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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!

 

Desejo à todos os amigos, leitores, seguidores e visitantes do blog um Maravilhoso Natal, com muita Paz e Amor nos Corações, Saúde e Alegria!
 
Que a Igualdade seja um agente transformador de mentes, que a Liberdade jamais nos transforme em escravos, e que a Fraternidade reine plenamente em nossos corações!

Descansar o cérebro após aprendizado deixa a memória afiada

Tranquilidade pode ser mais eficaz do que outras técnicas de memorização
 
Sabemos o quanto exercícios de raciocínio, leitura e a boa alimentação são benéficos para a memória. Porém, dar uma pausa diante das tarefas que executamos pode ser um ótimo artifício para guardarmos de maneira duradoura as informações acumuladas ao longo do dia.

Um estudo recente da Universidade de Nova York (EUA) mostrou que períodos de total descanso, após o aprendizado, são capazes de afiar a memória. Os cientistas vão contra a ideia de que pensar demais em algo que acabou de ser aprendido é mais eficiente do que descansar para se obter um melhor armazenamento das informações.

Enquanto estudos mais antigos concluíram que tirar uma soneca favorece a memória, esta nova pesquisa comprovou que momentos de relaxamento, mesmo quando estamos acordados, também podem ser bastante eficazes. Isso porque, os períodos de descanso são importantes para as informações serem transferidas entre as regiões do cérebro.
 
O estudo foi feito com 19 voluntários que tiveram que observar imagens de objetos e de pessoas, devendo responder qual relação havia entre as figuras.

Então, os participantes recebiam ordens para relaxar durante alguns minutos, enquanto eram medidas as atividades cerebrais relacionadas à transferência de informações entre o hipocampo (responsável pela memória e organização dos episódios vivenciados) e o neo-córtex (que assume as tarefas cognitivas mais complexas).

Durante os testes, foi observado que as duas regiões se mantêm ativas mesmo durante o descanso.
 
Mas o que fazer para conseguir que os momentos de relaxamento sejam realmente eficientes? Muitos diriam uma paradinha para o café.

Entretanto, segundo especialistas, este tipo de pausa pode não ser o ideal. A melhor sugestão é parar e não fazer absolutamente nada por alguns minutos, descontraindo e deixando as informações fluírem, sem forçar o raciocínio.
 
Fonte Minha Vida

Conheça os 10 maiores fatores de risco para doenças

Diabetes, tabagismo e até poluição entra na lista de problemas
 
Um conjunto de estudos recentemente publicado na revista científica The Lancet apontou que embora as pessoas estejam vivendo mais, a qualidade de vida decaiu. O principal motivo para esse quadro é a adoção de hábitos pouco saudáveis ao longo da vida e a convivência com doenças na velhice, principalmente as crônicas.

Frente a esse cenário, a pesquisa listou os 10 maiores fatores de risco para doenças. Observe que todos podem ser controlados ou evitados com medidas simples e, por isso, cada vez mais, órgãos e profissionais de saúde têm trabalhado para acabar com a mentalidade de que médicos só devem ser procurados ao sinal de problemas. "Para reduzir os gastos e melhorar a qualidade de vida da população, nada melhor do que prevenção", afirma o pneumologista Ricardo Luiz de Melo, do Hospital Universitário de Brasília.
 
Confira a lista:
 
Médico medindo a pressão arterial - Foto Getty ImagesHipertensão
"A hipertensão é uma doença silenciosa, ou seja, quando apresenta sintomas já pode ter causado danos irreversíveis ao organismo", aponta o clínico geral Claudio Miguel Rufino, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Segundo ele, o trabalho dos vasos sanguíneos sob pressão anormal favorece uma série de complicações que podem culminar em infarto, AVC ou até óbito. Por isso, recomenda-se medir a pressão arterial uma vez por ano ou com maior frequência, quando há casos de pessoas com a doença na família. Dieta equilibrada e prática regular de exercícios também são medidas eficazes para controle e prevenção da hipertensão.
 
Cigarro sendo apagado - Foto Getty ImagesTabagismo
Segundo o pneumologista Ricardo, é normal as pessoas associarem o tabagismo apenas ao câncer de pulmão, mas esta não é a única consequência decorrente do hábito de fumar. "Câncer de boca, câncer de bexiga, câncer de útero, infarto, bronquite, AVC e inúmeras outras doenças estão ligadas ao cigarro", aponta. Assim, quanto antes o hábito for interrompido, maior a chance de melhorar a qualidade de vida. Vale lembrar ainda que os benefícios do abandono do vício não são refletidos somente no futuro. "É possível notar a melhora do gosto dos alimentos e uma maior resistência respiratória logo nos primeiros dias sem cigarro", conta.
 
Mulher com garrafa de vodka - Foto Getty ImagesAlcoolismo
O alcoolismo costuma ter como principal órgão alvo o fígado, causando cirrose. Entretanto, a ingestão exagerada pode gerar problemas como gastrite e até quadros psiquiátricos. A dependência não está relacionada somente com a frequência com que um indivíduo consome bebidas alcoólicas, mas também com a quantidade. Assim, mesmo bebendo uma vez por semana, uma pessoa pode ser considerada vítima da doença caso não tenha qualquer parâmetro de moderação. De acordo com o clínico-geral Claudio, por ser socialmente aceito, o consumo de álcool começa a ser incentivado pela família ainda na infância.
 
Limpeza da casa - Foto Getty ImagesPoluição dentro de casa
É impossível eliminar todos os agentes desencadeadores de problemas respiratórios, como a rinite alérgica, em uma cidade urbanizada, por isso, devemos, pelo menos, manter a limpeza do lar em dia. "A poluição externa também se deposita dentro de casa e nós mesmos somos responsáveis pelo acúmulo de pó, ácaros e pelos, alguns dos principais vilões quando o assunto é saúde respiratória", explica o pneumologista Ricardo. Assim, além da higiene dos móveis, objetos e do chão, recomenda-se trocar as roupas de cama regularmente.
 
Mulher escolhendo frutas no supermercado - Foto Getty ImagesBaixo consumo de frutas
"Frutas são alimentos naturais facilmente digeridos e fonte de vitaminas e minerais fundamentais para o organismo", afirma o clínico-geral Alfredo Salim Helito, do Hospital Sírio-Libanês. De acordo com o especialista, quem consome poucas frutas tende a dar espaço para alimentos pouco saudáveis, industrializados e gordurosos. Com o tempo, a má alimentação pode não só favorecer problemas, como diabetes, como ainda pode levar ao desenvolvimento de um câncer no tubo digestivo, como o câncer de estômago ou o câncer de intestino. Nutricionistas recomendam a ingestão de, no mínimo, três porções de frutas diariamente.
 
