Desde ontem (1º), o consumidor que encontrar um produto com prazo de validade vencido nos supermercados de São Paulo vai receber um produto similar, dentro do prazo de validade, gratuitamente.
A ação faz parte da campanha De Olho na Validade, que foi desenvolvida pelo Procon de São Paulo e pela Associação Paulista de Supermercados (Apas). Participam mais de 2,6 mil lojas associadas à Apas em todo o estado de São Paulo, devidamente identificadas com cartazes da campanha.
“[Essa campanha] é importante para conscientizar o cidadão da necessidade de entender as informações que constam das embalagens do produto e, com isso, evitar prejuízos econômicos e à saúde”, disse Paulo Góes, diretor executivo do Procon-SP.
Caso a loja não disponha, naquele momento, de um produto idêntico, o consumidor vai receber um produto similar. Se houver, por exemplo, dois produtos com validade vencida, o consumidor receberá dois produtos similares, gratuitamente. A troca será feita antes de o cliente passar no caixa.
Para o Procon, a participação do consumidor é um meio de reforçar a fiscalização, feita pela Vigilância Sanitária. “Não existe melhor fiscal do que nosso consumidor. Se temos conhecimento e informação, somos cada vez menos dependentes da tutela do Estado. Isso é cidadania. Envolver o consumidor nesse processo é fazer com que a mudança ocorra mais rapidamente”, disse Góes.
A médio e longo prazo, a intenção da Apas é criar mecanismos tecnológicos para que os produtos com validade vencida não sejam mais expostos ao consumidor. “Hoje, no Brasil, a solução que temos ainda é manual. Não há solução tecnológica”, lamentou João Galassi, presidente da Apas.
Consumir produtos com prazo de validade vencida pode causar danos à saúde, como intoxicações, reações alérgicas e distúrbios gastrointestinais. “De maneira geral, quando o produto ultrapassa a data de validade pode estar sujeito a alterações na sua composição, motivadas pela ação de enzimas do próprio produto. Se forem produtos secos, poderão ficar amolecidos. Se forem aquosos, podem azedar. E isso pode causar distúrbios gastrointestinais nas crianças, nos idosos e mesmo nos adultos, dependendo da quantidade ingerida”, explicou Pedro Manoel Leal Germano, professor de Vigilância Sanitária do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
“Em se tratando de prazo de validade, tem que se utilizar até a data certa marcada no produto, nem um dia a mais ou algumas horas a mais”, alertou o professor.
Fonte Agência Brasil
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