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terça-feira, 17 de julho de 2018

Cresce o número de homens diabéticos no Brasil

Resultado de imagem para mans diabetesMinistério da Saúde informa que mortes em decorrência da doença também aumentaram em 11,8%; mais de 400 mil morreram entre 2010 e 2016

O percentual de homens com diabetes aumentou 54% no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Em 2006, 4,6% dos brasileiros eram diagnosticados com a doença; em 2017, esse número subiu para 7,1%. Entre as mulheres, também houve crescimento, de 28,5%, apesar do número de mulheres com a doença ser maior que o número de homens (8,1%). Os dados fazem parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada na quarta-feira (27).

O levantamento mostrou também que a morte por diabetes aumentou 11,8%. Mais de 400 mil pessoas morreram em decorrência da doença entre 2010 e 2016. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número de mortes passou de 54.877 em 2010 para 61.398 em 2016.

Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), as internações tiveram queda de 8,7%: foram 148.384 em 2010 e 135.364, em 2016.

O estudo demonstrou que o diabetes aumenta com a idade, principalmente entre idosos com mais de 65 anos (24%) e é maior entre as pessoas com menor escolaridade, que frequentaram a escola por até oito anos (14,8%).

A pesquisa analisou ainda a frequência da doença nas capitais do país, que variou entre 4,5% em Palmas e 8,8% no Rio de Janeiro.

Em relação a diabetes em homens, Boa Vista é a capital que apresenta o maior percentual, de 9%. Em seguida estão Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%). Por outro lado, Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%) dispõem dos menores valores.

Entre as mulheres, o diagnóstico de diabetes foi mais frequente em Vitória (10,3%), Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%) e menos frequente em Palmas (5,1%), Macapá (5,2%), Florianópolis (5,6%) e São Luís (5,6%).

Diabetes é uma doença provocada pela falta absoluta ou relativa de insulina, levando à elevação dos níveis de açúcar no sangue. Essa glicose aumentada está associada à insuficiência renal crônica, doenças cardiovasculares e amputações dos membros inferiores. Em homens, também pode provocar a disfunção erétil. O tratamento visa o controle das taxas de açúcar no sangue.

O Ministério da Saúde informa que portadores da doença podem fazer o acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já na atenção básica, onde é possível fazer o controle e tratamento com medicamentos, inclusive insulina. Já o monitoramento do índice glicêmico pode ser feito nas unidades de Atenção Básica de Saúde.

O governo ressalta que, medicamentos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas, estão disponíveis gratuitamente em 34 mil farmácias privadas em todo o país por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular.

Farmacêutico que vendia remédios com carimbo falso de médico é preso em Curitiba

Segundo a polícia, ele carimbava receitas como se fosse clínico-geral para vender remédios controlados

 | Alex Silveira/Gazeta do Povo
Foto: Alex Silveira/Gazeta do Povo

Um farmacêutico, de 30 anos, foi preso em flagrante no Centro de Curitiba e tinha um carimbo médico que, segundo a Polícia Civil, era usado para falsificar receitas. A prisão ocorreu depois de uma denúncia anônima feita à Delegacia de Repressão Aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa). O farmacêutico foi preso dentro de uma farmácia que fica na Avenida Marechal Floriano Peixoto, perto da Praça Carlos Gomes, na tarde de quinta-feira (12). Além do carimbo falso, no local também foram encontrados medicamentos sem procedência, receitas prontas e outros produtos farmacêuticos irregulares.

Conforme explicou o delegado Vilson Alves Toledo, da Decrisa, o homem liberava as receitas com carimbo de médico clínico-geral. Basicamente, eram receitados remédios controlados a pacientes que não tinham feito nenhuma consulta médica que indicasse tal necessidade ou tratamento. A negociação ocorria ali mesmo, no balcão da farmácia.

“Quando a policia chegou, o farmacêutico tentou esconder os produtos e jogá-los no estacionamento ao lado da farmácia, mas foi flagrado pela equipe. Ele disse que os remédios eram de um ex-sócio, por isso não sabia da origem dos produtos”, explicou o delegado.

Ainda não há informações sobre quem produziu o carimbo falso, nem se o médico cujo nome estava na impressão era conivente com o crime. A ação da Decrisa contou com o apoio da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Farmácia. O caso será investigado e o farmacêutico, que não teve o nome revelado, pode ser indiciado por crime contra a saúde pública, sob pena possível de 10 a 15 anos de prisão.

Segundo a Vigilância Sanitaria, a farmácia não foi interditada. Ela foi autuada e um processo administrativo será instaurado, principalmente, porque a farmácia não pode funcionar sem um farmacêutico responsável.

Eduardo Pazim, gerente de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, diz que o local estava funcionando no nome do farmacêutico desde o início do ano. O conselho também vai instaurar processo para averiguar o caso no que cabe em relação à atitude profissional do farmacêutico.