Mulher se pesando - Foto Getty ImagesObesidade
Embora tenha influência genética, a obesidade também está ligada a hábitos de vida e o número crescente de vítimas do problema mostra que cada vez mais pessoas cultivam uma dieta desregrada e o sedentarismo. "A doença é porta de entrada para problemas cardíacos, diabetes, problemas articulares e insuficiência vascular", explica o clínico-geral Claudio. A prevenção, por sua vez, começa na infância, aprendendo a montar um prato equilibrado e sabendo como fazer opções saudáveis mesmo fora de casa.
 
Mulher aplicando insulina - Foto Getty ImagesDiabetes
Há dois tipos de diabetes, aquele que surge logo na infância e não tem causa conhecida (diabetes tipo 1) e aquele que costuma se desenvolver na idade adulta e está diretamente ligado a hábitos de vida (diabetes tipo 2). Enquanto o primeiro exige controle desde cedo, o segundo nem sempre é descoberto precocemente. "Isso aumenta o risco de complicações, como insuficiência renal, disfunção erétil, infarto, entre outros problemas, e dificulta o controle da doença", explica o clínico-geral Alfredo. Para se prevenir, nada como uma dieta com muitos vegetais e a prática regular de exercícios.
 
Bebê na balança - Foto Getty ImagesBaixo peso infantil
"A desnutrição infantil acarreta uma série de dificuldades na vida adulta, porque é nesta fase que nosso sistema imunológico e neurológico amadurece", alerta o clínico-geral Alfredo. Com as defesas do corpo debilitadas, o indivíduo fica mais suscetível a contrair doenças infecciosas e com a cognição prejudicada, encontra dificuldade de aprender e reter informações. Vale lembrar que criança gordinha não é sinônimo de criança bem alimentada. "Ela pode estar com deficiência de inúmeros nutrientes e, ainda assim, apresentar um bom peso, caso sua dieta não seja equilibrada", complementa.
 
Fumaça dos carros - Foto Getty ImagesPoluição ambiental
Respirar ar poluído leva inúmeras substâncias tóxicas para dentro do nosso organismo, favorecendo problemas respiratórios. Entretanto, segundo o pneumologista Ricardo, cresce cada vez mais o diagnóstico de câncer de pulmão em indivíduos não fumantes, o que leva a crer que esses resíduos também contribuam com a doença. Quanto mais poluído o ar também, menor a quantidade de oxigênio o que, consequentemente, reduz a oxigenação dos nossos órgãos e tecidos. Enquanto nenhuma política agressiva para acabar o problema é adotada, recomenda-se a lavagem nasal com soro e a limpeza do lar.
 
Homem deitado no sofá - Foto Getty ImagesSedentarismo
Quer bons motivos para começar a treinar? O sedentarismo é responsável por inúmeras doenças, como diabetes, obesidade e problemas cardíacos. Com o slogan de "não tenho tempo", entretanto, a população tem fugido dos exercícios. A solução começa com valorizar mais a saúde do que qualquer outra atividade no dia. Depois, basta ter criatividade. Parar o carro em um estacionamento mais longe, descer do ônibus alguns pontos antes e optar por escadas ao invés do elevador são algumas maneiras de se exercitar sem gastar tempo. O ideal, porém, é realizar uma atividade física que alie trabalho muscular com exercícios aeróbios regularmente.
 
Fonte Minha Vida

Psicóloga cria teste de 10 minutos para detectar TPM

tpm TPM   Pesadelo das Mulheres Dicas para Driblar  receita anti TPMLeire Aperribai desenvolveu um questionário de perguntas para saber quem são as mulheres que sofrem com o problema
 
Enquanto há muitas mulheres que não percebem nenhum sintoma decorrente da Tensão Pré-Menstrual (TPM), outro grupo sofre com a mudança repentina de humor, a ansiedade, a depressão, a sensibilidade emocional excessiva, a fadiga, a falta de concentração, a dor de cabeça, entre tantos outros transtornos.
 
Diante desse cenário, a psicóloga Leire Aperribai, da Universidade do País Basco, na Espanha, resolveu aprofundar o tema em sua tese de doutorado. Segundo ela, ainda não há critérios padronizados para diagnosticar a TPM e, portanto, “é difícil canalizar intervenções apropriadas para tratar mulheres que sofrem com esses sintomas”.
 
Tomando como ponto de partida as definições e critérios estabelecidos pela quarta versão do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, publicado pela Associação Psiquiátrica Americana, Leire estabeleceu uma série de perguntas para distinguir quem são as mulheres que sofrem com a TPM.
 
O questionário, que dura cerca de 10 minutos, foi aplicado em mulheres que estudam ou trabalham em um dos três campus da universidade e 15% delas apresentaram sinais de TPM. Apesar de não ser um método definitivo de diagnóstico, pode ser o início de um novo tratamento.
 
Fonte R7

Lei contra junk food é inconstitucional, diz associação

A Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) considera inconstitucional o projeto de lei que restringe a publicidade de alimentos pobres em nutrientes para crianças, aprovado nesta semana na Assembleia Legislativa de São Paulo.
 
O projeto depende ainda da sanção do governador Geraldo Alckmin.
 
"Compete à União, e não aos Estados e municípios, legislar sobre publicidade comercial", afirma Paulo Gomes, advogado da Abap e também do Sindicato das Agências de Publicidade do Estado de São Paulo.
 
"Acreditamos que haverá veto. Mas, se isso não acontecer, vamos ter de mover uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade)."
 
De autoria do deputado Rui Falcão (PT), o projeto proíbe a veiculação, entre as 6h e as 21h, no rádio e na TV, da publicidade de alimentos e bebidas com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio, e também dessa publicidade voltada para crianças.
 
O projeto proíbe ainda o uso de celebridades ou personagens infantis na comercialização desses produtos e a venda de alimentos para crianças associada a brindes.
 
Um segundo projeto proibindo especificamente a venda de alimentos com brinquedos ou brindes também foi aprovado pela assembleia e aguarda sanção de Alckmin.
 
Gomes afirma que as agências e os anunciantes ainda não definiram a estratégia jurídica a ser adotada no caso do segundo projeto, do deputado Alex Manente (PPS).
 
"Essa questão é muito discutida com o Procon e já está equacionada, já há termo de conduta firmado", diz ele.
 
Para Luiz Lara, publicitário e presidente da Abap, o arcabouço formado pela Constituição Federal, pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e pelo Código de Defesa do Consumidor "é suficiente para proteger o cidadão".
 
A Associação Brasileira dos Anunciantes não quis se manifestar.
Fonte Folhaonline

Anvisa volta a negar registro de droga contra câncer

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) voltou a negar, na semana passada, o registro da lenalidomida no país.
 
O imbróglio sobre a droga, usada no tratamento do mieloma múltiplo -câncer na medula óssea- tem mais de três anos e coloca em lados opostos médicos e pacientes e técnicos do governo.
 
