Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 10 de março de 2015

Um jovem morre vítima de álcool a cada 36 horas no Brasil

Álcool: Segundo estudo americano, ter amigo próximo que bebe é o principal fator de risco para que um jovem experimente bebida alcoólica
Álcool: Segundo estudo americano, ter amigo próximo que
bebe é o principal fator de risco para que um jovem
experimente bebida alcoólica
De acordo com informações do Ministério da Saúde reunidas no portal, foram registradas em 2012, último dado disponível, 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos
 
A morte do universitário Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, em uma festa em Bauru, no sábado passado, após a ingestão de 25 doses de vodca, não é uma situação tão incomum no país. Dados levantados pelo jornal O Estado de S. Paulo no portal Datasus mostram que, a cada 36 horas, um jovem brasileiro morre de intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica.
 
De acordo com informações do Ministério da Saúde reunidas no portal, foram registradas em 2012, último dado disponível, 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos causadas por "transtornos por causa do uso de álcool", conforme definido na Classificação Internacional de Doenças (CID).
 
Considerando todas as faixas etárias, o número de mortes causadas pelo álcool chegou a 6.944 em 2012, quase o dobro do registrado em 1996, dado mais antigo disponível na base Datasus. Naquele ano, foram 3.973 óbitos associados ao consumo exagerado de bebida. No período, a alta no número de mortes foi de 74%.
 
De acordo com especialistas, o número de mortes associadas ao álcool deve ser ainda maior se computadas as causas secundárias, como doenças provocadas pelo consumo por um longo período de tempo ou violência associada à ingestão da bebida. "Se considerados problemas como cirrose hepática ou acidentes causados por embriaguez, por exemplo, esse dado sobe", diz Deborah Malta, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde.
 
Pesquisadora do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Inpad/Unifesp), Clarice Madruga afirma que o consumo excessivo de álcool em todas as faixas etárias vêm crescendo nos últimos anos. Pesquisa da Unifesp mostra que, entre os brasileiros que consomem álcool, o hábito chamado de "beber em binge", quando há ingestão de pelo menos cinco doses de bebida em um período de duas horas, cresceu de 45%, em 2006, para 59%, em 2012.
 
"E esse abuso é mais comum entre jovens, porque nessa faixa etária é realmente mais difícil controlar os impulsos. Por isso não se pode culpar a vítima ou os pais. É preciso que o poder público intervenha na venda de bebida", defende ela.
 
A especialista explica que o consumo exagerado de álcool, quando não chega ao ponto de levar à morte, está associado a uma série de problemas físicos e psíquicos. "No caso da intoxicação, é uma relação simples. O álcool em excesso paralisa o sistema nervoso e, se a pessoa entrar em coma alcoólico e não tiver o devido cuidado, pode sofrer a parada cardiorrespiratória. Além disso, o álcool causa doenças no fígado, perda cognitiva e ainda pode desencadear de forma mais rápida e mais severa doenças como a depressão e o transtorno de ansiedade."
 
Estudante de Construção Civil em uma faculdade da capital paulista, J., de 19 anos, diz que o fácil acesso à bebida colabora para o consumo exagerado. "Eu mesmo estava tentando beber menos, mas, quando entrei na faculdade, no início do ano, era muita bebida. Os veteranos passavam com as garrafas e ofereciam, aí não tem como não beber", conta ele, que começou a consumir bebida alcoólica aos 14 anos.
 
Para Clarice, "a situação não vai mudar enquanto o governo não sobretaxar a indústria e proibir situações como o patrocínio de empresas cervejeiras a festas universitárias". A representante do ministério diz que o governo tem feito ações de monitoramento e prevenção do uso de álcool e que o governo apoia projetos de lei que dificultam o acesso à bebida. "Esperamos que a lei que criminaliza a venda de bebida para menores de idade entre em vigor o mais rápido possível", diz Deborah.
 
(Com Estadão Conteúdo)
 
Veja

Mulher é detida com estimulantes sexuais, inibidores de apetite e anabolizantes em Mandaguari

Segundo a Polícia Civil, denúncias informavam que, em uma casa na Rua Benedito de Freitas, no Jardim Boa Vista, ocorreria a venda de medicamentos importados como abortivos e estimulantes sexuais
 
A esposa de L.N., proprietário da residência, recebeu os policiais, que encontraram dez pacotes de cigarros e cerca de 500 comprimidos incluindo abortivos, estimulantes sexuais, inibidores de apetite e uma dezena de ampolas contendo esteroides anabolizantes.
 
Na Delegacia de Polícia Civil, o delegado Zoroastro Nery do Prado Filho determinou a prisão da proprietária por crime contra a saúde pública. O marido, que não estava em casa, não foi localizado. Porém, um advogado da cidade se comprometeu em apresentá-lo em breve para esclarecimentos.
 
O Diário de Maringá

Aprovada compra do SinoBrasileiro pela Rede D’Or

Há meses rumores de mercado já alarmavam sobre a compra dos hospitais Villa Lobos, na Mooca (SP), e SinoBrasileiro, de Osasco (SP), pela Rede D´Or
 
Mas agora é oficial, o SinoBrasileiro, importante hospital da região Oeste de São Paulo, saiu na frente e acaba de ser integrado ao time de 27 hospitais do maior grupo hospitalar independente do Brasil, com faturamento de R$ 5,5 bilhões.
 
Mais uma incorporação aprovada pelo Cade não é novidade para o grupo, que tem nas fusões e aquisições uma estratégia para o crescimento e meta de sair dos 4 mil leitos para 8 mil nos próximos cinco anos.
 
