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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Estudo confirma risco aumentado de trombose em mulheres que tomam pílulas de nova geração

Estudo confirma risco aumentado de trombose em mulheres que tomam pílulas de nova geração Jefferson Botega/Agencia RBS
Foto: Jefferson Botega / Agencia RBS
Pesquisadores reforçam, contudo, que índices são baixos e contraceptivos são seguros
 
As pílulas anticoncepcionais desenvolvidas mais recentemente têm um risco aumentado de acidentes devido à trombose venosa (formação de coágulos) — confirmou um estudo publicado nesta quarta-feira na revista especializada The BMJ Today.
 
Conduzida por pesquisadores britânicos, o novo estudo mostra que as mulheres que tomam contraceptivos orais combinados que contêm drospirenona, desogestrel, gestodeno e ciproterona têm um risco de trombose venosa quadruplicado em relação àquelas que não tomam pílula. O risco é quase duplicado (1,5 a 1,8 vezes superior) em relação às mulheres que tomam contraceptivos orais de estrogênio mais antigos, que contêm levonorgestrel, noretisterona ou norgestimata.
 
Na França, os riscos cardiovasculares das pílulas de nova geração à venda no mercado — também chamadas de pílulas de terceira e quarta geração — foram bastante explorados pela mídia no final de 2012 e início de 2013. A midiatização e um plano de ação das autoridades sanitárias levaram a uma redução de quase 25% das vendas destes comprimidos em favor das pílulas mais antigas, também chamadas de primeira e segunda geração.
 
Os pesquisadores da Universidade de Nottingham trabalharam sobre duas grandes bases de dados médicos e traçaram uma relação entre o uso de contraceptivos orais e as tromboses venosas observadas nas mulheres com idades entre 15 e 49 anos.
 
Foi possível mostrar que o número de tromboses a mais por 10 mil mulheres tratadas por ano foi menor (seis casos relatados) entre aquelas que tomam as pílulas mais velhas em comparação com aquelas (14 casos) que tomam desogestrel e ciproterona (encontrados na pílula Diane, por exemplo).
 
Risco é baixo e contraceptivos são seguros, afirmam pesquisadores
Mas os pesquisadores também observam que o risco absoluto permanece baixo e que os contraceptivos orais são "extremamente seguros", com um risco de trombose multiplicado por três para todas as pílulas combinadas, enquanto uma mulher grávida tem um risco multiplicado por dez.
 
O estudo confirma os resultados de um estudo dinamarquês publicado em 2011, e um estudo abrangente do sistema de saúde francês, que tinha mostrado uma duplicação do risco de embolia pulmonar (a consequência mais grave da formação de um coágulo nas veias) em usuárias das pílulas de nova geração.
 
A pedido da França, a Agência Europeia de Medicamentos (AEM) fez uma reavaliação dos riscos, mas concluiu que os benefícios dos anticoncepcionais de terceira e quarta gerações continuavam superiores aos riscos.

AFP / Zero Hora

Pesquisa mostra relação entre alergia a amendoim e asma

Pesquisa mostra relação entre alergia a amendoim e asma Stock.Xchng/DivulgaçãoNo estudo americano, mais da metade das crianças asmáticas era sensível à oleaginosa, mas desconhecia o problema
 
Pesquisadores americanos descobriram que crianças com asma podem ser sensíveis ao amendoim, embora a maioria das pessoas desconheça essa ligação. O estudo foi apresentado na Conferência Internacional da Sociedade Torácica Americana, que aconteceu entre os dias 15 a 20 de maio, em Denver, nos Estados Unidos. O objetivo foi avaliar a proporção de crianças asmáticas que também manifestaram sensibilidade ao alimento.
 
— Muitos dos sintomas respiratórios de quem tem alergia a amendoim são semelhantes aos sinais de um ataque de asma e vice-versa. Falta de ar, chiado e tosse são exemplos desses sintomas — explica Robert Cohn, autor da pesquisa.
 
