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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Santas Casas querem mais benefícios para financiar dívidas

Em debate com a Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas de Misericórdia, entidades do setor dizem que projetos em tramitação precisam atingir mais instituições
 
Deputados e representantes de hospitais filantrópicos reivindicaram nesta quarta-feira (7) a flexibilização das regras para refinanciamento de dívidas dessas instituições, que atuam de forma complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Um projeto de lei do Executivo (5813/13) tramita na Casa com o objetivo de permitir o refinanciamento, em até 180 meses, das dívidas tributárias e previdenciárias das santas casas e demais entidades filantrópicas da área da saúde e da assistência social. As entidades do setor pedem o aumento dos benefícios previstos no projeto de lei.
 
O projeto, que será analisado pelo Plenário e tramita em regime de urgência, cria um programa de fortalecimento dessas entidades, o chamado Prosus. Pelo programa, poderão refinanciar suas dívidas as instituições que tinham, até o final do ano passado, débito igual ou superior a 20% da receita bruta da entidade no mesmo ano. Outro grupo beneficiado será o de entidades cujo montante das dívidas tributárias e previdenciárias, somadas aos débitos com bancos, somem 50% da sua receita bruta na data.
 
“Isso não atinge nem a metade do setor”, reclamou o vice-presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Maurício Dias. O coordenador da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas na Área de Saúde, deputado Antonio Brito (PTB-BA), também alertou que o grupo “vive hoje sem capital, em função de empréstimos bancários”.
 
O alto endividamento do setor, de acordo com eles, é resultado do baixo repasse de recursos feito pelo próprio SUS. Segundo Dias, o projeto de lei deveria aumentar o grupo de entidades beneficiadas ou garantir uma alternativa para o refinanciamento das dívidas das instituições que ficaram de fora.
 
Emendas
Antônio Brito já afirmou que a frente parlamentar das santas casas deverá defender emendas ao projeto durante sua tramitação na Câmara. Além da ampliação do grupo de entidades beneficiadas pelo refinanciamento, os deputados devem também tentar inserir na proposta emendas que alteram a Lei da Filantropia (Lei 12.101/09).
 
O objetivo do grupo, segundo ele, é flexibilizar as regras para obtenção do certificado exigido para que as entidades tenham acesso a convênios com o SUS. Uma das medidas lembradas é a permissão para que os hospitais que tenham perdido o prazo previsto na lei para a certificação tenham uma nova chance para o cadastramento. “Queremos somente uma adequação das regras para que os serviços prestados pelas entidades filantrópicas não sejam descontinuados e continuem garantindo benefícios para a população”, disse.
 
Segundo o vice-presidente da CMB, as entidades filantrópicas foram responsáveis, no ano passado, por mais da metade dos atendimentos do SUS. “Assim, simplesmente deixamos de ser a rede complementar e hoje nós somos a própria rede SUS. Já a rede de hospitais públicos passa a ser complementar ao setor filantrópico”, alertou.
 
Fonte SaudeWeb

'Viajo 20 h, se precisar', diz formado na Espanha inscrito no Mais Médicos

Cristobal Andres Parada quando ainda era estudante de medicina (Foto: Arquivo Pessoal)
(Foto: Arquivo Pessoal)
Cristobal Andres Parada, quando ainda era estudante de medicina
Cristobal Parada se inscreveu no Revalida duas vezes, mas não passou. Ele é boliviano, casado com uma brasileira e mora em Mato Grosso
 
Morador de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, o médico Cristobal Andres Parada, de 34 anos, boliviano que também tem nacionalidade espanhola, se inscreveu nas vagas no Mais Médicos e aguarda o resultado da seleção de estrangeiros, que deve ser fechado internamente pelo Ministério da Saúde nesta sexta (9), e divulgado no sábado (10).
 
Ele disse estar disposto a viajar até 20 horas se for necessário, para atuar pelo SUS em um município distante ou área isolada. "Não tenho problema", ressaltou.
 
Parada nasceu em Santiago do Chile, mas tem mãe americana e pai boliviano. Morou boa parte da vida em La Paz, mas também em cidades da Espanha, pois tem a cidadania do país - ele se formou em medicina pela Universidade de Zaragoza, em 2010. Desde então, vive no Brasil. Ele se inscreveu para revalidar o diploma duas vezes, em 2011 e 2012, mas não foi aprovado.
 
O candidato foi à Espanha, nesta semana, retirar os últimos documentos e resolver trâmites burocráticos de sua inscrição no Mais Médicos. Este passo já foi concluído, diz sua mulher, Muna Abdallah. Como não pode atuar com medicina no Brasil, Parada trabalha como administrador de empresas.
 
"Falam que não tem infraestrutura, que [os estrangeiros] estão acostumados a trabalhar com equipamentos modernos", diz ele, sobre a situação de algumas cidades atendidas pelo Mais Médicos. "Mas, mesmo assim, a presença de um médico formado em uma região [pobre] vai ser uma ajuda muito grande."
 
O médico diz não ver problema em trabalhar num município distante ou isolado do Brasil - ele torce para ser escolhido em algum de Mato Grosso. "Mesmo se tiver que viajar 15 ou 20 horas, se for até uma comunidade indígena, eu vou. Não tenho problema", ressalta.
 
Não é o ideal
Parada diz não achar o Mais Médicos o "mecanismo ideal", mas o avalia como necessário diante da ausência de profissionais no interior do país. "Mesmo em Várzea Grande tem bairros que precisam de médicos. E não é uma cidade afastada de Cuiabá. Existe pronto-socorro que não tem", afirma.
 
O candidato diz conhecer médicos brasileiros que estudaram em boas universidades espanholas, mas que não conseguem trabalhar no Brasil por não terem passado no Revalida. Ele se graduou como clínico-geral, e espera no futuro conseguir fazer uma especialização.
 
O candidato considera o Mais Médicos uma "excelente opção" e diz esperar que o programa dê certo. "Percebo que faltam médicos em certas áreas e só a presença deles já vai ajudar. Vi que tem vagas em comunidades indígenas e outros locais", afirma.
 
Num primeiro momento, o candidato afirma ter pensado que havia vagas apenas em municípios isolados ou nas periferias. "Mas não é. Tem em São Paulo, tem em outros lugares", afirma.
 
Parada conheceu sua mulher na Espanha - ela fazia medicina na mesma universidade, mas deixou o curso após três anos.
 
Muna passou a estudar comércio exterior, após deixar medicina. "Me graduei e vim para o Brasil, casei com uma brasileira. Tenho um filho que nasceu aqui", diz Parada.
 
Adaptação
Questionado sobre o risco de médicos espanhóis não se darem bem com o idioma, o clima e a presença de doenças tropicais em certas regiões, Parada considerou ser tudo uma questão de adaptação.
 
"As universidades da Espanha têm um nível muito avançado", disse. "Você estuda doenças tropicais. Os medicamentos são os mesmos", afirmou. O que é preciso, na opinião dele, é haver um treinamento prévio, "o básico do aprendizado sobre o sistema de saúde [SUS]".
 
"Os [estrangeiros] que vêm não são especialistas. Eles vão cobrir uma área de atendimento primário. Na Espanha, o atendimento [nesse setor] é simples", diz.
 
Sobre a língua portuguesa, o médico lembra de intercambistas brasileiros que chegavam na Universidade de Zaragoza. "No começo eles ficavam um pouco perdidos, mas em um mês estavam se comunicando. O português tem muita similaridade com o idioma espanhol", considera.
 
Parada diz que os médicos espanhóis não optam pela carreira esperando ganhos muito altos. "Quase não existe médico no setor privado", diz. Um profissional de 50 anos, experiente e que faça transplantes, por exemplo, ganha cerca de 4 mil euros, não muito mais, na avaliação do candidato. "É uma sociedade menos focada no dinheiro e mais no social", afirma. O Mais Médicos prevê pagar R$ 10 mil por mês a brasileiros e estrangeiros que forem selecionados.
 
"Existem médicos no Brasil, estrangeiros, que vieram para cá mas não conseguiram revalidar o diploma. Eles estão trabalhando em outras áreas porque não podem atuar [com medicina]", diz Parada, apontando o próprio caso. Ele disse que vai tentar o Revalida no futuro, caso venha a ser selecionado no programa.
 