Acreditado pela ONA nível Pleno, com 6000m2 de área construída, 145 leitos entre apartamentos, UTIs Adulto e Neonatal, o SinoBrasileiro atende casos de alta complexidade. “A fusão vai proporcionar uma sinergia importante para o investimento ainda maior na saúde, tecnologia e tratamento humanizado que oferecemos aos pacientes”, disse a diretora-presidente, Ko Chia Lin, em comunicado ao mercado.
 
O valor da operação não foi divulgado, mas segundo informações publicadas pelo jornal Valor Econômico, as duas aquisições (Villa¬Lobos e SinoBrasileiro) estavam avaliadas em aproximadamente R$ 700 milhões, sendo que entre 60% e 70% seriam destinados ao Villa¬Lobos e a outra parcela ao SinoBrasileiro.
 
Por trás da Rede D´Or está o banco de investimento BTG Pactual, como acionista minoritário, e recentemente o grupo realizou um empréstimo de US$ 255 milhões com o IFC, braço do Banco Mundial.
 
De acordo com comunicado, a diretoria clínica e corpo médico do Sino permanecem os mesmos. Com centro de diagnósticos, unidade coronariana e de oncologia, o Hospital já iniciou a reforma de mais um centro para cirurgias, com previsão de funcionamento para o mês de julho.
 
Saúde Web

Com impressão 3D, médico cria instrumento para cirurgia de catarata

Ouvir falar em impressão 3D na área médica começa a não ser mais tão novidade assim
 
Hoje a técnica já é aplicada na criação de moldes personalizados de órgãos e esqueletos para o planejamento de intervenções cirúrgicas; em implantes que substituem ossos – principalmente em reconstruções de crânio e face; próteses de membros superiores e inferiores; e até vasos sanguíneos.
 
A maior expectativa do setor está na possibilidade de criar tecidos e órgãos por meio da bioimpressão, que consiste no uso de células vivas como matéria-prima, no lugar de plásticos, resinas e metais.
 
O oftalmologista Sergio Canabrava, de Belo Horizonte, é exemplo de como o uso dessas impressões podem ser exploradas pelos médicos. A partir de uma impressora 3D, Canabrava desenvolveu um instrumento para realizar cirurgias de catarata, em casos de ‘pupilas pequenas’, quando não dilatam. Há estimativas de que entre 2% a 5% dos pacientes sofrem desse tipo de problema.
 
Para o veículo IT Forum, o médico afirmou que era preciso fazer quatro incisões no olho do paciente, além do corte da própria cirurgia. Com o Anel de Canabrava, como foi batizado o instrumento, é preciso apenas o corte da cirurgia.
 
De acordo com a reportagem, com a tecnologia, o custo do instrumento caiu de R$ 600 para R$ 30.
 
Além disso, o tempo consumido na cirurgia de casos de pupila pequena também foi reduzido.
 
Até o momento foram realizadas duas cirurgias com o anel e a ideia do médico, agora, é democratizar o produto. Ele afirma que não vai cobrar royalties e deverá disponibilizar o arquivo do anel para que outros médicos possam imprimir o material e usar em suas cirurgias.
 
O feito inédito no mundo será apresentado em um congresso médico realizado anualmente nos Estados Unidos em meados de abril.
 
Depois de estudar as possibilidades da impressão 3D na oftalmologia, estudando inclusive materiais biocompatíveis com o organismo humano, o médico investiu cerca de R$ 2,2 mil com impressão e outros itens.
 
Para imprimir o material, Canabrava recorreu à empresa mineira especializada em impressão 3D Feito Cubo.
 
*Com informações do IT Forum 365, com Déborah Oliveira 
**Informações corrigidas no dia 08 de março, às 00h56
 
Saúde Web

Qual o melhor método anticoncepcional?

75,7% das mulheres que usam pílula buscam farmácias para a obtenção

Os anticoncepcionais estão presentes na vida de milhões de mulheres. No entanto, as versões hormonais, como as pílulas, não são recomendadas para qualquer mulher. É necessário que cada mulher seja bem orientada, para que entenda suas necessidades, as particularidades da sua saúde e os riscos que podem estar inclusos com a escolha dos métodos anticonceptivos que a acompanharão na vida.
 
Neste caminho de escolha do método, os profissionais da área da saúde são parceiros imprescindíveis na prescrição, na hora da compra e no acompanhamento com esclarecimento das dúvidas, de possíveis complicações e atualização de exames necessários para a saúde.
 
O médico ginecologista da Associação Cearense de Ginecologia e Obstetrícia (Socego), Francisco Eleutério, explica que quando se fala em contracepção é obrigação do profissional médico falar para a mulher sobre todos os métodos possíveis. E isso é ressaltado pelo fato inequívoco de que anticoncepcionais hormonais não são o melhor caminho para todas as mulheres.
 
Somente com o máximo de informações, assim como exames complementares e minuciosos a depender de cada perfil, será possível a escolha partilhada entre médico e paciente. “O mais correto é o médico abrir um leque de opções e o paciente escolher, a não ser que exista uma contraindicação que o médico precise orientar”, reafirma Francisco Eleutério, da Socego.
 
Guia da Pharmacia

Pesquisadores extraem de soja transgênica composto contra a aids

O gel não funciona como vacina e nem substitui o uso do preservativo

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conseguiram extrair e purificar a cianovirina, cultivada em soja transgênica. A proteína presente em algas que é capaz de impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano.
 
O estudo foi publicado pela revista científica Science e comprova que as sementes de soja geneticamente modificadas constituem, até o momento, a biofábrica mais eficiente e uma opção viável para a produção em larga escala da proteína. “Estamos trabalhando para atingir esta etapa há cinco ou seis anos. Pudemos acumular grande quantidade de cianovirina dentro da soja e conseguimos purificá-la”, explicou o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Elíbio Rech.
 
