, de acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, já foram distribuídas 130 mil camisinhas na Cidade do Rock e 620 pessoas se submeteram ao teste de HIV.

Os profissionais de saúde no local estão preparados para fazer até 300 testes por dia. O exame é feito com apenas um furo no dedo, para recolher uma amostra de sangue. Em seguida, a pessoa é chamada em uma sala reservada para receber, individualmente, o resultado e aconselhamento, no caso de resultado positivo. O estande do ministério funciona das 12h às 14h, mas os testes de HIV podem ser feitos até as 19h.

Fonte Agência Brasil

Alerta: Procon lança campanha em supermercados de SP sobre prazo de validade

Desde ontem (1º), o consumidor que encontrar um produto com prazo de validade vencido nos supermercados de São Paulo vai receber um produto similar, dentro do prazo de validade, gratuitamente.

A ação faz parte da campanha De Olho na Validade, que foi desenvolvida pelo Procon de São Paulo e pela Associação Paulista de Supermercados (Apas). Participam mais de 2,6 mil lojas associadas à Apas em todo o estado de São Paulo, devidamente identificadas com cartazes da campanha.

“[Essa campanha] é importante para conscientizar o cidadão da necessidade de entender as informações que constam das embalagens do produto e, com isso, evitar prejuízos econômicos e à saúde”, disse Paulo Góes, diretor executivo do Procon-SP.
Caso a loja não disponha, naquele momento, de um produto idêntico, o consumidor vai receber um produto similar. Se houver, por exemplo, dois produtos com validade vencida, o consumidor receberá dois produtos similares, gratuitamente. A troca será feita antes de o cliente passar no caixa.

Para o Procon, a participação do consumidor é um meio de reforçar a fiscalização, feita pela Vigilância Sanitária. “Não existe melhor fiscal do que nosso consumidor. Se temos conhecimento e informação, somos cada vez menos dependentes da tutela do Estado. Isso é cidadania. Envolver o consumidor nesse processo é fazer com que a mudança ocorra mais rapidamente”, disse Góes.

A médio e longo prazo, a intenção da Apas é criar mecanismos tecnológicos para que os produtos com validade vencida não sejam mais expostos ao consumidor. “Hoje, no Brasil, a solução que temos ainda é manual. Não há solução tecnológica”, lamentou João Galassi, presidente da Apas.

Consumir produtos com prazo de validade vencida pode causar danos à saúde, como intoxicações, reações alérgicas e distúrbios gastrointestinais. “De maneira geral, quando o produto ultrapassa a data de validade pode estar sujeito a alterações na sua composição, motivadas pela ação de enzimas do próprio produto. Se forem produtos secos, poderão ficar amolecidos. Se forem aquosos, podem azedar. E isso pode causar distúrbios gastrointestinais nas crianças, nos idosos e mesmo nos adultos, dependendo da quantidade ingerida”, explicou Pedro Manoel Leal Germano, professor de Vigilância Sanitária do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

“Em se tratando de prazo de validade, tem que se utilizar até a data certa marcada no produto, nem um dia a mais ou algumas horas a mais”, alertou o professor.

Fonte Agência Brasil

Debate sobre restrições à indústria do cigarro chega ao Rio de Janeiro

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promove na quinta-feira (6) duas audiências públicas sobre a ampliação do rigor no controle de produtos derivados do tabaco.

Entre as propostas está a proibição de aromatizantes na composição de cigarros, que conferem sabor doce, mentolado ou de especiarias. O texto inclui qualquer produto – fumado, inalado ou mascado – que tenha sua composição folhas de tabaco. Países como Estados Unidos e Canadá já proibiram o comércio de cigarros aromatizados.

Outra proposta trata da obrigatoriedade da impressão de imagens de advertências sanitárias nas embalagens de derivados do tabaco e da restrição da propaganda desses produtos em pontos de venda.
O debate ocorrerá às 9h e às 15h no auditório do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. O acesso às audiências públicas será garantido por ordem de chegada. A entrada será liberada uma hora a meia antes do horário previsto.

