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terça-feira, 16 de junho de 2015

A importância da doação regular de sangue

Doar sangue é um ato de solidariedade. Cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas. E é este pensamento que Adalto Carvalho leva a cada vez que pratica o ato
 
Doador frequente há 15 anos, o motorista conta que se orgulha de poder ajudar. “Sei que já salvei muitas vidas com isso e quero salvar muitas vezes mais. Chego a doar até quatro vezes por ano. Falo muito para os mais jovens da importância de doar de sangue. É muito bom a pessoa fazer isso”, conta.
 
Os anos de doação renderam a Adalto histórias emocionantes. Ele pôde presenciar a gratidão de uma família, após ajudar a salvar a vida de uma criança. “Estava trabalhando e me ligaram pedindo que eu doasse, pois tinha uma criança que necessitava. Estava completando três meses e dois dias que eu tinha doado pela última vez. A família me agradeceu muito, queriam até me pagar, mas a doação é um ato voluntário e eu tenho muito orgulho em fazer isso”, relembra.
 
É preciso criar o hábito de doar. Atualmente, são coletadas no Brasil, cerca de 3,6 milhões de bolsas/ano, o que corresponde ao índice de 1,8% da população doando sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha para aumentar este índice. O Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização do responsável) e aumentou de 67 para 69 anos a idade máxima para doação de sangue no País.
 
Alguns estados como São Paulo e o Distrito Federal fornecem vantagens para os doadores regulares de sangue. Existem leis que isentam da taxa de inscrição os doadores de sangue que quiserem prestar concursos públicos realizados pela Administração Direta, Indireta, Fundações Públicas e Universidades Públicas do Estado.
 
Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.
 
Para fazer a doação é necessário:
- Levar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
 
- Estar bem de saúde;
 
- Ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
 
- Pesar mais de 50 Kg;
 
- Não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.
 
Recomendações para o dia da doação:
- Nunca vá doar sangue em jejum

- Faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior a doação

- Não tome bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores

- Evite fumar por pelo menos 2 horas antes da doação

- Evite alimentos gordurosos nas 3 horas antes da doação

- As pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, sobem em andaimes e praticam pára-quedismo ou mergulho, devem interromper estas atividades por 12 horas antes da doação
 
Intervalos para doação
- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
 
- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)
 
Cuidados pós-doação
- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas
 
- Aumentar a ingestão de líquidos
 
- Não fumar por cerca de 2 horas
 
- Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas
 
- Manter o curativo no local da punção por pelo menos de quatro horas
 
- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho
 
Quem não pode doar?
- Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade

- Mulheres grávidas ou que estejam amamentando

- Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas

- Usuários de drogas

- Aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos
 
Cirurgias e prazos de impedimentos
- Extração dentária: 72 horas
 
- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses
 
- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses
 
- Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação
 
- Transfusão de sangue: 1 ano
 
- Tatuagem: 1 ano
 
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina
 
Aproveite que domingo, 14 de junho, foi comemorado o Dia Mundial do doador de sangue e doe você também. Confira no link a lista de hemocentros de todo o país (http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=641) ou consulte com a secretaria de saúde do seu município o ponto de coleta mais próximo da sua casa.  Para saber onde doar informe-se pelo Disque-Saúde no número 136 ou confira os hemocentros do Brasil no link.
 

Os números que a ANS não quer mostrar, e a relação com o SUS

O último relatório da ANS exibe uma série de demonstrações que, ao meu ver, são tendenciosas porque escondem números que realmente permitiriam analisar a lucratividade das operadoras. Mas mesmo com estes números é possível estabelecer um paralelo entre a receita da saúde suplementar e a do SUS, e o reflexo na sociedade
 
Por Enio Salu
 
Gostaria primeiro de questionar a forma como a ANS analisa a receita das operadoras e o custo que têm em relação aos serviços de saúde.
 
O relatório demonstra o crescimento de 14,65 % na receita, contra o crescimento de 16,23% nos custos, e isso serve de justificativa para a ANS defender aumento no preço dos planos de saúde … um absurdo.
 
