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terça-feira, 27 de junho de 2017

Aumentam estatísticas de acidentes com queimaduras no período das férias

QueimaduraA garotada tem muito a comemorar com a chegada do mês de junho

É que com ele chegam as festas caipiras e, no próximo mês, os pequenos estarão de férias escolares. Com isso, os pais precisam ficar em alerta para evitar acidentes graves como queimaduras.

Nas festas caipiras os acidentes podem ocorrer com o uso de balões inflamáveis, fogueiras e caldos quentes, e as férias escolares das crianças, quando muitas delas soltam pipas às vezes em locais com fios de alta tensão, são fatores que podem contribuir para o crescimento de ocorrências neste mês.

O manuseio incorreto de líquidos quentes como óleo e água, são alguns dos vilões que provocam acidentes dentro de casa.

É preciso destacar que as crianças são vítimas mais frágeis a uma queimadura pelo fato de a pele ser mais fina e haver uma camada de gordura menor que nos adultos, deixando os órgãos mais perto da pele, o que pode agravar o ferimento.

No Hospital Estadual Infantil de Vitória (HEINSG), ano passado 167 crianças foram internadas no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade hospitalar. Este ano, o número de internações até a última segunda-feira (19) já chega a 103 casos.

De acordo com o cirurgião plástico e coordenador do CTQ, Fábio Pimenta, 80% dos casos que chegam ao hospital são por escaldadura por água fervente. Já a segunda principal causa de queimaduras acontece com óleo, em adolescentes, na cozinha.“A maioria das queimaduras acontece no ambiente doméstico (70% a 80%) e pode ser evitada”, disse.

Ele destacou ainda que muitas crianças de colo sofrem queimaduras enquanto as mães estão com elas realizando atividades domésticas na cozinha.“Nessas situações é comum as mães derramarem alimentos e/ou água quente sobre as mesmas ou as crianças (pela proximidade) batem com as mãozinhas nos utensílios domésticos e derrubam sobre elas mesmas. A maioria são queimaduras graves e profundas, geralmente em crianças de colo que se queimaram enquanto a mãe preparava algo no fogão. São situações preocupantes”.

No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, somente no ano passado foram 882 pessoas foram classificadas com algum tipo de queimadura, e 239 foram internadas.

Este ano, até maio,392 pessoas foram classificadas com queimaduras, e 104 precisaram de internação.

Dicas para evitar acidentes

Nas festas caipiras:
  • Não fornecer fogos de artifícios a menores. Os fogos de artifício e afins devem ser manuseados apenas por profissionais.
  • Mantenha as crianças longe das fogueiras. O melhor é que a diversão aconteça com a pescaria, o jogo de argolas, o pula-pula, acertar a boca do palhaço, entre outros.
Em casa
  • Crianças devem ficar longe do fogão, de preferência fora da cozinha quando o fogão estiver sendo utilizado. Os pais devem ficar atentos às atividades dos filhos.
  • Os cabos das panelas devem ser virados para a parte de dentro do fogão e, se for ferver ou fritar algum alimento, é preferível usar as bocas do fundo do fogão. Isso diminui o risco de a criança esbarrar nas panelas.
  • As tomadas devem ser tapadas, os fios desencapados devem ser protegidos, e os famosos “gatos” evitados, pois podem ser a causa de incêndios e curtos-circuitos. Além de evitar fios soltos pela casa ligados em tomadas.
  • Materiais inflamáveis devem ser mantidos à distância das crianças ou, de preferência, evitados em casa pelos pais. É preferível trocar o álcool líquido pelo mesmo produto em gel, pois este é menos inflamável.
  • As crianças devem ser orientadas durante as brincadeiras. Por exemplo, não devem soltar pipas perto de fios de alta tensão porque, além de causar queimaduras muito graves, pode levar a pessoa à morte. Os campos abertos e sem postes são os locais adequados para isso.
  • Manter a torneira do gás fechada quando o fogão não estiver sendo utilizado e, de preferência, colocar a botija de gás do lado de fora da casa.
 Em caso de acidentes
  • Caso seu filho se queime, não passe nada no local afetado. Pomadas, pasta de dentes, manteiga, clara de ovos ou outras receitas caseiras podem prejudicar mais ainda a ferida.
  • Lave a região por 10 minutos em água corrente e busque atendimento médico.
  • Se a chama atingir as roupas, a vítima deve deitar no chão e rolar. Quem estiver por perto deve cobri-la com um lençol ou pano molhado e levá-la imediatamente ao hospital.
  • Não estoure as bolhas, pois há risco de infecção.
Dados
Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória
  • Em 2016, foram internadas 167 crianças com queimaduras. Este ano, esse número era de 103 até o dia 19 de junho.
  • 80% dos casos de queimaduras em crianças são por escaldadura por água fervente.
  • Nos adolescentes a principal causa de queimaduras é com óleo quente.
  • 70% a 80% das queimaduras que vitimam crianças acontecem dentro de casa.
Hospital Jayme dos Santos Neves
  • Em 2016, foram 882 casos classificados como queimaduras atendidos no Hospital. Foram realizadas 239 internações por queimaduras na unidade hospitalar.
  • Este ano, o hospital já registrou 392 casos classificados como queimaduras e realizou 104 internações por queimaduras.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