De acordo com a Anvisa, o órgão já recebeu 250 mil contribuições sobre o tema. As propostas foram apresentadas à sociedade no final de 2010, por meio das consultas públicas 112 e 117. O grande número de sugestões chegou a atrasar o cronograma dos debates, já que as consultas públicas estavam previstas para serem realizadas no primeiro semestre deste ano.

Fonte Agência Brasil

Brasil quer atingir meta de 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de pessoas até 2015

O governo brasileiro pretende alcançar, até 2015, a taxa de 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de habitantes. Atualmente, o índice é 11,1 doadores para cada 1 milhão de pessoas, totalizando cerca de 2 mil doações por ano.

Na última terça-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, foi lançada a campanha Seja um Doador de Órgãos, Seja um Doador de Vidas. O objetivo, de acordo com o Ministério da Saúde, é conscientizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para aumentar o número de transplantes no país.

Para o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Ben-Hur Ferraz-Neto, é possível alcançar a meta definida pela pasta, desde que as ações e os investimentos necessários sejam feitos de forma planejada e estruturada. Uma das iniciativas apoiadas pelo especialista é a capacitação de pessoas que trabalham na captação de órgãos.

“Elas vão conversar com os familiares, vão ser formadoras de opinião dentro de um hospital e do seu próprio bairro. Precisam ser pessoas preparadas para isso, que tenham respostas e passem a informação de forma detalhada e segura.”

Outra sugestão é abordar o tema da doação de órgãos nas faculdades de saúde, incluindo o assunto em currículos de medicina, enfermagem e psicologia, por exemplo.

Ferraz-Neto destacou ainda a importância de esclarecer a população sobre o que é morte encefálica ou morte cerebral – situação em que os batimentos cardíacos são mantidos via aparelhos apenas para manter o fluxo sanguíneo em órgãos que podem ser doados.

“As pessoas precisam receber essa informação no dia a dia, conhecer o processo e passar a ter confiança antes de estar diante da situação de um parente morto e com o coração batendo. Naquele momento de dor, é sempre mais difícil receber a informação, conseguir processá-la e deixar o medo para trás.”

No Brasil, a doação de órgãos precisa ser autorizada pela família do doador – sem a necessidade de um documento assinado pela pessoa que morreu.

Em 2010, 1.896 órgãos foram doados. A projeção para este ano, segundo o ministério, é que o número passe para 2.144 – um aumento de 13%. Já estimativa de transplantes para 2011 é 23 mil, contra 21.040 em 2010.

Do total de transplantes no país, 95% são feitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita. O número de pessoas aguardando um órgão atualmente chega a 36 mil.

Fonte Agência Brasil

Cirurgia de obesidade: menos quilos e mais anos

Apesar dos riscos envolvidos no procedimento, ele ainda seria mais vantajoso que outras estratégias para emagrecer

Indivíduos obesos podem ganhar mais anos de vida ao reduzir drasticamente o peso por meio da cirurgia bariátrica. A constatação vem de uma nova revisão de ensaios clínicos de procedimentos de bypass gástrico e banda gástrica.

Pesquisadores italianos descobriram que passar por um dos dois tipos de cirurgia reduz as chances de morte do paciente em quase que pela metade durante um período médio de estudo de sete a oito anos.

A cirurgia bariátrica pode produzir uma redução prolongada do peso corporal, em níveis muito difíceis de serem alcançados com outras estratégias mais comuns de perda de peso, afirma o médico Luca Busetto, da Universidade de Padova, na Itália.

Isso pode salvar vidas, já que os riscos de morte dos obesos mórbidos são de duas a três vezes maiores, principalmente por problemas de saúde relacionados à obesidade – como o diabetes e a hipertensão – complementou Busetto, que não participou da revisão, mas conduziu um dos estudos incluídos.

Segundo dados da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, cerca de 220 mil americanos passaram por algum tipo de cirurgia de redução de peso em 2009. Tais procedimentos custam entre US$14 mil e US$26 mil, sendo que a opção pelo bypass é um pouco mais cara que pela banda gástrica.

Na cirurgia de bypass gástrico, o estômago do paciente é reduzido do tamanho de uma bola de futebol para o tamanho de uma bola de golfe. O estômago reduzido é então atado ao meio do intestino delgado, fazendo um “atalho” no trato intestinal e assim limitando a absorção calórica.