Mais de 1,5 mil crianças diagnosticadas com asma foram avaliadas na cidade de Ohio, Estados Unidos, por meio de um exame de sangue. O estudo mostrou que 11% dos participantes apresentaram histórico de alergia a amendoim. 44% das crianças foram submetidas a exames de sangue para saber o quão sensíveis eram ao alimento e, dessas, 22% apresentaram reações adversas.
 
Pesquisadores afirmam que mais da metade (53%) das crianças nem se quer suspeitavam que poderiam ser sensíveis à oleaginosa.
 
— O estudo indica que crianças asmáticas podem se beneficiar de um teste para verificar a sensibilidade ao amendoim, principalmente quando é difícil descobrir esse tipo de reação por meio de outros sintomas — sugere Cohn.
 
O pesquisador acrescenta ainda que mais investigações devem ser feitas para encontrar mais indícios sobre a conexão entre crianças com asma e reações alérgicas ao amendoim.
a e reações alérgicas ao amendoim.
 
Zero Hora

Fundo de Cingapura compra 16% da Rede D´Or por R$ 3,3 bi

O Banco BTG Pactual e a família Moll assinaram a venda de parte das ações, aproximadamente 16%, da Rede D’Or São Luiz para o fundo soberano de Cingapura Government of Singapore Investment Corporation (GIC) por aproximadamente R$ 3,3 bilhões
 
Segundo agências internacionais, o GIC é um dos maiores fundos soberanos do mundo, com investimentos em mais de 40 países e mais de US$ 100 bilhões em ativos.
 
A transação acontece apenas um mês depois do fundo de private equity Carlyle ter adquirido 8% do grupo por R$ 1,75 bilhão, configurando-se como o primeiro grande negócio desde que o governo federal permitiu a entrada de capital estrangeiro no setor hospitalar.
 
Já havia rumores no mercado sobre a movimentação, confirmada nesta quarta-feira (27/05) em broadcast pelo banco BTG Pactual, segundo maior acionista da empresa. Até o momento a Rede D’Or não se pronunciou oficialmente.
 
Agora o BTG e o GIC têm, cada um, cerca de 15% da Rede D’Or, enquanto o americano Carlyle detém 8% e o restante permanece com a família Moll, que fundou o negócio em 1977.
 
As operações evidenciam a ambição do grupo de crescer ainda mais no País, onde já detém 27 hospitais em quatro Estados, com faturamento de R$ 5,5 bilhões (Ebitda).
 
Saúde Web

Alimentação saudável ajuda a regular função da tireóide

Pessoas com problemas hormonais também fazem parte do grupo de risco

Uma alimentação equilibrada não é garantia apenas de pele bonita e corpo em forma. Especialistas alertam que, além das causas genéticas, o descuido na hora de fazer as refeições pode contribuir para o mau funcionamento da glândula, que é responsável pela produção de hormônios e regulação de órgãos vitais, como o coração cérebro, rins e fígado. Segundo dados do Instituto da Tireoide, cerca de 15% da população com mais de 45 anos de idade sofrem com problemas na glândula, que tem formato de borboleta e é localizada na parte da frente do pescoço — logo abaixo do “gogó”.
 
Segundo médicos, as duas disfunções mais frequentes são a produção excessiva de hormônios, o hipertireoidismo, ou em pouca quantidade, o hipotireoidismo. Nos dois tipos, é comum o surgimento de nódulos, que podem ser identificados num autoexame, tocando o pescoço com a mão.
 
A médica nutróloga Dra. Alice Amaral afirma que uma alimentação balanceada é fundamental para o bom funcionamento da tireoide. Segundo ela, os principais aliados da glândula são o feijão, a semente de abóbora e a amêndoa, que ajudam na síntese dos hormônios. “As patologias cresceram muito nos últimos anos, e uma explicação é a forma como as pessoas se alimentam”, diz.
 