ONU alerta para crescimento do mercado e da variedade de drogas

Em seu relatório, a Organização destacou que há mais tipos de drogas e que estas estão ainda mais disponíveis e potentes

A ONU divulgou nesta quinta-feira o Relatório Mundial sobre Drogas 2017, que mostra que no mundo há mais tipos de drogas e estas estão mais disponíveis e são mais potentes, enquanto o número de consumidores se mantém estável há cinco anos em 250 milhões de pessoas, 5% da população do planeta. Este “florescimento” do mercado das drogas é o aspecto mais destacado do relatório, divulgado em Viena, que aponta que 29,5 milhões pessoas têm transtornos graves pelo consumo dessas substâncias.

Só uma em cada seis pessoas que precisam de tratamento por estes transtornos recebe assistência, a maioria nos países desenvolvidos, critica o documento. “Aumentou a situação de risco para a saúde pela diversificação e a potência de novas substâncias”, explicou Angela Me, coordenadora do relatório, em uma coletiva de imprensa em Viena. A especialista usou como exemplo o fentanil, um novo analgésico em pó 50 vezes mais potentes que a heroína e que causou numerosas overdoses nos EUA nos últimos anos.

“O mercado das drogas continua evoluindo e o número de substâncias segue aumentando”, acrescentou Me, que explicou que a situação muda a uma velocidade tão rápida que é um grande desafio dar uma resposta legal ao mesmo ritmo. Também surgem novas substâncias psicotrópicas que imitam drogas tradicionais de origem vegetal, como os canabinóides sintéticos, que são um risco, porque são muito mais potentes e sua composição pode ser especialmente nociva. Entre 2009 e 2016, a ONU contabilizou 739 destas substâncias, que aparecem e desaparecem com muita rapidez e cujos componentes químicos variam muito.

A ONU calcula que em 2015 houve pelo menos 190 mil mortes no mundo por uso de drogas, um cálculo muito conservador se for considerado que só nos EUA morreram neste mesmo ano 52,4 mil pessoas por overdose. O grupo de drogas mais letais e daninhas são os opioides, como a heroína e os seus análogos sintéticos, que causam, por overdose, a maior parte das mortes. O seu consumo com seringas é além disso especialmente arriscado porque é mais fácil contrair doenças como hepatite C ou o vírus HIV.

Em 2016, a produção mundial de ópio aumentou 1/3 em comparação com o ano anterior, devido, sobretudo, ao grande crescimento das plantações no Afeganistão. O México é o terceiro país por superfície de papoula, com 26,1 mil hectares, e a sua produção ilegal abastece o mercado dos EUA. Quanto à cocaína, ocorreu um aumento da produção, tráfico e consumo no mundo, tanto nas regiões com maior demanda, Europa e América do Norte, como na Ásia, um mercado novo e crescente para esta droga.

“A fabricação mundial de cloridrato puro de cocaína alcançou 1,12 mil toneladas em 2015, o que representa um aumento geral de 25% com relação a 2013”, indica o reporte sobre a quantidade de cocaína pura manufaturada. “É certo que a produção de cocaína aumentou, mas segue sendo menor que há dez anos. Se esta tendência for a longo prazo, é positiva”, disse Angela Me. A ONU fala de dados de análise das águas residuais em certas cidades – detecta assim certos compostos químicos presentes na droga – para indicar que o consumo de cocaína na Europa aumentou pelo menos 30% entre 2011 e 2016.