O pesquisador ressalta que o gel não é uma vacina contra a aids e nem um substituto ao preservativo, mas um coadjuvante importante no sistema. “O nosso foco é principalmente a África, onde grande parte das mulheres são contaminadas com HIV pelos parceiros. Na cultura de muitos países, o uso do preservativo não é respeitado. Com esse produto a mulher não precisa da opção do homem em querer usar ou não, ela mesmo pode se prevenir”, disse o pesquisador.
 
Segundo a Embrapa, se a soja transgênica for plantada em uma estufa menor do que um campo de beisebol (97,54 metros) é possível fornecer cianovirina suficiente para proteger uma mulher por 90 anos.

Agência Brasil

Saiba como as sobras de alimentos podem se transformar em uma refeição nutritiva


Crédito:Ildi Papp
Crédito:Ildi Papp
A cozinheira Josiene Silva não desperdiça nenhum alimento em casa. Ela conta que o jantar da família é sempre preparado com as sobras do almoço
 
"O que sobre a gente dá um jeitinho de fazer outra coisa. Sobra arroz, faz sopa. O que tem, eu faço. Quando eu chego faço uma sopa. Eu coloco batata, cenoura, macarrão, alho, cebola. O que tiver eu vou colocando. Quando sobra [a sopa] minha filha bate e toma. Ela adora sopa batida."
 
De acordo com o coordenador-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, dona Josiene está certa em aproveitar as sobras dos alimentos. Segundo ele, a sopa pode ser uma excelente opção de refeição nutritiva. "A sopa é uma forma culturalmente bem comum. Quanto mais diversa, mais o potencial dela ser nutritiva. De trazer, não só os micronutrientes: carboidratos, as proteínas e as próprias gorduras saudáveis, mas também os micronutrientes, que aí entra as vitaminas e minerais que são essenciais para a nossa saúde. As sopas processadas, seja aquelas prontas ou aquelas que são para diluir em água, elas normalmente têm uma quantidade muito grande de gorduras, mas principalmente de sódio. Então, muita atenção sempre uma preferência pelos alimentos naturais, pela sopa preparada em casa, com muito cuidado com a higiene e uso moderado tanto de sal quanto de gordura."
 
O coordenador-geral de Alimentação e Nutrição, Eduardo Nilson, conta ainda que algumas dicas de aproveitamento de alimentos podem ser encontradas no Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde. "A grande regra do Guia Alimentar para a população brasileira é justamente fazer dos alimentos in natura e minimamente processados a base da alimentação. E a sopa usa principalmente esse tipo de alimento. Justamente onde você pode colocar as verduras, vegetais, carne, inclusive grãos e outros ingredientes, que permitem dar essa diversidade e essa variedade nutricional, contribuindo para a questão de aproveitamento de alimentos, tendo em vista evitar desperdício, que é um problema sério que tem para a população."
 
Para saber mais como evitar o desperdício de alimentos e outras dicas de nutrição, acesse o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde, disponível na internet.
 
Fonte: Diane Lourenço/ Agência Saúde

SUS oferta vacina contra HPV para meninas de 9 a 11 anos

Chegou a vez de as meninas de 9 a 11 anos tomarem a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer do colo do útero
 
A expectativa do Ministério da Saúde é a de vacinar 4,94 milhões de meninas em 2015. Junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, essa pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero. A meta é vacinar, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde, 80% do público-alvo.

A novidade para este ano é a inclusão de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV. Mais suscetível a complicações decorrentes do HPV, esse público tem probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral. A inclusão do grupo como prioritário para a prevenção segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em conformidade com o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais.
 
“A vacina é extremamente segura, uma proteção para a vida. Além de proteger a menina, os estudos mostram que a comunidade também fica protegida. Por isso, devemos alertar os pais e responsáveis sobre a importância da vacina. A parceria com as escolas é fundamental nesse esforço do Ministério da Saúde. Precisamos contar com a colaboração dos pais e das escolas para conseguir alcançar a nossa meta e começar a escrever uma outra história no nosso país de enfrentamento à essa doença, que é o terceiro tipo de câncer que mais mata as mulheres no Brasil”, reforçou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o evento de lançamento da campanha, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (9/3).
 
A vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. Para este ano, o Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que façam parcerias com as escolas públicas e privadas, repetindo a estratégia adotada na primeira dose da vacina, quando 100% do público estimado, de 4,95 milhões de meninas de 11 a 13, foi vacinado. Já a segunda dose, que teve o foco a administração apenas nos postos de saúde, alcançou 2,9 milhões de meninas, atingindo 58,7% do público-alvo.
 
“Com a introdução da vacina, podemos reduzir drasticamente os casos de câncer do colo do útero e a taxa de mortalidade. Com isso, poderemos ter a primeira geração de mulheres livre da doença. Para isso é importante que as meninas completem o esquema vacinal, tomando as três doses da vacina, conforme o calendário preconizado pelo Ministério da Saúde”, alertou Chioro.
 
Esquema vacinal
Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A partir de 2016, serão vacinadas as meninas de 9 anos.
 
As meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado também podem aproveitar a oportunidade de se prevenir e procurar um posto de saúde ou falar com a coordenação da escola para dar prosseguimento ao esquema vacinal. Isso também vale para as meninas que tomaram a primeira dose aos 13 anos e já completaram 14. É importante ressaltar que a proteção só é garantida com a aplicação das três doses.
 