Uma boa alimentação é essencial para pessoas que têm casos das doenças na família, já que a causa mais comum é genética. A endocrinologista do Hospital São Vicente de Paulo, Dra. Renata Sacramento, acrescenta que pessoas com problemas hormonais, principalmente decorrente do envelhecimento, também fazem parte do grupo de risco. “Há anticorpos que são passados geneticamente. Alguns podem atacar a tireoide fazendo com que produza muito ou pouco hormônio.
 
O nódulo já nasce maligno ou benigno. O benigno nunca vira maligno“, afirma.
 
Segundo Dra. Renata, quando há disfunção na tireoide, os sintomas logo aparecem. Já a maioria dos casos de câncer são assintomáticos, sendo a mudança na anatomia da glândula a única alteração perceptível.
 
Globo Online / Guia da Pharmacia

Ativistas pedem fim de patente de droga contra a hepatite C

Um grupo de advogados está tentando derrubar a patente do Sovaldi, um remédio amplamente utilizado no tratamento de hepatite C no exterior, inclusive no Brasil
 
O tratamento com o remédio custa centenas de milhares de reais. Ele é fabricado pela empresa americana Gilead Sciences. Os processos estão sendo abertos pelo Initiative for Medicines, AccessKnowledge, entidade de ativismo judicial sediada nos EUA que está atuando em países com o Brasil, a Argentina, a China e a Rússia.
 
O Sovaldi, quando prescrito com outros medicamentos, pode curar a maioria dos casos de hepatite C em doze semanas com poucos efeitos colaterais. Nos EUA, o remédio foi incluído no Medicaid, programa de saúde pública voltado para famílias pobres, ao custo de US$ 84 mil (cerca de R$ 250 mil) por tratamento.
 
Pressionada, a Gilead autorizou 11 fabricantes indianos de remédios genéricos a produzir o princípio ativo do Sovaldi, o sofosbuvir, e a vendê-lo em 91 países em desenvolvimento. Os BRICs não entram nessa lista, porém.
 
A versão indiana é bem mais barata: custa cerca de US$ 1.000 ao redor de R$ 3.000. A Índia é um tradicional produtor de remédios genéricos, e suas leis de propriedade intelectual farmacêutica são notoriamente frouxas.
 
Os ativistas não pretendem derrubar a patente do Solvadi nos Estados Unidos. Segundo eles, o custo de uma disputa judicial naquele país seria muito alto.
 
No Brasil, o remédio não é atualmente fornecido pelo SUS nem pelos planos de saúde. Alguns escritórios de advocacia, porém, têm se especializado em abrir processos judiciais para obrigá-los a importar e fornecer a droga.
 
Elton Fernandes, por exemplo, afirma já ter entrado com mais de 80 pedidos envolvendo o medicamento o remédio está disponível desde 2013. "Esse é um procedimento comum quando estamos tratando de um medicamento tão caro", afirma.
 
Segundo ele, os tribunais de Justiça, em especial o de São Paulo, têm dado respostas muito positivas aos pedidos. "Em 30 dias o paciente está com o medicamento em mãos", diz.
 
Além das batalhas na justiça, a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite tem tentado incluir o Savoldi na lista de medicamentos fornecidos pelo SUS.
 
Em todo o mundo, estima-se que cerca de 150 milhões de pessoas têm hepatite C, doença que gradualmente destrói o fígado.
 
Outro lado
Gregg H. Alton, vice-presidente executivo de assuntos médicos e corporativos da Gilead, afirma que a empresa "está tentando, o mais rápido possível, facilitar aos pacientes o acesso mais amplo ao tratamento da hepatite C".
 
Segundo ele, 50 mil pessoas em países de baixa renda já foram tratadas com o medicamento.
 
"Nós acreditamos que as ações contra nossa propriedade intelectual são uma consequência inevitável de termos implementado um esforço global de ampliação de acesso aos nossos produtos, que são inovadores", afirmou o executivo.
 
Alton disse que a Gilead vai assinar um acordo com o governo brasileiro em breve que vai levar ao aumento no número de pacientes tratados.
 
Em 2014, a empresa farmacêutica californiana gastou US$ 2,8 bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de produtos, de acordo com o seu relatório anual.
 