Já na cirurgia de banda gástrica, o cirurgião introduz uma banda de silicone preenchida com solução salina ao redor da parte superior do estômago, o que deixa o paciente com sensação de saciedade mais rápida. A solução salina pode ser adicionada ou removida, tornando a compressão ajustável.

Para ajudar médicos e pacientes a optarem pela melhor estratégia, o médico Antônio Pontiroli e seu colega Alberto Morabito, ambos da Universidade de Milão, analisaram trabalhos publicados sobre os dois tipos de cirurgia. Eles identificaram oito ensaios diferentes, que incluíam, em média, sete anos e meio de acompanhamento de um total de mais de 44 mil homens e mulheres.

Cerca de 14 mil participantes passaram por cirurgia bariátrica e o restante fez parte do grupo-controle para efeitos comparativos. Os pesquisadores computaram cerca de 3.300 óbitos ao longo dos estudos: 2,8% daqueles que passaram por cirurgia bariátrica e 9,7% entre pacientes semelhantes que não passaram pela cirurgia.

Os dados representaram uma redução das chances de morte por cirurgia bariátrica de 45%. Um benefício semelhante foi encontrado quando a equipe analisou mortes relacionadas especificamente ao coração.

No geral, os índices de mortes foram comparáveis a aproximadamente 10 mil cirurgias de banda gástrica e 4 mil de bypass gástrico, embora os efeitos protetores sobre mortes relacionadas ao coração tenham sido diferentes.

Em comparação ao grupo-controle, a banda gástrica apresentou chances 29% mais baixas de mortes relacionadas ao coração contra a redução de 52% dos riscos no caso do bypass. Os dados foram relatados pela equipe de pesquisa no Annals of Surgery.

Busetto observou que o bypass gástrico geralmente oferece “perda de peso maior e mais rápida” do que a outra opção. Em contrapartida, o bypass é irreversível e oferece chances maiores de complicações graves e mesmo de morte relacionada à cirurgia. Estes riscos, porém, ainda são muito pequenos: cerca de um em cada mil pacientes morre durante uma cirurgia de bypass gástrico.

Além disso, mesmo que os dois tipos de cirurgia possam sair mais caro que outros tratamentos em curto prazo, Busetto diz: “A perda de peso conseguida com a cirurgia bariátrica pode também representar uma economia de dinheiro com o passar do tempo”.

Depois de reduções drásticas de peso, os pacientes costumam constatar que precisam de menos remédios para tratar os problemas relacionados à obesidade, além de faltarem menos no trabalho por motivo de doença.

Para quem está pensando em passar por uma cirurgia bariátrica, Busetto recomenda que, antes de optar por um dos tipos, o interessado deve procure um centro médico onde as duas cirurgias possam ser realizadas para garantir uma discussão honesta dos prós e contras de cada um dos procedimentos em curto e em longo prazo.

“Os pacientes devem estar cientes que a cirurgia bariátrica é altamente eficaz, mais não é uma pílula mágica. Ainda existem fracassos e complicações”, disse ele.

Fonte IG

Redução de estômago aumenta problemas dentários

Pesquisadores encontraram mais cáries, bruxismo e compulsão por mastigar gelo entre pacientes; entenda por que isso acontece

Os efeitos colaterais trazidos pela cirurgia de redução do estômago, chamada de bariátrica, começam a ser mapeados agora, após 10 anos de pacientes submetidos à técnica voltada aos obesos mórbidos.

O Grupo de Estudo da Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo detectou que a saúde bucal é afetada pela cirurgia. Houve aumento de cáries, bruxismo (ranger dos dentes durante à noite) e até compulsão por mastigar gelo, sintomas relatados por 80% dos 114 pacientes avaliados. São três as principais hipóteses para o surgimento desses problemas.

“Estes pacientes estudados foram aqueles que passaram pelas cirurgias mais agressivas, que comprometiam a absorção de vitaminas pelo organismo, um dos prováveis motivos para o enfraquecimento dos dentes”, afirma a cirurgiã dentista e autora do trabalho, Vera Kogler.