Fonte G1

Dente deve ser escovado durante 2 minutos e, no mínimo, 3 vezes ao dia

Manter os dentes limpos é importante para evitar cárie, gengivite e tártaro. Médicos alertam ainda que é ideal usar o fio dental, ao menos, 1 vez ao dia
 
Cuidar dos dentes é um hábito que deve ser incentivado desde a infância – tão importante quanto tomar banho, passar cremes ou ter uma alimentação saudável, a escovação deve ser um momento de bem-estar e saúde.
 
Além de trazer benefícios para si mesmo, a higiene bucal pode também fazer bem para os outros já que previne o mau hálito, assim como dores de dentes e problemas como cáries, gengivite e tártaro, como explicaram o dentista Gustavo Bastos e a pediatra Ana Escobar no Bem Estar desta quinta-feira (8).
 
A recomendação é que os dentes sejam escovados, no mínimo, 3 vezes ao dia durante 2 minutos.

Em relação à escolha da escova, o dentista explicou que todas funcionam, desde que sejam confortáveis e usadas do jeito correto - a dica é observar as cerdas que, se estiverem muito gastas, indicam que a pessoa está colocando muita força na escovação. Além disso, é importante trocar as escovas, pelo menos, a cada 3 meses.

Para finalizar a higienização da boca, os especialistas lembraram da importância do uso do fio dental que deve ser passado, ao menos, uma vez ao dia, acompanhado do enxaguante bucal.
 
 
Cáries (Foto: Arte/G1)

No Brasil, apesar da saúde bucal da população ter melhorado, ainda é ruim, como mostrou o dentista Gustavo Bastos.
 
De acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em 2010, crianças de 12 anos têm cerca de 2 dentes comprometidos; aos 19 anos, esse número sobe para 4 dentes; aos 35 anos, a média de dentes com problemas entre os brasileiros aumenta para 17 e, em alguns casos, ocorre até a perda de dentes; aos 70 anos, o comprometimento pode chegar a 27 dentes - números que refletem a má higiene bucal e a falta de informação sobre o assunto no país, como acredita o dentista.
 
Esse descaso com a higiene dos dentes trouxe consequências, por exemplo, para o jovem Filipe, mostrado na reportagem da Marina Araújo. Em um exame detalhado feito pelo dentista, foi possível encontrar restos de comida nos dentes, uma placa de sujeira e até mesmo um princípio de cárie.
 
Segundo a mãe, a administradora Daniella Giusti Andrezzo, nunca foi fácil fazer o filho cuidar dos dentes - o garoto costumava escová-los rapidamente.
 
Segundo os especialistas, esses restos de comida encontrados na boca de Filipe podem favorecer o surgimento de bactérias que causam tártaro, uma placa endurecida nos dentes. 
 
Se não tratado, o tártaro pode causar gengivite, uma inflamação na gengiva, ou até mesmo uma doença periodontal, que é uma formação de bolsas de infecção na gengiva. Para identificar se há problemas na gengiva, a primeira dica é observar a cor, como recomenda o dentista Giuseppe Romito – se estiver muito vermelha, é sinal de inflamação e pode até sangrar. Por isso, a gengiva saudável, ao contrário do que muita gente pensa, é rosa clara.
 
Para evitar todos esses problemas, o dentista Gustavo Bastos alertou para o jeito correto de escovar os dentes - durante os dois minutos recomendados de escovação, é importante se certificar de que a técnica esteja correta.
 
A primeira coisa a se fazer é escovar as superfícies voltadas para a bochecha dos dentes superiores e, depois, dos inferiores; depois, deve-se escovar as superfícies internas dos dentes superiores e, depois, dos inferiores; em seguida, as superfícies de mastigação; e por último, a língua.
 
Fonte G1

Estudo fornece evidências mais fortes da transmissão do H7N9 entre humanos

Cientista manipula vírus H7N9 em laboratório para fins de pesquisa. Estudo não indica que o vírus está a caminho de desenvolver uma transmissão sustentada
Foto: James Gathany/CDC
Cientista manipula vírus H7N9 em laboratório para fins de
 pesquisa. Estudo não indica que o vírus está a caminho de
desenvolver uma transmissão sustentada
Cientistas afirmam que o vírus é uma ameaça a se considerada, mas que ainda não tem potencial para causar pandemias
 
Novo estudo fornece evidências mais fortes da transmissão do vírus H7N9 entre humanos, mas os pesquisadores afirmam que os resultados do trabalho não indicam necessariamente que o vírus está a caminho de desenvolver uma transmissão sustentada.

A pesquisa teve como base um homem de 60 anos que poderia ter sido infectado em um mercado de aves, desenvolvendo doença respiratória grave que o levou à morte. Sua filha de 32 anos de idade, que cuidou dele, também morreu em decorrência do vírus. Como os cientistas não encontraram indicações de que a filha também teria sido exposta às aves vivas e pela similaridade genética de quase 100% entre os vírus isolados de cada paciente, as evidências apontam para a transmissão de pai para filha.

Por outro lado, os 43 contatos próximos desses dois pacientes, incluindo um genro, que também ajudou a cuidar do pai, tiveram exames negativos para a infecção. Além disso, as áreas de ligação do receptor do vírus a partir dos dois pacientes não estão mais adaptadas para os seres humanos do que outras amostras isoladas. Desta forma, os pesquisadores confirmaram a conclusão que, apesar de possível, a possibilidade de transmissão do H7N9 entre humanos é baixa.

Segundo os responsáveis pelo estudo, James Rudge e Richard Coker, existem características do H7N9 que são de particular preocupação. Estudos anteriores demonstraram transmissibilidade pelo ar entre modelos de mamíferos em laboratório. Outro destaque é que o vírus pode se espalhar sem ser detectado através de populações de aves, pois não é letal para estes animais.

Dados da vigilância chinesa sugerem que o número de casos humanos pode ser muito maior do que os atualmente reportados, já que muitos casos mais brandos podem não são registrados. Isto significa que a taxa de letalidade do vírus é susceptível de ser substancialmente mais baixa do que nos casos confirmados. "No entanto, a incidência de infecções em humanos dá H7N9 oportunidade muito maior do que outros vírus da gripe aviária de se adaptar aos seres humanos," completa Rudge.

Os pesquisadores concluíram que, embora o estudo não possa sugerir que o H7N9 esteja em condições de causar uma pandemia, "ele nos dá um alerta da necessidade de permanecer extremamente vigilantes."
 
Fonte isaude.net

Envelope antibacteriano reduz infecções em cirurgias de implantes cardíacos

Envelope antibacteriano AIGISRx foi aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA)
Foto: Buniness Wire
Envelope antibacteriano AIGISRx foi aprovado pelo Food
 and Drug Administration (FDA)
O envelope é totalmente reabsorvível, antibacteriana bolsa-like malha que mantém os dispositivos do ritmo cardíaco
 
Um envelope totalmente reabsorvível pelo organismo envolve dispositivos cardíacos implantáveis, como marca-passos e desfibriladores internos (CDI), ajudando a prevenir infecções durante as cirurgias.
 
O envelope antibacteriano AIGISRx foi aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) em maio e agora começa a ser usado no Vanderbilt Heart and Vascular Institute. O material contém os agentes antimicrobianos rifampina e minociclina, que são liberados localmente, no tecido, para ajudar a reduzir as infecções associadas com dispositivos eletrônicos cardíacos implantáveis (Cieds).
 
O CIED é colocado abaixo da clavícula em uma espécie de bolso que o médico cria debaixo da pele. Uma vez que o dispositivo é inserido dentro da malha e implantado no bolso, os agentes antimicrobianos são libertados e o material se dissolve inteiramente dentro de nove semanas.
 
Uma pesquisa feita pelo cardiologista Christopher Ellis, do Vanderbilt Institute, mostrou que o envelope antibacteriano AIGISRx reduziu significativamente as infecções de dispositivos em cerca de 90% dos pacientes de alto risco, em comparação com pacientes que não utilizaram a novidade.
 
Nos EUA, os pacientes com infecções ocasionadas após procedimentos CIED gastam mais tempo no hospital e passam por repetidos procedimentos cirúrgicos para tratar a infecção.
 
Estes pacientes apresentam aumentos significativos nas taxas de mortalidade, que podem chegar a 50% no período de uma ano e a 25% no período de três anos, dependendo do tipo de dispositivo.
 
"Como os CIEDS precisam ser substituídos num período de 5 a 8 anos, devido ao desgaste, cada vez que o procedimento é realizado, a taxa de infecção aumenta exponencialmente. Além disso, há alguns pacientes que estão em maior risco de infecção devido ao diabetes, doenças do rim, etc, afirma o cardiologista.
 
