1. Definição do problema
Um dos mais graves problemas que atingem os hospitais brasileiros, principalmente os universitários, é a emergência de microrganismos resistentes a diversas classes de antimicrobianos: chamados de multirresistentes.
Em 2006, mais de 50% das cepas de S. aureus isolados de pacientes em unidades de terapia intensiva de hospitais da cidade de São Paulo eram resistentes à oxacilina. Além do S. aureus, também temos observado o aumento da incidência de infecções por Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes a cefalosporinas, carbapenens, quinolonas e aminoglicosídeos.
Em 2006, mais de 50% das cepas de S. aureus isolados de pacientes em unidades de terapia intensiva de hospitais da cidade de São Paulo eram resistentes à oxacilina. Além do S. aureus, também temos observado o aumento da incidência de infecções por Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa resistentes a cefalosporinas, carbapenens, quinolonas e aminoglicosídeos.
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Diversos estudos demonstram a eficácia das medidas de prevenção e controle da resistência microbiana:
- Vigilância de pacientes colonizados e/ou infectados por microrganismos multirresistentes;
- Higienização das mãos;
- Instituição de precauções de contato para pacientes colonizados e/ou infectados por microrganismos multirresistentes;
- Controle do uso de antimicrobianos.
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Na maioria das vezes, a infecção por patógeno multirresistente tem manifestação clínica similar e virulência comparável à infecção por patógeno sensível, entretanto, estudos recentes mostram uma associação de infecções por bactérias multirresistentes e o aumento de morbidade e mortalidade, notadamente com MRSA. | |
Os microrganismos multirresistentes são introduzidos nas instituições de duas formas principais:
Os patógenos gram-positivos (MRSA e VRE) são mais relacionados à presença de pacientes colonizados/infectados, enquanto os bacilos gram-negativos (Klebsiella spp., Pseudomonas spp., Acinetobacter spp.) são mais associados à pressão seletiva pelo uso de antimicrobianos, apesar da transmissão entre pacientes também ocorrer e estar relacionada a surtos no ambiente hospitalar. |
A combinação de pacientes susceptíveis devido à doença de base e uso de procedimentos invasivos, com a utilização prolongada e abusiva de antimicrobianos, juntamente com a ocorrência da transmissão cruzada de microrganismos entre pacientes tem sido a fórmula ideal para o surgimento das infecções por bactérias multirresistentes.
Sugere-se que o problema da resistência aos antimicrobianos teria duas causas principais:
- Emergência de microrganismos resistentes;
- Disseminação dessa resistência.
A associação entre o uso dos antimicrobianos e o desenvolvimento da resistência tem sido repetidamente demonstrada por vários pesquisadores. Dessa forma, o uso prudente dos antimicrobianos, juntamente com as medidas de prevenção e controle, associado ao treinamento das equipes de saúde são os instrumentos disponíveis para evitar e retardar a disseminação da resistência bacteriana aos antimicrobianos.
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Fonte http://www.damedpel.com/CDD/4oAno/CGA/Antimicrobianos%20MS%20-%202008/opas_web/modulo5/def_introducao6.htm
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