Além disso, cita a especialista, a operação altera o ph e a acidez da região estomacal, que afeta também a boca e aumenta a sensação de secura, o que influenciaria a vontade de mastigar gelo e também o aparecimento de cáries.

Outra provável interferência é que o paciente operado precisa comer várias vezes ao dia e nem sempre faz a higiene correta após as pequenas refeições. “Tradicionalmente, os picos de cárie na população acontecem entre os 6 e os 17 anos. Mas percebemos que aqueles que fizeram bariátrica voltam a ter este problema”, completa Vera.

O Grupo de Obesidade do HC agora seleciona novos pacientes, submetidos às técnicas menos invasivas de bariátricas, para verificar se serão desencadeadosos os mesmos efeitos. Outra preocupação é que os idosos, que já têm a arcada dentária mais frágil, também passaram a figurar entre os pacientes submetidos às cirurgias de redução do estômago. “Temos que ter uma preocupação maior ainda com este público”, completa Vera Kloger.

Fonte IG

Dinamarca cria sobretaxa para alimentos que engordam

Produtos como manteiga, leite, queijo, pizza, carne, óleo, azeite passam a pagar mais impostos se tiverem mais de 2,3% de gordura

A partir deste sábado (01/10), produtos como manteiga, leite, queijo, pizza, carne, óleo, azeite e alimentos processados passam a pagar mais impostos na Dinamarca se contiverem mais de 2,3% de gordura saturada.

Segundo o jornal "Copenhagen Post", um pacote de 250g de manteiga sofrerá um aumento de mais de 14%, enquanto o litro do azeite de oliva custará 7% a mais.

A medida vem gerando polêmica tanto entre consumidores - que terão de gastar mais na sua compra de supermercado - quanto entre porta-vozes da indústria. A Federação Dinamarquesa de Alimentos e Bebidas disse que a decisão pode levar muitos cidadãos a simplesmente cruzar a fronteira e fazer suas compras na Alemanha.

Segundo correspondentes, às vésperas do aumento, a população fez compras em grandes quantidades de produtos como manteiga, queijo e azeite. "Foi uma semana caótica, com muitas prateleiras vazias. As pessoas encheram suas geladeiras", disse à agência AFP o proprietário de um supermercado em Copenhague.

Benefício para a saúde
A taxa também não é unanimidade entre os cientistas: uma parte da comunidade científica defende que a gordura saturada não é necessariamente o maior inimigo da silhueta. Segundo estes especialistas, mais nocivo é o excesso de sal, açúcar e carboidratos refinados (presente em alimentos como o arroz branco, macarrão, massas e outros feitos a partir de farinha de trigo refinada, como pão branco, biscoitos e bolachas).

Segundo um estudo recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o índice de obesidade na Dinamarca está abaixo dos índices de outros países ricos. Em 2005, 11% da população dinamarquesa podia ser considerada obesa, enquanto a taxa de sobrepeso no país era de 45%.

Entre os países da OCDE, esses números eram de 16% e 50%, respectivamente. Para efeito de comparação, nos EUA, 34% da população são obesos; no México, 30%; no Brasil, 16%; na França, 11%; e no Japão, 3%, ainda de acordo com os números da OCDE.

Fonte IG

Intervenções e medidas de prevenção e controle da resistência bacteriana

Introdução


1. Definição do problema
Um dos mais graves problemas que atingem os hospitais brasileiros, principalmente os universitários, é a emergência de microrganismos resistentes a diversas classes de antimicrobianos: chamados de multirresistentes.

Em 2006, mais de 50% das cepas de S. aureus isolados de pacientes em unidades de terapia intensiva de hospitais da cidade de São Paulo eram resistentes à oxacilina. Além do S. aureus, também temos observado o aumento da incidência de infecções por Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes a cefalosporinas, carbapenens, quinolonas e aminoglicosídeos.


Reflexão
No Brasil, existem grandes diferenças regionais relacionadas com a prevenção e o controle das infecções relacionadas com microrganismos multirresistentes.
Essas diferenças são econômicas, sociais e culturais e afetam diretamente a qualidade dos serviços de saúde, especialmente os programas de controle de infecção.

Como é a sua realidade??
Quais são os fatores que mais preocupam??