Fonte isaude.net

Cientistas descobrem novo modo de diagnosticar autismo em crianças de um ano

Doença afeta um em cada 100 crianças em maior ou menor medida
Identificação dos primeiros sintomas "é complexa e complicada"
 
Um grupo de cientistas decifraram uma série de padrões biológicos que possibilitam o diagnostico do autismo em crianças menores de um ano, segundo uma pesquisa apresentada nesta quinta-feira (8), na cidade australiana de Adelaide.
 
A pesquisa, divulgada durante a Conferência para o Autismo na Ásia-Pacífico, mostra como a rede genética interrompe a produção de células cerebrais que acarretam nesta doença, que afeta um em cada 100 crianças em maior ou menor medida.
 
Esta descoberta representa um grande avanço para diagnosticar o autismo, cuja identificação dos primeiros sintomas "é complexa e complicada", segundo Eric Courchesne, professor de neurociência da Universidade da Califórnia.
 
— É o primeiro descobrimento em genes cerebrais e nos mostra que o sistema genético poderia ser um fator importante para futuras pesquisas de tratamentos, no desenvolvimento de evidências adiantadas do autismo.
 
Segundo Courchesne, com estas técnicas de diagnóstico adiantadas, a doença poderia ser identificada em crianças de um a dois anos, ao invés da atual fase: entre os três e cinco anos.
 
— Isto significa que elas vão passar a receber um tratamento antes e, por isso, terão um melhor resultado.
 
O investigador declarou que as redes genéticas podem apresentar uma maior compreensão da doença e, inclusive, em algum dia, chegar a uma prevenção.
 
— Durante anos me perguntei qual é o sistema que causa o autismo, e tenho que dizer que este é um descobrimento muito emocionante.

Fonte R7

Senado aprova atuação de médicos militares no SUS

Hoje, os profissionais das Forças Armadas não podem acumular funções fora da área militar
 
No dia em que o governo perdeu a primeira batalha do programa Mais Médicos no Congresso Nacional, sem conseguir instalar a comissão especial que vai analisar a Medida Provisória que cria a ação, o Senado aprovou por unanimidade uma proposta de emenda constitucional que permite a atuação de médicos militares no SUS (Sistema Único de Saúde). Hoje, os profissionais das Forças Armadas não podem acumular funções fora da área militar nas redes pública e particular de saúde.

A intenção é que a PEC se some às iniciativas já tomadas pelo governo federal para tentar garantir a melhoria do atendimento à saúde com o Mais Médicos. Segundo o Ministério da Defesa, hoje 3,8 mil militares atuam na área médica — 2,6 mil militares de carreira e 1,2 mil temporários, que podem atuar por até 8 anos. A ideia é que eles possam se somem aos 938 profissionais que já aderiram ao programa — apenas 6% da demanda existente hoje nos quadros da atenção básica do SUS. Também estão incluídos médicos da Polícia Militar e de Corpo de Bombeiros.

A emenda segue agora para a Câmara dos Deputados, onde o ministro da Saúde, Alexandre Padilha já pediu prioridade.
 
— Já conversei com o presidente da Câmara (deputado Henrique Eduardo Alves) para que, assim que chegue lá, vote o mais rápido possível.
 
Com isso, os profissionais que já atuam em fronteiras e em cidades do interior passariam a exercer expediente duplo para atender à demanda por profissionais em regiões onde médicos civis não desejam atuar. De acordo com o Ministério da Saúde, as mais de 3,5 mil cidades que aderiram ao programa ainda têm uma demanda de 14,5 mil médicos. 
 
— Esses profissionais poderão atender pelo SUS por meio de contratos com prefeituras ou com os governos estaduais, mas não vão participar do edital de bolsa e da remuneração para os médicos brasileiros ou estrangeiros.

Embates
Embora o governo tenha pedido urgência na aprovação da Medida Provisória que institui o programa Mais Médicos, a instalação da comissão formada para emitir parecer sobre a MP foi adiada para a próxima terça-feira, 13. A dificuldade de iniciar os trabalho ontem veio em duas frentes.

De um lado, o bloco União e Força do Senado não desistiu de indicar o presidente da comissão. Segundo senador Gim (PTB-DF), pelo acordo firmado no início do ano, o grupo tem direito à indicação pelo critério de rodízio nas presidências das comissões. O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmou, contudo, que o partido não vai abrir mão da relatoria e vai levar a decisão a voto se não houver entendimento.

O PMDB quer indicar o senador João Alberto (PMDB-MA), enquanto o grupo liderado pelo PTB quer indicar o senador Eduardo Amorim (PSC-SE), que é médico, para presidir os trabalhos da comissão mista.

Além da briga interna no Senado, contudo, o governo vai ter que lutar contra a resistência de deputados da bancada médica, inclusive de partidos aliados da presidente Dilma Rousseff, que boicotaram a reunião e não registraram presença. O deputado Rogério Carvalho (PT-SE), que provavelmente assumirá a relatoria da comissão, já sabe que vai enfrentar uma batalha para aprovar a MP.
 
— Alguns deputados médicos estavam presentes na reunião, mas não quiseram registrar presença porque não querem que a medida tramite. Vamos ter uma batalha, mas a MP será aprovada.
 
Fonte R7

Em média, uma pessoa morre por dia vítima de acidente de trabalho

Obedecer às regras de segurança e tomar cuidado com as
 atividades diárias ajudam a prevenir os acidentes no trabalho
Em 2012 foram registradas 444 mortes no Estado
 
Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, em média, uma pessoa morre por dia vítima de acidente de trabalho. No ano passado, foram registradas 444 mortes no Estado.
 
Desde 2006, ocorreram 2.239 mortes por acidente de trabalho no Estado. Nesse mesmo período, 119.088 trabalhadores foram atendidos com emergência e em ambulatórios pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Só em 2012, foram realizados 25.486 atendimentos, cerca de 70 por dia.
 
Esses tipos de acidentes podem ser evitados com o controle dos ambientes e o oferecimento de boas condições aos trabalhadores. Para Rosemairy Inamine, diretora técnica da Divisão de Saúde do Trabalhador de Vigilância Sanitária Estadual, “é muito importante que todos os casos sejam notificados pelos serviços conveniados ao SUS”.
 
Obedecer às regras de segurança e tomar cuidado com as atividades diárias no trabalho também podem prevenir acidentes.
 
— É indispensável que cada trabalhador tome as medidas de segurança necessárias para sua área de atuação, como por exemplo, o uso adequado e continuo dos equipamentos de proteção.
 
Em casos graves, fatais e que envolvam adolescentes — classificados como notificação compulsória — devem ser comunicados pelos serviços de saúde às secretarias municipais de saúde por meio de uma ficha de investigação preenchida por um profissional da saúde, com diagnóstico clínico.
 
Se o funcionário tiver direito ao Seguro Acidente de Trabalho do INSS, a notificação também deve ser comunicada à Previdência Social, por meio da abertura da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
 
Previna-se de acidentes no trabalho
 
Confira algumas dicas de como evitar acidentes no local onde trabalha:
 
— Siga todas as regras de segurança na realização de atividades mais perigosas;
 
— Organize seu local de trabalho para que tenha tudo que precise à mão;
 
— Procure se informar sobre os riscos e cuidados que deve ter na realização de suas atividades diárias;
 
— Sempre que puder, participe de ações ou cursos de prevenção de acidentes que forem oferecidos na empresa em que trabalha;
 
— Utilize sempre os equipamentos de proteção adequados para a área em que atua, principalmente proteções auriculares, óculos, capacetes e dispositivos anti-queda, equipamentos de proteção-respiratória, entre outros
 
Fonte R7

Maior bebê nascido em parto normal na Espanha ganha roupas, mas nenhuma serve

Reprodução / Daily Mail
María Lorena nasceu na última terça-feira com pouco mais de 6 kg
María Lorena nasceu na madrugada da última terça-feira (6) com pouco mais de 6 kg
 
A criança mais pesada já nascida na Espanha por parto normal, com 6,020 kg, ganhou muitas roupinhas de presente, mas nenhuma serve, segundo seu pai, o colombiano Jaime Marín.
 
María Lorena, nascida na madrugada da última terça-feira (6) em um hospital da província de Alicante (sudeste da Espanha), é o primeiro filho de Jaime, enquanto a mãe, a britânica Maxime, já tem outros três filhos.
 
Jaime contou que a roupinha que compraram para os primeiros dias da menina "não serve", assim como as que ganharam de presente dos amigos.
 
