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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Tudo sobre a Vitamina D

A vitamina D pertence às vitaminas conhecidas como lipossolúveis, abaixo você encontrará todas as informações sobre esta vitamina
 
Nomes
Nome em português: vitamina D (às vezes chamada de vitamina do sol). A forma ativa da vitamina D, tranformada no organismo, é chamada calcitriol (ver abaixo).
 
Há duas formas principais de vitamina D não ativa: vitamina D3 (colecalciferol) de origem animal e a vitamina D2 (ergosterol) de origem vegetal.
 
Nome científico: colecalciferol, calciferol (ver explicação abaixo)
 
Sol e síntese de vitamina D
Sob o efeito dos raios UVB do sol, uma molécula da pele chamada 7DHC (derivada de colesterol) é convertida em colecalciferol (vitamina D3).
 
Transformação na forma ativa (vitamina D ou calcitriol)
A vitamina D, como o colecalciferol e o ergosterol, adquiridos pela alimentação, por suplementos alimentares, assim como a vitamina D sintetizada na pele pelo efeito da luz do sol (raios UVB), deve passar pelo fígado para ser transformado em vitamina D3 25OH (determina-se a dose deste hormônio para saber a quantidade de vitamina D no corpo, ver abaixo) e pelos rins ou outras células do corpo (próstata, mama, cólon ) para ser finalmente convertida na sua forma ativa, o calcitriol (1,25vitamina D, 1,25-di-hidroxicolecalciferol ou 1,25-di-hidroxivitamina D) ou vitamina D.
 
Onde podemos encontrar a Vitamina D?
 
Nos alimentos
No óleo de fígado de bacalhau (1 colher de sopa de fígado de bacalhau contém 1.360 UI de vitamina D), peixes gordos, salmão, fígado de frango, margarina, gema de ovo, produtos lácteos integrais e semi-desnatados, cereais, etc.
 
A luz solar (raios UVB)
A vitamina D pode ser sintetizada na pele por efeito dos raios UVB do sol (também os raios UVB de cabines de bronzeamento). Em muitos países é a principal fonte de vitamina D. Para a maioria das pessoas a síntese de vitamina D a partir da luz solar representa cerca de 80 a 100% da ingestão de vitamina D.
 
Sabe-se que a aplicação de protetor solar com fator de proteção (FPS) 15 reduz em 98% a produção de vitamina D através da pele sob o efeito dos raios UV.
 
É importante saber que a poluição encontrada no ar, como em Pequim (China), pode reduzir maciçamente a produção de vitamina D pela pele. Estas partículas de poluição do ar absorvem uma parte dos raios UVB.
 
A produção de vitamina D através do sol em uma pessoa de 70 anos ao mais equivale a apenas 25% da quantidade produzida por uma pessoa de 20 anos exposta à mesma quantidade de sol (fonte: Am J Clin Nutr 2004;80:1678-1688).
 
Suplemento alimentar
Pode-se encontrar a vitamina D em suplementos alimentares (cápsulas, gotas), consulte o farmacêutico.
 
Dose diária recomendada
Dose diária recomendada, também chamada de DDR para o aporte cotidiano recomendado:
1 UI = 0,00025mg = 0,025μg (1 milionésimo de grama)
 
O Instituto de Medicina dos EUA recomenda:
Adultos com idade inferior a 70 anos: 600 UI/dia (15 µg/dia)
Adultos com idade superior a 70 anos: 800 UI/dia (20 µg/dia)
Os especialistas americanos não recomendam o consumo de mais de 4.000 UI por dia.

Quantidade recomendada
por autoridades canadenses

A sociedade canadense de câncer recomenda:
Para prevenir o câncer em adultos: 1.000 UI/dia (25 µg/dia) de vitamina D no outono e no inverno. Em pessoas que estão em risco de deficiência, consumir 1.000 UI/dia durante todo o ano.

Algumas pessoas estimam que no Canadá a dose diária deva ser de 2.000 UI a 4.000 UI por dia.

Em caso de exposição ao sol no verão entre 10h e 15h (antes e depois destes horários os raios solares contêm muito pouco UVB, apenas este tipo de UV pode sintetizar a vitamina D) por cerca de 10 a 20 minutos e sem uso de filtros solares, a dose externa de vitamina D por suplementos dietéticos pode ser reduzida.
 
Outras recomendações para o uso de vitamina D
Algumas mídias e médicos recomendam:
Até 1 ano: 400 a 1000 UI/dia de vitamina D.
De 1 a 18 anos: 600 a 1000 UI/dia de vitamina D.
A partir de 19 anos: 1.500 a 2.000 Ul/dia de vitamina D.
 
Indicações da Vitamina D
– Prevenção da osteoporose, manutenção do equilíbrio do cálcio, que contribui na formação de ossos e dentes (especialmente nas crianças), ajuda na coagulação, na redução de fraturas por queda (de acordo com um estudo publicado em 2009 no British Medical Journal, as preparações de vitamina D reduzem o risco geral de fratura em 14%, para fraturas de quadril a diminuição é de 9%).
 