Folha de São Paulo

Pacientes residentes preocupam hospitais no Brasil

No observatório publicado pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), o desempenho assistencial foi explicitado em um capítulo com a apresentação da estrutura e produção anual dos hospitais-membros, análises de indicadores operacionais, assistenciais, qualidade e segurança e protocolos institucionais
 
O primeiro índice tratado é a taxa de ocupação, que tem apresentado crescimento ao longo dos anos.
 
Em 2014, o número fechou em 79%, dentro da média considerada adequada, que vai de 75 a 85%.
 
Este dado apresenta alta sazonalidade ao longo do ano e acompanha outro dado, de média de permanência, que tem estado em alta linear desde 2009, fechando em 4,6 dias em 2014.
 
 
Um dos fatores para o aumento da média de permanência é a transição epidemiológica, com a internação de pacientes crônicos e o aumento do número de pacientes residentes, ou seja, que permanecem internados por mais de 90 dias.
 
No caso destes pacientes, somente 38% dos hospitais possuem serviços específicos para eles e 14% utilizam score prognóstico para a gestão dos casos.
 
 
Dentre os fatores que preocupam a Anahp, está a ocorrência de casos em que os pacientes se tornam residentes do hospital, ou seja, permanecem por mais de 90 dias internados. Em muitos casos, o atendimento a este perfil de paciente poderia ser muito melhor realizado em serviços de home care ou de hospitais de retaguarda.
 
Saúde Web

Especialista esclarece dúvidas sobre a maternidade após os 40 anos

Fonte: Matthias G. Ziegler
Matthias G. Ziegler
A gravidez de mulheres acima dos 40 anos não causa mais espanto, muitas mulheres que já passaram desta idade afloram seu instinto maternal e sonham ainda mais com a possibilidade de serem mães
 
A gravidez em qualquer idade tem vantagens e desvantagens, não há como negar que as chances de engravidar após os 40 anos são muito menores, a reserva de óvulos diminui significativamente com a idade, e os óvulos mais velhos são mais propensos a desenvolver problemas, aumentando o risco de aborto e anomalias ao nascimento e a mulher também possui mais chance de ser acometida por pressão alta, diabetes ou outras doenças que agravam ainda o mais o risco da gestação.
 
Apesar disso, também existem benefícios em gestar após os 40. Estudos demonstram que as mães mais velhas são, em geral, mais instruídas, tem carreiras profissionais mais consolidadas e são mais propensas a amamentar. A partir de suas experiências de vida, são mais aptas a tomar decisões familiares mais saudáveis e inteligentes. O mais importante é conhecer os riscos e se preparar antes de engravidar neste período da vida.
 
Abaixo, o gerente do Serviço de Medicina Fetal do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Fernando Maia tira as principais dúvidas sobre o assunto.

É possível engravidar após 40 anos naturalmente (sem o uso de métodos como inseminação)?
Fernando Maia: Sim, é possível, mas devemos observar alguns fatos importantes. Uma mulher com 40 anos tem chance de 50% de engravidar dentro de um ano, aos 43 anos esta chance cai para 1%. Depois de 45 anos fica quase impossível engravidar a partir dos seus próprios óvulos.

Quais os exames realizados para saber se a mulher ainda poderá engravidar?
Fernando: Existem muitos exames disponíveis, mas o Hormônio Antimülleriano (geralmente associado à ultrassonografia transvaginal) é considerado o marcador mais promissor para a avaliação da reserva ovariana. Entretanto, a avaliação do potencial reprodutivo de uma mulher não é muito fidedigno.

Esta gravidez seria considerada de risco?
Fernando: Sim, uma gestante com mais de 40 anos é sempre considerada de alto risco. Essas pacientes são mais propensas às doenças pré-existentes que complicam a gestação como obesidade, hipertensão arterial, doenças da tireóide, diabetes, etc. Possuem ainda maiores riscos inerentes à gestação, como aborto espontâneo, síndrome de Down, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro, macrossomia, anomalias placentárias, gestação múltipla, natimortalidade e crescimento intra-uterino restrito.