— Ela precisa de roupas para um bebê de entre três e seis meses.
 
A mãe, de 40 anos, teve medo das primeiras dores do parto, que durou cerca de três horas, mas não precisou de anestesia peridural para dar à luz María Lorena.
 
Morador de Teulada, povoado do norte de Alicante, o casal espera que a filha evolua bem em seus primeiros dias de vida, especialmente porque os bebês macrossômicos, ou seja, nascidos com mais de quatro quilos, são "bastante passivos" e é mais difícil acordá-los e alimentá-los, explicou o chefe de pediatria do hospital, Héctor Boix. 

Fonte Efe/R7

Mulher garante ter 11 orgasmos por dia com meditação

Reprodução Daily Mail
Uma em cada dez mulheres nunca atingiriam o orgasmo
Estudos apontam que uma em cada dez mulheres nunca atingiriam o orgasmo
 
A atriz Karen Lorre, de 51 anos, afirma que tem 11 orgasmos por dia graças a “meditação orgástica”, um conceito semelhante ao sexo tântrico. As informações são do jornal Daily Mail.
 
De acordo com a atriz, o OMing como é chamado, traz mais sensibilidade à mulher.    
 
— A meditação lhe permite ser mais sensível tanto fisicamente quanto emocionalmente, assim como apreciar mais os homens e experimentar orgasmos múltiplos em um dia.   
 
A criadora da OMing Nicole Daedone, abriu o seu primeiro centro de meditação em San Francisco, nos Estados Unidos, e agora tem outras dez sedes em todo o mundo. A sessão tem apenas 15 minutos.
 
 
Suas aulas são inspiradas na teoria de que as raízes do orgasmo podem ser atingidas hormonalmente, emocionalmente e espiritualmente. Estudos apontam que uma em cada dez mulheres nunca atingiriam o orgasmo.
 
O pesquisador Pooja Lakshmin, da Universidade Rutgers, afirma que a meditação realmente faz efeito. 
 
— As mesmas partes do cérebro que são ativadas durante os estados de meditação profunda são ativados durante o orgasmo.  
 
Fonte R7

Argentina produz e distribui de graça genérico do Viagra

Medicamento genérico ainda precisa de certificação nacional
Medicamento foi produzido em um laboratório público na região de Santa Fé
 
Cerca de 200 mil comprimidos de um medicamento genérico do Viagra, produzidos por um laboratório público de Santa Fé, começaram a ser distribuídos gratuitamente com receita, anunciaram esta quinta-feira (8) as autoridades desta província da região central da Argentina.
 
— Os primeiros 200.000 comprimidos de Sildenafil 50 mg produzidos estão sendo distribuídos pela rede de serviços públicos de saúde da província.
 
O secretário de Saúde Miguel Angel Cappiello informou que se trata de uma medida sem precedentes no país para um medicamento desta categoria.
 
Ele acrescentou que é preciso uma certificação nacional para produzir e distribuir o remédio em larga escala.
 
Guillermo Cleti, um dos diretores do laboratório público de Santa Fé, informou que esta iniciativa visa não apenas a ajudar homens com problemas de ereção, mas também informar à população sobre o uso correto e os riscos do medicamento.
 
Fonte AFP/R7

Cuba apresentará resultados sobre novos tratamentos contra câncer em simpósio

O grupo empresarial cubano Labiofam anunciou nesta quinta-feira que trabalha em "novos peptídeos antitumorais" que podem revolucionar os tratamentos tradicionais contra o câncer, e convocou um simpósio em setembro para "compartilhar" seus resultados e tentar "acelerar" o desenvolvimento do produto.
 
O diretor-geral do Labiofam, José Antonio Fraga, afirmou nesta quinta-feira em entrevista coletiva em Havana que após 14 anos de pesquisas e estudos pré-clínicos o grupo concluiu que o efeito desses peptídeos (um tipo de molécula) obtidos por via biotecnológica "supera amplamente os produtos que existem hoje no mercado internacional". A empresa diz ter resultados sobre o impacto de peptídeos para tratar o câncer em crianças como o glioma e os tumores cerebrais e do sistema nervoso central, assim como os cânceres de origem epitelial em adultos.
 
Em particular, o Labiofam destaca o desenvolvimento do peptídeo "RjLB-14", com "resultados impactantes" nos mecanismos de morte celular, já que só atua sobre as células malignas "sem efeitos colaterais", o que permitiria substituir o uso de citostáticos nos tratamentos. Fraga explicou que nos estudos pré-clínicos realizados com ratos o uso desse produto foi "surpreendente", já que em nove dias de tratamento foi constatada uma redução de 90% do tumor, e em alguns casos o seu desaparecimento.
 
O diretor disse que não se trata de criar "falsas expectativas e informar algo que não está concluído" porque "os resultados pré-clínicos já fornecem evidências suficientes para comprovar e reafirmar a efetividade do tratamento em células humanas".
 
Segundo ele, o trabalho está na fase de pesquisa de toxicologia para se chegar ao produto final e solicitar em 2014 a realização de um teste clínico em humanos. "Mas por que não acelerar, por que não trabalhar, por que não nos unirmos nesse trabalho?", questionou Fraga, ao anunciar a convocação do Labiofam para um simpósio internacional que acontecerá em Havana entre 18 e 20 de setembro.
 
O objetivo do Labiofam nesse evento será "compartilhar" e "multiplicar" seus resultados para "acelerar" o desenvolvimento de um produto que possa fazer frente ao problema das doenças oncológicas a nível mundial. Nos últimos anos, os laboratórios do Labiofam trabalharam em outros projetos de tratamento contra o câncer a partir das propriedades do veneno de um escorpião cubano.
 
Atualmente, comercializam um produto homeopático chamado "Vidatox" que serve como complemento para tratar sintomas provocados pelos efeitos do câncer, além de aliviar a dor. Em 2012, o câncer foi, pela primeira vez, a principal causa de morte em Cuba, responsável por 25% dos óbitos, superando doenças do coração e cerebrovasculares.

Fonte Efe/R7

Saiba os benefícios das algas comestíveis para a saúde

Saiba os benefícios das algas comestíveis para a saúde Stock.Xchng/Divulgação
Normalmente, elas são conhecidas por sua utilidade no sushi, mas podem ser usadas para fazer saladas e perfumar o peixe
 
Provavelmente, você já ouviu falar do uso das algas na alimentação, e pode ser que até já tenha se arriscado a experimentar um prato feito com elas em alguma visita a um restaurante japonês ou chinês.

O que muitas pessoas não sabem, entretanto, é dos diversos benefícios que elas trazem para a saúde. Além de um coquetel explosivo para ficar desperto durante o dia, elas são fonte de magnésio, vitaminas A, E e C, sódio, iodo e cálcio. Elas ainda proporcionam sensação de saciedade muito rápido e são fontes em potencial de antioxidantes.

Existem mais de 20.000 variedades de algas no planeta, mas apenas 50 são comestíveis. Dessas, 14 são mais fáceis de encontrar no mercado. Entre as mais conhecidas, figuram a alface do mar e o nori - aquele tipo de alga seca que envolve os makis.

Várias possibilidades
A maioria das pessoas já experimentou, algumas até sem saber. Isso porque, além de um ingrediente indispensável na hora de criar texturas nos pratos, as algas funcionam muito bem para fazer saladas.

Elas também podem ser utilizadas para perfumar o peixe antes do cozimento ou de assá-lo. Os paladares mais refinados podem experimentar a alface do mar, e os mais sensíveis a alga wakame.

Para os iniciantes, uma boa ideia é usá-las no molho tártaro ou misturá-las a manteiga para passar no pão. Se você se arriscar nessa experiência, não esqueça: as algas secas possuem sabor bem mais acentuado do que as frescas.
 
Fonte AFP/Zero Hora

Conheça 13 causas de constipação intestinal

Conheça 13 causas de constipação intestinal Piotr Marcinski/Deposit Photos
Foto: Piotr Marcinski / Deposit Photos
Constipação intestinal tem causas menos conhecidas
Problema pode ser gerado por diversos fatores
 
O que causa a prisão de ventre? Entre os "culpados" mais conhecidos estão uma dieta pobre em fibras, ignorar repetidamente o desejo de ir ao banheiro, não beber água suficientemente e a falta de exercícios físicos.
 
De acordo com o gastroenterologista Silvio Gabor, a constipação intestinal também tem outras causas menos conhecidas, incluindo alguns medicamentos e suplementos, além de condições médicas potencialmente graves.
 