Diversos estudos demonstram a eficácia das medidas de prevenção e controle da resistência microbiana:
  • Vigilância de pacientes colonizados e/ou infectados por microrganismos multirresistentes;
  • Higienização das mãos;
  • Instituição de precauções de contato para pacientes colonizados e/ou infectados por microrganismos multirresistentes;
  • Controle do uso de antimicrobianos.


As bactérias multirresistentes são definidas como microorganismos que são resistentes a várias classes de antimicrobianos. Os principais patógenos caracterizados como multirresistentes são:
- Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii resistentes aos carbapenêmicos;
- Enterobactérias produtoras de ESBL (beta-lactamase de espectro ampliado);
- Enterococcus spp. resistente a vancomicina (VRE);
- Staphylococcus aureus resistente a oxacilina ou metilcilina (MRSA);
- Identificação de patógenos com novos mecanismos de resistência, não encontrados na microbiota da instituição.


Cada Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) deverá estabelecer sua política de controle dos patógenos multirresistentes, adaptados a sua realidade, começando pela definição destes em cada instituição.





Reflexão
A transmissão de microrganismos multirresistentes de paciente para paciente, usualmente por meio das mãos dos profissionais de saúde ou de equipamentos contaminados, tem sido o maior fator para o aumento na incidência destas bactérias.
E em sua instituição?
Existem recomendações para a higienização das mãos?



Na maioria das vezes, a infecção por patógeno multirresistente tem manifestação clínica similar e virulência comparável à infecção por patógeno sensível, entretanto, estudos recentes mostram uma associação de infecções por bactérias multirresistentes e o aumento de morbidade e mortalidade, notadamente com MRSA.

Os microrganismos multirresistentes são introduzidos nas instituições de duas formas principais:
  • Por pacientes colonizados e/ou infectados por microrganismos multirresistentes;
  • Devido à pressão seletiva ocasionada pelo uso de antimicrobianos.
Os patógenos gram-positivos (MRSA e VRE) são mais relacionados à presença de pacientes colonizados/infectados, enquanto os bacilos gram-negativos (Klebsiella spp., Pseudomonas spp., Acinetobacter spp.) são mais associados à pressão seletiva pelo uso de antimicrobianos, apesar da transmissão entre pacientes também ocorrer e estar relacionada a surtos no ambiente hospitalar.



A combinação de pacientes susceptíveis devido à doença de base e uso de procedimentos invasivos, com a utilização prolongada e abusiva de antimicrobianos, juntamente com a ocorrência da transmissão cruzada de microrganismos entre pacientes tem sido a fórmula ideal para o surgimento das infecções por bactérias multirresistentes.
Sugere-se que o problema da resistência aos antimicrobianos teria duas causas principais:
  • Emergência de microrganismos resistentes;
  • Disseminação dessa resistência.
A associação entre o uso dos antimicrobianos e o desenvolvimento da resistência tem sido repetidamente demonstrada por vários pesquisadores. Dessa forma, o uso prudente dos antimicrobianos, juntamente com as medidas de prevenção e controle, associado ao treinamento das equipes de saúde são os instrumentos disponíveis para evitar e retardar a disseminação da resistência bacteriana aos antimicrobianos.

Certamente não poderemos evitar totalmente a emergência da resistência entre os microrganismos, pois isso faz parte de evolução natural destes. Entretanto, muito pode ser feito para postergar essa emergência e, sobretudo, para evitar sua disseminação.


Fonte http://www.damedpel.com/CDD/4oAno/CGA/Antimicrobianos%20MS%20-%202008/opas_web/modulo5/def_introducao6.htm

Intervenções e medidas de prevenção e controle da resistência bacteriana: Precauções e isolamento

1. O objetivo básico de um sistema de precauções e isolamento é a prevenção da transmissão de microrganismos:
  • De um paciente para outro paciente;
  • De um paciente para um profissional da saúde;
  • De um portador são ou doente para outro.
Esta prevenção abrange medidas referentes aos pacientes, mas também aos profissionais da saúde, que podem servir de veículo de transmissão destes microrganismos. Para patógenos multirresistentes devem ser instituídas as chamadas precauções de contato.

Em 2007, o HIPAC-CDC publicou uma nova revisão sobre recomendações para isolamento e precauções em serviços de saúde.