Os cuidados que a mulher deve ter ao engravidar neste período são os mesmos que teria quando mais nova?
Fernando: Não, existem especificidades. Aconselhamos a paciente a fazer uma consulta periconcepcional, a programação é essencial. Algumas dicas são importantes para diminuir a probabilidade de complicações, caso exista qualquer condição médica pré-existente, discuta a gravidez com o seu médico para descobrir se a doença está controlada e como a gravidez pode afetar sua condição de saúde, tome ácido fólico três meses antes de engravidar para ajudar a prevenir alguns defeitos congênitos, os do tubo neural em particular, inicie o pré-natal o mais precocemente possível. E por fim, a gestante deve buscar informação sobre o aumento do risco de doenças genéticas, malformações e outras complicações gestacionais. Outro ponto importante é procurar informações sobre os testes que ela poderá fazer durante a gravidez para identificar estas complicações.
 
Fonte: Ascom IFF

Farmanguinhos inicia mais uma distribuição de medicamento contra o câncer

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) inicia mais uma distribuição do mesilato de imatinibe, medicamento usado no tratamento de pacientes com Leucemia Mieloide Crônica (LMC) e Estroma, um tumor gastrointestinal
 
Nesta quarta parcela de 2015, serão distribuídas 556.590 unidades farmacêuticas para todos os estados e Distrito Federal. Cada unidade dessas equivale a um comprimido. A programação para 2015 abrange um total de quase 2,5 milhões de comprimidos.
 
De acordo com a pauta enviada pelo Ministério da Saúde, serão enviados 639.060 comprimidos de 100mg, e 1.815,420 de 400mg ao longo das cinco parcelas previstas para este ano. Nesta quarta distribuição, serão 132.210 comprimidos de 100mg e 424.380 drágeas de 400mg. A última está prevista para setembro.
 
O mesilato de imatinibe é fruto de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) celebrada em 2012 envolvendo, dentre outras empresas, a indústria farmoquímica Cristália, o Instituto Vital Brazil (IVB), o Laboratório Químico Farmacêutico da Aeronáutica (Laqfa) e Farmanguinhos. Nesta formatação, a unidade da Fiocruz e o IVB serão responsáveis pela distribuição. A produção ficará a cargo do Laqfa, que possui uma planta de oncológicos.
 
Fonte: Alexandre Matos / Ascom Farmanguinhos

Cientistas testam vacina para combater hipertensão

Ter a obrigação de tomar um remédio todos os dias e ainda por cima para uma doença que não causa nenhum sintoma aparente é, no mínimo, irritante. E se fosse possível controlar esta doença com uma droga de longa duração e, além do alívio, diminuir o gasto financeiro e aumentar a eficácia do tratamento?
 
Um estudo publicado na revista “Hypertension”, da Associação Americana do Coração, relatou o projeto de uma vacina genética de combate à hipertensão, doença que mata mais de 10 milhões de pessoas por ano no mundo e acomete 25% da população brasileira.
 
— É o sonho de qualquer cardiologista — brinca Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor).
 
O cardiologista lembra que a hipertensão é crônica e pode levar ao enfarto, ao AVC e a outras graves doenças.
 
— Brinco aqui no ambulatório que, se causasse dor no pé, as pessoas não esqueceriam de tomar remédio. Uma vacina de longa duração seria excelente porque evitaria a medicação diária, seu esquecimento, e reduziria o gasto do paciente, que muitas vezes toma mais de um remédio.Bortolotto conta que, no ambulatório da USP, dos cerca de 7 mil pacientes, todos graves, apenas 50% tem a pressão sob controle.
 
Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, testaram em ratos uma vacina que tem como alvo o hormônio angiotensina II, que aumenta a pressão arterial, contraindo os vasos sanguíneos. A vacina induz à formação de anticorpos que inibem a angiotensina II, princípio semelhante ao dos remédios convencionais. O medicamento é feito com uma tecnologia chamada “DNA recombinante”. Parte da biotecnologia, ela envolve a transferência de um gene de um organismo para outro e a produção, em larga escala, de proteínas específicas.
 