Aprovada em cerca de 80 países, incluindo os EUA, a droga é considerada um dos principais tratamentos do mieloma. A doença é incurável mas pode ser controlada.
 
A Anvisa já havia negado o registro do medicamento antes, em setembro de 2011.
 
"Hoje, um paciente que já não responde à talidomida e ao bortezomibe [drogas liberadas no Brasil] fica sem opção", diz Angelo Maiolino, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular e membro da Fundação Internacional do Mieloma, que reúne especialistas na doença.
 
A entidade, que tem entre os seus patrocinadores o laboratório que fabrica a droga, faz uma movimentação pública para a aprovação da lenalidomida. Em 2011, a fundação entregou à Anvisa um abaixo-assinado com mais de 22 mil nomes pedindo a liberação do medicamento.
 
Na internet, a movimentação dos pacientes continua. Uma petição on-line já tem quase 26 mil assinaturas, e há uma campanha dos pacientes em fóruns e blogs.
 
Segundo Maiolino, há 30 mil pessoas em tratamento no país. Os casos de mieloma correspondem a 1% de todos os tipos de câncer
 
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirma que o registro não foi concedido porque a empresa não apresentou um estudo clínico comparando o produto a outro com igual indicação terapêutica já no mercado.
 
"Você não pode aprovar um produto se ele tem um perfil clínico inferior a outro disponível." Segundo Barbano, a decisão foi sobre um recurso de um pedido já negado e, nesse intervalo, a empresa poderia ter apresentado os estudos demandados.
 
"Não é bom reprovar produtos que possam ter utilidade. Mas não é bom para as pessoas que um produto seja registrado sob dúvida"
 
Outro problema, afirma, é que a lenalidomida é semelhante à talidomida. Assim, é necessário que a empresa apresente um plano de minimização de riscos, como de nascimento de crianças com malformação.
 
Maiolino diz, no entanto, que o mieloma atinge mais os idosos, por isso dificilmente a droga seria usada por mulheres em idade fértil.
 
"Há algo de errado com a decisão da Anvisa. Todos os países que já usam o remédio estão errados? E os maiores especialistas do mundo na doença? O tipo de comparação exigido pela Anvisa é desnecessário", diz o médico.
 
Custo alto
Enquanto o governo e a indústria travam a queda de braço, pacientes precisam recorrer à Justiça para ter acesso à lenalidomida importada.
 
O preço é proibitivo: o tratamento custa cerca de R$ 200 mil ao ano.
 
Dorival Urino, 68, foi um dos beneficiados por decisões judiciais. Há quatro meses, seu convênio médico é obrigado a fornecer a droga.
 
"Cheguei a ficar na cama, sem condições de levantar. Agora, consigo fazer quase tudo. Inclusive cuidar das minhas dez gaiolas de passarinho e dos quase 40 vasos de planta", diz o aposentado.
 
Apesar dos bons resultados, o uso de lenalidomida não é isento de riscos. Estudos apontam a maior chance de desenvolver outros cânceres em alguns usos do medicamento. Especialistas em mieloma, porém, dizem que o benefício supera os riscos.
 
Há menos de duas semanas, a FDA (agência reguladora de remédios nos EUA), anunciou a liberação da pomalidomida, terceira geração do princípio ativo.
 
Fonte Folhaonline

Médicos da USP farão autópsia virtual para entender doenças

Exames de tomografia, raio-X, ultrassom e ressonância magnética em cadáveres vão ajudar a responder a questões sobre cuidados com a saúde dos vivos, de acordo com pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP.
 
O programa de imagem na sala de autópsia envolve 17 departamentos da faculdade e deve receber US$ 10 milhões, somando recursos da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da própria USP, além de uma parceria com um fabricante de aparelhos.
 
O plano é realizar autópsias virtuais em mil corpos examinados no Serviço de Verificação de Óbitos.
 
Paulo Saldiva, professor de patologia na Faculdade de Medicina da USP e especialista em poluição atmosférica, diz que os resultados da autópsia comum, feita com cortes e análise física dos órgãos, e a da virtual, realizada por meio de exames, serão postos lado a lado.
 
"A qualidade da informação fornecida pelos dois métodos será comparada."
 
A primeira finalidade do projeto é gerar conhecimento para ensino e pesquisa, mas há outros objetivos de médio e longo prazo.
 
Um deles é aumentar a adesão às autópsias. Uma família que negaria o exame invasivo pode ter mais chances de aprovar a autópsia digital.
 
E hospitais que hoje não realizam autópsias poderiam passar a fazer exames pós-morte não invasivos.
 
"Sai o bisturi para todos os casos e entra o tomógrafo e o raio-X", diz Saldiva.
 
O exame também pode incluir a realização de biópsias -a retirada de amostras de tecido para confirmar diagnósticos.
 
Outro objetivo é avaliar novas tecnologias de exame, que poderão ser testadas nos cadáveres.
 
Será possível saber a dose de radiação ou o campo magnético máximo que pode ser usado em uma pessoa viva.
 
Também pode ser avaliada a qualidade de diferentes exames para o diagnóstico de câncer de mama ou próstata, por exemplo, e estudar se a adoção de um novo equipamento vai fazer diferença no cuidado com os pacientes.
 
Máquina nova
Em cerca de dois anos, o projeto da USP deve receber uma nova máquina de ressonância magnética, muito mais potente do que as presentes hoje nos hospitais.
 
O aparelho será usado nos cadáveres, e esses testes vão ajudar a avaliar a segurança de seu uso nos vivos.
 
Tornar os exames de imagem feitos para fins diagnósticos em pessoas vivas mais precisos também é uma meta do grupo a longo prazo, como explica o médico Edson Amaro Jr., professor associado do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da USP.
 
Uma das formas de fazer isso é usar os dados das autópsias comuns e das digitais para investigar a correlação entre as imagens e a análise dos tecidos, isto é, fazer uma ligação direta entre o que aparece no exame e o que está acontecendo no corpo.
 
Hoje, é comum que testes de imagem cheguem com um resultado dúbio: há uma mancha no filme, e o médico não sabe se aquilo pode ser um tumor ou não ser nada.
 
Como pode não ser recomendável ou mesmo viável retirar uma amostra de tecido para realizar um diagnóstico, resta ao paciente esperar e repetir o teste depois.
 
"Dependendo da pessoa, isso é uma fonte de angústia. Ao receber um laudo dizendo que você tem algo no seu coração, mas que os médicos não sabem o que é, o paciente não vai entender que isso é um problema de especificidade. Vai achar que tem algo grave, vai procurar no 'doutor Google' ", diz Amaro.
 
Testes de imagem para detecção de Alzheimer, por exemplo, podem se tornar mais precisos por meio dos estudos com cadáveres.
 
Para o radiologista, não há lugar melhor do que a Faculdade de Medicina para esse tipo de estudo.
"Este é o maior centro de autópsia do mundo, com cerca de 15 mil realizadas por ano."
 