“O narcotráfico parece ter aumentado ligeiramente em 2015, e os mercados de algumas drogas, especialmente cocaína e substâncias sintéticas, parecem estar prosperando”, afirma o relatório. Perante uma situação que os especialistas da ONU avaliam como sombria, com poucos avanços, Angela Me destacou como aspecto positivo a cooperação internacional e disse que nunca antes tinha sido expropriada tanta droga, que no caso da cocaína chegou a 864 toneladas. No entanto, estes confiscos também indicam que o mercado das drogas está ascensão.

O relatório aponta que o narcotráfico e as vendas de drogas supõe entre 1/5 e 1/3 dos investimentos de grandes grupos transnacionais de crime organizado. Entre as novas tendências, que são um desafio para a luta contra o crime, está o crescimento da venda de drogas na rede escura (“dark net”) ou internet profunda (“deep web”), onde é preservado o anonimato dos participantes. “As comunicações móveis oferecem novas oportunidades aos traficantes, enquanto ‘a rede escura’ permite aos usuários comprar drogas e medicamentos sem se identificar”, conclui a ONU.

Exame

Anvisa pede retirada de lotes do contraceptivo Gynera e proíbe suplementos

A Anvisa alegou que os lotes analisados do medicamento da Bayer S.A. apresentaram resultados que não atendem à legislação sanitária vigente


Consumidoras que usam o contraceptivo Gynera (gestodeno + etinilestradiol) produzido pela Bayer S.A. devem ficar atentas. Foi publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Diário da União (DOU) desta segunda-feira (26) que 13 lotes deste medicamento não podem mais ser distribuídos ou comercializados.

A Anvisa informou em seu site oficial a determinação de suspender o Gynera e alegou que os lotes analisados do medicamento apresentaram resultados que não atendem à legislação sanitária vigente. “Além da suspensão dos lotes da Gynera, a resolução RE 1.698 de 23 de junho de 2017 determina que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado”, informou a autarquia em seu site.

Quem faz uso contínuo do medicamento deve se atentar aos lotes que estão suspensos, caso tenham sido adquiridos antes que a Bayer retire os mesmos dos pontos de venda. Os lotes irregulares são: BS01EN6; BS01F2H; BS01F2J; BS01F4A; BS01FCF – com vencimento em 04/12/2017.

Estão impedidos de serem distribuídos e comercializados ainda os lotes: BS01FSK; BS01FJH e BS01G1CC com vencimento em 28/06/2018. Os lotes BS01G1D; BS01GJS; BS01GR4; BS01GSS e BS01H6F, com as seguintes datas de validade: 25/08/2018, 26/10/2018 e 26/04/2018.

A reportagem do Brasil Econômico entrou em contato com a Bayer , mas não recebeu retorno da solicitação até o fechamento desta matéria.

Outras suspensões
Foi publicada também no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26) a proibição da venda de alguns produtos fitoterápicos . A autarquia encontrou itens neste segmento sem registro e a empresa não tem Autorização de Funcionamento. Neste caso os produtos que estão impedidos de serem comercializados são: Elixir Útero Bom (sem marca); Ginkgo com Castanha da Índia (Verdes Vida Produtos Naturais) e Concentrado de Plantas Medicinais Calmante (Vida Longa Plus).

Da empresa Roberg Alimentos e Medicamentos da Natureza Ltda, estão impedidos a fabricação e a comercialização dos seguintes medicamentos fitoterápicos: Lactobacillus Acidophilus em sachês da marca Lactivos; Suplemente vitamínico e mineral enriquecido com proteína em capsulas e Suplemente vitamínico e mineral, ambos da marca Rendi Booster; óleo de Borage em cápsulas da marca 06/Will Care e o suplemento vitamínico da marca Will Health Nature Line/ Biotune Up.

Da mesma empresa estão proibidos ainda o suplemento vitamínico a base de cromo, sob a marca Esbelty/DetBio; o suplemento vitamínico e mineral da marca Anima Vitae por Joel Aleixo e o suplemento de vitamina C com acerola e maça, em comprimidos das marcas Erfem e Eremax, informou a Anvisa. 

Foto: Reprodução