– Prevenção do câncer, como no livro “Câncer” de David Servan-Schreiber, particularmente o câncer colorretal. Também na prevenção do câncer de pele (possível efeito contra o câncer, os estudos são contraditórios).
 
Nos Estados Unidos, o renomado Instituto médico Nacional Institutes of Health (NIH) não recomenda o uso de vitamina D na prevenção do câncer, por falta de provas, é estimado que não haja uma relação causa-efeito entre os baixos níveis de vitamina D, muitas vezes observado no tumor, e o desenvolvimento de um câncer.
 
– Prevenção de doenças cardiovasculares (possível efeito, os estudos são contraditórios).

 Observação: um estudo mostrou que a vitamina D era inútil contra a hipertensão
 
– Lúpus e outras doenças autoimunes (possível efeito, os estudos são contraditórios).
 
– Esclerose múltipla (possível efeito).
 
– Possível prevenção da doença de Alzheimer. De fato, foi observada uma correlação entre a deficiência de vitamina D e o Alzheimer, como mostram vários estudos, incluindo um estudo britânico publicado em agosto de 2014. De acordo com o estudo britânico, o risco de sofrer de Alzheimer aumentou em 69% nos participantes com deficiência moderada de vitamina D e foi até 122% nos participantes com deficiência grave. Note que esta é uma observação e não necessariamente um sinal de causa e efeito.
 
– Possível prevenção da diabetes. Sabe-se que a vitamina D aumenta a secreção e a sensibilidade da insulina por provocar uma diminuição do número de receptores de insulina. A vitamina D teria, assim, um efeito contra a diabetes.
 
Efeitos
– Aumenta a absorção e acumulação de cálcio em associação com o PTH (hormônio da paratireoide).

Estima-se que
quase todas as células do organismo possuem receptores para a vitamina D, que é a razão pela qual se fala muitas vezes em hormônio ao se tratar dessa vitamina, também por seu papel como mensageiro.
 
Carência
 
Sintomas da carência de vitamina D– Problemas ósseos e dentários, osteoporose, raquitismo nas crianças, osteomalacia em adultos, agitação, fraqueza óssea, dores musculares, etc.
 
Os médicos podem pedir a dosagem de vitamina D, em particular, um conhecido metabólito chamado vitamina D3 25OH, no sangue. Uma quantidade de vitamina D3 25OH é considerada normal entre 30 e 100 ng/ml, valor limite de 20 a 30 ng/ml, insuficiente para 10 a 20 ng/ml e deficiência importante para menos de 10 ng/ml. (fonte: Jornal Clinic EndocrinologyMetabolism, 2005).
 
Possíveis causas de deficiência de vitamina D
– Má alimentação, falta de exposição ao sol, certos medicamentos como a cortisona e antiepilépticos, pessoas que realizaram cirurgia bariátrica.
 
Excessos
– Mais do que 1800 UI por dia, risco de toxicidade em crianças e nos adultos sintomas intestinais (diarreia), anorexia.
 
No entanto, de acordo com o Prof. Michael Holick, um dos maiores especialistas em vitamina D da Universidade de Boston (EUA), a intoxicação por vitamina D pode ocorrer somente se um adulto consumir 10.000 UI de vitamina D por dia durante 6meses ou mais. O Prof. Holick escreveu um livro de sucesso com o título original “A Solução da vitamina D” sobre a vitamina D, ele é um fã do uso desta vitamina em doses elevadas para tratar e prevenir várias doenças, tais como câncer e doenças cardiovasculares.
 
É importante saber que a produção de vitamina D como resultado do efeito dos raios UVB do sol não pode levar a intoxicação, porque o corpo é auto regulável (regula a si mesmo). Entretanto, uma ingestão de vitamina D na forma de suplementos alimentares pode levar a intoxicação (especialmente de cálcio) em caso de consumo excessivo.
 
Síntese da Vitamina D ao nível químico
 
Sol e síntese de vitamina D
Sob o efeito dos raios UVB, uma molécula da pele chamada 7-dehidrocolesterol (um derivado do colesterol) é convertido para pré-vitamina D3 e em seguida para colecalciferol (vitamina D3).
 
Transformação na sua forma ativa (vitamina D ou calcitriol)O colecalciferol (vitamina D3), absorvido pela alimentação, por um suplemento alimentar ou sintetizado pela pele sob o efeito da luz do sol (UVB), passa através do fígado para ser transformado em 25OH vitamina D3  ou 25-hidroxivitamina D3 (este metabolito é dosado, como a 25OH vitamina D2, para verificar a quantidade de vitamina D do organismo, ver abaixo) e em seguida passa pelos rins ou por outras células do corpo (próstata, mama, cólon) para finalmente ser convertido na sua forma ativa, o calcitriol (1,25 vitamina D3, 1,25-di-hidroxicolecalciferol ou 1,25-di-hidroxivitamina D3).
 
