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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Falta de uso de preservativos faz Brasil viver epidemia de sífilis, diz especialista

Getty Images - Houve aumento da incidência de sífilis congênita
(transmitida da mãe para feto via placenta) no País
Casos ocorrem tanto em pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) quanto das redes privadas
 
O coordenador de Comunicação da Sociedade brasileira de infectologia, Alexandre Cunha, disse o que a maior epidemia dos últimos dez anos no Brasil é a sífilis. Ele afirmou que uma explicação possível para essa explosão é a diminuição do uso de preservativos. “Os dados são chocantes”, disse.
 
Alexandre Cunha explicou que os casos ocorrem tanto em pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) quanto das redes privadas. Ele participa de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família para discutir o desabastecimento de benzetacil no âmbito do SUS. Esse medicamento é o mais indicado para o tratamento da sífilis e da febre reumática.
 
Cunha afirmou que em vários lugares do País, como o Rio de Janeiro, a situação é caótica.
 
"Aqui mesmo em Brasília, há pacientes da rede privada que precisam ir a Goiânia para comprar o produto”, disse, ao explicar de benzetacil.
 
Ele destacou ainda o aumento da incidência de sífilis congênita (transmitida da mãe para feto via placenta) no País. “Para outras formas de sífilis, podemos até ter outras opções, mas para o tratamento de gestantes só com a penicilina”, disse.
 
Cunha sugeriu uma maior restrição do uso da penicilina para gestantes, e que sejam usados os laboratórios farmacêuticos públicos para a produção de antibióticos de alta demanda, como a própria penicilina. “Mas é importante destacar que não é a falta do uso de penicilina que trouxe o aumento da sífilis no Brasil. Atendo gente com sífilis em todas as classes”, acrescentou.

Testes
De acordo com a diretora do Departamento de DST, AIDS e Hepatite Virais do Ministério da Saúde, Adele Shwartz Benzaken, houve um aumento de testes que identificam a sífilis congênita e que confirmam a epidemia da doença no Brasil. “Só neste ano, foram feitos mais de um milhão de testes”, informou.
 
Ela destacou que o desabastecimento da penicilina tem contribuído para o aumento de mortes por sífilis congênita no País. Segundo a diretora, 41% dos estados estão com estoque zero do produto e 59% já relatam algum tipo de desabastecimento.
 
Providências
Adele Benzaken afirmou que o governo vem tomando providências há cerca de dois anos, quando foi identificado o aumento de sífilis congênita no Brasil. Entre as estratégias adotadas em várias cidades do País, estão campanhas; criação de comitês regionais de investigação; observatórios regionais; cadernos de boas práticas e atenção básica; pareceres de entidades médicas; e conselhos de enfermagem para controlar a epidemia.
 
R7

Conheça as principais regras para nomes comerciais de medicamentos no Brasil

Norma foi renovada no País em 2014

A regra para os nomes comerciais de medicamentos foi renovada, no Brasil, em 2014. A norma faz uma primeira distinção entre o nome da substância que compõe o produto do nome comercial. Os medicamentos genéricos são, obrigatoriamente, designados pelo nome do princípio ativo. Do mesmo modo, os fitoterápicos podem receber o nome popular, científico ou tradicional da planta usada. Todos os demais terão um nome comercial.
 
Outro conceito a ser apresentado é o da "família de medicamentos", a qual um produto pode pertencer. Uma empresa pode criar um nome comum para um conjunto de produtos que contenham a mesma substância. São produtos com finalidades semelhantes, porém com algumas diferenças entre si como dosagem, ou associação com outras substâncias.
 
Com essa intenção podem ser associadas palavras como retard para os produtos com liberação controlada do princípio ativo ou outras que designem uma condição específica. Elas são de domínio público, ou seja, podem aparecer em medicamentos de laboratórios diferentes. Mas toda e qualquer palavra que possa dar uma conotação de ação diferenciada é proibida. Nessa direção, não pode estar escrito plus, hiper, mais ou qualquer coisa assim.
 
A regra jurídica determina que um nome comercial não pode ser semelhante ao de outra empresa. Isso já foi prática de laboratórios menores para se apropriar do mercado de medicamentos consagrados. Além disso, também é proibido usar nomes que remetam a função específica do medicamento. Essa regra não vale para os medicamentos isentos de prescrição. Assim, parte do nome da doença pode compor o nome comercial. Os nomes de medicamentos precisam ser claros. Não pode haver palavras ou expressões que possam induzir a falso entendimento quanto à segurança, potência e qualidade superior.