Fonte Folhaonline

'Eles diziam que sem dinheiro não havia cesariana'

Vítimas de médicos que cobravam por parto no SUS relatam que eles só faziam procedimento - custeado pelo governo - após pagamento particular

Famílias vítimas de médicos que cobravam por cesárias e laqueaduras feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no interior de São Paulo contam que os profissionais se recusavam a fazer os procedimentos se não tivessem o pagamento em mãos. Nesta semana, o Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva de oito médicos envolvidos no esquema.
 
Um dos casos mais emblemáticos é o da família da diarista Marlene Oliveira Santos Lopes, de 46 anos, que não tinha R$ 1,4 mil para pagar a cesariana da filha, Edna Tatielle Lopes. O neto de Marlene, Deryc, só nasceu depois que o MPF determinou ao hospital que fizesse uma cirurgia de emergência. Após esperar durante nove dias, Edna deu à luz um bebê com paralisia cerebral e hidrocefalia.
 
"Ele deveria ter nascido em 20 de julho, mas só foi retirado no dia 29 - e isso porque recorremos ao MP", conta Marlene. Segundo ela, a gravidez era de risco e havia vazamento de líquido amniótico, mas mesmo assim os médicos recusaram a fazer o parto porque a família não tinha dinheiro para pagar o pacote de R$ 1,4 mil, depois reduzido para R$ 1,2 mil.
 
"Eles diziam que sem dinheiro não tinha cesariana", contou. Marlene tentou vender a própria casa, mas não encontrou compradores. "Queria salvar meu neto, mas ninguém tinha dinheiro nem para nos emprestar." Quando a família percebeu que não havia outro jeito, a gestante foi internada e o MP, acionado.
 
Mas o pior só foi descoberto mais tarde
"Os médicos diziam que o bebê estava bem. Mas depois, quando ele já tinha 1 ano, percebemos que não se sentava, não andava. Fizemos uma tomografia e apareceram os problemas." Em 2012, Edna e o marido se mudaram de Jales para São José do Rio Preto para dar um tratamento melhor para Deryc, de 3 anos. "É muito difícil passar pelo que passamos só porque somos pobres."
 
Pressão
Outra vítima do esquema que funcionava havia 15 anos em Jales, Urânia e Estrela D´Oeste foi a estudante Joice de Lima Pereira, de 17 anos. "Tentamos de tudo, pedimos muito ao médico, mas ele foi irredutível. Minha família fez muita pressão, e quando ele decidiu fazer a cesariana minha filha estava morta", conta Joice, com as roupinhas da filha, Isadora, sobre a cama.

Joice deu entrada no hospital em 26 de julho, mas só em 1.º de agosto os médicos fizeram o parto. "O médico e a enfermeira sabiam que minha filha já estava morta", afirma. "Eu vi quando a enfermeira disse a ele que não ouvia mais o coraçãozinho da minha filha. Eu não entendo por que eles deixaram acontecer isso comigo, não entendo." O médico que atendeu Joyce é um dos que tiveram a prisão pedida.
 
No caso da camareira Viviane Scotto da Silva, o pagamento de R$ 600 garantiu uma cesariana segura. "O primeiro pacote que me ofereceram era de R$ 19, mil. Depois, caiu para R$ 1 mil e mais R$ 1 mil de laqueadura. Mas eu ainda não podia pagar. No final, eles me transferiram para uma cidade vizinha e fizeram a cesariana por R$ 600. Fiquei sabendo que também receberam uma quantia do SUS", conta Viviane.

Fonte Estadão

Dermatologia vive crise de identidade com a estética

Atraídos pelo ramo mais lucrativo da beleza, médicos deixam de dar atenção e 'perdem a mão' no tratamento de doenças da pele
 
As bolinhas vermelhas que apareceram no corpo da designer Patricia Panza, de 22 anos, foram identificadas primeiro como catapora. Depois, como alergia. Mais tarde, quando veio o diagnóstico correto - de psoríase -, o périplo da paciente por consultórios de dermatologistas estava só começando. Ao longo dos oito anos em que convive com a doença, já encontrou desde médicos que mostraram desconhecimento sobre o assunto até especialistas que indicaram para seu caso carboxiterapia e bronzeamento artificial, técnicas comumente associadas a tratamentos de beleza.
 
Assim como ela, muitos pacientes com doenças de pele têm a impressão de que os dermatologistas, ao focarem suas práticas em procedimentos estéticos, estão cada vez mais se afastando do contato com doenças de verdade. A percepção é comum também entre os próprios profissionais, que creditam a tendência a problemas na formação do dermatologista e aos valores baixos pagos por convênios, o que leva os especialistas a optarem pelo ramo mais lucrativo da especialidade: a cosmiatria.
 
A dermatologista Marcia Ramos e Silva, chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta que tem pacientes que, ao final da consulta, dizem estar felizes por finalmente terem encontrado um dermatologista "que entende de doença" e não apenas de beleza.
 
"A gente lamenta isso porque conhecer dermatologia clínica é imprescindível para fazer uma boa cosmiatria. Como alguém vai saber se pode ou não fazer determinado método cosmético sem conhecer anatomia, fisiopatologia e imunologia da pele?", questiona a médica.
 
O professor da disciplina de Dermatologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Silvio Alencar Marques, tem a mesma percepção. "Não são raros os médicos residentes de muita competência que, aos poucos, vão se envolvendo com uma prática dermatológica que os afasta da dermatologia tradicional e 'perdendo a mão' para diagnosticar e tratar doenças reais."
 
"Também é comum ter pacientes que vão ao médico com uma queixa específica, ele dá uma pomadinha e já diz que o paciente tem de fazer laser ou outro procedimento estético", diz Marcia.
 
A situação já foi experimentada por Patrícia Panza. Uma vez, ela viu uma dermatologista em um programa de televisão que dizia ter tratamentos inovadores para psoríase e vitiligo. "Fui ao consultório em Alphaville. Ela indicou carboxiterapia, usado em estrias e celulite. Cheguei a gastar R$1,5 mil por mês porque ela dizia que o tratamento só daria resultado depois de seis meses."
 
A mesma médica indicou que ela fizesse bronzeamento artificial e sugeriu que ficasse um período em um spa de tratamento de pele no Guarujá, do qual ela era proprietária. As recomendações foram seguidas por Patrícia. Cada procedimento era pago à parte e, ao final do período, nenhum resultado foi notado.
 
"É por essas e outras que fiquei um tanto desesperançosa com os dermatologistas", lamenta Patricia.
 
Invenção. O conceito de "dermatologista estético" formalmente não deveria existir, de acordo com o médico Carlos D'Apparecida Santos Machado Filho, titular da disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), já que faz parte da formação do profissional o conjunto de habilidades em clínica, cirurgia e cosmiatria.
 
