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domingo, 30 de agosto de 2015

A cada três segundos, uma pessoa é diagnosticada com demência

Hoje, 47 milhões de pessoas sofrem desse mal, mas número deve ser três vezes maior em 2050
 
Imagine o seguinte cenário: alguém lhe oferece um copo de suco de laranja e, de repente, você não tem mais ideia do que a expressão “suco de laranja” significa. A cada três segundos, uma pessoa no mundo começa a apresentar sintomas como este, estreitamente relacionados à demência. Hoje, são 46,8 milhões de pessoas vivendo com o problema, das quais 1,2 milhão estão no Brasil. E a estimativa para os próximos anos é alarmante: em 2030, devem ser 74,7 milhões de pessoas com demência no mundo, e, em 2050, esse número passará para 131,5 milhões. Os dados são do Relatório Mundial de Alzheimer, publicado ontem pela federação Alzheimer’s Disease International.
 
A projeção para os próximos anos é feita a partir da rápida mudança ocorrida nos últimos tempos. De 2009 para cá, quase 12 milhões de novos casos surgiram. No Brasil, são cem mil a cada ano, dizem pesquisadores. — Geralmente, os sintomas aparecem depois dos 60 anos, mas o processo de demência começa cerca de três décadas antes. Como temos um número excessivo de neurônios, não sentimos. Só quando se chega ao limite é que se percebe — diz Wagner Gattaz, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
 
Demência é um termo geral para doenças que afetam o cérebro e as funções cognitivas. O mal de Alzheimer, que não tem cura, é a causa de 60% desses quadros. Em segundo lugar, vêm as doenças vasculares, provocadas por obesidade, diabetes e hipertensão, por exemplo. — Para tentar evitar o problema, é preciso se alimentar bem, praticar exercícios, manter o peso ideal, controlar o estresse, beber com moderação e não fumar — elenca o geriatra Rubens de Fraga Jr., conselheiro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia ( SBGG). — E, quanto maior o grau de escolaridade, menor a chance de desenvolver qualquer tipo de demência. O melhor exercício nem é fazer palavras cruzadas, mas ler, porque estimula muito mais o raciocínio e a fantasia.
 
A importância do sol
O levantamento internacional destaca que 58% das pessoas com quadros de demência vivem em países em desenvolvimento ou pobres. A estimativa indica que, em 2050, esse índice chegará a 68%. A explicação vai ao encontro do que sugere Fraga Jr.: nações com baixo índice de educação, menos acesso à saúde e menos infraestrutura têm populações mais expostas às doenças que desencadeiam demência.
 
— Pessoas que mantêm estabilidade emocional ao lidar com as dificuldades da vida e que exercitam continuamente a área do cérebro destinada à resolução de problemas têm menos chance de desenvolver demência — diz o neurologista Cícero Galli Coimbra, professor da Unifesp.
 
Ele também explica que o hormônio conhecido como vitamina D, sintetizado pela pele a partir da exposição ao Sol, ajuda a manter a vitalidade dos neurônios. Quem quase não toma sol, portanto, tem mais chance de ter demência.
 
O relatório estima que o custo global do problema pode saltar para US$ 1 trilhão já em 2018 e, por isso, pede que os governos criem políticas públicas para tornar o diagnóstico e os possíveis tratamentos mais eficientes e baratos.

O Globo

Bancária encontra grãos de feijão em frasco de analgésico de R$ 200 no DF

Foto: Claudinei Santana /Reprodução
Frasco de remédio com grãos de feijão
Gerente de farmácia abriu 2º frasco do estoque e também encontrou feijão. Mulher foi reembolsada e registrou caso junto à Anvisa e Ministério Público
 
Uma bancária do Distrito Federal diz ter encontrado caroços de feijão dentro de um frasco de analgésicos comprado em uma farmácia de Sobradinho no início desta semana. Após retornar ao estabelecimento para reclamar, o gerente do comércio abriu outro frasco que estava guardado no estoque e também encontrou grãos em seu interior. O G1 procurou o laboratório Zodiac mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
 
“Minha esposa foi comprar um medicamento forte para a minha sogra, que estava com muitas dores. Quando foi para casa, percebeu que o lacre estava rompido e no lugar dos comprimidos haviam feijões. Grãos de feijão”, diz o marido dela, Claudinei Santana.
 