O ergosterol (vitamina D2) absorvido a partir de alimentos (vegetais) ou um suplemento alimentar, passa através do fígado para ser convertido em 25OH vitamina D2 ou 25-hidroxivitamina D2 (este metabólito também é dosado, assim como a  25OH vitamina D3, para saber a quantidade de vitamina D no corpo, leia abaixo).
 
síntese de vitamina D
 
Notas
– As crianças pouco expostas ao sol podem desenvolver raquitismo.
 
– É aconselhável se expor ao sol todos os dias por cerca de 20 minutos, especialmente no final da primavera e no verão, sem o uso de protetor solar (ler o artigo sobre o dilema da exposição ao sol), pois este absorve uma quantidade muito grande de UVB. Durante o uso de filtros solares, a síntese da vitamina D é muito baixa.
 
- No verão, estima-se que o organismo produza em 20 minutos cerca de 10.000 UI de vitamina D.
 
- Algumas fontes estimam que a exposição ao sol por 5 minutos 3 vezes por semana seria suficiente para sintetizar a vitamina D em quantidades necessárias.
 
- A duração desta exposição depende de vários fatores tais como o tipo de pele, o período do ano e do dia, além da latitude. Pessoas com pele escura demoram mais tempo para sintetizar a vitamina D (cerca de 20-30 minutos) do que as pessoas com pele clara (cerca de 10 minutos).
 
- Sempre evitar exposição excessiva ao sol, um risco significativo de câncer de pele.
 
- Sabemos também que à medida que envelhecemos, a produção de vitamina D a partir do sol é menos eficaz, nesse caso é fortemente recomendado tomar a vitamina D como suplemento alimentar.
 
- Como a vitamina D é uma molécula solúvel em gordura, permanece armazenada no tecido adiposo e pode ser liberada depois de vários meses, especialmente no inverno. Em outras palavras, uma pessoa bem exposta ao sol no verão pode desfrutar de vários meses de vitamina em quantidade suficiente.
 
- Em relação à exposição solar, as regiões do corpo em que devemos preferir a exposição são as dos braços ou das pernas. A pele facial produz pouca vitamina D, além de ser muito sensível.
 
– Estima-se que na França 70% a 80% das pessoas têm falta de vitamina D. Esta porcentagem sobem para 90% entre as mulheres com mais de 45 anos. Assim, é também importante à exposição ao sol por 20 minutos ou tomar suplementos alimentares que contêm vitamina D. Além disso, mais de 20% dos franceses estão em um estado de deficiência significativa de vitamina D.
 
– Para as mulheres grávidas, lactantes e com crianças pequenas, o suplemento de vitamina D é necessário. Converse com seu médico para a dose recomendada.

– Vários estudos têm mostrado e mostrarão (ainda faltam estudos clínicos para confirmar 100% de eficiência) que a vitamina D consumida na dose certa (não exceder a dose diária) pode ter um efeito curativo ou preventivo contra diversas doenças crônicas, como o câncer, lúpus e outras doenças autoimunes. Isso faz com que a vitamina D seja uma das vitaminas mais interessantes e úteis em termos médicos.
 
– No entanto, alguns especialistas são mais críticos e afirmam que a maioria das pessoas começa a sofrer de uma deficiência de vitamina D a partir da idade de 65 anos, ou seja, a falta de vitamina D é relativamente rara antes dos 65 anos. Esses especialistas criticam a ideia de pensar que a vitamina D seria uma cura milagrosa, no fim, poucos estudos científicos de referência e em grande escala mostraram os resultados de forma clara e evidente.
 
– É impossível ter intoxicação por vitamina D em casos de exposição prolongada ao sol.
 
– Se a administração de vitamina D for através de suplemento alimentar é possível consumi-lo antes, durante ou depois da refeição.
 

20 perguntas sobre a pílula anticoncepcional

1 – Qual é a eficácia da pílula?
Com o uso totalmente adequado, é maior que 99%. Na vida real, em que acontecem falhas no uso, como esquecimentos na hora de tomar, a eficácia fica entre 94% e 96%.
 
2 – Qual é a composição?
O anticoncepcional oral combinado, tipo mais usado, é composto por um estrógeno sintético e um progestagênico (derivado de progesterona). Nas pílulas disponíveis no Brasil, o estrogênio é sempre o mesmo (etinilestradiol) -o que muda são os progestagênicos e a dosagem de cada uma das substâncias.
 
3 – Qual é o método de funcionamento?
A pílula impede as oscilações hormonais que levam à ovulação, altera o muco do colo do útero, dificultando a passagem dos espermatozoides, e deixa o endométrio (revestimento interno do útero) inadequado para a implantação do óvulo.
 
4 – Tem sempre que tomar no mesmo horário? Por quê?
O ideal é tomar sempre em horários próximos, mas eles não precisam ser rigorosamente iguais. Isso ajuda a evitar as flutuações hormonais necessárias para que ocorra a ovulação. Além disso, diminui o risco de esquecimento.
 