"A própria população criou esse conceito", diz. Ele recebe pacientes que, apesar de frequentarem uma 'dermatologista estética', recorrem a outro profissional quando têm algum problema de verdade. "Eles dizem: 'Vou a uma clínica super chique, não vou mostrar essa unha encravada horrível'."
 
Machado Filho observa que, se no passado a formação do dermatologista exigia, além dos seis anos de graduação, dois anos de clínica médica e mais dois de dermatologia, hoje o médico sai da graduação e entra direto no programa de dermatologia, com duração de três anos. "Isso gera distorções. Em escolas menores, onde o curso não é consolidado, tem aluna que já no primeiro ano da faculdade resolve que quer fazer dermatologia porque gosta de estética. Ela não se dedica, tem formação pouco sólida e ainda cai direto no programa de dermatologia", diz.
 
Para o médico Paulo Eduardo Velho, coordenador da Disciplina de Dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o desafio dos formadores em dermatologia é escolher alunos que não tenham definida a intenção de focar sua prática apenas na medicina estética.
 
Ele acrescenta que existe um conceito equivocado de que a dermatologia seria uma especialidade fácil, de pouca demanda científica e menor compromisso com a saúde dos pacientes.
 
"Tem crescido a impressão de que ser dermatologista é ser um profissional que cuida da beleza. A dermatologia não é só isso; é fazer medicina através da pele. Inclui não só as doenças da pele, mas também as doenças sistêmicas que têm manifestações cutâneas", diz.
 
Fonte Estadão

Pesquisadores encontram as células nervosas da coceira

Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriram células nervosas que são essenciais para se sentir coceira, mas não são necessárias para detectar dor.
 
A descoberta, publicada na revista Nature, pode abrir caminho para a criação de novos tratamentos para aliviar coceiras.
 
Pode até parecer óbvio que uma coceira e uma dor sejam sensações diferentes, mas neurocientistas estavam há tempos tentando encontrar como o sistema nervoso as diferenciava.
 
A descoberta ocorreu quando os pesquisadores destruíram um conjunto particular de células em ratos de laboratório e descobriram que os animais pararam de se coçar, mesmo quando receberam, por injeções, substâncias químicas que induzem a coceira. Mas eles ainda respondiam, normalmente, a estímulos de dor.
 
A idéia de separar os circuitos de células nervosas que sentem a coceira e a dor sempre pareceu simples, mas na realidade se tornou difícil de provar. Isso porque o sistema que carrega informações da nossa pele para a medula espinhal responde a múltiplas sensações. Os neurônios que respondiam apenas à dor já haviam sido descobertos na medula, mas os da coceira ainda eram desconhecidos.
 
Dois artigos de profissionais renomados já haviam dito ter descoberto os neurônios específicos da coceira, mas acabaram sendo apenas alarmes falsos.
 
No entanto, alguns pesquisadores da área dizem que esta pesquisa comportamental – analisando os ratos de laboratório – não é evidência suficiente.
 
Para o neurocientista Earl Carstens, da Universidade da Califórnia, as descobertas “fazem uma importante contribuição” por identificar os neurônios que são cruciais para a coceira e não para a dor, mas, disse à revista Nature, “não prova sua especificidade”.
 
Mesmo assim, para a maioria da comunidade científica, agora, com a descoberta, será mais fácil buscar tratamentos para coceiras como as causadas por picadas de insetos ou alergias e até aliviar coceiras graves causadas por uma série de fatores, como certos tipos de câncer, problemas renais e até o uso de alguns tipos de analgésico.
 
Fonte Corposaun

Células nervosas interferem nas funções cardiovasculares

Cientistas do Instituto Karolinska, Suécia, identificaram um grupo previamente desconhecido de células nervosas no cérebro que regulam as funções cardiovasculares, como por exemplo o ritmo cardíaco e a pressão arterial.
 
A descoberta, que foi publicada no Journal of Clinical Investigation, pode melhorar significativamente o tratamento de doenças cardiovasculares em humanos a longo prazo.
 
Utilizando camundongos, Jens Mittag juntamente com outros pesquisadores conseguiu identificar novos neurônios. Estas células nervosas se desenvolvem no cérebro, com o auxílio do hormônio da tiroide, que é produzido na glândula de mesmo nome.
 
Os pacientes nos quais a função da glândula tireoide é perturbada e que, portanto, produzem muito hormônio ou pouco, portanto, têm mais risco de desenvolver problemas com essas células nervosas, o que tem um efeito sobre o funcionamento do coração, que leva à doença cardiovascular.
 
Já se sabe que pacientes com hipertireoidismo ou hipotireoidismo não tratados costumam desenvolver problemas cardíacos, sendo que pesquisas anteriores mostraram que esta associação era resultados do hormônio que afeta diretamente o coração. O novo estudo, demonstra que o hormônio da tireoide também afetam o coração indiretamente, através dos neurônios recém-descobertos.
 
“Esta descoberta abre a possibilidade de uma forma completamente nova de combater as doenças cardiovasculares. Se aprendermos como controlar esses neurônios, seremos capazes de tratar de certos problemas cardiovasculares como a hipertensão através do cérebro a longo prazo”, aponta Mittag.
 
Fonte Corposaun

Com a chegada do verão, prevenção à dengue deve ser reforçada

Brasília – Características climáticas típicas do verão, que começou esta semana, são sinal de alerta para a transmissão da dengue no país. Para o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, o período de chuvas intensas e de maior umidade exige reforço dos cuidados de prevenção por parte dos gestores municipais e também da própria população.

O último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, mostra que 77 cidades brasileiras estão em situação de risco para a dengue. Dessas, em dez, a situação de risco prevalece desde 2011.
 
Em entrevista à Agência Brasil, Giovanini Coelho lembrou que pesquisas recentes demostram que o brasileiro se sente bem informado em relação à doença e às medidas de prevenção. O grande desafio, segundo ele, é transformar esse conhecimento em mudança de comportamento. “É fácil prevenir a dengue, mas é importante que a população efetivamente adote mudanças de comportamento por meio de ações que ela conhece muito bem”, explicou.
 
Dados do ministério indicam que, na Região Norte, as principais causas de criadouros do mosquito são a deficiência no abastecimento de água e na coleta do lixo. No Nordeste, o abastecimento de água aparece como o principal problema. No Sudeste, os depósitos domiciliares provocam o aumento da circulação do mosquito. No Sul, o alerta é para o lixo. Na Região Centro-Oeste, abastecimento de água, depósitos domiciliares e lixo representam praticamente o mesmo percentual no agravamento de criadouros.
 
Segundo o coordenador, municípios que enfrentam problemas com abastecimento de água devem focar em estratégias como tampar caixas d'água e desobstruir calhas. Cidades com criadouros em depósitos domiciliares devem focar nas vistorias das casas, na colocação de areia nos vasos de planta e na eliminação de recipientes que podem acumular água, como garrafas plásticas e pneus. Já os gestores que registram problemas com lixo precisam melhorar os serviços de limpeza urbana e conscientizar a população em relação ao descarte de resíduos em terrenos baldios, por exemplo.
 
“O Sistema Único de Saúde (SUS) tem milhares de agentes de saúde treinados para fazer o trabalho de assessoria, supervisão e visita aos domicílios. É fundamental que os gestores municipais tenham essa ação como uma prioridade. É fundamental que as visitas sejam feitas regulamente, que o poder local articule ações intersetoriais, particularmente voltadas para a manutenção da limpeza urbana. Esse conjunto de medidas que envolve a participação da população e a ação do Poder Público são fundamentais para passarmos por esse verão com uma menor quantidade de dengue possível”, concluiu.
 
A Campanha Nacional de Combate à Dengue 2012/2013 tem como slogan Dengue É Fácil Combater, Só Não Pode Esquecer. O objetivo da primeira fase, que se estende até o final deste mês, é mobilizar a população a adotar medidas simples de prevenção. Na segunda fase, que começa a partir de janeiro, o foco é no reconhecimento dos sinais e sintomas da doença e as principais medidas que devem ser adotadas pelas pessoas em caso de suspeita de dengue.
 
Fonte Agência Brasil

Uso de remédio não melhora concentração de jovens saudáveis

São Paulo – O desempenho da memória e da atenção de jovens saudáveis não é alterado após o consumo de Ritalina, medicamento indicado para pessoas diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. A conclusão é resultado de pesquisa do Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.
 
O metilfenidato (que recebe o nome comercial de Ritalina ou Concerta), quando aplicado corretamente, tanto em crianças, quanto em adultos, melhora a atenção e os níveis de concentração. No entanto, de acordo com a pesquisa, não foram observadas diferenças nas funções cognitivas dos indivíduos sadios.
 
Os 36 homens participantes do teste, com idade entre 18 anos e 30 anos, foram divididos em dois grupos, e apenas um deles recebeu o medicamento verdadeiro. Após isso, todos foram submetidos a uma série de testes cognitivos, que avaliaram diferentes tipos de atenção e de memória, além de algumas funções executivas, como planejamento.
 
“Comparamos o desempenho entre aqueles que tomaram a medicação e os que não tomaram. Não houve diferença no desempenho. A gente chegou à conclusão de que sendo os jovens saudáveis, tendo um funcionamento cognitivo saudável, a Ritalina não tem potencial benéfico como o apresentado no caso de pessoas com transtorno de déficit de atenção”, disse a coordenadora do estudo, Silmara Batistela.
 
Ela alerta que a droga só pode ser comprada com receita, mas, muitas vezes, é adquirida no mercado negro e consumida indiscriminadamente. “Há muitos relatos de pessoas que conseguem fazer a compra dessa medicação até pela internet, em fórum de concurseiros”, destaca.
 
De acordo com Batistela, as pessoas normalmente usam a droga para passar a noite estudando para uma prova, porque a Ritalina é um estimulante do sistema nervoso central. “A pessoa vai conseguir ficar a noite inteira acordada, mas a atenção dela não estará melhor, e ela não vai lembrar mais do conteúdo no dia seguinte”.
 
O professor de psiquiatria Dartiu Xavier da Silveira, ressalta, no entanto, que a droga pode provocar efeitos colaterais e dependência. “O problema é fazer alterações no ciclo de sono, o que provoca uma bagunça no funcionamento do cérebro. Outro risco é causar dependência. E, se o indivíduo exagerar na dose, mesmo com o coração saudável, pode ter uma arritmia”.
 
Atitudes simples adotadas no dia a dia podem favorecer o bom funcionamento do cérebro, como ter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos. Dormir bem é fundamental para a atenção e concentração.
 
Fonte Agência Brasil

Em seu primeiro ano, programa de seleção de médicos ocupou menos de 20% das vagas

 
Brasília – Menos de 20% das vagas para médicos oferecidas pelo Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) foram preenchidas no primeiro ano de vigência do programa. Das 2 mil vagas abertas para atuação na saúde básica, apenas 366 profissionais foram contratados, segundo o Ministério da Saúde.
 
Criado em dezembro de 2011, o Provab é uma das estratégias do governo para tentar fixar médicos em regiões com carência desses profissionais, como a Amazônia, o Nordeste e as periferias das grandes cidades. Para estimular a ida para essas áreas, é oferecida pontuação adicional de 10% na nota dos exames de residência para os médicos que tiverem bom desempenho no primeiro ano de atuação no programa. O governo financia ainda especialização em Saúde da Família e cursos a distância.
 
De acordo com balanço do ministério, 950 municípios se inscreveram no programa para seleção dos profissionais. Para Felipe Proenço, diretor de Programas da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do ministério, a baixa adesão está relacionada ao número insuficiente de profissionais no mercado. Segundo o diretor, uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que existiam 13 mil médicos graduados em 2010 no país para 19 mil vagas formais de trabalho. No entanto, ele considera que o programa teve sucesso neste primeiro ano, mas que será revisado para ser aprimorado.
 
“Olhando para várias dificuldades dos estados, ouvindo pesquisas com gestores, a gente entende que, além de um problema de má distribuição, existe um quantitativo menor de médicos do que é necessário para o sistema de saúde,” diz Proenço, destacando que diversas equipes do Saúde da Família estão desfalcadas, sem médicos.
 
O diretor disse ainda que o ministério quer chegar à relação de 2,7 médicos para mil habitantes, a mesma do Reino Unido. Atualmente, no Brasil, essa relação é 1,9 médico para cada grupo de mil pessoas.
 
Este ano, o governo anunciou que pretende criar novos cursos de medicina e expandir as vagas nas faculdades já existentes, com o objetivo de ampliar a quantidade de profissionais. Em junho, o Ministério da Educação anunciou o Plano de Expansão da Educação em Saúde, voltado para regiões consideradas prioritárias, que prevê em 10% o aumento do número de vagas de medicina.
 
A proposta não tem o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM). O CFM tem argumentado que não faltam médicos no país e que a proporção atual (1,95 médico por mil habitantes) é suficiente.
 
Segundo a entidade, existe uma má distribuição dos profissionais. O CFM defende a implantação de políticas públicas para reduzir essa desigualdade, como a criação de uma carreira de Estado exclusiva para médicos, semelhante à dos magistrados e procuradores do Ministério Público.
 
Uma pesquisa do CFM, de 2011, mostra que enquanto em São Paulo são 4,02 médicos por mil habitantes, o maior número do país, no Maranhão a taxa é 0,68 médico por mil habitantes, o menor.
 
Na Bahia, 69 municípios implantaram uma carreira médica por meio da Fundação Estatal de Saúde na Família. As progressões ocorrem com base no cumprimento de metas e resultados. O médico começa trabalhando em cidades com dificuldade de provimento e pouca infraestrutura. Conforme vai progredindo na carreira, passa a atuar em cidades com melhor estrutura.
 
Porém, de acordo com o presidente da fundação, Carlos Aberto Trindade, a iniciativa não conseguiu reduzir o problema da fixação de médicos em locais que historicamente enfrentam dificuldade de contratação. Os salários, continuou o presidente, variam entre R$ 8 mil e R$ 11 mil para 40 horas de trabalho. Além da remuneração, os profissionais têm direito a cursos a distância de educação permanente e a possibilidade de cursarem mestrado e doutorado. “Há quase um leilão por médicos entre os municípios [da Bahia]”, disse Trindade, acrescentando que o número de profissionais é insuficiente.
 
Além do Provab, o Ministério da Saúde desenvolve outros programas para incentivar a atuação dos médicos fora dos grandes centros urbanos. Um deles é o abatimento das dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para quem trabalhar em uma das 2.282 cidades com carência na atenção básica à saúde.
 
Fonte Agência Brasil

Ruídos ameaçam boa audição

Um estudo , realizado nos Estados Unidos, revelou que mais de 5 milhões de jovens daquele país apresentam algum tipo de perda auditiva. As causas para o problema são variadas, como concertos de rock, fogos de artifício e cortadores de grama.

A pesquisa do National Center for Environmental Health dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDCP) mostrou que em pelo menos 250 mil jovens a deficiência pode ser moderada ou profunda, trazendo conseqüências graves, como a perda auditiva definitiva.

Os especialistas pesquisaram, durante seis anos, cerca de 5,2 mil pessoas, de 6 a 19 anos. As alterações provocadas por barulho – que podem abafar alguns sons e dificultar a compreensão da fala – foram identificadas em 12,5% dos entrevistados.

O estudo constatou perda maior nas pessoas do sexo masculino e nos mais jovens. A surdez parcial provocada por ruídos é evitável. Para isso, os pesquisadores sugerem que as crianças sejam incentivadas a usar protetores de ouvido durante as atividades barulhentas.

No Brasil, o walkman é um inimigo da boa audição entre os jovens. Conforme a freqüência e o volume em que é utilizado, o aparelho pode causar perdas de 30% da audição em curto espaço de tempo. Evitar o problema é tarefa fácil, que exige apenas atenção quanto ao volume e o tempo de exposição ao som da música.

Quanto maior o nível de ruídos de um ambiente, menor deve ser a permanência dos indivíduos. A partir de 85 decibéis, já ocorrem alterações na audição. A dor ocorre quando o som se aproxima dos 120.

Mesmo que não haja surdez, o uso indevido do walkman pode favorecer a redução precoce da capacidade auditiva. Um som muito alto prejudica as células que estão na parte interna do ouvido e que são responsáveis pelos sons agudos. A lesão é irreversível e ocorre de forma progressiva, o que impede muitas pessoas de identificarem a surdez.
 
Fonte Boa Saúde

Roqueiros morrem mais cedo

Artistas solo tinham chances duas vezes
 maiores de morrerem mais cedo
De acordo com um novo estudo, artistas de bandas de rock correm maiores riscos de morrerem mais cedo do que pessoas que não atuam nessa profissão.
 
Pesquisadores analisaram as vidas de 1.480 músicos americanos e europeus dos últimos 50 anos, como o Elvis e os integrantes da banda Arctic Monkeys.
 
A análise dos dados mostrou que independentemente dos músicos performarem sozinhos ou fazerem parte de bandas, eles tinham mais chances de morrerem antes do que seria esperado para sua idade, gênero e etnia.
 
Apesar disso, artistas solo tinham chances duas vezes maiores de morrerem mais cedo. Não se sabe a razão dessa diferença, mas isso pode estar relacionado ao nível de fama que artistas solo atingem, quando comparado a membros de bandas.

Também é possível que membros de um grupo musical se apóiem, protegendo uns aos outros de mortes precoces.
 
A pesquisa foi publicada no periódico BMJ Open.
 
Fonte Live Science

Cuidado com as sobras da ceia

Ceia: o que foi à mesa e ficou mais de 2 horas em
temperatura ambiente deve ser descartado
Saiba como conservar e reaproveitar com segurança os alimentos que sobram da festa
 
A cada ano, o manuseio e a conservação imprópria de alimentos são responsáveis por 670 mil surtos de intoxicação alimentar– ocorrências que afetam, em média, 13 mil pessoas anualmente – apontam dados epidemiológicos do Ministério da Saúde. Desse total, 45% ocorrem dentro de casa.
 
Com a correria para preparar a tempo todos os pratos que compõem as ceias das festas de fim de ano, cresce também o risco de contaminação por doenças de origem alimentar. Os erros mais frequentes estão na cocção (assar ou cozinhar mal ou muito tempo antes do momento de consumo), na conservação (manter tempo demais em temperatura ambiente) e no armazenamento (não cobrir as embalagens e reaproveitar os restos que ficaram expostos na mesa).
 
O que não foi consumido na festa pode e deve ser aproveitado no dia seguinte. Para aproveitar as sobras de forma segura, entretanto, é preciso cuidado. A nutricionista Vânia Cabrera alerta para uma regra normalmente negligenciada no dia seguinte às festas: se esqueceu de guardar, despreze. Mas, e o desperdício? Calma, não é preciso colocar na mesa toda a comida que foi preparada para a ceia. O ideal, orienta a nutricionista, é por os preparos em recipientes menores, fechados, e deixar na mesa a quantidade proporcional do número de convidados. Assim fica mais fácil de armazenar na geladeira e manter tudo fresco para o momento de servir.
 
“Dá para ir repondo na medida em que os pratos forem sendo consumidos e o que não foi para a mesa pode ser servido, fresco, no dia seguinte” diz Vania.
 
Outro foco frequente de problema com as sobras é outro erro comum dentro da casa do brasileiro: não reaquecer adequadamente os pratos quentes antes de servi-los.
 
“Não vale dar só uma ‘esquentadinha’, é preciso aquecer bem, a uma temperatura superior a 70 graus”, orienta Flávia Zibordi, nutricionista da Zibordi Consultoria.
 
“Para ser servido com segurança, o alimento precisa estar quente a ponto de você não conseguir tocar nele.”
 
Flávia, que trabalha há quase duas décadas orientando hotéis e restaurantes sobre segurança alimentar, já perdeu a conta das vezes em que algum estabelecimento comercial levou a culpa da intoxicação alimentar quando, na verdade, o foco de contaminação estava dentro de casa.
 
“É comum as pessoas colocarem a culpa no restaurante, mas a verdade é que o maior foco de contaminação ocorre no âmbito doméstico. Começa por não lavar as mãos antes do preparo, por ficar usando um pano de prato sujo, e por aí vai. Em festa de fim de ano a cozinha fica cheia de gente, todo mundo mete a mão na comida. O risco é grande e às vezes difícil de controlar”, diz ela.
 
Ainda que os pratos tenham sido preparados com cuidado e higiene, a exposição por muito tempo na mesa e até mesmo a movimentação em volta da comida – as pessoas falam, espirram, tossem, mexem no cabelo – pode contribuir para que a festa seja realmente inesquecível, diz o biomédico Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria. E não adianta confiar nos sentidos.
 
“As bactérias não alteram a cor, o cheiro ou o sabor dos alimentos de forma perceptível” alerta o biomédico, que é autor, entre outras obras, do livro Armadilhas de uma cozinha (Ed. Manole).
 
Veja a seguir o que ajuda a reduzir o risco de contaminação dos alimentos:
  • Evite cozinhar as carnes muito tempo antes do consumo, o ideal é preparar e servir imediatamente. Outra opção é, depois de pronta, fazer o resfriamento rápido com gelo (coloque a carne assada em um pote bem fechado e mergulhe-o num recipiente limpo com gelo) e depois de resfriado guardar na geladeira. Atenção: carnes guardadas após o resfriamento rápido devem ficar, no máximo 3 dias na geladeira e peixes, apenas 1 dia.
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  • Asse bem todas as carnes, especialmente os cortes com osso: a carne perto do osso leva mais tempo para assar e, assim, ficar segura para consumo. Para saber se a peça está cozida por inteiro, faça um corte próximo ao osso. Se a área estiver rosada, devolva a peça ao forno.
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  • Mantenha tudo como serve: o que é quente deve ser mantido quente e o que é frio precisa permanecer frio. Evite manter assados e outros preparos por mais de duas horas à temperatura ambiente e reaqueça bem as preparações quentes. Da mesma forma, as saladas e sobremesas frias devem ser mantidas assim o maior tempo possível.
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  • Depois de prontos, guarde os preparos em potes menores. Deixe na mesa apenas o que será consumido e vá repondo de acordo com a necessidade. O que ficou exposto por mais de duas horas à temperatura ambiente deve ser descartado (isso vale mesmo para frutas picadas). O que não saiu da geladeira pode e deve ser consumido no dia seguinte.
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Regras gerais de segurança alimentar:
 
  • Lave bem as mãos antes de manusear os alimentos (isso também vale para a hora da montagem dos pratos)
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  • Higienize muito os utensílios e as superfícies que irão em contato com os alimentos (use álcool e papel absorvente ou um pano limpo)
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  • Lave ou limpe bem as embalagens antes de abri-las
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  • Descongele os alimentos dentro da geladeira e jamais em temperatura ambiente
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  • Troque o pano de prato por outro limpo assim que ele estiver molhado ou sujo
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  • Desinfete todos os vegetais (frutas, legumes e verduras) que serão consumidos crus (você pode usar produtos específicos para esse fim uma solução de 1 colher de água sanitária para cada litro de água)
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  • Ferva o palmito e outros enlatados por 15 minutos antes de usar
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  • Frite bem a rabanada, para que ela fique cozida por dentro (para isso, o óleo não deve ser muito quente)
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  • Tenha cuidado especial com os cremes, coberturas e recheios a base de leite e ovo. Se possível, acrescente-os às receitas apenas na hora de servir
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  • No preparo da salada de maionese, espere a batata esfriar por completo antes de misturar com a maionese. Evite usar maionese feita com ovo cru (prefira a industrializada)
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  • Conserve todas as sobras na geladeira cobertas com tampas ou filmes de PVC
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Fonte iG

Sucos que saciam para beber antes da ceia

Morango batido com soja: sucos com fibras e pectina
aumentam a sensação de saciedade
Aposte neles e nas dicas de nutricionistas para não chegar na hora da festa com muita fome
 
Em dia de festa de Natal ou de Ano Novo alguns passam o dia na cozinha preparando a ceia e se esquecem de comer direito. Outros beliscam o tempo todo e acabam se alimentando mal.
 
Entre os que não precisam cozinhar a situação não muda muito: pensando na comilança do jantar muitos decidem comer menos (ou até jejuar) só para poderem comer sem culpa na ceia. Tudo errado. Quem faz isso, apontam especialistas em nutrição, pode acabar o jantar estufado, e o pior: bêbado.
 
“Tem gente que precisa passar em dois, três lugares antes de conseguir sentar à mesa com a família. É importante comer algo durante essa maratona. Não dá para ficar em jejum, só bebendo álcool. É bom tomar um suco, comer uma fruta, um aperitivo” orienta a nutricionista e gastrônoma Felisbela Pino.
 
A alimentação no dia da ceia deve ser o mais normal possível. Se o tempo e o espaço na cozinha não permitem a realização das grandes refeições, é importante não deixar de comer algo nutritivo a cada três ou ‘quatro horas.
 
Quem está encarregado do preparo das comidas da ceia, diz Felisbela, precisa parar para comer, se hidratar e descansar por alguns minutos. Uma boa opção é preparar um sanduíche com frios leves (queijo mussarela e peito de peru) e usar alguns ingredientes da salada que está sendo preparada para a noite. Iogurte e frutas secas e frescas também valem, pois as proteínas e fibras ajudam a saciar a fome.
 
Outra opção que ajuda a dar saciedade é apostar em sucos com ingredientes ricos em fibras (aveia, linhaça são dois bons exemplos) ou com farinhas de frutas, especialmente as de banana verde e de maracujá. Elas contêm pectina, uma fibra solúvel que vira gel ao entrar em contato com o líquido do estômago, evitando que ele se esvazie rapidamente e aumentando assim a sensação de saciedade. Dá para colocar a farinha em qualquer suco ou preparo líquido, orienta a nutricionista Natália Colombo, da clínica NCNutre.
 
“Além de dar saciedade, essas farinhas retardam a absorção de gordura e de glicose pelo estômago”, explica Natália.
 
Veja a seguir três receitas de sucos com ingredientes que alimentam e ajudam a diminuir a fome:
 
Soja, morango e linhaça
Como fazer: junte 1/2 copo de leite de soja light sem sabor, 1 xícara de morangos, 1 maçã com casca, 1 colher de sopa de semente de linhaça e bata tudo no liquidificador. Beba em seguida.
 
Mix de frutas e farinha de banana verde
Como fazer: junte 3 rodelas de abacaxi, 1 pêra, 1 colher de chá de gengibre, 1 colher de sopa de farinha de banana verde. Bata tudo no liquidificador e beba em seguida.
 
Abacate, banana e aveia
Como fazer: junte 1/4 de abacate, 1 banana-maçã, 1/2 limão espremido, 1 colher de sobremesa de aveia em flocos. Bata tudo no liquidificador e beba em seguida.
 
Fonte iG