Clique aqui para conhecer essas recomendações.

1.1. Indicações de precauções e isolamento

Clique os links a seguir:

Unidades de Terapia Intensiva
- Pacientes colonizados ou com infecção por patógenos multirresistentes;
- Pacientes submetidos às culturas de vigilância que tenham sido transferidos de outros hospitais, até o resultado negativo das mesmas.

Enfermarias
- Pacientes colonizados ou com infecção por patógenos multirresistentes;
- Se a instituição tiver um número grande de casos e dificuldade de estrutura para isolar todos os pacientes colonizados ou com infecção, devem ser priorizados os pacientes com dispositivos invasivos ou ferida aberta (sítio cirúrgico, abscessos, drenos);
- Nos pacientes com VRE, o isolamento deve ser realizado independentemente da presença de dispositivos invasivos.

Tipo de Isolamento e precauções que devem ser instituídos: Contato
- Quarto privativo ou coorte com pacientes apresentando infecção ou colonização pelo mesmo patógeno e, se não for possível, manter paciente em leito nas extremidades da unidade com identificação;
- Manter preferencialmente um profissional exclusivo para os cuidados do paciente;
- Avental e luvas de uso único antes de entrar em contato com o paciente ou material infectante;
- Lavar as mãos com anti-séptico (PVPI ou clorexidina degermantes) ou utilizar álcool gel, antes e após o contato com o paciente ou material infectante. Lavar as mãos após a retirada das luvas;
- Uso de artigos (estetoscópio, aparelho de pressão, termômetros) individualizado para o paciente ou, se não possível, proceder à desinfecção como especificado a seguir;
- Processar os materiais e superfícies conforme especificado.

Manutenção do isolamento
- Pacientes internados em UTIs: até a alta do paciente;
- Pacientes internados em Enfermarias: manter o isolamento enquanto o paciente estiver com dispositivos invasivos ou feridas abertas (ferida cirúrgica, drenos) no caso de infecção ou colonização por gram-negativos multirresistentes ou até a alta se colonizado ou infectado por VRE.

1.2. Limpeza e desinfecção de artigos e superfícies do ambiente de pacientes com colonização ou infecção por patógenos multirresistentes

ARTIGOS
LIMPEZA/DESINFECÇÃO
Aparelhos de medir pressão
- Tecido: enviar à lavanderia
- Restante: fricção com álcool a 70% por 30 segundos
Circuitos respiratórios e artigos de terapia inalatória
- Manter procedimentos de limpeza e desinfecção da instituição
Comadres, papagaios e medidores de urina.
- Limpeza mecânica com água e sabão seguido de desinfecção com álcool a 70%
Estetoscópio
- Fricção com álcool a 70% por 30 segundos
Mobiliário: cama, colchão, mesas, suporte de soro.
- Limpeza com água e sabão seguido de fricção com álcool a 70% por 30 segundos
Pisos e paredes
- Limpeza com água e sabão
Termômetros
- Limpeza com água e sabão e fricção com álcool a 70% por 30 segundos

Higiene das mãos

Técnica de higiene das mãos com água e sabão
Clique aqui para conhecer a publicação da ANVISA com recomendações sobre a higienização das mãos em serviços de saúde.

Como lavar as mãos com água e sabão:
- Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia.



- Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir quantidade recomendada pelo fabricante).
- Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.
- Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.
- Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
- Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com moviemnto de vai-e-vem e vice-versa.
- Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa.
- Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa.
- Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa.

-
Enxaguar as mãos, retirando os resíduos dos dedos paraos punhos. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira.

- Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira para resíduos comuns.


Fonte http://www.damedpel.com/CDD/4oAno/CGA/Antimicrobianos%20MS%20-%202008/opas_web/modulo5/blo_higiene8.htm

Toalha de papel elimina mais germes do que secador de ar quente?

Estudos ajudam a desvendar essa dúvida comum em quem tem o hábito de lavar frequentemente as mãos

O ritual de limpar as mãos é simples: lavá-las cuidadosamente com água e sabão. Mas quando desliga a torneira, você pega a toalha de papel ou usa o secador de ar quente?