5 – Por que tem que fazer uma pausa?
A pausa interrompe o bloqueio hormonal e permite que o revestimento uterino “desmonte” e sangre, mimetizando o que ocorre no ciclo normal da mulher. As pílulas permitem que a mulher continue menstruando a cada mês.
 
6 – O que é minipílula? É a pílula sem estrógeno, apenas com derivados de progesterona. Costuma ser indicada no período de amamentação, já que o estrógeno interfere na lactação.
 
7 – O que são pílulas de regime contínuo?
O uso da pílula pode ser estendido por meses, sem a interrupção habitual. Nesse período, a menstruação será suspensa. Para isso, a escolha deve ser por pílulas com doses sempre iguais. Há pílulas em que as doses variam de um comprimido para outro e, se não for feita a pausa indicada, a sequência é prejudicada e a estabilidade hormonal fica comprometida.
 
8 – Quem não pode tomar?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as contraindicações para uso da pílula combinada são hipertensão grave ou associada a doenças cardiovasculares, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, derrame, doença cardíaca, diabetes de longa duração, insuficiência hepática, tumores, ter mais de 35 anos e fumar 15 ou mais cigarros por dia, ter mais de 35 anos e apresentar diabetes e hipertensão, ter sangramento vaginal de causa desconhecida, estar nas primeiras seis semanas de amamentação ou ser portadora de doença autoimune que não permita o uso de hormônios.
 
9 – Traz efeitos colaterais e riscos?
Os riscos mais importantes são infarto, derrame e tromboembolismo venoso, mas, na ausência de condições de saúde que desaconselhem o uso, o risco é pequeno. Os efeitos colaterais possíveis são: retenção hídrica, dor de cabeça e nos seios, náusea, sangramento irregular e alteração de humor. Esses problemas tendem a melhorar após três meses de uso.
 
10 – Pode favorecer o câncer ?
Há muita discussão sobre a associação entre uso da pílula e aumento do risco do câncer de mama, e os trabalhos ainda são inconclusivos. A hipótese mais aceita hoje é que a pílula pode favorecer o câncer de mama em mulheres com predisposição genética para a doença. No caso do câncer do colo de útero, não há evidência de que o anticoncepcional favoreça o desenvolvimento do HPV (papiloma vírus) e de tumores. A pílula pode também ter efeito protetor contra câncer de endométrio e de ovário.
 
11 – Diminui a cólica?
Sim. A pílula diminui a produção de prostaglandinas, substâncias que causam as contrações uterinas que levam à dor. Ela também diminui a produção de prostaciclina, que induz a vasodilatação, favorecendo o fluxo sanguíneo. Por isso, pode diminuir o fluxo menstrual.
 
12 – Melhora acne?
Depende do tipo de progesterona usada na pílula. As que têm ação anti- androgênica melhoram os quadros de acne e oleosidade excessiva da pele e do couro cabeludo.
 
13 – Engorda?
Em geral, não. Estudos mostram que isso pode acontecer com mulheres mais sensíveis aos hormônios, mas elas são minoria. Em algumas pacientes, pode aumentar a retenção hídrica, mas há alguns tipos de progesterona com leve ação diurética, que podem ser usadas nesses casos.
 
14 – Pode ser indicada para outras funções que não a contracepção?
As pílulas podem ajudar no tratamento de endometriose, cólicas menstruais, TPM e ovários policísticos.
 
15 – Como funcionam as injeções?
As injeções de estrógeno e progesterona são aplicadas uma vez por mês e as que têm apenas progesterona, a cada três meses. As dosagens de hormônios são maiores do que as do anticoncepcional oral. Apresentam vantagens de ordem prática, já que dispensam o uso diário, e são indicadas para quem tem desconforto gástrico. O uso contínuo da injeção trimestral pode suspender a menstruação, mas provocar pequenos sangramentos de escape. Em algumas mulheres, pode desencadear sintomas depressivos.
 
16 – E os implantes?
Têm apenas progesterona. Os implantes subcutâneos são bastonetes de cerca de 4 cm que são implantados sob a pele e liberam a substância aos poucos. Normalmente, são trocados uma vez por ano. O implante intrauterino é um dispostivo em forma de T, implantado no colo do útero, que libera o hormônio gradativamente por cerca de cinco anos.
 
17 – É difícil engravidar após usar pílula por muitos anos?
Se não há nenhuma contraindicação, a pílula pode ser usada por muitos anos sem comprometer a fertilidade. Mulheres que tomam pílula por dez ou mais anos podem demorar um pouco para voltar ao ciclo normal de ovulação, mas, se não houver outro fator interferindo, ele se regulariza em cerca de seis meses.
 
18 – Posso tomar por anos seguidos?
Sim, desde que não apareçam fatores de risco -hipertensão, por exemplo- nesse período. O surgimento de novas condições de saúde deve ser comunicado ao médico, para a avaliação do custo/benefício.
 