O médico lista 13 possíveis causas da constipação que você pode considerar. Confira:
 
1) Hipotireoidismo ou hipoatividade da tireoide
Nem todas as pessoas com disfunção da tiroide têm prisão de ventre, assim como nem todos os casos de prisão de ventre significam que a tiroide da pessoa esteja funcionando de maneira irregular. Ainda assim, um paciente jovem constipado mais que o normal e com dores abdominais, por exemplo, pode ter problemas no funcionamento da sua tireoide.
 
2) Analgésicos, especialmente narcóticos
Segundo Gabor, um grande número de receptores das drogas narcóticas estão no aparelho digestivo. Por isso, em geral, é uma boa ideia prescrever laxantes suaves para os usuários dessas drogas. Alguns estudos sugerem também que pode haver um risco maior de constipação intestinal para pessoas que são usuárias crônicas de analgésicos como aspirina e ibuprofeno.
 
3) Chocolate
Há algumas evidências de que o chocolate pode causar prisão de ventre, embora outros estudos digam que o chocolate pode ajudar algumas pessoas constipadas. Em um estudo de 2005 ficou comprovado que pessoas com constipação crônica ou síndrome do intestino irritável são mais propensas do que as pessoas sem esses problemas a afirmar que o chocolate causa constipação, assim como bananas e chá preto. Eliminar ou cortar o chocolate por causa da constipação é uma decisão que deve ser avaliada individualmente.
 
4) Vitaminas
Em geral, vitaminas não causam obstipação, mas certos componentes, tais como cálcio e ferro podem ser um problema. Em alguns casos pode ser recomendável que pacientes que estejam tomando suplementos à base de ferro ou cálcio suspendam sua ingestão.
 
5) O uso excessivo de laxantes
Alguns laxantes funcionam estimulando a atividade intestinal por causarem uma irritação da mucosa. No entanto, é importante destacar que laxantes só devem ser ingeridos com prescrição médica. Quando utilizados por longos períodos de tempo, os laxantes podem levar à dependência, ou seja, o intestino pode não funcionar corretamente sem eles.
 
6) Consumo pobre de fibras
Uma dieta rica em queijo e outros alimentos com poucas fibras e muita gordura, tais como ovos e carne, pode retardar a digestão. Portanto, é recomendado reduzir o consumo de tais alimentos e ingerir de 20 a 35 gramas por dia. Para quem come diariamente queijos, carne vermelha e ovos, é importante adicionar verduras, frutas e outros alimentos que contenham fibras na sua dieta. Evite fast foods e alimentos processados, que são geralmente pobres em fibras.

7) Antidepressivos
A prisão de ventre parece estar associada com inibidores seletivos da recaptação de serotonina, mecanismo de ação de alguns dos antidepressivos. No entanto, a constipação é mais um problema provocado pelos antidepressivos tricíclicos. Não é possível afirmar que todos os medicamentos antidepressivos tenham este efeito colateral.
 
8) Depressão
A própria condição que os antidepressivos se propõem a tratar — a depressão — também pode causar constipação. Assim como o hipotireoidismo, a depressão provoca uma desaceleração geral dos processos normais do corpo, o que também pode afetar o intestino. Pessoas com síndrome do intestino irritável, moléstia intimamente ligada à depressão, também são mais propensas à constipação.
 
9) Antiácidos
Antiácidos são ótimos para combater a azia, mas alguns podem causar prisão de ventre, especialmente aqueles que contêm cálcio ou alumínio. Felizmente, existem diversas opções de antiácidos no mercado. É possível, também, reduzir o risco de azia consumindo menos alimentos gordurosos e mais fibras, medidas que ajudam a prevenir a azia e a constipação.
 
10) Pressão arterial e alergias
A prisão de ventre pode ser um efeito colateral de medicamentos comumente usados para tratar a pressão arterial elevada, tais como bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos. Diuréticos, por exemplo, reduzem a pressão arterial, aumentando a produção de urina, o que libera mais água do organismo. No entanto, a água também é necessária para manter as fezes macias e levá-las para fora do corpo. Os anti-histamínicos utilizados para tratar sintomas alérgicos também pode ser causa de constipação.
 
11) Doença inflamatória intestinal
A doença inflamatória intestinal (DII) inclui duas condições crônicas principais: a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Ambas podem causar cólicas, perda de peso, sangue nas fezes e outros problemas de saúde. A diarreia crônica é um sintoma comum de ambas. No entanto, a constipação pode ser um problema também. Na colite ulcerosa, a constipação pode ser um sinal de inflamação no reto e na doença de Crohn pode ser um sinal de obstrução no intestino delgado.
 
12) Parto
A constipação é comum durante a gravidez, mas o parto em si pode ser um problema, possivelmente devido aos músculos abdominais lentos ou devido ao uso de analgésicos ou anestesia durante o parto. Além disso, pode haver alguma dor perineal imediatamente após o parto, então o medo de causar mais desconforto pode ser um fator importante para a constipação. Embora as lesões de estiramento durante o parto às vezes possam causar danos nos nervos que levam à prisão de ventre, isso é menos comum.
 
13) Diabetes e condições neurológicas
A diabetes pode causar danos nos nervos que podem afetar a capacidade de uma pessoa digerir os alimentos. A maioria das pessoas com diabetes avançado apresentam este problema. Ainda assim, é razoável fazer um teste de açúcar no sangue em alguém que é regularmente constipado. Condições neurológicas tais como a esclerose múltipla ou a doença de Parkinson podem causar obstipação. Normalmente, porém, a obstipação aparece juntamente com outros sintomas, como dificuldade para urinar, visão dupla ou um problema de marcha.
 
Fonte Zero Hora

Saiba os riscos de manter uma dieta a base de gorduras

Saiba os riscos de manter uma dieta a base de gorduras Mikael Damkier/Divulgação
Foto: Mikael Damkier / Divulgação
Atualmente, cerca de 40% dos brasileiros têm colesterol alto
Alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e bons hábitos de vida são o primeiro passo para manter um coração saudável
 
Nesta quinta-feira, foi comemorado o Dia Nacional de Controle do Colesterol. A data, que existe há 10 anos, tem como objetivo conscientizar a população sobre as doenças decorrentes da elevada taxa de colesterol no sangue, formas de prevenção e tratamento.
 
Atualmente, cerca de 40% dos brasileiros têm colesterol alto. Segundo dados do Ministério da Saúde, 300 mil pessoas morrem por ano em decorrência de infartos e derrames. Os adolescentes de 14 a 18 anos são os que mais ingerem alimentos ricos em colesterol, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
De acordo com a nutricionista Natana Martins, o colesterol é a matéria-prima de moléculas muito importantes para o funcionamento do nosso corpo. É a partir dele que se produz vários hormônios, como os sexuais — testosterona e estradiol — e o cortisol. Ele também é responsável pela produção de vitamina D, que é muito importante para a absorção do cálcio e a consequente manutenção da saúde óssea.
 
O colesterol total é composto de dois tipos de moléculas, o LDL, popularmente conhecido como colesterol ruim e que, em excesso, é responsável pelo entupimento das artérias, e o HDL, o colesterol bom, que impede o depósito de gordura nas artérias.
 
Natana explica que uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e bons hábitos de vida, como evitar bebidas e cigarros, são o primeiro passo para manter um coração saudável.
 
- Entretanto, seja por recomendação médica ou por precaução, muitas pessoas fazem uso da suplementação para manter o colesterol sob controle. Isso acontece devido a correria do dia a dia, pela falta de tempo ou apenas para garantir uma vida mais saudável - complementa.

Mitos e verdades
Há vários mitos sobre o colesterol, e a ingestão de gordura é um deles. A principal característica das doenças cardiovasculares é o acúmulo de placas de gordura nas artérias ao longo dos anos, o que impede a passagem do sangue.

Uma dieta rica em carboidratos rápidos pode ser fatal ao coração e estar associada a outras doenças, como obesidade e diabetes. Por isso, reduzir a gordura ingerida regularmente é uma atitude importante de prevenção, que deve ser combinada com a adoção de práticas saudáveis de alimentação e exercícios físicos.
 
Uma pesquisa da Harvard School of Public Health, da Universidade de Harvard, mostra que a quantidade total de gordura na dieta não está diretamente relacionada com o peso ou doenças. O que realmente importa é o tipo de gordura. As ruins — trans e saturadas — potencializam o risco para doenças cardiovasculares.
 
A pesquisa de Harvard aponta, ainda, que os obesos tendem a substituir a gordura por alimentos cheios de carboidratos facilmente digeríveis, como pão branco, maionese, batata-frita e bebidas açucaradas. Com o tempo, estes carboidratos podem aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes, tanto ou mais do que comer gorduras ruins.
 
— O efeito desta dieta é tão nefasto para o coração quanto ingerir excesso de gordura saturada e é ainda pior para quem está gordo ou é sedentário — adverte o diretor do Centro de Recuperação e Estudo da Obesidade (CREEO), Marcelo Kessler.
 
Fonte Zero Hora

Entenda a importâcia do controle dos níveis de colesterol

Entenda a importâcia do controle dos níveis de colesterol Jessé Giotti/Agencia RBS
Foto: Jessé Giotti / Agencia RBS
Consumo de gorduras é um dos fatores que geram colesterol alto
Dieta equilibrada e saudável é apontada como o melhor modo de manter o organismo longe do problema
 
Segundo o Ministério da Saúde, as doenças do aparelho circulatório causaram 375 mil mortes em 2011, quando foi feito o último levantamento. O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado nesta quinta-feira, alerta sobre o consumo excessivo de gorduras que potencializam o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
 
De acordo com o cardiologista Allyson Nakamoto, o colesterol é um importante componente para a formação das células do organismo e serve como base na produção de vários hormônios. No entanto, existem dois tipos de colesterol: o bom (HDL, sigla em inglês) e o ruim (LDL, sigla em inglês).
 
— Inúmeros estudos demonstraram que o grande vilão é o colesterol ruim, que está associado ao risco de eventos cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio, angina, insuficiência vascular periférica e Acidente Vascular Cerebral (AVC), podendo levar à morte. Quanto ao HDL, o colesterol bom, quando em valores maiores, exerce um efeito cardioprotetor — explica o especialista.
 
Para o cardiologista, a melhor forma de controlar os níveis de colesterol é realizar uma dieta equilibrada e saudável, rica em fibras, com o consumo de gorduras limitado o que também evitando o sobrepeso e obesidade. A prática de atividades físicas também é apontada como importante fator na busca pelo controle dos níveis de colesterol.
 
Em casos de pessoas com histórico familiar de doença cardíaca ou de níveis elevados de colesterol no sangue, o diagnóstico e tratamento precoce auxiliam na prevenção dos males do colesterol elevado.
 
O tratamento medicamentoso como forma de prevenção primária também pode ser considerada uma estratégia na redução da ocorrência da doença cardiovascular.
 
— A partir de um diagnóstico precoce e sem fatores de risco paralelos, caso a mudança da alimentação e a inclusão de atividade física não forem suficiente, o início do tratamento com fármacos como estatinas, poderão controlar o avanço da doença — enfatiza o cardiologista.
 
Gordura animal como o da carne vermelha, frituras, embutidos, derivados do leite e alimentos processados devem ser evitados.
 
— É importante, para a prevenção, que as pessoas tenham uma alimentação rica em legumes e verduras — afirma Nakamoto.
 
Fonte Zero Hora

Vacina experimental contra malária 'imita' picada de mosquito

Editoria de Arte/Folhapress
A empresa americana Sanaria ressuscitou a ideia de um casal brasileiro publicada há 44 anos e imunizou 12 pessoas contra malária com uma vacina experimental. Num dos subgrupos do teste, a eficiência alcançou 100%.
 
O trabalho foi publicado ontem na versão eletrônica da revista "Science". Os líderes do estudo são Stephen Hoffman, da Sanaria, e Robert Seder, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) dos EUA.
 
Trata-se do maior sucesso alcançado, até aqui, na longa e decepcionante luta para prevenir a doença, que em 2010 causou estimadas 660 mil mortes no mundo.
 
Outra vacina, da empresa GSK, está em fase mais adiantada de teste, mas só conseguiu entre 47% e 55% de proteção. Para crianças, as principais vítimas, teve resultado ainda pior (33% a 37%).
 
No Brasil, a doença está presente sobretudo na Amazônia, mas o número anual de mortes fica na casa das centenas. Isso porque predomina aqui o parasita Plasmodium vivax, menos perigoso que o P. falciparum, que causa a maior parte das mortes na África.
 
O produto da Sanaria, apelidado de PfSPZ, emprega o microrganismo inteiro --no seu estágio de vida batizado de esporozoíto-- para desafiar o sistema imune humano. A fim de impedir que essa versão do plasmódio desencadeie a doença, os esporozoítos são "nocauteados" (atenuados) com raios X.
 
A vacina da GSK (conhecida como RST,S) usa só um pedaço do esporozoíto. Não pode, por isso, causar a doença, e terá vantagens práticas sobre a PfSPZ --se der certo.
 
Os brasileiros Ruth e Victor Nussenzweig desenvolveram a técnica de atenuação do esporozoíto com raios X a partir de 1965, quando se mudaram para a Universidade de Nova York. Irradiaram milhares de mosquitos e os puseram para picar recrutas americanos voluntários.
Conseguiram imunizar os rapazes contra a malária, mas era só uma "prova de princípio". Não há como vacinar milhões de pessoas assim.
 
Hoffman partiu daí e criou um procedimento para obter os esporozoítos e injetá-los, dispensando as picadas. É um processo laborioso, que exige abrir as glândulas salivares dos insetos para coletar os microrganismos.
 
Dois anos atrás, Hoffman e Seder testaram a vacina artesanal em humanos e descobriram que injeções subcutâneas não davam resultado satisfatório. Tentaram então, em julho e outubro de 2012, a imunização com injeção na corrente sanguínea (intravenosa), método impraticável em vacinações de massa.
 
São esses os resultados relatados agora na "Science". Um grupo de 40 voluntários recebeu injeções em doses e intervalos variados. Dos seis que receberam cinco injeções e dose máxima, todos acabaram imunizados, assim como seis dos nove inoculados quatro vezes com doses altas.
 
Foi só mais uma prova de princípio. Não faltam obstáculos para a PfSPZ se tornar uma alternativa real para combater a malária.
 
Primeiro, a Sanaria precisará encontrar uma maneira mais prática de obter os esporozoítos. Depois, provar que o produto funciona com um número maior de pessoas e por mais de um ano.
 
Em seguida, terá de demonstrar que a PfSPZ é eficaz contra várias cepas do plasmódio. E, por fim, que pode dispensar o nitrogênio líquido para resfriar a vacina e as injeções intravenosas.
 
A luta por uma vacina contra a malária tem vários anos pela frente.

Fonte Folhaonline

10 motivos para amamentar seu bebê

Reunimos 10 razões para amamentar seu filho - da economia à contribuição para o meio ambiente
 
O Brasil, junto de quase 170 países, participa desta semana, organizada pela Aliança Mundial de Aleitamento Materno (WABA), com palestras e eventos sobre os benefícios desta prática para mães e filhos.
 
Mas por que amamentar seu bebê? As vantagens vão da saúde de mãe e de filho ao vínculo afetivo criado pelo ato – tudo isso comprovado por pesquisas. Descubra abaixo 10 – entre muitas – razões para o aleitamento materno.
 
1. Ajuda na recuperação pós-parto do corpo da mãe
Durante o parto, o corpo da mulher passa por alguns traumas: o útero sangra um pouco, os níveis de hormônio ficam desregulados e algumas mães reclamam de contrações depois do nascimento dos filhos. A fonoaudióloga Fabiola Costa, membro do GTIAM - Grupo Técnico de Incentivo ao Aleitamento Materno da Universidade Federal Fluminense e autora do blog Mama Mia, sobre amamentação, explica que, ao amamentar, os hormônios do corpo feminino voltam a se equilibrar.

Fabíola aponta para outro benefício: a amamentação logo após o parto. “A sucção do peito faz com que o útero expulse a placenta mais rápido, e ainda ajuda na imunidade para o neném”, diz. Pesquisas da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostram que o aleitamento previne outros tipos de doença, como o enfarto e a diabetes tipo 2.

2. A mãe perde peso – e o bebê ganha
“A mãe que amamenta tem um gasto energético maior ao amamentar. Isso ajuda a perder o peso que ganhou na gestação”, diz Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Segundo pesquisas, o gasto calórico vai de 200 a 500 kcal por dia. Já, para o bebê, o leite materno significa o ganho certo de peso “Com outro tipo leite corre-se o risco da criança engordar muito ou engordar pouco. A criança que mama no peito não fica desnutrida nem obesa”, afirma.