Como as bactérias se proliferam nas mãos molhadas, o método que remove mais umidade deve, teoricamente, ser mais eficaz. Contudo, alguns estudos sugerem a interferência de outros fatores.

Algumas pesquisas têm demonstrado que os secadores de ar convencionais – e os mais recentes, com sistemas de jato de ar, em que os usuários enfiam as mãos em um recipiente enquanto o ar dispara rapidamente – são áreas de reprodução de bactérias, que contaminam as mãos e dispersam os germes. Mas esses estudos podem apresentar um conflito de interesses: o financiamento da indústria do papel.

No ano 2000, a Clínica Mayo conduziu um dos poucos estudos independentes sobre a questão. Os pesquisadores recrutaram 100 pessoas, contaminaram suas mãos e, em seguida, lhes instruíram a lavá-las com água e sabão. Depois disso, pediram que passassem as mãos sob um secador de ar quente durante 30 segundos ou utilizassem um pano ou toalha de papel descartável por 15 segundos.


No final, os cientistas observaram um empate: os dois métodos secaram bem as mãos e produziram reduções equivalentes de bactérias. Outros estudos que analisaram antissépticos com álcool mostraram que eles eliminam a maioria das bactérias, mas nem todos os vírus, como o norovírus (que pode causar infecção do sistema gastrointestinal). Além disso, para serem eficazes, eles devem conter pelo menos 60 por cento de álcool em sua composição.

Conclusão: a melhor evidência disponível indica que o método de secagem é menos importante do que a quantidade de tempo investido na eliminação dos germes: quanto mais tempo, melhor.

Fonte IG

Sabonetes antibacterianos: quem realmente precisa?

Eles prometem matar quase 100% dos germes. Mas especialistas dizem que uso só é recomendado para alguns casos

Na embalagem dos sabonetes antibacterianos o destaque “elimina 99,9% dos germes ou das bactérias” chama a atenção. Quem está preocupado com saúde e higiene não hesita em levar o produto para casa, para lavar as mãos ou mesmo usar no banho.

Mas será que eles realmente acabam com esses microorganismos?
"Esses sabonetes contêm triclosan, um efetivo agente anti-séptico. Dependendo dos germes (entre eles o E.Coli e o S. Aureus), os sabonetes podem eliminá-los, sim. Mas a pergunta é: ‘eu preciso eliminar 99,9% dos germes?' E a resposta é não”, diz o infectologista Marcos Antonio Cyrillo, membro diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

“Nossa pele é colonizada por muitos microrganismos, o que não necessariamente é indesejável. Não precisamos eliminar as bactérias da superfície do corpo e nem é possível fazê-lo por completo”, argumenta a dermatologista Suzy Rabello, do Hospital Bandeirantes, de São Paulo.

No dia a dia, segundo os médicos, para tirar o excesso dos germes um sabonete de pH neutro já daria conta do recado.

Apenas em situações especiais esses sabonetes seriam recomendados. Por exemplo, quando a pessoa apresenta lesões ou infecções de pele.

“Esses produtos são muito irritativos e costumam ressecar a pele. Como medida higiênica de uso diário não há indicação. Evite principalmente em bebês, que têm a pele muito mais sensível”, aconselha Suzy.

Outro problema que a utilização excessiva e sem necessidade desses produtos pode causar é a criação de bactérias mais resistentes. “Inclusive resistentes a antibióticos”, alerta Cyrillo.

Até para a higiene íntima eles só devem ser utilizados se recomendados por um médico. “Para as mulheres, o uso de sabonetes específicos é muito mais adequado que os antibacterianos, pois o pH dos sabonetes íntimos já é próprio para manutenção das condições genitais e eles também são menos agressivos, menos irritantes à mucosa. Os genitais masculinos podem ser lavados com sabonetes glicerinados ou comuns, não havendo suscetibilidade da pele e da mucosa às variações de pH que ocorrem para a mulher”, explica a dermatologista.

Agora, caso haja indicação do uso do sabonete antibacteriano, melhor optar pela versão líquida. “Aquela água que fica parada sobre o sabonete em barra ou na saboneteira pode se tornar meio de proliferação de bactérias”, diz o infectologista.

Fonte IG