19 – O que fazer se esquecer de tomar?
Se for só um dia, deve-se tomar duas pílulas no seguinte e voltar ao esquema normal. Se forem dois ou mais dias, o uso de uma por dia deve ser reiniciado, até o fim da cartela -porém, a eficácia da pílula ficará comprometida, e é preciso usar algum método de contracepção de barreira, como a camisinha.
 
20 – Que remédios interferem na eficácia da pílula?
Alguns antibióticos, anticonvulsivos e barbitúricos.

Fontes: CARLOS ALBERTO PETTA, EDMUND BARACAT e JULISA LASCASAS RIBALTA, ginecologistas (OMS)

Saúde Floripa

Olanzapina Engorda?

Não há como negar, quem sofre para manter-se bem com a balança ou não deseja engordar, quando recebe a indicação de determinado remédio geralmente acaba se preocupando se ele traz o aumento de peso como um de seus efeitos colaterais ou não. Mas e em relação ao medicamento de que estamos falando, será que a Olanzapina engorda?
 
E a resposta para essa pergunta é sim, a Olanzapina engorda. Isso porque a reação adversa de ganho de peso está listada na bula da substância e aparece no grupo das reações muito comuns experimentadas por seus consumidores: em mais de 10% dos pacientes que o utilizam.
 
Isso sem contar que ela também causa o aumento de apetite, que aparece como um efeito comum, observado em 1 a 10% dos usuários. Com mais fome, a pessoa fica mais propensa a comer em excesso, o que inevitavelmente se reflete em quilos a mais.
 
Outro fator que agrava essa situação é que o remédio também causa cansaço e fraqueza. Ao se sentir dessa maneira, certamente o paciente não terá muita disposição para levar um dia ativo e praticar atividades físicas com regularidade. Assim, é provável que o seu gasto calórico seja menor, gerando um acúmulo de calorias e um estímulo ao crescimento do peso.
 
E agora, o que fazer? 
A Olanzapina engorda, não há como negar. Mas então o que fazer para não ganhar quilos a mais? Deixar de tomar o medicamento mesmo se o médico indicar? De maneira alguma, se o doutor prescreveu a substância é porque ele é necessária ao tratamento do problema de saúde.
 
Por outro lado, isso não significa que você deva ficar parado e simplesmente se conformar com o aumento do número que aparece na balança. E para tentar amenizar o estrago, há como ter um cuidado maior com a alimentação, certificando-se de seguir uma dieta saudável e equilibrada, sem exagerar nas guloseimas e comidinhas engordativas, e investindo em refeições ricas em fibras, que ajudam a promover a saciedade no organismo e a controlar o apetite.

Outros efeitos colaterais 
Além do aumento de apetite, fraqueza, ganho de peso e cansaço, o produto também pode trazer os seguintes efeitos colaterais:
 
Reação muito comum – mais de 10% dos pacientes:
  • Diminuição da pressão arterial ao levantar;
  • Sonolência;
  • Aumento da prolactina, hormônio que causa a secreção de leite;
  • Crescimento total das taxas de colesterol, triglicerídeos e açúcar no sangue.
Reação comum – entre 1 a 10% dos pacientes:
  • Febre;
  • Prisão de ventre;
  • Inchaço;
  • Dor nas articulações;
  • Inquietação motora;
  • Tontura;
  • Aumento das enzimas do fígado;
  • Glicose na urina;
  • Elevação da gama-glutamiltransferase – enzima dos rins, fígado e vesículas biliares;
  • Aumento do ácido úrico;
  • Diminuição de células brancas no sangue;
  • Elevação de eosinófilos no sangue – célula branca que atua na defesa do organismo.
Reação incomum – entre 0,1 e 1% dos pacientes:
  • Sensibilidade à luz;
  • Lentidão nos batimentos cardíacos;
  • Distensão abdominal;
  • Perda de memória;
  • Sangramento pelo nariz.
Reação rara – entre 0,01% e 0,1% dos pacientes:
  • Hepatite;
  • Convulsão;
  • Erupção cutânea.
Reação muito rara – em menos de 0,01% dos pacientes:
  • Alergia;
  • Coceira seguida de inchaço (angioedema);
  • Coceira (prurido);
  • Urticária;
  • Suor náusea e vômito após suspensão do remédio;
  • Obstrução da veia em decorrência de coágulo – tromboembolismo;
  • Pancreatite;
  • Diminuição das plaquetas no sangue;
  • Amarelado na pele, mucosas e secreções;
  • Coma diabético;
  • Lesão muscular grave;
  • Perda de cabelos;
  • Ereção persistente e dolorosa do pênis;
  • Incontinência urinária;
  • Retenção urinária;
  • Aumento dos níveis de creatinofosfoquinase no sangue – proteína encontrada no músculo;
  • Cetoacidose diabética – comum em portadores de diabetes do tipo 1, caracterizada por uma elevação muito grande nos níveis de açúcar no sangue, pode causar a morte;
  • Elevação da bilirrubina total – substância da bile, que fica no sangue até ser expelida pelas fezes, seus índices altos podem indicar doença.
Contraindicações e cuidados

Pacientes com menos de 13 anos de idade, idosos com psicose associada à demência e pessoas com hipersensibilidade a um dos componentes encontrados na fórmula de Olanzapina não estão indicadas a utilizar o remédio.
 