Para as mulheres que vivem com HIV, o esquema vacinal também conta com três doses, mas com intervalos diferentes. A segunda e a terceira doses serão aplicadas dois e seis meses após a primeira. Nesse caso, elas precisarão apresentar a prescrição médica.
 
Desde março de 2014, o SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia em quem segue corretamente o esquema vacinal. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.
 
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em mais de 50 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o Merck. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. Para 2015, a previsão do Ministério da Saúde é de adquirir 11 milhões de doses.
 
Câncer do colo do útero
O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
 
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
 
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.
 
Fonte: Carlos Américo/Agência Saúde

Anvisa aprova genérico para depressão e dores crônicas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de um remédio genérico indicado no tratamento de depressão e de algumas dores crônicas
 
O produto, que tem como princípio ativo o cloridrato de trazodona, ainda não tinha um genérico.
 
O cloridrato de trazodona é classificado como agente antidepressivo que age no sistema serotoninérgico cerebral, isto é, aumenta a concentração da substância serotonina cerebral levando à melhora do humor e dos sintomas relacionados a depressão.
 
Até agora, 12 remédios ganharam seus primeiros genéricos em 2015. Em 2014, a agência aprovou o registro de 23 genéricos. A concessão desse registro significa que o produto é cópia fiel do medicamento de referência e tem eficácia e segurança comprovadas.
 
De acordo com a Anvisa, o preço do medicamento genérico chega a ser 35% menor que o do medicamento de referência, o remédio de marca.
 
Agência Brasil

Saúde divulga esta semana diretrizes para tratamento do transtorno bipolar

O Ministério da Saúde deve publicar esta semana as diretrizes terapêuticas para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do transtorno bipolar. A forma mais grave da doença, considerada um transtorno afetivo, afeta cerca de 2 milhões de brasileiro
 
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o novo protocolo vai unificar a atenção dada à doença em todo o país e, com isso, facilitar a sua identificação por médicos da atenção básica, que deverão encaminhar o paciente para o tratamento adequado, oferecido nos centros de Atenção Psicossocial.
 
A doença se manifesta em fases que alternam a hiperexcitabilidade e a agitação com profunda tristeza e depressão. A duração de cada fase varia de pessoa para pessoa, podendo durar horas, dias, meses e até anos. Um complicador para a pessoa portadora do transtorno surge quando as duas fases se misturam, o chamado estado misto.

A publicação também deve trazer a incorporação de cinco medicamentos para o tratamento do transtorno bipolar. Clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona são remédios usados para outros fins na rede pública, mas que até o fim do semestre devem estar disponíveis também para esse transtorno afetivo. A expectativa é que em 2015 cerca de 270 mil pessoas sejam beneficiadas com o tratamento. O investimento este ano será cerca de R$ 90 milhões com os medicamentos.
 
Segundo a professora de psiquiatria da Universidade de Brasília Maria das Graças de Oliveira, a incorporação dos remédios deve ser comemorada, já que o tratamento é essencial para que o paciente tenha qualidade de vida. ”A falta desses medicamentos acaba fazendo com que os médicos prescrevam produtos mais antigos, menos específicos e que, portanto, têm mais efeitos colaterais”.
 
A especialista explica que não há cura para o transtorno bipolar, mas, se o paciente seguir o tratamento de forma adequada, pode passar anos sem apresentar crise. Ela alerta que muitos deixam de tomar os remédios quando se sentem bem, correndo o risco de ter uma crise mais agressiva depois desse intervalo.

Agência Brasil

Hormônio do amor pode diminuir ingestão de calorias

Hormônio do amor pode diminuir ingestão de calorias Julie Frender/Morguefile
Foto: Julie Frender / Morguefile
Estudo foi realizado pelo Hospital de Massachusetts, nos Estados Unidos
 
Não que estar apaixonado ajude a emagrecer. Mas borrifar um spray nasal à base de ocitocina, conhecida como hormônio do amor, pode fazer com que a ingestão de calorias seja menor, segundo um estudo realizado pelo Hospital de Massachusetts, nos Estados Unidos.

Na pesquisa, 25 homens saudáveis com idade média de 27 anos foram instruídos a utilizar um spray nasal antes do desjejum. Aleatoriamente, os pesquisadores distribuíram medicamentos à base de ocitocina a alguns participantes. Os demais receberam uma solução fictícia.

Uma hora depois, os homens puderam tomar café da manhã. Após a refeição, os pesquisadores mediram quantas calorias cada um comeu.
 
Em média, os participantes que utilizaram o spray com ocitocina comeram 122 calorias a menos e reduziram nove gramas a ingestão de gordura na refeição em comparação com os que administraram placebo. O hormônio também teria aumentado a utilização da gordura corporal como combustível para a energia.
 
— Nossos resultados são realmente emocionantes. Acho que a ocitocina é um tratamento promissor para a obesidade e suas complicações metabólicas — disse a principal pesquisadora, Elizabeth Lawson.
 
Atualmente, há medicamentos à base de ocitocina com uso aprovado apenas na Europa. Nos Estados Unidos, podem ser utilizados apenas para pesquisas e em casos de indução de parto na forma de injeções.
 
Os pesquisadores ressaltaram que novas pesquisas são necessárias para verificar se a ocitocina tem a mesma resposta em mulheres e qual o efeito em caso de uso prolongado.
 
Zero Hora

Estudo analisa risco de câncer de mama em transgêneros

Pessoas transgênero, nascidas com o sexo biológico feminino ou masculino, devem realizar exames de mama periódicos
 
Um estudo publicado na semana passada nos Estados Unidos analisou pacientes transgêneros diagnosticados com câncer de mama. A importância do estudo é aumentar o conhecimento nesta área, que ainda tem poucas publicações em língua inglesa, e alertar para a necessidade de diagnosticar esses casos o quanto antes.
 
O estudo foi empreendido por George R. Brown, da faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Leste do Tennessee, nos Estados Unidos. Para o estudo de caso, foram avaliados dez pacientes transgêneros com câncer de mama confirmado, sendo sete pessoas nascidas com o sexo biológico feminino e três nascidas com o sexo masculino.
 
Dos nascidos com o sexo masculino, todos apresentaram a doença em estágio terminal, enquanto que, com as pessoas nascidas com o sexo feminino, foi constatado o oposto: na maioria dos casos o câncer mostrou-se em estágio inicial e passível de tratamento.
 
Prevenção
O estudo sublinha a importância de se realizarem exames rotineiros em pessoas transgênero, tanto as nascidas com o sexo biológico feminino quanto com o sexo masculino, sobretudo nos casos em que há histórico da doença na família.
 
O câncer de mama em pacientes transgêneros raramente é relatado e, quando é, é geralmente relacionado com o uso de hormônios e mencionado como potencial efeito adverso. O estudo mostra que o consumo de altas doses de estrogênios eleva o risco do câncer de mama. No entanto, o câncer pode ocorrer na ausência do tratamento hormonal, em pessoas com disforia de gênero (quando a pessoa tem desconforto persistente com seu gênero) ou problemas relacionados.
 
Vale lembrar também que pessoas que procuram por tratamento hormonal nem sempre o fazem com acompanhamento médico, podendo consumir altas doses sem os devidos cuidados.
 
iGay

Cão fareja com sucesso 88% de cânceres na tireoide

Cães tem dez vezes mais receptores olfativos do que humanos e identificam substâncias químicas de tumores
Am Hinson: Cães tem dez vezes mais receptores olfativos do
que humanos e identificam substâncias químicas de tumores
Pastor alemão diagnosticou corretamente 30 de 34 casos, inclusive pacientes que teriam sido liberados pelos médicos
 
Um cachorro usado para farejar o câncer de tireoide em pessoas ainda não diagnosticadas teve 88% de sucesso em detectar a doença, segundo pesquisadores americanos.
 
Na experiência, apresentada na reunião anual da Endocrine Society (associação internacional para a pesquisa de hormônios e endocrinologia clínica), um pastor alemão teve que "cheirar" 34 pacientes.
 
A equipe de cientistas da Universidade do Arkansas para Ciências Médicas (UAMS, na sigla em inglês) disse que o animal tinha um faro "inacreditável".
 
Comentando o estudo, o instituto de pesquisa britânico Cancer Research UK disse que usar cachorros para o diagnóstico não seria prático, mas que descobrir as substâncias químicas que eles farejam pode levar a novas pesquisas e avanços.
 
A tireoide é uma glândula localizada no pescoço que produz hormônios reguladores do metabolismo.
 
Tumores na tireoide são relativamente raros e normalmente são diagnosticados testando os níveis de determinados hormônios no sangue e usando uma agulha para extrair células da glândula para exames.
 
Trabalho delicado
O câncer é constituído de células defeituosas e fora de controle. Elas têm uma química própria e liberam "compostos orgânicos voláteis" no organismo.
 
A escolha dos cientistas pelo cachorro se justifica pelo fato de que esses animais possuem 10 vezes mais receptores olfativos e podem distinguir os odores específicos que os tumores exalam.
 
A experiência com cães também já teve resultados promissores em pacientes com câncer de pulmão e câncer de intestino.
 
Uma equipe da UAMS já havia mostrado que um cachorro poderia ser treinado para perceber as diferenças entre amostras de urinas de pacientes com e sem câncer na tireoide.
 
Frankie, o pastor alemão usado no experimento apresentado à Endocrine Society, foi treinado para deitar-se no chão quando conseguisse farejar o câncer em uma amostra e a dar as costas se a urina estivesse limpa.
 
O próximo passo era saber se a habilidade do animal poderia ser usada em um exame diagnóstico.
 
Frankie diagnosticou corretamente 30 de 34 casos. Dois deles eram falsos positivos, mas outros dois pacientes que teriam sido liberados pelos médicos foram diagnosticados com tumores.
 
"A capacidade que cães têm de farejar quantidades minúsculas (de substâncias) é inacreditável. Nos próximos anos, a comunidade médica vai apreciá-los cada vez mais", disse Donald Bodenner, diretor de oncologia endócrina na UAMS.
 
Nariz eletrônico
Alguns cientistas também tentam retirar o cachorro da experiência e buscar o odor característico do câncer com um "nariz eletrônico". O dispositivo já foi usado, com sucesso, para encontrar infecções intestinais perigosas como as causadas pela bactéria Clostridium difficile.
 
"Gostaríamos de saber de que é o cheio que Frankie está sentindo. Ninguém sabe", diz Bodenner.
 
Jason Wexler, endocrinologista de Washington, nos Estados Unidos, diz que a experiência com cachorros é "fascinante e interessante".
 
"O estudo tem muito potencial em áreas do mundo que podem não ter acesso a técnicas de biópsia", afirmou.
 
"Também há muitos pacientes que não gostam da ideia de fazer testes com agulhas. Se fosse possível desenvolver uma técnica sem um procedimento invasivo, o apelo pode ser grande."
 
Mas a Emma Smith, do Cancer Research UK, afirmou que é preciso ter cautela com os resultados.
 
"Apesar de haver evidências de que alguns cachorros treinados podem farejar moléculas de odores exalados por tipos de câncer, há resultados mistos sobre o quão precisos os cachorros são e não é muito prático usar cachorros em grande escala para detectar a doença."
 
"Mesmo assim, fazer testes em laboratório para entender o que os cachorros estão farejando pode ajudar no desenvolvimento de 'narizes eletrônicos' para detectar estas mesmas moléculas, o que pode levar a diagnósticos melhores no futuro."
 
Enquanto isso, o laboratório chefiado por Donald Bodenner continua realizando experiências com cães. Agora, o projeto também procura dar um novo lar a cachorros veteranos, que trabalharam com o Exército americano nos conflitos do Iraque e do Afeganistão.
 
Em vez de farejar bombas, eles serão treinados para encontrar o câncer.
 
BBC Brasil /iG

"O que operadoras fazem é vender uma vaga no SUS para clientes", diz Idec

ANS precisa cobrar 44% das dívidas de planos de saúde que oneraram indevidamente o SUS; montante é de R$ 742 milhões, segundo levantamento do Idec com base nos dados da agência
Agência Brasil: ANS precisa cobrar 44% das dívidas de
planos de saúde que oneraram indevidamente o SUS; montante
é de R$ 742 milhões, segundo levantamento do Idec com
 base nos dados da agência
Ministério Público Federal vai verificar conduta da ANS na cobrança do ressarcimento de planos de saúde ao SUS; 44% das multas (R$ 742 milhões) não foram pagas, segundo o Idec
 
Toda vez que um cidadão com plano de saúde é atendido pelo SUS, a operadora tem de ressarcir o Ministério da Saúde. O que nem sempre acontece. “O que as empresas de saúde suplementar fazem é vender uma vaga no SUS [Sistema Único de Saúde] para aqueles que podem pagar planos de saúde”, define a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Joana Cunha.
 
O Idec acaba de realizar um levantamento, com base em dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que mostra que do R$ 1,6 bilhão cobrado das operadoras pela ANS para ressarcimento ao SUS, apenas 37% (cerca de 621 milhões) foram pagos. Enquanto isso, 19% (mais de R$ 331 milhões) foram parcelados e 44% (mais de R$ 742 milhões) não foram nem pagos nem cobrados. Isto é, 63% das dívidas ainda não foram quitadas pelas operadoras. Segundo os dados divulgados pela ANS e compilados no levantamento do Idec, todo o histórico de ressarcimento ao SUS começou a ser contado em setembro de 1998.
 
Segundo o Idec, foram notificados sobre o levantamento, além da ANS, o Ministério Público Federal (MPF), a Secretaria Nacional do Consumidor (do Ministério da Justiça) e a Associação do Ministério Público do Consumidor. 
 
Segundo Fabiano de Moraes, procurador da República e coordenador do grupo de trabalho sobre planos de saúde do MPF, a jurisprudência é favorável ao ressarcimento do SUS. “A lei prevê o ressarcimento. Todas as ações de operadoras que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça, que reclamavam contra a obrigatoriedade do ressarcimento, foram perdidas, consideradas improcedentes.”
 
De acordo com a lei número 9.656/1198, o ressarcimento ao SUS consiste na obrigação legal das operadoras de planos privados de restituir as despesas do SUS no eventual atendimento de seus beneficiários, que estejam cobertos pelos respectivos planos.
 
Para Moraes, é "vísivel que muitas operadoras não cumprem o ressarcimento" determinado pela ANS. "Agora, com a notificação do levantamento pelo Idec, o MPF vai apurar com mais profundidade para verificar quais os meios utilizados pela agência para fazer a cobrança, se são adequados. Vamos fiscalizar a atuação da agência reguladora", explica o procurador da República.
 
“Esses 44% devidos, provavelmente, serão inscrito na dívida ativa e serão pagos a fundo perdido. Mas, enquanto isso, essas empresas vão continuar atuando e seus clientes pagarão sem receber o serviço adequadamente. Esse é um dos grandes empecilhos ao direito à saúde no País, que conta com a lentidão da ANS como órgão regulador”, ressalta a advogada do Idec.
 
O órgão de defesa do consumidor afirma há anos que ocorre uma mercantilização da saúde no Brasil, fato que prejudica tanto o sistema público, quanto o suplementar. “Um pessoa que tem um plano privado, do sistema suplementar, não deveria em hipótese alguma ter de recorrer ao SUS, porque as operadoras de saúde têm de prestar o serviço para o qual são pagas", afirma Joana.
 
Para o Idec, as negativas irregulares por partes dessas empresas são constantes. "Quem é segurado e tem dinheiro sobrando, paga por uma situação de emergência ou tratamento particular e depois cobra do plano de saúde. Quem não tem condições, volta para o SUS. A ANS precisa rever o modelo existente e fiscalizar melhor a conduta do setor suplementar. As empresas não podem receber as mensalidades dos segurados, negar o atendimento de forma inadequada e, consequentemente, onerar os cofres públicos.”
 
Em nota, a ANS informa que vem aprimorando e dando mais agilidade à identificação e cobrança dos processos de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde. “Como resultado, houve um aumento expressivo nos valores obtidos com o ressarcimento nos últimos anos. De janeiro a novembro de 2014, a ANS arrecadou R$ 335,74 milhões, volume 82% maior do que foi arrecadado ao longo do ano inteiro de 2013, quando foram obtidos R$ 183,2 milhões através do ressarcimento. Nos últimos quatro anos, (2011 a novembro de 2014), o valor do ressarcimento chegou a R$ 673,66 milhões.” 
 
A agência informa que as operadoras que não pagam os valores devidos têm a cobrança encaminhada para inscrição em dívida ativa da União e no cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal (CADIN). “A inscrição no CADIN impede a contratação com o poder público. Já a inscrição em dívida ativa é uma fase prévia à execução judicial do débito. Em função disso, a operadora não consegue obter certidão negativa de débitos perante a Agência e fica desabilitada para o Programa de Conformidade Regulatória, que dá incentivos às operadoras em situação regular junto à ANS.”
 
Em 2014, até o mês de novembro, R$ 189,64 milhões foram encaminhados para a dívida ativa. De 2011 a novembro de 2014, este valor foi da ordem de R$ 510,71 milhões, recursos que estão sendo cobrados via Judiciário, pela União. 
 
Consultada, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que ainda não atua nos processos porque eles não estão em fase judicial, apenas na fase administrativa.
 
Do total de operadoras que constam na listagem (última atualização feita em janeiro, com dados de dezembro de 2014), 825 estão com registro ativo na ANS atualmente. Deste conjunto de operadoras ativas, 441, ou seja, 53,4% possuem índice de adimplência superior a 70%. Questionada sobre o fato de algumas empresas terem registro suspenso temporariamente, a ANS informou que essas inativas até dezembro podem voltar à ativa, dependendo do caso. É comum que empresas tenham a atividade suspensa por irregularidades de atendimento, por exemplo, mas depois de adequação voltarem a atuar. 
 
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge, entidade que representa as operadoras de planos de saúde) declarou em nota que as operadoras associadas vêm cumprindo as normas vigentes do setor de saúde suplementar, inclusive aquelas relativas ao ressarcimento ao SUS. "O cumprimento dessas normas não inviabiliza eventuais questionamentos das operadoras relativos aos valores que estão sendo cobrados, uma vez que a cobrança pode ser improcedente."
 
A Abramge destaca ainda que o ressarcimento ao SUS está sendo discutido em Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin nº 1931), acatada pelo  Supremo Tribunal Federal (STF). 
 
Agência fez mapeamento dos últimos anos
A ANS divulgou recentemente um mapeamento inédito sobre as operações de ressarcimento ao SUS. A análise compreende as notificações realizadas entre 2008 e 2012 e mostra o perfil dos usuários e procedimentos realizados, oferecendo um panorama detalhado das situações em que as pessoas com planos de saúde mais recorreram ao SUS no período de 2008 a 2012.
 
Quanto ao caráter do atendimento, o mapa mostra que os procedimentos de urgência e emergência estiveram no topo da procura no período de 2008 a 2012, superando em 2,25 vezes o total de procedimentos eletivos. Do total de 1,2 milhão de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) notificadas às operadoras, 68,46% dos atendimentos em beneficiários de planos de saúde foram realizados pelo SUS em caráter de urgência e emergência e 30,32 % em caráter eletivo. A maioria dos atendimentos eletivos (via agendamento prévio) ocorreu em  instituições de referência.
 
Entre os procedimentos mais procurados, partos (normal e cesárea) ocuparam o primeiro lugar, seguido de tratamento para pneumonia ou gripe e diagnóstico e/ou atendimento de urgência em clínica médica. Para a agência, as informações mapeadas servem de ajuda para conhecimento da realidade das pessoas e intervir no sistema regulatório para que as operadoras de planos de saúde atendam com eficiência a todos os seus beneficiários, melhorando a assistência à saúde prestada pelo sistema privado.
 
ANS desrespeita Lei de Acesso à Informação
Outro questionamento do Idec à ANS critica a maneira como os dados de prestação de contas do ressarcimento ao SUS foi apresentada pela agência. “Os dados foram publicados em arquivo em formato fechado, em uma lista de 1.500 linhas, em formato pdf. Isso contraria o artigo 8º da Lei de Acesso à Informação (LAI), que determina que as informações de autarquias e agente públicos sejam divulgadas em formato aberto [como o excel, por exemplo]. O pdf impede a filtragem e análise das informações, ao contrário do que determina a lei. Que cidadão ou acadêmico consegue avaliar uma lista dessas?”, indaga a advogada do Idec.
 
O artigo 8º da Lei de Acesso à Informação determina que órgãos públicos devem divulgar em seus sites, independentemente de solicitação, informações de interesse coletivo ou geral, possibilitando a gravação de relatórios eletrônicos em formato aberto, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações.
 
A ANS reafirma seu compromisso com a transparência e esclarece que está em plena conformidade com a Lei de Acesso à Informação e com os mecanismos de acessibilidade que orientam a gestão pública. "Em decorrência da LAI, a Agência publicou a Resolução Normativa nº 298, de junho de 2012, que dispõe sobre os mecanismos de transparência ativa e passiva, institui o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), classifica em graus de sigilo informações em poder da ANS e dispõe sobre o seu tratamento. O Sistema Eletrônico do SIC permite que qualquer pessoa, física ou jurídica, encaminhe pedidos de acesso à informação, acompanhe os prazos, receba a resposta da solicitação realizada para órgãos e entidades do Executivo Federal e interponha recursos", afirma a agência.
 
O Idec destaca que só teve acesso aos dados abertos via pedido de acesso à informação pelo Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão do governo federal. "A LAI é clara, é preciso fazer a publicização em aberto. Com esse tipo de conduta, a ANS tira a eficácia da regra, além de desconsiderar o conceito de publicidade da administração pública [transparência], que está no artigo 37 da Constituição Federal", afirma Joana.
 
"Não houve qualquer omissão ou violação de legislação na disponibilização desses dados, ao contrário, eles estão acessíveis a todos os cidadãos e, quando requisitados, como feito pelo referido órgão, são repassados em formatos diferenciados", responde a ANS em nota.
 
Em junho de 2014, a agência passou a divulgar em seu portal, em atitude proativa, o percentual de adimplência das operadoras com o ressarcimento, que tem atualização periódica, seguindo as diretrizes estabelecidas na Agenda Regulatória 2013/2014. Essa medida objetiva justamente dar mais transparência ao processo de cobrança do ressarcimento ao SUS, pois a consulta indica se a operadora está em dia com o ressarcimento. 
 
iG

Hospital de Niterói realiza evento gratuito para orientar sobre prevenção de doenças renais

Procedimentos como aferição da taxa de glicose, do colesterol e da creatina serão realizados gratuitamente pelos laboratórios Sérgio Franco e BioMarc, do Instituto Vital Brazil, durante o encontro
 
Em 12 de março comemora-se o Dia Mundial do Rim e, para marcar a data, o Centro de Estudos do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) promoverá um ciclo de palestras gratuitas e abertas ao público, com o tema Rins Saudáveis e Prevenção das Doenças Renais Crônicas (DRC).
 
O coordenador do encontro, o médico Alan Castro, responsável pelo Setor de Nefrologia e Transplantes Renais do CHN, declara: “Estima-se que 10% da população mundial tem DRC. A doença afeta pessoas de todas as idades e raças. Um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idades entre 65 e 74 anos têm a doença. Manter uma vida saudável e equilibrada e buscar informações é a melhor forma de combater as DRC”, enfatiza o médico.
 
Além das palestras, serão feitos procedimentos gratuitos para calcular o índice de massa corpórea (IMC) e dosar a taxa de glicose, colesterol e creatina dos participantes. O evento conta com o apoio das seguintes instituições: laboratórios Sérgio Franco e BioMarc, do Instituto Vital Brazil; Liga Fluminense contra o Câncer e Sodexo.
 
Confira a programação das palestras
- A Importância de Ter Rins Saudáveis, com Alan Castro, nefrologista.
 
- O Peixe Morre pela Boca? Como Evitar a Gula e Manter o Corpo Saudável?, com Cláudia Costa de Oliveira, nutricionista.
 
- Prevenção da Hipertensão Arterial e do Diabetes Mellitus nas Empresas, com Jones Alberto de Almeida, médico do trabalho.
 
Serviço
 
Evento: 12/3 – Dia Mundial do Rim.
 
Data/horário: 5ª-feira, 12 de março, das 9h às 12h.
 
Local: Auditório Humberto Dantas, do CHN – Rua La Salle, 12/7º andar, Centro – Niterói.
 
Aberto ao público. As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas.
 
Inscrições: (21) 2729-1066.
 
Saiba mais sobre a doença renal crônica (DRC)
 
O que é?
É a perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Essa perda resulta em processos adaptativos que, até certo ponto, mantêm o paciente sem os sintomas da doença. Até que tenham perdido cerca de 90% de sua função renal, os pacientes permanecem quase sem sintomas. A partir daí, podem aparecer sintomas e sinais que nem sempre incomodam muito. Porém, quando a função renal se reduz abaixo de 10% a 15%, torna-se necessário o uso de outros métodos de tratamento da doença renal: diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) ou transplante renal.
 
Como diagnosticar a doença renal?
Através de dois exames simples: o primeiro é estimar a taxa de filtração dos rins a partir da dosagem da creatina plasmática, uma substância produzida pelos músculos e, desde 1926, utilizada para marcar a função renal, e o segundo é avaliar a presença de lesão real através da quantificação da perda de proteínas na urina.
 
Como prevenir os problemas renais?
A principal dica é manter uma vida saudável e equilibrada. É importante: alimentar-se bem; controlar o peso; praticar atividade física; controlar a pressão arterial; beber bastante água; não fumar e consumir bebidas alcoólicas; controlar a glicemia em caso de diabetes ou histórico familiar da doença. Visitar o médico regularmente em caso de fatores de risco como: diabetes, hipertensão, obesidade, doença cardiovascular ou histórico de DRC na família.
 
Assessoria de Imprensa
Rachel Lopes

Especialização para profissionais de saúde: inscrições vão até 20 de março

PUC e CBA estendem inscrição para especialização que busca promover qualidade no atendimento e segurança ao paciente
 
http://cbacred.org.br/inicial/16.jpg
20 de março. Esse é o último prazo para profissionais de saúde se inscrever na pós-graduação Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação. A especialização é oferecida pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) - representante exclusivo no Brasil da Joint Commission International (JCI), mais importante agência da qualidade em saúde do mundo – em parceira pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio).
 
O conteúdo do curso busca promover à qualidade no atendimento e a segurança do paciente em instituições de saúde, com base em padrões internacionais de acreditação da JCI.
 
A pós-graduação é voltada para profissionais que trabalham em instituições de saúde, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, engenheiros, arquitetos, administradores hospitalares e profissionais de Hotelaria.
 
A coordenação do curso está a cargo dos médicos José Carvalho de Noronha (coordenador da iniciativa de Prospecção Estratégica do Sistema de Saúde Brasileiro "Brasil Saúde Amanhã", da Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz, consultor do “PROQUALIS”, Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidados em Saúde e Segurança do Paciente e assessor de Relações Internacionais do CBA) e do decano do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da PUC-Rio, professor Hilton Koch.
 
As inscrições para a especialização Qualidade em Saúde: Gestão e Acreditação, que terá 464 horas/aulas, podem ser feitas no site da PUC-Rio (www.ccbs.puc-rio.br) ou no site do CBA (www.cbacred.org.br), até o dia 20 de março. Para outras informações sobre o curso, ligue para (21)3299-8202 ou 3299-8243.

Assessoria de Imprensa
SB Comunicação, (21)3798-4357
Cristina Miguez, (21)98214-8996