Isso seria verdade se não existisse rede credenciada dos planos de saúde, mas a realidade está muito distante disso: a maior das operadoras (conglomerado de cooperativas de médicos) tem rede própria e quase todo o seu atendimento é direcionada para ela !
 
Este fato que a ANS não cita em seu relatório distorce completamente a análise, uma vez que nestes casos o aumento do custo na verdade representa receita para a operadora, e os preços praticados por serviços de saúde de rede própria são maquiados, caso a caso.
 
Da forma como o relatório é apresentado, tende a ‘crucificar’ os serviços de saúde como se eles pudessem aumentar preços indiscriminadamente junto às operadoras, o que sabemos não ser verdade: na verdade a maioria absoluta dos serviços de saúde ficam reféns das operadoras nas negociações de reajustes de preços – apenas alguns poucos conseguem ‘falar grosso’ na hora da negociação.
 
Para a finalidade que a ANS quer dar ao relatório, este deveria segregar as operadoras que têm rede própria das que não têm, apresentando a evolução da receita e da despesa destes 2 grupos separadamente – da forma como está só serve para privilegiar o reajuste de preços indiscriminado que ela acaba de divulgar, e ainda garantindo cobrança retroativa (só no Brasil mesmo ! … em qualquer país do mundo isso seria inadmissível).
 
Mas os números globais servem para analisarmos a possível falta de recursos do sistema SUS. Há anos temos defendido a tese de que as verbas do SUS seriam suficientes para prestar atendimento de qualidade infinitamente superior a que o vemos praticar.
 
Pelos números da ANS o custo da saúde suplementar é de R$ 105 bilhões. Deste número ninguém duvida, apenas questionamos que ‘seja colocado tudo quanto é tipo de prestador no mesmo saco’.
 
Vamos fazer um exercício simples:
  • Supondo que os investidores retirem 12 % disso, o que reduz o custo real para 93 bilhões. Não dá para acreditar que um investidor deixaria de aplicar na bolsa para aplicar em saúde suplementar se render menos que isso;
  • Vamos supor também que deste custo, 15 % é composto de impostos, o que reduz o custo real para R$ 79 bilhões. É claro que se computar 20 % da cota patronal do INSS, ICMS, ISS, encargos trabalhistas e contribuições sobre faturamento a carga tributária é muito maior que 15 %.
  • Então concluímos que o padrão de atendimento da saúde suplementar para 50 milhões de beneficiários se sustenta com 79 bilhões !!!
O sistema SUS cuida (deveria cuidar) dos 150 milhões de habitantes restantes:
  • O governo (em todas as instâncias) arrecada algo em torno de R$ 1,75 trilhões;
  • Se destinar apenas 15 % do que arrecada para a saúde, ficará para o SUS R$ 262,5 bilhões.
Isso é mais do que 3 vezes os 79 bilhões gastos na saúde suplementar, ou seja, é dinheiro suficiente para dar aos 150 milhões de habitantes pelo menos o mesmo padrão que os beneficiários da saúde suplementar têm !!!
 
Qualquer pessoa pode criticar alguma imprecisão nos cálculos, mas a ideia central não pode ser contestada. Se não concordar que o SUS tem dinheiro para dar o mesmo padrão de atendimento da saúde suplementar, pelo menos deve admitir que tem dinheiro para dar atendimento de qualidade infinitamente melhor do que dá.
 
É evidente que o problema da saúde pública não é falta de dinheiro … o problema é que o dinheiro não chega onde deve, e o governo fica utilizando artifícios vergonhosos para não atacar o problema de frente: congela tabela SUS, aplica recursos em novos serviços sem fazer gestão adequada dos que existem, promove disputa entre as instâncias municipal, estadual e federal: não ataca o problema.
 
Com os números que a ANS divulga, a única conclusão que podemos chegar é que a gestão da saúde suplementar e do SUS é vergonhosa.
 
