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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Inscrições abertas para o curso de atenção à saúde das mulheres

provab 2 0Profissionais de saúde interessados em aprofundar os seus conhecimentos sobre a saúde da mulher, já podem se inscrever na segunda oferta do curso Saúde das mulheres na Atenção Básica: protocolo clínico para enfermagem, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), integrante da Rede UNA-SUS

As inscrições podem ser realizadas até 19 de novembro, neste link. O curso é gratuito, autoinstrucional e tem início imediato.

Fruto da parceria com o Departamento de Atenção Básica (DAB) e Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, o curso tem como objetivo difundir o atendimento integral e humanizado, considerando as questões de gênero e sexualidade que envolvem a diversidade das mulheres. Para isso, traz os diferentes contextos vividos pelas mulheres, abordando os principais agravos que as levam a buscar um serviço de saúde.

Assim, a proposta é reconhecer a importância das ações de acompanhamento para a melhoria dos serviços de saúde disponibilizados para elas, proporcionando ao profissional de saúde reflexão sobre a importância do seu papel, no momento do acolhimento, enquanto cuidador e facilitador da autonomia.

Com carga total de 45h, a oferta é dividida em três módulos que podem ser realizados separadamente e segundo a ordem escolhida pelo aluno, que poderá obter certificação pela oferta educacional completa (45H), se concluir todos os três módulos, ou por cada módulo concluído individualmente (15H).

O primeiro módulo trata da saúde sexual e reprodutiva e da atenção às mulheres em situação de violência; o segundo aborda a atenção às mulheres no pré-natal de baixo risco, puerpério e promoção do aleitamento materno; e o terceiro e último módulo tem como enfoque atenção ginecológica, climatério e prevenção dos cânceres de colo de útero e mama. Todos os módulos são baseados nos protocolos referentes à Atenção Básica.

Apesar do público alvo do curso serem os enfermeiros, demais interessados também podem acessar o curso para conhecer os procedimentos de enfermagem, buscando o melhor fluxo e diálogo no atendimento ofertado na Atenção Básica.

Os alunos inscritos terão como prazo final o dia 28 de março de 2018 para conclusão dos cursos.  Acesse o curso

Para saber mais sobre esse e outros cursos da rede UNA-SUS, acesse o link www.unasus.gov.br/cursos

Fonte: UNASUS

Fiocruz lança aplicativo de prevenção ao tromboembolismo venoso

Em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização da Trombose, celebrado em 13 de outubro, o programa de produção e disseminação de informações e tecnologias de qualidade e segurança do paciente do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Proqualis/Icict/Fiocruz) lança o aplicativo de classificação de risco e prevenção perioperatória do tromboembolismo venoso (TEV)

O aplicativo, chamado Risco e Prevenção de TEV, foi desenvolvido no escopo do projeto de pesquisa “Desenvolvimento e avaliação de uma estratégia para implementação do checklist de cirurgia segura da Organização Mundial da Saúde (OMS)” e pode ser instalado, gratuitamente, em qualquer dispositivo.

A coordenadora geral do Proqualis e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Púbica (Ensp/Fiocruz), Margareth Portela, explica que o aplicativo foi desenvolvido a partir da introdução de um item para averiguação da necessidade de profilaxia para tromboembolismo, um problema que ocorre com frequência e pode ser prevenido. “Incluir esse item gerou a necessidade de discussão sobre a profilaxia do tromboembolismo, muito pouco padronizada, pelo que observamos. Assim, desenvolvemos o aplicativo voltado para a classificação de risco de tromboembolismo e recomendações para a sua prevenção, conforme o risco”, diz Margareth.

De acordo com a médica cirurgiã do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HSFE) e colaboradora do projeto de pesquisa que desenvolveu o aplicativo, Claudia Regadas, a realização de cirurgia é um importante fator de risco isolado para a ocorrência de TEV, especialmente quando o procedimento tem longa duração, e envolve cirurgia oncológica, bariátrica, ortopédica do quadril ou joelho, ou cirurgia do politraumatizado. “Outros fatores como idade do paciente, uso de anticoncepcional hormonal, insuficiência cardíaca congestiva e muitos outros também devem ser considerados ao avaliar o risco de desenvolvimento de TEV”, explica Claudia.

A médica acrescenta que a indicação de profilaxia de TEV baseia-se na alta frequência de complicações graves e no fato de a maioria dos pacientes ser assintomática ou apresentar sintomas inespecíficos. O risco de embolia pulmonar fatal cai para 0,15% quando é feita profilaxia com heparina por 7 dias. “A profilaxia adequada é o modo mais efetivo de prevenir o TEV, entretanto, existe ainda extrema variabilidade em sua utilização, refletindo um distanciamento entre as recomendações baseadas em evidência científica e a prática clínica, sendo descrito subindicação ou uso por tempo menor que o recomendado”, afirma Claudia.