Segundo Hironori Nakagami, coautor do estudo e professor em Osaka, além de reduzir a pressão arterial das cobaias por até seis meses, a vacina também reduziu danos nos tecidos do coração e dos vasos sanguíneos. Afirmou ainda que não houve sinais de danos a outros órgãos, como rim e fígado.
 
— Além do controle da dilatação dos vasos sanguíneos, outros sistemas controlam a pressão arterial, como o dos rins, que regulam o sódio. Não é possível detectar qual sistema está em descompasso causando a hipertensão. Assim, muitos pacientes precisam controlar não só o sistema vascular — pondera Bortolotto.
 
O cardiologia dr. Antonio Carlos Till, diretor-médico do Vita Check-Up Center, explica que esse medicamento não é bem uma vacina. Isso porque as vacinas são constituídas por agentes patógenos, vírus ou bactérias, previamente atenuados ou mortos ou modificados e cuja função é estimular uma resposta imunológica do organismo. No caso da hipertensão, a ideia é estimular a produção da enzima que inibe a angiotensina II, que já é produzido pelo corpo humano.
 
— O termo vacina é usado aqui porque o antígeno (substância que ao entrar em um organismo é capaz de iniciar uma resposta imune) provoca a produção de anticorpos. E pode ser fundamental para evitar a evasão dos tratamentos — opinou Till, que não acredita em “relaxamento” dos pacientes em caso do tratamento a longo prazo. — Quem é hipertenso tem de manter os cuidados sempre.
 
Ele apontou outras duas questões relevantes e que deverão ser objeto de estudo, segundo os japoneses: a dosagem, administrada facilmente quando o paciente toma remédios. E o perigo de se criar uma doença auto imune (em que o corpo ataca não só a angiotensina II).
 
— A ideia é formidável. Esse é o caminho para o tratemento da hipertensão. Não é porque existem remédios que não se deve pensar em alternativas eficazes e mais baratas. Muitos comprometem a renda familiar com os remédios — encerrou Till, que lembra que desde 1950 se estuda uma vacina para a doença.
 
O Globo

Com série de contraindicações, creme alternativo ao Viagra será vendido na França

Um creme para tratar os problemas de ereção será vendido com receita médica a partir de 1º de junho nas farmácias francesas, anunciou nesta quinta-feira (28) o laboratório francês Majorelle
 
O medicamento, uma “alternativa aos comprimidos” (Cialis, Viagra…) para o tratamento dos problemas de ereção, será vendido com o nome comercial de Vitaros, a um preço de 10 euros por dose (quatro por caixa), segundo o representante do laboratório.
 
O creme é conservado na geladeira (entre 2ºC e 8ºC), mas pode permanecer em temperatura ambiente por até três dias se a temperatura for inferior a 25ºC. Deve ser utilizado com um preservativo de látex.
 
Seu princípio ativo, o alprostadil, é uma substância que dilata os vasos sanguíneos do pênis.
 
Uma gota do produto é aplicada no meato urinário, a abertura do pênis. O efeito demora entre 5 e 30 minutos para aparecer e pode durar entre uma e duas horas, segundo os pacientes, afirmam as instruções do medicamento.
 
O Vitaros tem, no entanto, uma série de contraindicações para os adultos. Significa um risco para os homens que sofreram um infarto de miocárdio ou para os que sofrem de hipotensão ortostática (queda da pressão arterial quando uma pessoa fica de pé depois de ter permanecido deitada). Seu uso também não é recomendado às pessoas com risco de trombose venosa.
 
Durante os testes clínicos, ocorreram raros casos de vertigens e síncopes, razão pela qual os pacientes devem evitar dirigir ou realizar atividades perigosas depois de utilizar o creme.
 
Majorelle comprou a licença do produto da companhia americana Apricus Biosciences para França, Mônaco e o norte da África.
 
UOL