Mulheres que estejam grávidas ou amamentando os seus bebês devem informar a respeito da gestação ou lactação ao médico que prescrever o medicamento a elas.
 
Quem possui intolerância à lactose também deve contar ao médico sobre o problema e ter cuidado ao usar a Olanzapina, tendo em vista que ela possui a substância em sua composição. Como a capacidade de atenção pode ser prejudicada pelo remédio, não é recomendado que os usuários dirijam ou operem máquinas enquanto estiverem sob seu efeito.
 
O mesmo vale para quem esteja tomando qualquer outro tipo de remédio: é essencial dizer ao médico para descobrir se não há a possibilidade de haver interação de medicamentos.
 
É fundamental que somente as pessoas que receberam a orientação do médico para se tratar a substância utilizem-na. Ingerir um medicamento sem indicação profissional, especialmente se ele trouxer uma variedade de efeitos colaterais, significa oferecer graves riscos à própria saúde.
 
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)

Mundo Boa Forma

Pesquisadores brasileiros descobrem 18 genes ligados ao câncer de pênis

O trabalho inédito poderá ser usado no desenvolvimento de novas estratégias de prevenção, como a criação de um exame que identifique os homens mais suscetíveis ao tumor
 
Um grupo de pesquisadores brasileiros investiga a genética por trás do câncer de pênis, um tumor sobre o qual há poucos estudos científicos e que afeta principalmente comunidades pobres, com baixo nível de educação sobre higiene e dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Responsável por 2% dos casos oncológicos que atingem o homem, a doença, quando localizada, pode ser curada. Contudo, alguns pacientes evoluirão e, mesmo depois de tratados, sofrerão recidiva e metástases. Quem são essas pessoas é o que os cientistas querem descobrir.

Resultados preliminares do estudo, iniciado há seis meses com 53 pacientes, foram apresentados ontem durante o 35º Congresso Brasileiro de Urologia, no Rio de Janeiro. O urologista José de Ribamar Calixto, pesquisador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e um dos autores do trabalho, explica que a expectativa é aumentar o número de participantes para cerca de 150 e acompanhá-los por pelo menos uma década.

Apesar de recente, a pesquisa rendeu alguns achados importantes. Foram retiradas amostras de tecido doente e saudável dos pacientes e enviadas aos Estados Unidos, onde se identificou 18 genes suspeitos de estarem implicados com a doença. De acordo com Calixto, uma compreensão melhor sobre a genética do câncer de pênis vai levar a tratamentos mais precisos, evitando cirurgias desnecessárias e identificando, precocemente, os homens que deverão sofrer metástases.

“Hoje, o que se sabe sobre o câncer de pênis é que ele está associado à fimose e, provavelmente, ao vírus do HPV, que começa com uma ferida e, depois, surge o tumor, podendo progredir para pulmão e fígado. O diagnóstico é pela biópsia e o tratamento é com a amputação de uma parte ou do pênis todo. Acaba por aí o conhecimento da doença”, afirma. “Para tratar, não existe esquema efetivo de químio e rádio. Não se desenvolvem drogas específicas para esse câncer porque não temos financiamento, e os grandes laboratórios que fazem pesquisa de ponta, molecular e genética, não se interessam por ser uma doença de pobre, de países pobres”, critica.

Higiene

O câncer de pênis está associado à falta de higiene correta do órgão. Para preveni-lo, a indicação é lavar o pênis diariamente com água e sabão, principalmente após relações sexuais ou masturbação, puxando corretamente a pele para fazer a limpeza. Também é importante realizar o autoexame mensalmente, para verificar se há lesão na região, e realizar o exame médico uma vez por ano.

O problema, observa Calixto, é que nos locais em que há maior incidência e prevalência — no Brasil, as regiões Norte e Nordeste, principalmente no interior —, o acesso aos serviços de saúde é baixo. “O paciente leva até um ano para conseguir uma consulta e saber se o ferimento que encontrou é uma doença venérea ou um câncer”, exemplifica. “Não tem como. Acaba colocando o remédio que o vizinho orientou”, lamenta.

Correio Braziliense

Intermédica abre vagas de emprego

Há vagas que exigem ensino médio, técnico e superior. Veja a seguir mais informações nesta notícia
 
A intermédica é uma empresa que atua no ramo dos planos de saúde que possui uma grande rede de hospitais credenciados para prestar atendimento aos clientes. Como uma das maiores companhias da área da saúde, a Intermédica deseja sempre melhorar cada vez mais o atendimento prestado aos pacientes. Para isso, ela abriu novas oportunidades de trabalho em diversos cargos. Há vagas que exigem o nível médio, curso técnico e graduação no ensino superior. Veja a seguir mais informações sobre as vagas disponíveis.
 