Jornal da Orla / Guia da Pharmacia

Brasileiros não costumam seguir tratamento médico corretamente, aponta pesquisa

O Estudo foi realizado entre maio e junho de 2015 com 2.002 pessoas

Mais da metade dos brasileiros não segue à risca o tratamento proposto pelos médicos. A pesquisa desenvolvida para a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) pelo Ibope Inteligência, além de revelar o número preocupante, mostrou também que, do percentual total, 31% das pessoas às vezes esquecem de tomar medicamentos, fazer exercício ou de seguir uma dieta, embora façam até o fim o tratamento pelo tempo estabelecido pelo profissional.
 
Para 30% dos entrevistados, a principal causa da não adesão ao tratamento é o preço alto do medicamento, pois em alguns meses conseguem comprar e em outros não. Outros motivos são dificuldades em retornar ao consultório para acompanhar o tratamento (agenda do médico, fila de espera, custo), mencionado por 26%; e efeitos colaterais dos medicamentos (como dores de barriga, insônia, sonolência), por isso interrompem o tratamento, citado por 23%.
 
Há também 21% que param o tratamento quando se sentem melhores, mesmo que não tenham acabado o período orientado. O estudo também verificou que 53% dos entrevistados tirariam dúvidas e se aconselhariam sobre os medicamentos que estão utilizando; 51% realizariam exames preventivos para várias doenças; 48% aceitariam receber um programa de tratamento e acompanhamento para parar de fumar; 48% pediriam ajuda ao farmacêutico sobre a melhor forma de organizar o tratamento e 46% aceitariam receber materiais educativos e relatórios de acompanhamento.
 
A parte quantitativa da pesquisa foi realizada entre maio e junho de 2015, em 143 municípios, com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais.
 
Diário Popular / Guia da Pharmacia

Farmácias e drogarias querem revogação da norma sobre rastreabilidade de medicamentos

Aprovada pelo Congresso Nacional desde 2009 e regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2013, a rastreabilidade de remédios ainda não se concretizou plenamente, mas já surgem críticas de que a lei não segue critérios técnicos e sobre a ausência de estratégia do governo para a implantação
 
Com o prazo de implantação de um lote piloto, estabelecido para dezembro deste ano, a norma que regulamenta a rastreabilidade dos medicamentos (Lei 11.903/2009) ainda dá margem a muita discussão e a tendência é que aconteça mais um adiamento do projeto. Apesar do maciço apoio da implantação e da importância da lei, especialistas do setor dizem que sua efetividade só será alcançada se todos os elos da cadeia estiverem prontos. A lei dispõe sobre o rastreamento da produção e consumo por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados.
 
Para esses especialistas, a magnitude do mercado farmacêutico brasileiro exige regras que considerem a complexidade de qualquer inovação que possa interferir na produtividade das empresas, considerando alternativas que tratem de uma implementação gradual dentro da realidade quanto aos prazos. A consequência dessa não avaliação das variáveis será a não adequação da cadeia farmacêutica à regulamentação. Segundo eles, o caso brasileiro destoa de exemplos internacionais, em que os prazos de implementação são maiores do que os concedidos, como por exemplo os Estados Unidos, onde essa implantação será feita com um prazo de dez anos.
 
As farmácias e drogarias aguardam um novo posicionamento da Anvisa sobre as disposições que obrigam o setor a realizar testes pilotos de rastreabilidade do medicamento. Há um consenso informal de todos os envolvidos, inclusive do órgão regulador, de que a norma deve ser revista.
 
Para o diretor executivo da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFARMA), Renato Tamarozzi, a falta de segurança jurídica para as empresas é indesejável e pode trazer problemas nas fiscalizações locais. "Há uma norma que estabelece obrigações para o setor, o que permite fiscalizações e autuações, isso gera uma insegurança para as empresas envolvidas, inclusive, para as farmácias e drogarias, que em sua grande maioria são microempresas."

TI Inside

Cientistas identificam cheiro da morte

Cientistas da Bélgica alegam ter descoberto qual é exatamente o cheiro exalado pelo corpo humano em decomposição
 
O novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Leuven, identificou 452 compostos orgânicos voláteis que são emitidos depois da morte. “A mistura destes compostos poderá ser usada, no futuro, para dar um treinamento mais específico para cães farejadores”, disse a química Eva Cuypers, que liderou a pesquisa.
 
Além disso, os cientistas afirmam que, a partir da identificação deste odor, será possível desenvolver máquinas que possam fazer o mesmo trabalho que os cães usados em operações de resgate após desastres naturais, como terremotos. A pesquisa, publicada na revista especializada PLOS One, foi realizada durante seis meses.
 