3. Economia de dinheiro e recursos naturais
Pesquisas da Associação Americana de Pediatria mostram que mães que amamentam exclusivamente – ou seja, alimentam o bebê apenas com o leite materno – durante os seis primeiros meses poupam cerca de mil dólares. Nessa equação entraram apenas as quantidades de fórmulas artificiais e mamadeiras que as mães teriam que comprar. A economia seria muito maior se fosse levado em conta que crianças alimentadas com leite materno tendem a ter menos doenças – e, portanto, gastam menos com remédios e pediatra. Há ainda a questão da sustentabilidade: “o leite materno não usa latas nem mamadeiras”, completa Fabíola.
 
4. Acalma a mãe
Dois hormônios agem durante o aleitamento: a prolactina, que induz o corpo a produzir leite, e a oxitocina, que ejeta o líquido da mama. Combinados, estes hormônios agem no organismo da mãe. Fabíola – que amamentou sua primeira filha até os dois anos e ainda amamenta o seu segundo filho, de 7 meses – diz que a oxitocina, quando liberada, dá a sensação de prazer.

5. Dá sensação de saciedade para o bebê
De acordo com Luciano Santiago, a quantidade de gordura presente no leite varia durante a amamentação. “Logo perto do final da mamada, o nível de gordura do leite fica no máximo, o bebê se sente saciado e para naturalmente”, simplifica o pediatra. As mamadeiras não têm o mesmo efeito, já que seu conteúdo tem sempre a mesma quantidade de gordura. “Com a mamadeira, existe o risco do bebê não querer parar de mamar, porque não tem a sensação de saciedade”, diz ele.

6. Pode servir como método contraceptivo para a mãe
Durante seis meses, se a mãe amamentar exclusivamente o bebê, é possível que ela se valha da amenorréia lactacional, um método contraceptivo natural. A sucção recorrente do bebê na mama faz com que o hipotálamo da mãe não produza o ciclo necessário à ovulação. Mas atenção: Fabíola avisa que esse método só acontece durante os seis primeiros meses, e em mulheres que estejam amamentando em livre demanda.
 
7. Protege o bebê de alergias posteriores e infecções
nullUm estudo conjunto das Universidades de Harvard e Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que o leite materno contém imunoglobinas que protegem o intestino dos bebês de possíveis alergias alimentares. Luciano Santiago ressalta que os tipos de imunoglobinas presentes no leite materno também ajudam a potencializar o efeito das vacinas nos bebês. Ele fala que, para a proteção contra infecções, é recomendável que se amamente (não exclusivamente) até depois de dois anos. “Até dois anos, o corpo da criança ainda não se defende sozinho das infecções”, explica.
 
8. Cria um laço entre mãe e bebê
“A distância entre o olho da mãe e o seio é exatamente a distância que o neném enxerga. Não é a toa que o neném reconhece a mãe”, conta Fabíola. Além do olhar, o contato entre a pele da mãe e a do filho cria um tipo de laço entre os dois. Um vínculo que, segundo o pediatra Luciano Santiago, “é diferente de tudo que se possa explicar”.
 
9. Ajuda na formação da mandíbula e da língua do bebê
Fabíola Costa diz que a amamentação é primordial para o desenvolvimento oral do bebê. “A musculatura da boca é exercitada quando ele suga o seio da mãe”, diz a fonoaudióloga. Este tipo de exercício é muito importante, no futuro, para o desenvolvimento da fala da criança. Luciano completa com outras áreas do rosto do bebê que são exercitadas com o aleitamento, como os dentes, os músculos da face, a mandíbula e o maxilar.
 
10. A longo prazo, as crianças tendem a ficar mais inteligentes
O cérebro humano não nasce completamente formado. É durante os três primeiros anos que a quantidade de neurônios e sinapses (conexões entre neurônios) aumenta. “O leite materno tem substâncias que favorecem esse desenvolvimento”, diz Luciano Santiago.
 
Segundo o pediatra, 90% das sinapses cerebrais de uma pessoa são criadas durante seus três primeiros anos de vida. “Quanto mais ligações tiver no cérebro, maior a habilidade da pessoa”, completa o pediatra. Pesquisas da Nova Zelândia e Irlanda mostram que crianças que foram amamentadas exclusivamente durante os primeiros seis meses têm maiores notas na escola e habilidades cognitivas mais refinadas.

Fonte Delas

Mulheres que amamentam têm menor risco de Alzheimer, indica estudo

Pesquisas já mostravam que amamentar diminuía a chance
de a mulher desenvolver diversas doenças
Pesquisas anteriores já mostravam que amamentar diminuía a chance de a mulher desenvolver outras doenças
 
Mães que amamentam seus filhos têm um risco menor de desenvolver Alzheimer, segundo um estudo recém-publicado pela Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha.
 
A pesquisa também indicou a possibilidade de haver uma ligação mais ampla entre os dois fatores, já que amamentar pode atrasar o declínio da condição cognitiva da mulher.
 
Estudos anteriores já mostravam que a amamentação reduzia o risco de a mãe desenvolver outras doenças, mas esse é o mais indicativo no que diz respeito a transtornos cognitivos.
 
O estudo mostra que alguns efeitos biológicos da amamentação podem ser os responsáveis pela redução do risco de se desenvolver a doença.
           
Os pesquisadores estabeleceram três comparações hipotéticas, entre mulheres que amamentaram e outras que não amamentaram ou amamentaram menos, e verificaram reduções potenciais de até 64% no risco de as primeiras desenvolverem Alzheimer em relação às segundas.
 
Eles advertem, porém, que não é possível quantificar com exatidão a redução potencial do risco de Alzheimer, por conta do grande número de variáveis envolvidas - como tempo de amamentação, histórico de saúde da mulher, número de gravidezes e casos de Alzheimer na família, entre outras.
 
Progesterona e insulina Segundo uma das teorias levantadas pelos pesquisadores de Cambridge, amamentar priva o corpo do hormônio progesterona, para compensar os altos níveis de progesterona produzido durante a gravidez.
 
A progesterona é conhecida por dessensibilizar os receptores de estrogênios no cérebro – e o estrogênio tem um papel importante na proteção do cérebro contra o Alzheimer.
           
Outra teoria se baseia no fato de que amamentar amplia a tolerância da mulher à glicose, restaurando sua tolerância à insulina após a gravidez, um período em que há uma redução natural da resistência à insulina.
 
E o Mal de Alzheimer é caracterizado justamente pela resistência à insulina no cérebro (e consequentemente à intolerância à glicose), tanto que o mal de Alzheimer algumas vezes é chamado de diabetes tipo 3.
 
Histórico de demência
Publicada no Journal of Alzheimer’s Disease, a pesquisa analisou 81 mulheres britânicas entre 70 e 100 anos, incluindo mulheres que sofriam ou não desse tipo de demência.
 
Apesar de os cientistas terem estudado o caso de um grupo pequeno de mulheres, eles garantiram que isso não interfere no resultado da pesquisa, dados os fortes indícios da correlação entre amamentar e os riscos de se desenvolver Alzheimer.
 
Eles disseram, no entanto, que a conexão entre os dois fatores foi bem menos presente em mulheres que já tinham um histórico de demência na família.
 
Com base nos dados coletados com as mulheres estudadas, os pesquisadores formularam três casos hipotéticos para indicar o potencial de redução do risco de Alzheimer pela amamentação:
 
No primeiro caso, na comparação de duas mulheres idênticas, uma que tivesse amamentado por 12 meses teria um risco 22% menor da doença em relação à outra que amamentou por 4,4 meses.
 
No segundo, uma mulher que tenha amamentado por oito meses após uma gravidez teria um risco 23% menor do que uma mulher em condições idênticas, mas que tenha amamentado por seis meses após três gestações.
 
No terceiro caso, a redução verificada foi de 64% para uma mulher que tenha amamentado em relação a outra idêntica que não tenha amamentado.
 
'Doença devastadora'
 A pesquisadora Molly Fox, que conduziu o estudo juntamente com os os professores Carlo Berzuini e Leslie Knapp, disse esperar que a pesquisa sirva para estimular outras sobre a relação entre o risco de doenças e o histórico reprodutivo de mulheres.
 
Fox espera ainda que as conclusões da pesquisa indiquem novos caminhos para lutar contra epidemia global de Alzheimer, especialmente em países em desenvolvimento.
 
"Alzheimer é o transtorno cognitivo mais comum do mundo e já afeta 35,6 milhões de pessoas. No futuro, a doença deve atingir ainda mais países onde a renda é mais baixa", disse. "Então é vital que sejam criadas estratégias de baixo custo e em grande escala para proteger as pessoas contra essa doença tão devastadora."
 
Além disso, o estudo abre novos possibilidades de se entender o que faz alguém suscetível a esse tipo de demência. Também pode servir como incentivo para mais mulheres amamentarem – algo que muitas pesquisas já comprovam que traz benefícios tanto para mãe quando para o bebê.

Fonte iG

Terapia se mostra promissora para vítimas de abuso sexual no Congo

NYT
Mãos de uma congolesa não identificada que diz ter sido
estuprada por homens de uma milícia armada que ocupou
 a cidade de Livungi (foto de arquivo)
Estudo mostra que das congolesas que fizeram sessões em grupo, apenas 9% mantinham sintomas de trauma
 
Um tipo de terapia de grupo para vítimas de trauma tem mostrado resultados extraordinários para sobreviventes de violência sexual na República Democrática do Congo, permitindo que as mulheres superem a vergonha, os pesadelos e os terríveis flashbacks que as deixavam incapazes de trabalhar, cuidar de suas famílias ou de si mesmas, dizem pesquisadores.
 
O artigo sobre a terapia, publicado no New England Journal of Medicine em junho, é uma notícia rara: o estudo rigoroso mostrou que se podem curar as cicatrizes mentais e emocionais de mulheres em uma parte da África onde o estupro se tornou uma arma de guerra rotineira. O Congo, com duas décadas de guerra civil, é chamada pela ONU da capital mundial do estupro. O país oferece pouco ou nenhum tratamento para problemas mentais.
 
Uma equipe de pesquisadores das Universidades Johns Hopkins, de Washington e do Comitê de Resgate Internacional levaram ao país um tratamento chamado terapia de processamento cognitivo. Eles adaptaram o método para mulheres que não podem ler, e o ensinaram para trabalhadoras da área da saúde, que estudaram até o nível médio ou nem isso. Essas funcionárias conduziram sessões de terapia em grupo em cinco línguas com sobreviventes de ataques sexuais que sofriam de ansiedade severa, depressão ou estresse pós-traumático. Em suaíli, o tratamento foi chamado de terapia “coração e mente”.
           
Centenas de milhares de congolesas, de crianças pequenas a idosas – o número talvez chegue a 2 milhões, segundo um estudo – foram estupradas por rebeldes ou soldados do governo. Alguns ataques brutais incluíram estupro em gangue, penetração com armas, facas e outros objetos.
 
O estudo incluiu mulheres de 15 vilas rurais no leste do Congo, uma área onde cerca de 40% das mulheres foram vítimas de violência sexual. A técnica da pesquisa já havia sido usada com sucesso para vítimas de estupro e estresse pós-traumático nos EUA. Ela envolve ensinar as pessoas a abordar racionalmente pensamentos, sentimentos e crenças perturbadoras que podem permanecer depois de um ataque.
 
Por exemplo, mulheres violentadas frequentemente culpam a si mesmas. Deixaram uma janela aberta, saíram sozinhas, fizeram contato visual com o homem, estavam vestidas de forma inadequada. A terapia faz com que questionem essas crenças. Mulheres em outras circunstâncias também foram estupradas? Se a resposta é sim, como uma mulher pode se culpar?
           
O programa é altamente estruturado, as conselheiras têm um manual com tópicos definidos para cada sessão e passam “lição de casa” para as participantes.
 
Sete vilas, com 157 mulheres, foram escolhidas aleatoriamente para receber a terapia de grupo. Em outras oito outras vilas, com 248 mulheres, foi oferecido “apoio individual”, ou seja, mulheres podiam pedir aconselhamento pessoal.
 
A terapia em grupo consistiu em uma sessão individual com um conselheiro e 11 encontros semanais de duas horas com o grupo. Os sintomas das mulheres foram medidos três vezes: antes do programa, logo que terminaram e seis meses mais tarde.
 
A melhora de quem recebeu a terapia de grupo foi admirável, disseram os pesquisadores. Seis meses depois do tratamento, apenas 9% das mulheres que participaram da terapia de grupo ainda apresentavam ansiedade, depressão ou estresse pós-traumático. No grupo de controle, 42% das mulheres ainda tinham os problemas.
           
Catherine Poulton, conselheira do Comitê Internacional de Resgate, disse que a entidade pretende trabalhar junto ao Ministério da Saúde congolês para oferecer a terapia a mais mulheres através dos centros de saúde. A associação também pretende oferecer o tratamento em outros países que necessitem.
 
A líder do estudo, Judith K. Bass, professora assistente no departamento de saúde mental da Johns Hopkins, disse: “Não se trata de uma cura miraculosa. Todas essas mulheres não estão correndo para as ruas e dançando. Mas elas podem voltar para a comunidade."

Fonte The New York Times/iG

Manifestantes pedem melhoria do SUS em frente ao Hospital Sírio-Libanês em SP

J. Duran Machfee/Futura Press
Manifestantes foram impedidos pelos seguranças de entrarem no prédio
Local foi escolhido porque o senador José Sarney (PMDB-AM) está internado lá desde o último dia 31 de julho
 
Um grupo de 70 pessoas protestou na noite desta quinta-feira (8) pedindo o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), na capital paulista. A passeata saiu da avenida Paulista, na região central, e foi até o Viaduto do Chá, em frente à sede da prefeitura. No caminho, os manifestantes fizeram paradas no escritório da Presidência da República e no Hospital Sírio-Libanês. O ato foi chamado pelo Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo do qual participam militantes que pedem melhorias na saúde pública.
         
Segundo o panfleto distribuído pelo grupo, cada ponto do trajeto teve um significado. A primeira parada, no escritório da Presidência da República em São Paulo, o grupo criticou o volume de recursos federais investidos na saúde pública. “A saúde vai mal porque faltam investimentos nos serviços e nos trabalhadores da saúde. Por isso, exigimos o fim de todas as privatizações, concursos públicos para todas as profissões e a manutenção dos vetos à Lei do Ato Médico”.
 
O médico de saúde coletiva Vitor Israel reclamou da forma como os recursos são gastos. Na avaliação dele, deveria haver um foco nos investimentos na prevenção de doenças. “Saúde se faz com prevenção. A medicina não tem a cura para uma boa parte das doenças. Mas a maior parte da população espera a dor do câncer ou do infarto para ir ao hospital. Não tem acesso a esse cuidado preventivo”, disse.
 
Na porta do Hospital Sírio-Libanês, os manifestantes foram impedidos pelos seguranças de entrarem no prédio. O local foi escolhido como símbolo de que o acesso à saúde depende da condição econômica do paciente. A internação do senador José Sarney (PMDB-AM), que está no hospital desde o dia 31 de julho, foi lembrada com ironia . “Que contradição, o Sarney no Sírio e o povo no caixão”, gritava o grupo. Apesar do barulho em frente ao hospital, a ação foi defendida pela militante Thais Miranda. “O povo se trata nos corredores dos hospitais, e lá tem grito, tem briga”, declarou.
 
O protesto terminou em frente à prefeitura, no centro da cidade, para pedir mais concursos públicos para a área de saúde. “Exigimos da prefeitura que o Programa Saúde da Família seja ampliado para 100% da sua cobertura com trabalhadores públicos”, cobravam os manifestantes por meio do panfleto distribuído para a população.
 
Outro lado
O Hospital Sírio-Libanês divulgou comunicado à imprensa dizendo que "lamenta a forma como o protesto foi conduzido na porta da instituição". Segundo a administração do local, a manifestação "prejudicou" os pacientes, familiares e acompanhantes.

Leia o comunicado na íntegra:             
"O Hospital Sírio-Libanês considera que manifestações pacíficas constituem um direito dos cidadãos. Mas lamenta a forma como o protesto foi conduzido na noite desta quinta-feira (08/8), na porta da instituição, prejudicando pacientes, familiares e acompanhantes.
 
O Hospital Sírio-Libanês realiza quase 20 mil internações todos os anos, de pacientes do Brasil e do exterior. A todos eles, sem qualquer distinção, oferece a mesma excelência assistencial, médica e tecnológica. Em um momento delicado de suas vidas, esses pacientes não podem ser prejudicados ou incomodados da maneira como ocorreu nesta noite, sob pena de comprometer a legitimidade de qualquer ato, por mais bem intencionado que ele seja."
 
Fonte Último Segundo