**As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Live Healthcare Media ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação

Saúde Web

ANVISA: Orientações sobre o surto de Coronavírus na Coreia do Sul

Em 03 de junho de 2015, o Ministério da Saúde recebeu um alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), relatando uma série de casos de síndrome respiratória grave associada ao Coronavírus do Oriente Médio (MERS-CoV)
 
Até o dia 13 de junho deste ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), houve 138 casos da doença, sendo um caso na China e os restantes na Coreia do Sul. Até o momento,14 óbitos foram confirmados.
 
A OMS, diante do fato, decretou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Porém, não recomenda restrições ao comércio ou viagens até o presente momento.
 
Para os viajantes com destino às áreas afetadas, orientam-se medidas que visam impedir a disseminação do vírus (etiqueta respiratória), como:
 
- Evitar o contato próximo com outras pessoas;
 
- Cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar;
 
- Descartar o lenço em recipiente adequado para resíduos, imediatamente após o uso;
 
- Lavar as mãos frequentemente, principalmente após tossir ou espirrar;
 
- Evitar tocar olhos, nariz e boca;
 
- Evitar tocar em superfícies como maçanetas, mesas, pias e outras;
 
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
 
Para maiores informações, acesse o site de Orientação ao Viajante da Anvisa: www.anvisa.gov.br/viajante .
 
ANVISA

Os 55 anos da pílula: da revolução feminina ao desafio masculino

Reportagens da época mostram que anticoncepcional chegou às prateleiras em meio a grande expectativa
 
Foto: Foto de arquivo/1972 - Laboratório. Cientistas trabalham na fórmula do anticoncepcional
 
“Poderá uma pílula salvar a Humanidade?”. Sua chegada às farmácias de todo o mundo trouxe enorme expectativa, como fica claro no título publicado pelo Globo em 10 de fevereiro de 1962, depois do seu lançamento no mercado mundial. Nos EUA, isto ocorreu em agosto de 1960 e, em seguida, no Brasil. Em cerca de uma década, dez milhões de mulheres já consumiam o anticoncepcional. Hoje, estimam-se em cem milhões de usuárias de uma enorme diversidade de opções de contraceptivos hormonais. A grande expectativa atualmente é com a pílula masculina.
 
As primeiras cartelas foram liberadas para mulheres que apresentassem receita médica e certidão de casamento. Dos anos 1960 para cá, o impacto comportamental que a pílula provocou foi enorme e, invariavelmente, ela vem associada a expressões como “revolução sexual” e “emancipação feminina”. Mas a preocupação brasileira à época de seu lançamento era, principalmente, o rápido crescimento populacional.
 
“Quantos filhos terá sua neta? A surpreendente resposta, se os entendidos estão certos, é que ela terá tantos quantos lhe ordenarem que tenha. Esses cientistas atestam que drásticas restrições à louca elevação numérica da humanidade virão, seja como fôr, dentro dos próximos cem anos”, diz a reportagem de 1962.
 
Rejeição histórica da igreja católica
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Pelo menos essa “salvação” — controle de natalidade — foi garantida. Associado a outros fatores além da pílula, os números de nascimentos caíram. Segundo o IBGE, em 1960 as brasileiras tinham, em média, 6,3 filhos. Em 1970, o número diminui para 5,8; e, em 2007, chegou a 1,95.

— Houve redução, mas o impacto da pílula, se fosse o carro-chefe de programas de planejamento familiar, poderia ser muito maior no Brasil — comenta o ginecologista Luiz Fernando Dale, da Clínica Dale, que enfatiza a revolução provocada pelo medicamento. — A pílula trouxe uma liberdade que antigamente era exclusiva do homem. Ela trouxe igualdade na esfera sexual, isto foi fabuloso.
 
Uma década antes de começar a ser vendida, a pílula já ganhava uma inimiga histórica: a Igreja Católica. A rejeição dos sacerdotes ao método contraceptivo, que ainda se mantém, era tema frequente de discussão. Em 17 de setembro de 1962, O GLOBO publicou o primeiro posicionamento oficial após o início das vendas, emitido pelo Papa Pio XII. Ele reafirmou as palavras de seu predecessor, Pio XI, que foi taxativo: “Esse atentado, que tem por fim impedir a procriação de uma nova existência, é imoral e nenhuma ‘indicação’ ou necessidade pode transformar em ato moral e lícito uma ação intrinsecamente imoral”.
 