Humanos e animais
Os pesquisadores trabalharam com seis cadáveres humanos e 26 restos de animais. Amostras de tecidos e órgãos foram colocadas em recipientes fechados especiais, que deixavam entrar um pouco de ar e tinham buracos para que os cientistas retirassem periodicamente amostras dos gases que se acumulavam dentro dos potes. Entre as amostras de animais estavam tecidos e órgãos de porcos, coelhos, toupeiras e aves.
 
Os restos de porcos foram usados em outros estudos sobre decomposição devido a suas semelhanças com humanos: eles têm os mesmos micróbios em seus estômagos, a mesma porcentagem de gordura corporal e pelos semelhantes. Mas nunca ficou claro se o processo de decomposição era parecido e se as duas espécies emitem compostos orgânicos semelhantes, uma vez que nunca tinham sido estudadas sob as mesmas condições.
 
Durante os seis meses da pesquisa, foram descobertos 452 compostos orgânicos. Inicialmente, compostos contendo enxofre pareciam distinguir as espécies diferentes, mas eles não eram exclusivos dos humanos nem mesmo presentes em todas as amostras humanas. E, com o tempo, eles desapareceram. Compostos chamados ésteres, um grande componente de gordura animal, pareciam mais promissores.
 
No final, oito compostos diferenciaram os restos de porcos e humanos dos restos de outros animais e, entre estes, cinco ésteres separaram os porcos dos humanos.
 
Resultados preliminares
Outros especialistas afirmam que os resultados desta pesquisa são preliminares, pois são baseados apenas em análises químicas de laboratório.
 
Isso significa que a análise do processo de decomposição de tecidos específicos isolados em recipientes pode ser muito diferente do processo de decomposição de um cadáver completo – fatores relativos ao ambiente podem exercer um impacto nos odores. Os pesquisadores belgas afirmam que planejam realizar mais estudos. Eva Cuypers disse à revista Science que “o próximo passo será ver se podemos encontrar os mesmos compostos em corpos completos, enterrados”.
 
Mesmo assim, a descoberta é importante porque “até agora não havia nenhum estudo baseado no monitoramento de cadáveres humanos e de porcos sob exatamente as mesmas condições”, afirmou à revista Science o químico Agapios Agapiou, da Universidade de Chipre, em Nicosia, na Grécia. “Mas ainda há muitos passos antes de criar uma substância sintética para treinar cães farejadores”, acrescentou.
 
UOL

Disputa entre setores impede efetivação de política de descarte de remédios

Há quase cinco anos, os principais atores do setor farmacêutico tentam entrar em acordo para regulamentar o descarte de medicamentos vencidos. Esses produtos não podem ser jogados no lixo comum causando o risco de contaminação de pessoas e do meio ambiente
 
A obrigação de criar um sistema de recolhimento e destinação final de produtos que possam causar danos à saúde e ao meio ambiente está prevista na lei 12.305, de 2010, mas até hoje não é cumprida. A partir de um decreto, também de 2010, esperava-se que um acordo entre governo e representantes da cadeia de medicamentos pudesse ser firmado com o objetivo de facilitar o descarte pela população.
 
A disputa entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de remédios atrasa a criação de uma cadeia de recolhimento de medicamentos chamada de “logística reversa”. Por ela, o remédio faria o caminho contrário: do consumidor, voltaria à farmácia, que enviaria à distribuidora, que encaminharia para o fabricante do remédio, para que o produto possa ser incinerado e enviado a um aterro sanitário. Hoje, o descarte pode ser feito em algumas farmácias ou UBSs, mas não segue padrão e não há responsabilidades firmadas.
 
Jogo de empurra
Hoje, cerca de 700 farmácias brasileiras recebem e arcam com os custos da incineração dos medicamentos. A Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) critica a responsabilidade atribuída às farmácias. “Nosso papel, que é o papel do varejo em qualquer lugar do mundo, é interagir com o cliente, educá-lo e receber o resíduo, deixando-o a disposição do fabricante para que seja retirado”, afirma o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. “Apesar de algumas farmácias oferecerem o serviço de maneira voluntária, há locais em que simplesmente não há estrutura, e além disso, o custo de incineração é bastante alto”, acrescenta.
 
Mena Barreto culpa a indústria farmacêutica pelos entraves à criação da “logística reversa”. “Eles (a indústria farmacêutica) acham que assim que colocaram o remédio no mercado não é mais problema deles. Se o fabricante não estiver envolvido ou disposto a colaborar com o processo de destinar o medicamento de maneira correta fica inviável para o restante da cadeia”, disse.
 