Ele diz que o gerente da farmácia se mostrou incrédulo em um primeiro momento. “Primeiro achou que era um golpe, que a gente estava tentando enganar ele, porque afinal, é um medicamento que não é barato, custa mais de R$ 200 o remédio com 30 comprimidos”, diz ele. “Eles abriram uma segunda caixa na farmácia que também estava com o lacre violado e também continha feijão. Então devolveram o dinheiro.”
 
O casal diz que abriu uma ocorrência junto à Anvisa, ao Ministério Público e ao laboratório importador responsável pelo medicamento, que não é fabricado no Brasil. Eles também pretendiam ir à Polícia Civil. “É uma situação extremamente complicada. A gente espera saber o que aconteceu, se é algo que veio do laboratório, da distribuidora”, diz Santana.
 
“Também acreditamos em tráfico de drogas, porque existem pessoas que são viciadas em analgésicos e não conseguem comprar legalmente, apenas no mercado negro”, diz. “A gente não tem como confirmar nada porque não há como provar. O que estamos pedindo é que a coisa seja investigada para que ninguém mais passe por isso.”
 
A bancária Eliana Sena publicou relato sobre o ocorrido nas redes sociais como um alerta à população. “Depois desta de hoje, aprendi e compartilho um alerta: ao comprar remédios caros, abram a embalagem e o pote dentro da farmácia, na frente do vendedor.”
 
G1

Estudo mostra que acupuntura pode tratar pressão alta

Pacientes foram tratados com eletroacupuntura em pontos específicos do corpo - no lado interno do pulso e abaixo dos joelhos; efeito da técnica durou um mês e meio
 
Acupuntura ajuda a abaixar a pressão alta do sangue e a manter sob controle a hipertensão, diminuindo o risco de AVC e infarto, segundo estudo feito pelos pesquisadores do Centro para Medicina Integrativa Susan Samueli, da Universidade da Califórnia (EUA), publicado no periódico Medical Acupuncture. Foi observado, de fato, que em pacientes tratados com essa prática de medicina chinesa, a pressão arterial caiu e teve um efeito duradouro, de um mês e meio.
 
A pesquisa é o primeiro trabalho a confirmar cientificamente que a acupuntura pode ter efeitos benéficos sobre a hipertensão e que o uso regular ajuda a controlar a pressão e diminuir o risco de AVC e infartos. Os pesquisadores conduziram o teste em 65 pacientes hipertensos que não tomavam remédio.
 
Divididos aleatoriamente em dois grupos, os pacientes foram tratados com a eletroacupuntura (uma forma de acupuntura que emprega estimulação elétrica de baixa intensidade) em diversos pontos do corpo que são sensíveis à terapia. O grupo que recebeu a eletroacupuntura no lado interno do pulso e abaixo dos joelhos teve uma diminuição evidente na pressão sanguínea em 70% dos casos.
 
Essa melhora durou por um mês e meio e foi acompanhada também de uma queda de 41% da concentração no sangue da noradrenalina, um neurotransmissor que sufoca e comprime os vasos sanguíneos, da melhora de 67% da renina, enzima produzida pelos rins que ajuda a controlar a pressão e do aldosterona (decréscimo de 22%), hormônio que aumenta a concentração de sódio e diminui a de potássio no sangue.
 
Nenhuma mudança significativa na pressão arterial foi encontrada naqueles 32 pacientes que receberam a eletroacupuntura em outros pontos aleatórios no antebraço e na parte baixa da perna. Segundo os pesquisadores, a acupuntura pode ser útil sobretudo nos pacientes com mais de 60 anos.
 
iG