Além de debates morais, incertezas sempre permearam o uso do anticoncepcional. A principal delas é sobre sua segurança: “Essas pílulas parecem não fazer mal, se tomadas mais ou menos por um ano. Caso, porém, se deseje um filho depois de essas pílulas terem sido tomadas durante alguns anos, poderá essa forma de prática anticoncepcional prejudicar a criança?”, publicou O GLOBO no dia 8 de maio de 1961.
 
Luiz Fernando Dale explica que elas são seguras, eficazes e que o mecanismo de ação da pílula não mudou. Basicamente, ela age ao manter níveis constantes de progesterona e estrogênio, que inibem os hormônios LH e FSH na hipófise (glândula no cérebro), impedindo, assim, a ovulação. Elas, segundo Dale, avançaram, e a principal evolução foi a redução da quantidade de hormônio despejado no organismo feminino, hoje 30 vezes menor do que o das primeiras fórmulas, o que reduziu os efeitos colaterais.
 
— Em mulheres sem fatores de risco, a única restrição que existe de concreto é o fumo. A mulher deveria escolher entre a pílula e o cigarro — afirma Dale, lembrando, no entanto, que um novo estudo deixou médicos atentos.
 
Publicada na revista “British Medical Journal” no mês passado, a pesquisa traz evidências de que pílulas anticoncepcionais mais recentes têm mais risco de coágulos sanguíneos graves (distúrbio do sistema circulatório conhecido como tromboembolismo venoso).
 
— No momento, isto está balançando a comunidade médica. Não é para abandonar a pílula, mas estamos de olho. Mais estudos precisam comprovar ou descartar esse dado — afirma.
 
Nos últimos anos, pesquisadores ao redor do mundo se empenham noutro grande desafio:  desenvolver um anticoncepcional para homens. A tarefa está avançada, e um dos grupos que trabalham na meta, a Fundação Parsemus, espera lançar o produto, hoje em fase de testes, em 2017 no mercado americano.
 
O mecanismo consiste na aplicação de um gel nos vasos deferentes, localizados nos testículos, que bloqueia a passagem dos espermatozoides. Ele funciona por até dez anos e pode ser revertido com a aplicação de uma injeção de bicarbonato de sódio no local.
 

Anvisa suspende saneante irregular e lote de álcool gel Zupp

A Anvisa determinou a suspensão, a fabricação, a distribuição e divulgação do produto saneante Oximilk 5, fabricado pela empresa Launer Química Indústria e Comércio Ltda e distribuído pela empresa pela empresa Milkparts
 
O motivo da determinação foi a falta de registo do produto na Anvisa.
 
A Agência determinou que Milkparts promova o recolhimento de estoque do produto no mercado.
 
A medida está na Resolução nº 1704/2015 publicada nesta segunda-feira (15/6) no Diário Oficial da União (DOU).
 
Álcool
A Anvisa determinou, também, a suspensão, a distribuição, a comercialização e o uso do lote 87 do saneante ÁLCOOL GEL ZUPP, 450g, fabricado por Zuppani Industrial Ltda.
 
O lote foi interditado após Laudo de Análise Fiscal, emitido pela Diretoria do Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal, revelar resultados insatisfatórios nos ensaios de teor de álcool.
 
A Agência determinou que a empresa promova o recolhimento do produto.
 
A medida está na Resolução nº 1705/2015 publicada nesta segunda-feira (15/6) no Diário Oficial da União (DOU)
 
ANVISA

Anvisa suspende lote do medicamento Hidroclorotiazida da empresa EMS

A Anvisa determinou a suspensão, comercialização e uso do lote 698685 do medicamento Hidroclorotiazida, 25 mg, fabricado pela empresa EMS S/A.
 
O Laudo de Análise Fiscal emitido pela Diretoria do Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal revelou resultado insatisfatório no ensaio de doseamento.
 
A empresa já iniciou o recolhimento voluntário do estoque do produto existente no mercado.
 
A determinação está na Resolução nº 1706/2015, publicada nesta segunda-feira (15/6) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Lote do medicamento Renopril está suspenso pela Anvisa

A Anvisa decidiu suspender a distribuição, comercialização e uso do lote 034132 do RENOPRIL (maleato de enalapril), 20 mg
 
O medicamento tem data de validade até 03/2016 e é indicado para o tratamento de hipertensão essencial.
 
A determinação ocorreu após a empresa Belfar Ltda, fabricante do produto, comunicar recolhimento voluntário após constatar a presença de blister do RENOPRIL 10 mg na embalagem do RENOPRIL 20 mg para o lote citado.
 
A Agência determinou que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado .
 
A medida está na Resolução nº 1703/2015 publicada nesta segunda-feira (15/6) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

CIMformando: Uso Correto de Anticoncepcionais Orais

CIMformando é o boletim informativo do Centro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná (CRF-PR)
 
Seu objetivo é levar aos farmacêuticos e demais profissionais da saúde informações confiáveis sobre farmacoterapia e novidades sobre medicamentos.
 
Sugestões de temas podem ser enviados para: cim@crf-pr.org.br.
 
 
 
Fonte: CRF-PR

Aditivo presente em cigarro eletrônico aumenta dependência de nicotina

Pirazinas, também presentes nos cigarros de baixo teor de alcatrão, são usadas para garantir sabor mais suave
 
Washington - Aditivos de pirazina em cigarros eletrônicos e de baixo teor de alcatrão aumentam a dependência de nicotina e deveriam sofrer forte regulação, concluiu uma pesquisa publicada na versão on-line desta quarta-feira no periódico “Tobacco Control”. O aditivo é usado para garantir um sabor mais suave ao produto.
 
A dependência de nicotina é um processo complexo e depende de vários fatores. Mas ocorre principalmente pela capacidade de a nicotina enviar sinais ao cérebro para liberar dopamina, substância relacionada ao prazer. E evidências vêm mostrando que a nicotina sozinha não tem propriedades tão aditivas.
 
Os pesquisadores vasculharam documentos internos da indústria do tabaco que foram divulgados nos anos 1990 após um processo judicial e revelaram a composição do tabaco e o papel de seus aditivos.

A indústria do tabaco desenvolveu cigarros de baixo alcatrão à medida que aumentava a preocupação sobre o impacto do fumo na saúde. Mas esses cigarros não eram saborosos ou aromáticos como os tradicionais.
 
Os documentos revelam que a Philip Morris queria desenvolver cigarros com níveis ainda mais baixos de alcatrão, mas com sabor e aroma que fossem mais atraentes. A empresa desenvolveu pesquisas para identificar os componentes que estavam associados com o odor entre as substâncias químicas de cigarros tradicionais e então fez versões sintéticas destas substâncias nos cigarros de baixo alcatrão.
 
As pirazinas estão entre os mais importantes compostos que caracterizam o sabor e o aroma do tabaco. Elas também agem como receptores sensoriais. Segundo os pesquisadores, os documentos mostram que a indústria identificou o papel da substância, que facilita a inalação, a absorção e a entrega de nicotina no organismo, ao reduzir os efeitos irritantes dos ingredientes do tabaco.
 
Documentos da indústria indicam ainda que estes compostos ajudariam a promover a aceitação e a continuidade do uso do cigarro. Derivados da pirazina parecem ter um papel de aumentar a quantidade de dopamina liberada durante o fumo, um efeito que é independente da nicotina, mostram os estudos.
 
Atualmente, a agência reguladora de remédios dos EUA (FDA) baniu o uso de aditivos no cigarro que caracterizam sabores, como doce, azedo, etc. Porém, a indústria não parou de usar sabores como coco e baunilha, que estavam presentes em produtos antes de a proibição entrar em vigor. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a proibir todos os aditivos, mas o debate ganhou a esfera judicial.
 
“As pirazinas parecem aumentar o apelo do produto, facilitam o início do hábito por não fumantes e tornam mais difícil que fumantes parem de fumar, além de mais fácil para fumantes terem recaídas, e ainda mascaram os riscos tanto ativos e passivos do fumo”, concluem. “Eles podem aumentar a atratividade do fumo, principalmente entre os jovens”.
 
Eles cobram que regulares ao redor do mundo tomem rapidamente medidas para regular pirazinas e outros ingredientes semelhantes.
 
G1

Repelente de pernilongos criado em São Carlos pode ser usado em bebês

Novo produto foi desenvolvido por pesquisadores de São Carlos (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)
Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV - Novo produto foi
desenvolvido por pesquisadores de São Carlos (SP)
Produto feito com ajuda da nanotecnologia deve estar à venda em 1 mês. Creme tem ação prolongada e, segundo cientistas, não há contraindicação
 
Pesquisadores de São Carlos (SP) desenvolveram um repelente com duração prolongada, sem contraindicação e que pode ser usado em todo mundo, inclusive em bebês. O produto, criado com a ajuda da nanotecnologia, serve para afastar pernilongos e deve chegar ao mercado em um mês, segundo os criadores.
 
Mãe de duas crianças pequenas, a jornalista Karina Fischer será uma das consumidoras que poderão se beneficiar com o novo creme. Ela se preocupa com os riscos da dengue e aposta no repelente para proteger a filha mais velha, de dois anos, mas não faz o mesmo com Lourenço, de dois meses. “Como ele vai fazer três meses, a pediatra não recomenda que nós usemos nada”, explicou.
 
O motivo para não aplicar o produto sintético em bebês é o risco, explicou o dermatologista Maçatoshi Kiyomura. “Eles têm uma formulação mais tóxica, então ele pode dar uma reação alérgica”, afirmou. “Na hora da aplicação tem que ter cuidado para não aplicar com as mãos e com as próprias mãos coçar a parte da mucosa, olhos, narinas e boca, que a absorção é muito maior”.
 
Justamente para evitar problemas como esse, os cientistas aperfeiçoaram um repelente natural famoso, feito com óleo de cravo-da-índia. O composto original afasta os pernilongos, mas tem uma desvantagem. “Por ele ser natural, ele evapora rápido, tem um efeito rápido na repelência”, explicou a química Bruna Rodrigues.
 
Pernilongos
O novo repelente promete mudar isso com a ajuda da nanotecnologia, da manipulação de moléculas minúsculas, mil vezes menores do que um fio de cabelo. Em contato com o óleo do cravo, as partículas biodegradáveis formam uma cápsula que aos poucos libera o princípio ativo natural.
 
“Não são todas as partículas que abrem ao mesmo tempo, e aí você tem a atividade de meia hora e acabou. É uma membrana que fica envolta dele e isso faz a proteção do óleo. Você diminui a evaporação e com o tempo essa cápsula vai se rompendo e esse óleo, que é repelente, sai dela. E, portanto, você tem a ação repelente”, afirmou a farmacêutica Amanda dos Santos.
 
Ação prolongada
Uma das vantagens do novo produto é o tempo de ação prolongado. O repelente dura na pele até três vezes mais do que aqueles feitos apenas com o cravo-da-índia. Também não é tóxico, como os repelentes sintéticos, e isso sem falar no cheiro bom do cravo. “Existem indicadores de 30 minutos de duração para repelentes naturais e o nosso repelente natural tem 90 minutos comprovados”, disse Amanda.
 
Os pesquisadores dizem ainda que o novo repelente pode ser usado várias vezes ao dia e não tem contraindicação. “Principalmente porque ele é feito com materiais que são biodegradáveis e materiais naturais que muitas vezes a gente usa na cozinha para fazer comida, então pode usar tranquilamente, a partir de qualquer idade. Até bebês podem usar o repelente natural”, garantiu Amanda.
 
Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o repelente levou um ano para ficar pronto e a expectativa é de que esteja disponível no mercado em menos de um mês.
 
“A gente vai fornecer para as farmácias de manipulação a matéria-prima desse repelente natural e a farmácia de manipulação vai colocar o creme e fazer as formulações que são pertinentes a ela”, explicou o empresário Gezimar Souza.
 
G1