Doenças cardiovasculares
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte prevenível em todo o mundo. Entre os problemas cardiovasculares que mais matam estão o ataque cardíaco, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o tromboembolismo venoso (TEV). A campanha global é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) e reforça a importância da prevenção e tratamento adequado do TEV.

Dia Mundial de Conscientização da Trombose
O Dia Mundial de Conscientização da Trombose tem como objetivos: aumentar a conscientização sobre a doença; reduzir o número de casos não diagnosticados; incrementar medidas para prevenção baseada em evidências; incentivar sistemas de saúde a criar estratégias para garantir as melhores práticas de prevenção; diagnosticar, tratar e incrementar recursos adequados a estas ações e para o apoio à pesquisa relacionada à redução da carga da trombose.

Mais dados sobre o TEV – A literatura aponta que em pacientes cirúrgicos, na ausência de profilaxia, o risco de TEV é de 15% a 40%. Por outro lado, um estudo realizado em 358 hospitais, envolvendo 32 países, com 70 mil pacientes internados, apontou uma taxa de risco de TEV de 50%, com apenas metade dos classificados de risco realizando a profilaxia (fonte: Venous Thromboembolism riskprophylaxis in hospitalised medically ill patients). Para baixar o aplicativo Risco e Prevenção de TEV: https://proqualis.net/listadeverificacao/aplicativo-risco-e-prevenção-de-tev

Fonte: CFF

Decreto que altera doação de órgãos é publicado no Diário Oficial

Com novo texto, todo brasileiro deixa de ser um potencial doador

O decreto que altera a doação de órgãos no País foi publicado nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União. O novo texto deixa de considerar todo brasileiro como potencial doador, ao retirar a expressão “doação presumida”, e reforça a vontade da família para a liberação dos órgãos. O decreto 9.175, que altera o Sistema Nacional de Transplantes, foi assinado na quarta-feira (18) pelo presidente Michel Temer.

O documento retira a possibilidade de consentimento presumido para doação, que é o princípio de que todo cidadão é doador de órgão, por definição. Na doação presumida a pessoa que não quisesse doar seus órgãos, necessitava registrar a expressão “não doador de órgãos e tecidos” em documentos como o RG ou carteira de habilitação. Assim, todo brasileiro que não registrasse sua vontade, em vida, era presumidamente um potencial doador, mesmo que a família tivesse de ser obrigatoriamente consultada. Agora, a decisão da família ganha mais força e precisa ser expressa para a autorização do transplante.

O Planalto alega que, na prática, o termo “presumido” já tinha sido alterado pela Lei 10.211/2001, que definiu pelo consentimento familiar. No entanto, como o decreto antigo ainda citava o consentimento presumido, era necessário atualizar com as legislações posteriores. O decreto ainda regulamenta a Lei 9.434, de 1997, conhecida como Lei dos Transplante de Órgãos, e também inclui o companheiro como autorizador da doação. Até então, era necessário ser casado oficialmente com o doador para autorizar o transplante.

“A autorização deverá ser do cônjuge, do companheiro ou de parente consanguíneo, de maior idade e juridicamente capaz, na linha reta ou colateral, até o segundo grau, e firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte”, diz o texto em seu parágrafo 1º do Artigo 20. “Este novo decreto vai fortalecer a legislação que regula todo o processo de doação e transplante no Brasil, de modo a aperfeiçoar o funcionamento do Sistema Nacional de Transplantes frente a evolução das ações e serviços da rede pública e privada de saúde”, disse o ministro substituto da Saúde, Antônio Nardi.

A lei cria ainda a Central Nacional de Transplantes. Ela vai administrar as informações sobre a redistribuição de órgãos doados a pacientes da lista de espera, caso o paciente anteriormente selecionado não faça o transplante. Além disso, a central vai apoiar o gerenciamento da retirada de órgãos e tecidos e apoiar seu transporte, incluindo a interlocução com a FAB (Força Aérea Brasileira).

Neurologista dispensado
Outra mudança do decreto é a não exigência de um neurologista para diagnosticar a morte encefálica, que, segundo o Ministério da Saúde, era uma demanda do CFM (Conselho Federal de Medicina). No novo texto, o diagnóstico de morte encefálica será confirmado com base nos critérios neurológicos definidos em resolução específica do conselho.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é, em números absolutos, o segundo maior transplantador do mundo. O país tem 27 centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, além de 14 câmaras técnicas nacionais, 506 centros de transplantes, 825 serviços habilitados, 1.265 equipes de transplantes, 63 bancos de tecidos, 13 bancos de sangue de cordão umbilical públicos, 574 comissões Intra-hospitalares de Doação e Transplantes e 72 organizações de Procura de Órgãos.

R7