A diretora da associação que reúne os principais fabricantes de remédio do Brasil, a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), Maria José Delgado Fagundes, explica que as dificuldades de se firmar um acordo setorial se dão porque os medicamentos possuem características peculiares quando comparados aos outros produtos, o que dificulta o estabelecimento da logística reversa.
 
“Há um problema complexo relacionado à logística, porque é um processo que necessita de um controle rígido do que é captado, desde o ponto de entrega até o final. Pode haver roubo da carga, fraude, e outros crimes”, afirma. Ela contou ainda que vários modelos já foram analisados pelo grupo de trabalho da comissão criada para analisar o caso, mas que não houve ainda consenso.
 
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os membros da cadeia produtiva de medicamentos atribuem uns aos outros as principais responsabilidades pelo gerenciamento dos medicamentos vencidos e “nesse contexto, as propostas tornaram-se divergentes”. “Nenhuma delas forneceu dados sobre a forma como deverá ser feito o recolhimento dos medicamentos, e se limitaram a conferir ao governo e aos outros proponentes as obrigações de efetuar a logística reversa dos medicamentos pós-consumo”, informou a pasta através de sua assessoria de imprensa.
 
O Ministério do Meio Ambiente informou que continua dialogando com o setor farmacêutico para que um acordo setorial de âmbito nacional seja implementado.
 
UOL

Anvisa suspende todos os produtos da empresa Flora Mística Naturali

A Anvisa determinou a suspensão da distribuição, da comercialização e do uso de todos os produtos fabricados por Flora Mística Naturali Produtos Naturais Ltda.
 
A empresa não tem Certificado de Autorização de Funcionamento (AFE).
 
Além disso, inspeção realizada no estabelecimento revelou resultado insatisfatório com a consequente interdição total do local.
 
A medida está na Resolução 2.644/2015 publicada nesta quarta-feira (30/9) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Procon, MP, ANS e Unimed assinam acordo para facilitar migração de beneficiários

O Procon de São Paulo, o Ministério Público Estadual paulista, a Agência Nacional de Saúde (ANS), o Sistema Unimed e o Ministério Público Federal (MPF) assinaram ontem (30) um acordo que garante a migração, sem carências, de parte dos beneficiários da Unimed Paulistana para outras empresas do grupo
 
Conforme o documento, as operadoras do grupo Unimed serão obrigadas a oferecer planos de saúde individual ou familiar para beneficiários da Unimed Paulistana com planos individuais, familiares ou coletivos empresariais com menos de 30 pessoas. A migração será feita por meio de uma portabilidade extraordinária, que será publicada hoje (1º) pela Agência Nacional de Saúde (ANS).
 
“As operadoras do Sistema Unimed (Central Nacional Unimed, Unimed Fesp e Unimed Seguros Saúde) e a Unimed do Brasil deverão enviar carta única aos consumidores da Unimed Paulistana em até 20 dias da data da publicação da Resolução Operacional da Portabilidade Extraordinária pela ANS, contendo a oferta de todos os seus planos individuais/familiares disponíveis”, informa trecho do documento.
 
O termo assegura ainda que os consumidores mais vulneráveis, como os internados e os que fazem tratamento continuado, terão prioridade na efetivação da portabilidade e serão contatados pelo Sistema Unimed prioritariamente. A escolha de qualquer um dos planos mencionados ficará a critério exclusivo do consumidor, sem a necessidade do cumprimento de novas carências.
 
Os problemas financeiros da Unimed Paulista, que tem 740 mil beneficiários, são detectados pela agência reguladora desde 2009. Naquele ano, a ANS instaurou o regime de direção fiscal e afastou a diretoria da cooperativa médica. A operadora já passou por quatro regimes de direção fiscal e dois de direção técnica, com acompanhamento dos procedimentos assistenciais e administrativos.
 
Apesar das ações, no balanço de 2014 a Unimed Paulistana apresentou prejuízo de R$ 275 milhões e patrimônio líquido negativo de 169 milhões. Em abril deste ano, a nova diretoria eleita contratou duas consultorias a apresentou um plano de recuperação. A operadora afirma, no entanto, que a ANS determinou a alienação da carteira de beneficiários antes de que as propostas pudessem ser postas em prática.
 
Diante da situação, os beneficiários da Unimed Paulistana passaram a ter dificuldades em conseguir atendimento médico. De 4 a 25 de setembro, o Procon de São Paulo recebeu 1,67 mil reclamações sobre problemas com consultas e procedimentos relacionados à operadora.
 