Auxiliares de enfermagem
Para se candidatar as vagas de auxiliares de enfermagem, é necessário que os interessados possuam experiência nas seguintes áreas hospitalares: pediatria, maternidade, pronto socorro, clínica médica cirúrgica e centro cirúrgico. Os aprovados deverão trabalhar no turno vespertino (13h às 19h).
 
Os auxiliares de enfermagem receberão salários no valor de R$2.038,00, além dos seguintes benefícios: assistência médica e odontológica, vale transporte, cesta básica, entre outros.
 
Técnicos em enfermagem
Para os técnicos em enfermagem, a Intermédica abre vagas para os profissionais que desejam trabalhar na unidade de Barueri. Para concorrer ás vagas, é necessário ter o curso técnico em enfermagem e o Coren ativo. Não há informações se é ou não é necessário ter experiência. Os currículos serão analisados como parte do processo seletivo.
Os aprovados deverão trabalhar no período noturno (22h às 6h). Os novos contratados receberão salários no valor de R$1.727,00, além dos seguintes benefícios: assistência médica e odontológica, vale transporte, cesta básica, entre outros.
 
Técnico de Enfermagem UTI adulto
Os técnicos em enfermagem que desejam exercer a profissão na área da UTI em um dos hospitais credenciados pela empresa, devem enviar os currículos. Não há informações sobre as exigências.
 
Como a área é da UTI, é provável que exijam experiência. Contudo, Não há informações se é ou não é necessário ter experiência. Os currículos serão analisados como parte do processo seletivo.
 
Os novos funcionários receberão salários no valor de R$ 2.060,00, além dos seguintes benefícios: assistência médica e odontológica, vale transporte, cesta básica, entre outros.
 
Técnico de enfermagem (UTI Neo)
Os técnicos em enfermagem que desejam exercer a profissão na área da UTI Neo no Hospital e Maternidade Nossa Senhora do Rosário, localizado na zona norte de São Paulo devem enviar os currículos. Não há informações sobre as exigências. Como a área é da UTI Neo, é provável que exijam experiência. Contudo, Não há informações se é ou não é necessário ter experiência. Os currículos serão analisados como parte do processo seletivo. Os novos profissionais receberão salários no valor de R$ 2.060,00, além benefícios.
 
Outras vagas
Há vagas disponíveis para os setores administrativos para os seguintes cargos: auxiliares administrativo e agentes de credenciamentos. Além disso, na área da saúde, há vagas para farmacêuticos, fonoaudiólogos e médicos. Mais informações e envio de currículos Os interessados em enviar currículos e saber mais informações sobre as vagas disponíveis para trabalhar na Intermédica devem acessar o site da Intermédica no ícone trabalhe conosco. Mais vagas O Hospital da Luz está com vagas abertas para os cargos de auxiliares de enfermagem e técnicos em enfermagem. Para saber mais informações, leia a notícia sobre vagas no Hospital da Luz, clique aqui. O Hospital São Luiz está com vagas abertas para os seguintes cargos: auxiliar de enfermagem, técnico em enfermagem e enfermeiros.
 
Br.blastingnews

Quando utilizar gelo, água quente ou anti-inflamatório tópico?

Saiba qual o método mais adequado para o alívio da dor

Após um dia de treino puxado, é possível que surjam dores em alguma região do corpo, devido ao esforço e a repetição de movimentos. Quando isso acontece, logo surge a dúvida: qual seria o melhor recurso para melhorar a dor: gelo, água quente ou anti-inflamatório tópico?

Segundo a gerente médica da unidade Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) do Aché Laboratórios, Dra. Talita Poli Biason, as três alternativas podem ser utilizadas, porém o consumidor precisa ficar atento quando usar cada uma das opções. Saiba quando cada solução deve ser utilizada e oriente os pacientes no ponto de venda.
 
Gelo: é utilizado, classicamente, quando há um trauma musculoesquelético. Deve ser iniciado assim que o evento acontecer e sua principal ação é minimizar a extensão do edema reduzindo, assim, o incômodo. Recomendam-se aplicações de cerca de 20 minutos feitas com proteção (pano, toalha) entre o gelo e a região tratada para não a machucar a pele.
 
Água quente: utilizada por meio de bolsas térmicas ou em compressas, esse método é indicado quando há dores musculares, principalmente secundária a contratura muscular, pois o aquecimento promove o relaxamento muscular, diminuindo os espasmos e reduzindo o desconforto. O procedimento também é um grande aliado após os momentos de grande tensão e estresse, promovendo uma sensação de conforto.

Anti-Inflamatório tópico: o medicamento no formato aerossol (spray) tem a função de diminuir o processo inflamatório e auxiliar no controle da dor dos locais acometidos por lesões, ajudando na recuperação do atleta. Esse método pode servir de complemento tanto ao uso do gelo, quanto ao de água quente. Mas é importante que o consumidor fique atento, segundo a médica. “Caso nenhum dos métodos citados traga alívio ao problema, procure um especialista imediatamente para avaliação.
 
Quanto mais rápido o diagnóstico, mais ágil será a recuperação e a volta aos treinos”, finaliza Dra. Talita.

Fonte: Maxpress Net

IAMSPE está selecionando diversos profissionais para a área de saúde

Há vagas para enfermeiros, assistentes sociais, biólogos, farmacêuticos, nutricionistas, entre outros
 
Um novo edital de seleção de profissionais foi lançado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual – IAMSPE. As vagas são para o Programa de Aprimoramento Profissional na área da saúde – PAP e os selecionados receberão bolsas, oferecidas pela Secretaria Estadual de Saúde SES-SP.
 
Organizada pela Cetro Concursos, a seleção visa recrutar estudantes que terminarem a graduação até dezembro e 2015 e profissionais formados nas seguintes áreas: farmácia, enfermagem,  fonoaudiologia, fisioterapia, biologia, biomedicina, nutrição, odontologia, serviço social e psicologia.
 
A duração do programa é de um a dois anos, dependendo da área de atuação. Os requisitados receberão uma bolsa mensal no valor de R$ 1.044,70.
 
Requisitos
Para poder participar da seleção é necessário ser graduado, não ter participado de programas de aprimoramento profissional, ter votado na última eleição ou justificado, possuir registro ativo no conselho de classe, entre outros.
 
Embora seja permitido trabalhar enquanto realiza o PAP, a pessoa não pode ter vínculo empregatício com local que receba recurso do Sistema Único de Saúde – SUS.

Inscrições e seleção
Para se inscrever, o interessado deve entrar no site da Cetro e clicar na seleção do IAMSPE, até o dia 06 de novembro 2015, às 23h59. Depois disso, é preciso preencher uma ficha e gerar o boleto para pagamento da taxa de inscrição no valor de R$103,00 (cento e três reais).

Os inscritos serão submetidos a uma prova escrita, prova oral, análise de currículo. As duas últimas etapas só serão realizadas pelos aprovados na prova escrita.
 
Oportunidades para médicos
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, denominado Residência Médica - 2016 - Especialidade com Pré-Requisito.  A duração pode ser de dois a três anos, de acordo com as áreas que seguem: Nefrologia, Cardiologia, Alergia e Imunologia, Reumatologia, Gastroenterologia, Medicina Intensiva, Cancerologia Clínica, Hematologia e Hemoterapia, Geriatria, Mastologia, Endocrinologia, Pneumologia, entre outros.
 
Inscrições até dia 6 de novembro, no site da Cetro Concursos. No mesmo local é possível ter acesso ao edital e demais informações.

Br.blastingnews

Drogaria indenizará balconista que sofria assédio moral de gerente e perdeu bebê

TST negou recurso da farmácia, que negava assédio do gerente e pedia revisão da indenização
Divulgação
Rede Mais econômica vai pagar montante de R$ 15,8 mil por assédio moral; gerente tem histórico de assédio sexual
 
A Drogaria Mais Econômica, de Canoas (RS), foi condenada ao pagamento de R$ 15,8 mil por danos morais a uma balconista que era assediada pelo gerente. A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a condenação rede, entendendo que a empresa agiu com negligência em relação ao caso.
 
Na decisão, a ministra Maria Helena Mallmann, relatora do caso, negou revisão do valor e destacou que o gerente assediou moralmente a trabalhadora, que passava por uma gravidez de alto risco e acabou perdendo o bebê, "fato que até poderia ter sido desencadeado pelos acontecimentos relatados". 
 
De acordo com o processo, a balconista comunicou uma gravidez de risco e depois disso passou a sofrer forte assédio de seu superior hierárquico, o gerente, que a humilhava na frente de clientes e reclamava quando ela se sentava. Em depoimento, a funcionária afirmou que as crises de choro eram constantes e que, ao procurar a diretoria para fazer a reclamação, a solução sugerida foi uma transferência para outra unidade.
 
O juízo de primeiro grau levou em consideração que a empresa já havia sido condenada por assédio sexual – cometido pelo mesmo gerente – contra outra trabalhadora. "As circunstâncias do caso revelam a omissão da empregadora, cuja única atitude foi a de promover a transferência da trabalhadora, sem enfrentar a conduta manifestamente desrespeitosa demonstrada pelo empregado", diz a decisão judicial.
 
No recurso ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), a Mais Econômica insistiu que a empregada não comprovou o dano que justificasse indenização, sustentando que o caso se tratava apenas de desentendimentos corriqueiros. O TRT-4, no entanto, manteve a condenação.
 
A Mais Econômica disse, em nota, que não se manifestará sobre o caso, uma vez que o processo está sob análise judicial, mas que não admite qualquer comportamento agressivo ou desrespeitoso entre seus funcionários. 
 
*Com informações do site do TST.
 
iG