Agência Brasil

Grã-Bretanha aprova primeiros transplantes de útero de doadoras mortas

A doença também ter consequências dramáticas para a gravidez, causando até o aborto
A doença também tem consequências dramáticas para a
 gravidez, causando até o aborto
Técnica foi testada com sucesso na Suécia, mas com doadoras vivas; procedimento permite que mulheres que tiveram útero retirado possam engravidar
 
Médicos na Grã-Bretanha receberam a aprovação para realizar os dez primeiros transplantes de útero de doadoras que tiveram morte cerebral. O procedimento já foi feito com sucesso na Suécia, em 2014; uma mulher de 36 anos deu à luz após ter sido submetida ao transplante de útero, mas com o órgão retirado de uma doadora viva, uma amiga de 61 anos que já estava na menopausa.
 
Os transplantes serão feitos como parte de uma série de testes clínicos e devem começar ainda em 2015. Se os testes forem bem-sucedidos, o primeiro bebê britânico nascido de um útero transplantado poderá nascer no final de 2017 ou começo de 2018.
 
Mais de cem britânicas já foram identificadas como potenciais receptoras dos transplantes de útero. 
Richard Smith, médico do hospital Queen Charlotte e Chelsea, em Londres, trabalha no projeto há 19 anos e vai liderar a equipe de transplantes.
 
"Em muitas mulheres existe o desejo inato de ter um filho. Este procedimento tem o potencial de satisfazer este desejo."
 
"Durante os anos tive muitas crises com este projeto... mas quando você conhece as mulheres que nasceram sem um útero, ou que tiveram o útero retirado por alguma razão, é penoso e foi isso que nos fez continuar", disse Smith à BBC.
 
Histórico
Tratamentos contra o câncer e males congênitos são as principais causas de problemas no útero. Para muitas mulheres que querem ter filhos, a opção acaba sendo usar uma barriga de aluguel.
 
Antes do caso sueco, outras equipes médicas haviam tentado realizar transplantes de útero.
 
Em uma das tentativas, realizada no ano 2000 na Arábia Saudita, o órgão recebido de uma doadora viva adoeceu e teve de ser removido após três meses.
 
O procedimento também foi tentado na Turquia e outros países. Mas, o primeiro caso documentado de sucesso, com uma gravidez bem-sucedida, foi o ocorrido na Suécia, com o nascimento de um menino em 2014 a partir de um útero transplantado.
 
Desde então outros três bebês já nasceram na Suécia graças a transplantes de útero vindos sempre de doadores vivos.
 
Condições
Mais de 300 mulheres procuraram a equipe britânica de transplante de útero, mas apenas 104 se encaixaram nos critérios, entre eles ter 38 anos ou menos, ter um companheiro de longo prazo e um peso considerado saudável pelos médicos.
 
A operação dura cerca de seis horas com o útero vindo de uma doadora que teve morte cerebral - e que é tecnicamente considerada morta - e cujo coração foi mantido em funcionamento.
 
A receptora precisará tomar remédios como imunossupressores depois do transplante e durante a gravidez para evitar que o corpo rejeite o órgão.
 
A saúde da mulher que recebeu o útero será monitorada detalhadamente durante um ano para a implantação de um embrião no útero. Este embrião será uma combinação de óvulos da própria mulher e, se possível, espermatozoides do parceiro, usando um procedimento de fertilização in vitro.
 
Quando o útero doado não for mais necessário, poderá ser removido por meio de cirurgia. Este procedimento será feito para evitar que a mulher precise tomar imunossupressores para o resto da vida.
 
BBC Brasil / iG

Anvisa suspende lotes de medicamentos Bonviva

A Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comercialização, divulgação e uso dos lotes H6232H11 (Validade 12/2015), H6239H18 (Validade 02/2016), H6244H06 (Validade 05/2016) e H6259H14 (validade 10/2016) do medicamento Bonviva (ibandronato de sódio), solução injetável, 3mg/3mL
 
O produto é fabricado pela empresa alemã Vetter Pharma-Fertigung Gmbh & Co. Kg, Langenargen e registrado por Produtos Roche Químicos E Farmacêuticos S.A
 
A determinação ocorreu após o fabricante comunicar à Agência o recolhimento do produto em razão das tampas protetoras das seringas dos lotes citados estarem perfuradas.
 
A Agência determinou que a empresa promova o recolhimento do lote existente no mercado.
 
A medida está na Resolução 2.643/2015 publicada nesta quarta-feira (30/9) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA