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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cinco passos para entender a rastreabilidade de medicamentos

Setor farmacêutico tem até dezembro de 2016 para se adequar à regulamentação

Toda a cadeia do setor farmacêutico tem até dezembro de 2016 para se adequar à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vai impactar fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e pequenas farmácias. Mas o que essas empresas precisam fazer para estar dentro da Lei? E para os consumidores e mercado em geral, quais os benefícios?

Segundo a Anvisa, não haverá novo adiamento do prazo para adequação à regulamentação de rastreabilidade de medicamentos.
 
Para facilitar o entendimento sobre a lei da rastreabilidade de medicamentos, impactos para as empresas e benefícios para o consumidor, confira abaixo um guia prático com os principais pontos que devem ser analisados.
 
1. O que é a norma?
Pela nova Lei da Anvisa, tanto a embalagem primária, quanto a secundária devem armazenar todas as informações referentes à fabricação: número serial, validade e lote, denominado de Identificador Único de Medicamento (IUM). Além disso, cada nova etapa no percurso até o medicamento chegar ao paciente - ou seja, distribuição, transporte, etc, – deverá ser rastreada.
 
2. Código bidimensional a favor da lei
O código bidimensional é diferente do código de barras tradicional com o qual estamos acostumados, encontrado em cobranças bancárias, produtos de supermercado, etc. No código de barras bidimensional, a grande vantagem é justamente a maior capacidade de armazenamento. Os códigos bidimensionais permitem codificar informações em espaços muito menores que os códigos tradicionais e agregar informações adicionais.
 
3. Que tipo de empresa será impactada pela lei?
A regulamentação vai impactar toda a cadeia farmacêutica: fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e até pequenas farmácias. A maior complexidade de adaptação e investimento será no processo produtivo, ou seja, nos fabricantes, pois são eles que terão que incluir todas as informações no produto com o código bidimensional. Os outros pontos da cadeia – distribuidores, hospitais, laboratórios e farmácias – também terão que se adaptar sendo capazes de fazer a leitura dos dados contidos em cada unidade do medicamento.
 
4. Quais as vantagens para o paciente?
A resposta é segurança! Quem nunca ouviu falar das pílulas contraceptivas de farinha ou dos lotes de medicamentos em que substâncias químicas foram inseridas nos comprimidos? A rastreabilidade existe exatamente para isso. Ao rastrear a origem, o destino e o trajeto dos medicamentos, ela auxilia a inibir o comércio de medicamentos falsos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto a média mundial de medicamentos falsificados é de 10%, no Brasil esse número chega a 19%.
 
5. Quais as vantagens para o setor farmacêutico?
A lei facilitará a identificação de itens roubados uma vez que forem encontrados pela fiscalização. Outra possibilidade é a maior facilidade de fazer um recall nas farmácias mediante um problema nos lotes de medicamentos. Após a fase de adaptação, estamos convictos de que a lei da rastreabilidade de medicamentos, pioneira no Brasil, será extremamente benéfica tanto para as empresas como para os pacientes.
 
SEGS.com.br

Médico brasileiro realiza cirurgia que faz cego voltar a enxergar

Divulgação
Equipe médica que realizou a cirurgia; Flávio é o quarto da direira para esquerda
Flávio Rezende, chefe do Departamento de Retina da Universidade de Montreal, implantou chip na retina de uma paciente
 
Rio - Ao som de Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz, o médico Flávio Rezende, que costuma ouvir música durante as cirurgias, foi o primeiro brasileiro a realizar uma operação que devolverá a visão a uma pessoa cega. O procedimento foi realizado nesta terça-feira no Hospital Maisonneuve-Rosemont, no Canadá, e durou cerca de quatro horas. O cirurgião, chefe do Departamento de Retina da Universidade de Montreal, implantou um chip na retina de uma mulher de 51 anos. O mecanismo receberá imagens de uma câmera instalada no óculos da paciente e as enviará ao cérebro.
 
— A tecnologia está bem no começo, então fazemos a comparação com uma televisão em preto e branco. Hoje quando você mostra isso para uma pessoa ela pensa que é ruim, mas a tecnologia começou dessa forma. Para um paciente que não enxergava, passar a enxergar mesmo que em preto e branco já é algo maravilhoso. Já estão trabalhando em um avanço de software, para tentar imagem em cores. Então, provavelmente, até o ano que vem pode ser que os pacientes já consigam enxergar colorido. Não é a visão que eu e você temos, é uma visão digital, eles veem píxels— explica Rezende.
 
A tecnologia é indicada para pessoas com distrofias que afetam as células receptoras de luz da retina (mais comuns em idosos), dessa forma, o chip implantado faz o papel dos fotorreceptores e manda a imagem capturada pela câmera instalada no óculos que será usado pelo paciente para o cérebro, por meio do nervo óptico. Para transmitir as informações do óculos para o chip, a tecnologia utiliza radiofrequência que, segundo o médico, é mais estável e menos suscetível à interferências externas como aconteceria no caso do uso de Wifi. No Canadá e nos EUA, uma pessoa pode ser submetida a esse tipo de cirurgia a partir dos 25 anos, já na Europa pacientes a partir dos 18 anos podem ser operados.
 
— O óculos tem uma antena sem fio que se comunica com o olho. Para que a tecnologia funcione existem alguns critérios: o nervo óptico deve estar funcionando, depende também do tamanho do olho da pessoa. É realmente artesanal, cada prótese é customizada para cada paciente— afirmou Rezende.
 
O mecanismo permite que a intensidade da entrada de luz seja regulada pelo próprio paciente através de um computador de mão, do tamanho de um smartphone. A tecnologia também pode ser desligada a critério do usuário, função importante, por exemplo, durante o sono.
 
— É como uma máquina fotográfica, que você controla o diafragma para entrada de luz.
 
Estabelecemos quais os objetivos do paciente. Por exemplo, se o objetivo é conseguir fazer melhor as coisas dentro de casa, então a companhia ajusta de acordo com a quantidade de luz que existe em ambientes internos. Para nós parece uma coisa banal, mas para eles é uma mudança de vida. Os pacientes passam a se locomover pelos cômodos sem bater nas coisas, alguns até conseguem distinguir letras— conta.
 
Chip assume função de células receptoras de luz - Reprodução
 
A cirurgia custa cerca de US$ 170 mil e existe a intenção de que seja trazida para o Brasil. De acordo com Rezende, a empresa detentora da tecnologia pretende apresentar a proposta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter o aval e trazer o olho biônico para o país.
 
— Estou orgulhoso por ser o primeiro brasileiro a fazer isso. Estamos tentando desenvolver um projeto para levar à Anvisa. Agora está economicamente difícil conseguir a aprovação e levar a tecnologia ao Brasil, mas quando a economia melhorar o projeto já estará lá para ser analisado— destaca.
 
O Globo

Rio lança aplicativo para ampliar doação de órgãos

Estado já é o segundo em número de transplantes. Campanha estimula doações
 
Rio - O Brasil só perde para os Estados Unidos em número de transplantes de órgãos. Com o segundo maior índice de cirurgias realizadas, o país celebra no próximo domingo o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Em cinco anos, o Rio saiu da 15ª para a segunda posição nacional, só abaixo de São Paulo, e à frente de países como Suécia, Alemanha, Coreia do Sul e Grécia. Para incentivar ainda mais as doações, o Rio lança o aplicativo Doe + Vida, permitindo que os usuários se cadastrem como doadores e compartilhem a decisão com amigos e familiares.
 
Apesar da posição privilegiada no ranking mundial, calcula-se que mais de 32 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil. “No ano passado fizemos mais transplantes de coração do que este ano. Já estamos em setembro e dá para ver que a situação piorou muito. Ainda não registramos metade das cirurgias que esperávamos para 2015”, apela a médica Jacqueline Miranda, coordenadora do setor de Insuficiência Cardíaca e Transplantes do Instituto Nacional de Cardiologia.
 
A recusa da família à doação, registrada em 40% dos casos, é o principal obstáculo. Para sensibilizar a população sobre o tema, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) lançou ontem no Rio a campanha #JuntosPelaDoação, com um vídeo que reúne 130 ‘selfies’ de artistas, atletas e músicos conhecidos, além de pacientes beneficiados pelas doações.
 
O sucesso do transplante de fígado motivou Jenifer Prates, de 16 anos, a sonhar com a faculdade de Medicina. “Quando descobri que era portadora de hepatite autoimune, fiquei muito preocupada. Achei que não poderia ter uma vida normal. Eu tinha os olhos muito amarelos e, quando o médico viu meu exame, disse que meu fígado já estava muito ruim. Depois da cirurgia, me senti renovada”, disse ela.
 
Crise ameaça cirurgia feita pelo SUS
A situação política e econômica no Brasil, porém, preocupa, já que 90% das cirurgias para transplantes são feitas pelo SUS. “Estamos batalhando para que o governo continue olhando com cuidado para o programa estadual de transplantes”, diz Lúcio Pacheco, presidente da ABTO.
 
Um dos cinco hospitais particulares do estado que integram o programa, o Hospital Adventista Silvestre, especializado em transplante de fígado, acaba de atingir a marca de 200 operações, em quatro anos de atividade.
 
É possível doar órgãos em vida para parentes de até quarto grau desde que o doador seja saudável. No caso de morte cerebral, a decisão cabe à família. “Este é um quadro irreversível e diferente do coma. Dois médicos, um deles neurologista, avalia o paciente. O diagnóstico é muito preciso”, ressalta. Disponível no sistema Android a partir de domingo, o app Doe + Vida será lançado pela Secretaria estadual de Saúde.
 
Agenda
O Rio tem a segunda maior fila para transplante de córneas do país, com 1,4 mil pacientes à espera, só atrás de São Paulo. Para incentivar doações, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), único banco de olhos do Rio, também preparou uma campanha com cartazes na unidade.
 
Ainda no domingo, às 8h, ex-pacientes do Instituto Nacional de Cardiologia que tiveram o coração transplantado participam de caminhada na orla de Copacabana.
 
Informações sobre doações de órgãos no Rio podem ser obtidas pelo 155.

O Dia

Centro de Transplantes do Hospital São Francisco alcança 2º lugar no Ranking Nacional de Transplante de Rim

Transplantados, doadores e médicos comemoram resultados e promovem evento de alerta à população. Arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani João Tempesta celebra missa em ação de graças
 
Dia 27 próximo é celebrado o Dia Nacional do Doador de Órgãos. E o Centro de Transplantes do Hospital São Francisco, na Tijuca, tem motivos em dobro para comemorar a data: o serviço, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, alcançou o 2º lugar no ranking de unidades que mais fazem transplantes de rins no Brasil e ultrapassou a marca de 200 transplantes hepáticos. Em função destas conquistas, o Hospital realizará um evento especial nesta sexta-feira (25), às 8h, que contará com a presença do Secretário do Estado de Saúde, Felipe Peixoto, e do Arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani João Tempesta, que celebrará uma missa em ação de graças aos pacientes, doadores e seus familiares.
 
O evento busca chamar a atenção da população para importância de ser um doador. “Nosso objetivo é estimular a doação junto à sociedade. Sabemos que é uma decisão difícil para família, mas o transplante em muitos casos, é a única forma de um paciente sobreviver”, afirma o diretor geral do Hospital São Francisco, Frei Paulo Batista. E celebra: “Recentemente, realizamos o transplante renal de número 500 e já ultrapassamos 200 cirurgias de fígado nesses dois anos e meio de funcionamento do Centro”.
 
Os números expressivos consolidam um trabalho que envolve a estrutura qualificada do hospital, a logística eficiente do Programa Estadual de Transplantes na captação dos órgãos e a dedicação de equipes experientes. “Nossos profissionais atuam bem próximos aos pacientes, desenvolvendo palestras informativas e prestando o apoio necessário. O transplante é um procedimento multiprofissional e dependemos de todos para poder funcionar com excelência”, ressalta a nefrologista e coordenadora da Unidade de Transplante Renal do HSF, Deise de Boni.
 
O coordenador cirúrgico da Unidade de Transplante Renal, José Maria Figueiró afirma que o trabalho integrado dos membros da equipe foi fundamental para os resultados alcançados até o momento: “Esse é um grande trabalho de equipe, solidariedade e companheirismo, um grande esforço de todos.
 
Todo o percurso, desde a captação do órgão até a cirurgia tem funcionado muito bem. Por isso, crescemos não apenas na quantidade de procedimentos, mas também na qualidade dos resultados”, destaca. A eficiência técnica aliada à dedicação, que é uma das maiores marcas do modelo de atendimento desenvolvido pelo Hospital São Francisco. “Tudo que fazemos tem como objetivo levar acolhimento, carinho e amor àqueles que mais precisam, seguindo o exemplo de São Francisco, que dedicou sua vida ao cuidado do próximo e ao anúncio da Boa Nova”, conclui o diretor geral do Hospital.
 
Beneficiados
Entre os casos de sucesso realizados pela equipe estão o de Pedro Matos, 61, e Jaira Ferreira, 64. Ele descobriu, há cerca de um ano, que precisava de um transplante renal. Depois de alguns meses de angústia e espera, o rim compatível foi encontrado. “A operação foi um sucesso, feita em poucas horas e sem qualquer sofrimento. Hoje, voltei à rotina e posso dizer que estou bem melhor do que antes de adoecer”, lembra. Já a empresária Jaira teve uma complicação causada por uma infecção e precisou de um novo rim. “Procurar o Hospital São Francisco foi uma das melhores escolhas da minha vida. Só tenho elogios ao tratamento, assistência e carinho que recebi da equipe médica durante essa fase”, elogia.
 
Programação:
Data: 25 de setembro (sexta-feira)
 
Horário: 8h - Missa com Cardeal D. Orani Tempesta 9h30 - Homenagem às equipes e aos doares
 
Local: Hospital São Francisco na Providência de Deus Rua Conde de Bonfim, 1.033, Tijuca (RJ)
 
Donato de Almeida – SB Comunicação
Assessor de Imprensa
Tel.: (21) 3798-4357
Cel.: (21) 9.8964-8920

Estudo desvenda segredo surpreendente do café contra o sono

Experimentos mostraram que a cafeína tem a capacidade de alterar os relógios químicos que atuam em toda célula do corpo
Experimentos mostraram que a cafeína tem a capacidade de alterar
 os relógios químicos que atuam em toda célula do corpo
Tomar um copo de café à noite pode te deixar acordado por mais motivos do que você pensava, apontam cientistas
 
Um estudo publicado na revista Science Translation Medicine diz que a cafeína é mais do que um estimulante, atuando na verdade de modo a desacelerar o relógio interno do corpo. Um expresso duplo três horas antes de dormir atrasou a produção de melatonina, o hormônio do sono, em cerca de 40 minutos, dificultando o processo de adormecimento.
 
Como parte do estudo, células cultivadas em laboratório foram expostas à cafeína para verificar como alteravam seu ritmo. Comprovou-se na ocasião que a droga foi capaz de mexer com os relógios químicos que atuam em toda célula do corpo humano.
 
Um dos pesquisadores, John O'Neill, do Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, na Inglaterra, afirmou à BBC: "se você estiver cansado e tomar um café à noite para ficar acordado, é uma má ideia, você terá dificuldades para adormecer e dormir o tempo suficiente."
 
Experimentos à meia luz
Em outra frente de pesquisa, cinco pessoas na Universidade de Colorado Boulder, nos EUA, foram trancadas num laboratório do sono por 50 dias. E enquanto a exposição à luz é o nosso modo padrão de controle do relógio interno, eles passaram a maior parte do tempo sob uma luz muito suave.
 
Numa série de experimentos ao longo de um mês e meio, os cientistas mostraram que uma dose noturna de cafeína atrasou o relógio interno do corpo em 40 minutos. Foi quase o impacto de três horas de luz forte na hora de dormir.
 
Segundo O'Neill, seria uma "completa especulação" tentar apontar um horário a partir do qual vetar o consumo de cafeína à noite, mas ele, pessoalmente, diz nunca beber café depois das 17h.
 
O pesquisador afirma que os resultados podem ajudar no tratamento de distúrbios do sono e de pessoas que acordam naturalmente muito cedo, para que mantenham a sincronia com o resto do mundo. "Isso poderia ser útil em situações de jet lag. Se você estiver voando de leste para oeste, por exemplo, ingerir cafeína na hora certa do dia poderia acelerar o tempo que levamos para superar o jet lag", acrescentou.
 
BBC Brasil / Terra

Anvisa e agência japonesa firmam parceria para trabalhos técnicos sobre farmacopeia

A Anvisa e a Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos do Japão (PMDA) firmaram um Memorando de Entendimento para a condução de trabalhos técnicos relacionados à farmacopeia
 
O documento foi assinado pelo Diretor-Presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, durante o II Seminário Brasil – Japão sobre regulação de produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. O evento ocorreu nos dias 10 e 11 de setembro, em Tóquio. A parceria irá ampliar a troca de experiências, em especial nas metodologias de análise de produtos médicos e medicamentos biológicos.
 
No evento, Jarbas Barbosa destacou o trabalho da Anvisa na revisão de seus processos de trabalho, de forma a otimizá-los. Segundo ele, a Agência está dando ênfase à redução dos tempos regulatórios, ampliação da transparência e foco em ações relacionadas a produtos de maior risco, objetivando o acesso mais rápido da população a produtos seguros e eficazes.
 
Durante o Seminário, representantes das duas nações compartilharam conhecimentos sobre regulação e fornecimento de produtos e serviços médicos eficientes e de alta qualidade, além de informações sobre sistemas sustentáveis para os setores de produtos farmacêuticos e de equipamentos. A discussão sobre mecanismo de troca de relatórios de inspeções de Boas Práticas de Fabricação para medicamentos e dispositivos médicos, o aumento da eficiência do processo de análise de registro e a regulação em terapias avançadas também foram temas discutidos.
 
O evento foi promovido pela Anvisa em conjunto com a PMDA, a Japan External Trade Organization (Jetro), a Associação Brasileira de Indústrias de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontólogicos e de Laboratórios (Abimo) e a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed).
 
ANVISA

Anti-inflamatório pode tratar sintomas de Alzheimer

O remédio seria capaz de reverter a disfunção que leva à essas doenças, afirmou estudo
 
O salsalato, um remédio anti-inflamatório indicado para o tratamento da dor leve ou moderada, especialmente a artrites reumatoide, poderia servir para tratar os sintomas da demência ou do Alzheimer, segundo publicou nesta segunda-feira (21) a revista Nature Medicine. 
 
Uma equipe do centro americano Gladstones Institutes, liderada por Li Gan, descobriu que o remédio "reverte a disfunção relacionada com a proteína tau (que se associa a essas duas doenças) em um modelo animal de demência frontotemporal".
 
Em seu experimento com ratos, os cientistas descobriram que o salsalato "preveniu o acúmulo de tau no cérebro e protegeu contra incapacidades cognitivas parecidas às que se apareciam no caso do mal de Alzheimer e na demência frontotemporal".
 
Segundo explicam na revista, o salsalato inibe a acetilação da proteína tau, um processo que a torna mais tóxica e que induz os processos neurodegenerativos e os déficits cognitivos.
 
A administração do fármaco rebaixou os níveis de tau no cérebro dos ratos, "recuperando os danos à memória e protegendo contra a atrofia do hipocampo".
 
"Pela primeira vez, identificamos um enfoque farmacológico que reverte todos os aspectos da toxicidade de tau", assegurou Gan. "Os efeitos protetores do salsalato se produziram apesar de ter sido administrado quando a doença já tinha aparecido, o que indica que poderia ser uma opção eficaz de tratamento".
 
Embora a comunidade científica pesquise há muito tempo o papel da proteína tau na demência, ainda se sabe pouco do processo pelo qual se acumula no cérebro, causando a toxicidade que leva à doença.

"Tratar a acetilação de tau poderia ser uma nova estratégia terapêutica contra as patologias tau dos humanos, como o mal de Alzheimer e a demência frontotemporal", completou Eric Verdin, outro autor do estudo.
 
EFE /  Terra

'Salgante': um possível substituto do sal, mas que merece cuidado

40% do sal de cozinha é composto por sódio: No mundo, a maioria das pessoas estrapola as recomendações para consumo diário da substância
Salgante: numa porção de 1,25 gramas (equivalente a 1/4 colher de chá),
há 0,55 g de potássio
Com fórmula à base de potássio, o produto pode levar a arritmias cardíacas fatais se consumido por pessoas com insuficiência renal – problema comum em um terço dos hipertensos
 
Um ingrediente que serve para salgar os alimentos, mas não é sal. O produto em questão é o 'salgante', vendido há mais de dez anos nos Estados Unidos, e livre de sódio na sua composição. Desde setembro deste ano, é possível encontrá-lo nas prateleiras brasileiras. Um pote de 100 gramas sai por 16,90 reais.
 
Aprovado no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano, o ingrediente é formado principalmente de potássio - uma porção de 1,25 gramas (equivalente a 1/4 colher de chá), contém 0,55 g de potássio, de acordo com a Anvisa. Para permitir sua venda nos mercados, o salgante foi avaliado pelo órgão como novo alimento, segundo as resoluções 16/99 e 17/99, por se tratar de uma classe de produto sem regulamentação específica - o que significa que é o único do gênero no país.
 
Cuidados
Por não conter sódio, composto que eleva a pressão arterial, o produto é vendido como uma forma alternativa para que hipertensos salguem os alimentos. Porém, estima-se que um terço dos pacientes hipertensos sofra de insuficiência renal. A ingestão em excesso do potássio é perigoso para pessoas com problemas no rim, uma vez que o órgão não consegue eliminar o excedente do mineral pela urina.
 
"Caso a pessoa tenha insuficiência renal, o potássio pode se acumular no corpo e provocar arritmias cardíacas fatais. Seria trocar um problema pelo outro", explica Marcelo José de Carvalho Cantarelli, cardiologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, em São Paulo. Apesar do perigo, não há nenhuma contraindicação na embalagem do produto.
 
Segundo Cantarelli, antes de incorporar na dieta um alimento rico em potássio como o salgante, é importante consultar um médico para verificar se os rins estão funcionando plenamente.
 
Pesquisa
Antes de ser aprovado pela Anvisa, o salgante passou por um estudo na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Feito apenas com ratos, foram administrados 70 mg de salgante diários ao longo de dez dias, em cada animal. "Vimos que o consumo do produto não interferiu na pressão arterial dos que eram hipertensos", diz o pesquisador Afonso Caricati, chefe do laboratório de farmacologia da Unifesp. Contudo, a pesquisa apenas monitorou a pressão arterial e o peso de cada animal. A quantidade de potássio no sangue ou os efeitos na saúde renal e cardíaca não foram mensurados.
 
Veja

Novas regras autorizam inseminação artificial em mulheres com mais de 50 anos

Colesterol alto pode ser passado de mãe para filho
Thinkstock/VEJA
As normas, do Conselho Federal de Medicina, visam acabar com o comércio de óvulos. A instituição também facilitou a fertilização de mulheres que querem ter um filho com as companheiras
 
O Conselho Federal de Medicina (CM) voltou a liberar a inseminação artificial em mulheres com mais de 50 anos, desde que a paciente assuma os riscos da gravidez, em conjunto com o médico. Na resolução anterior, publicada em 2013, mulheres a partir dos 50 anos precisavam de uma autorização dos conselhos de medicina para realizar o procedimento.
 
"Pela saúde da mulher e da criança, continuamos defendendo o limite máximo de 50 anos. Mas se após o esclarecimento do médico, ela decida pela gravidez e assuma os riscos junto com ele, entendemos ser possível o uso das técnicas de reprodução", esclarece o tesoureiro e coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM, José Hiran Gallo
 
As novas regras modificam a doação de gametas. Pela nova norma, apenas homens podem doar espermatozoides sem restrição, exceto pela idade máxima de 50 anos. Óvulos podem ser doados apenas em situações nas quais doadora e receptora têm problemas de reprodução e são submetidas a tratamento. Neste tipo de situação, a paciente doadora pode receber ajuda no custeio do tratamento (ou de parte dele) por outra mulher, que também esteja passando o mesmo processo, mas não tenha óvulos em condições de serem fertilizados.
 
Segundo o CFM, a medida visa acabar com o comércio de óvulos e com as negociações entre mulheres e clínicas de reprodução, que muitas vezes trocam óvulos por uma laqueadura ou aplicação de DIU.
 
Outra mudança na resolução autoriza a gravidez compartilhada na relação entre duas mulheres. Embora a inseminação já fosse autorizada, a partir de agora a mulher poderá implantar o embrião gerado na inseminação de um óvulo da parceira.
 
Veja

Sociedade alerta para epidemia mundial de esteatose, doença silenciosa que pode levar ao câncer

Pesquisa recente sugere que 30% dos adultos tenham a doença hepática mais prevalente em todo o mundo. Estateose se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado
 
Maior órgão maciço do organismo, o fígado é a “central elétrica do corpo”. Entre suas mais de 500 funções, está a importante tarefa de receber nutrientes do intestino e devolver ao sangue o que é produzido pelas células. Glicose e glicogênio, que dão origem à produção de energia necessária à vida, são um exemplo. A rica vascularização do órgão e seu tamanho fizeram com que, nos primórdios da medicina, ele chegasse a ser confundido com o coração. Tamanha importância também faz do fígado um órgão sensível. São várias as doenças relacionadas, agudas ou crônicas. O álcool é, sim, a mais conhecida e principal causa de lesões hepáticas, que evoluem para cirroses e, dessas, para a necessidade de transplante. Mas, para quem pensa que esse é o único vilão do fígado, vai o alerta: é preciso ter atenção com a hepatite e com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).

Pesquisa recente sugere que 30% dos adultos tenham esteatose, doença hepática mais prevalente em todo o mundo. “O número é tão alarmante, que a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) acaba de definir um consenso nacional sobre a doença. Trata-se de uma epidemia mundial. Precisamos chamar atenção, porque é uma doença silenciosa, que não causa sintomas”, alerta Edison Roberto Parise, presidente da SBH.

Ela se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado e pode ser causada por vários fatores, como hepatites, abuso de álcool e uso de medicamentos, mas a causa mais importante é um problema pouco conhecido: a doença hepática gordurosa não alcoólica. A maioria das pessoas com esteatose tem apenas o acúmulo de gordura nas células, mas até 30% dos casos podem evoluir para esteatoepatite não alcoólica, cirrose e câncer de fígado.
 
Obesidade visceral, pré-diabetes, diabetes, baixa do bom colesterol, alta do triglicérides, pressão alta, aumento da circunferência da cintura e síndrome metabólica podem denunciar o problema. Segundo o hepatologista e gastroenterologista João Galizzi Filho, testes de função hepática, em exames de sangue, são inespecíficos, mas o ultrassom é capaz de mostrar se existe uma esteatose significativa ou não. A doença tem causa genética e é agravada pelo estilo de vida sedentário e má alimentação, com a grande ingestão de carboidratos e gorduras saturadas. Obesidade e diabetes são os principais fatores associados. Nessas populações, a esteatose pode atingir 70% dos indivíduos. Ela também é mais frequente em pessoas na faixa dos 40 a 50 anos, mas vem crescendo entre os adolescentes, em função do estilo de vida sedentário e por causa do abuso de anabolizantes nas academias.

Mas, corrigindo as causas, é potencialmente reversível. “É preciso modificar hábitos alimentares, perder peso e fazer atividade física regular e moderada, principalmente as aeróbicas”, ensina Galizzi. Seguindo essas recomendações, além de reverter a esteatose, o paciente ganha em qualidade de vida, já que muitos sofrem de apneia do sono, além de reduzir o risco cardiovascular e o de progressão para diabetes. Quanto maior a adesão ao novo comportamento, melhor o resultado na diminuição da gordura depositada no fígado. Já em fase avançada, é possível recorrer aos sensibilizadores de insulina e medicamentos citoprotetores e antioxidantes para proteger o fígado. Para os obesos mórbidos, a cirurgia bariátrica é opção. “De 80% a 90% da população adulta com obesidade mórbida tem esteatose”, explica Edison Parise. Casos mais avançados podem exigir transplante.

De mãos dadas
Novos tratamentos estão sendo desenvolvidos no combate à doença, mas, segundo Parise, apesar de ser um problema sério de saúde pública, ainda não são destinados recursos financeiros necessários para sua divulgação e cuidados. Descoberta a esteatose, o presidente da SBH ressalta a importância de se investir na prevenção do diabetes e das doenças cardiovasculares. Segundo João Galizzi Filho, diabéticos têm cerca de 65% a 80% de chances de ter também a esteatose, que pode evoluir para câncer de fígado. Nos EUA, a doença gordurosa já é a primeira causa de cirrose e a terceira de transplante de fígado. No Brasil, dados da Central de Transplantes da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo mostram que, entre 2010 e 2014, quase 3% das indicações de transplante de fígado foram motivadas por cirrose causada por DHGNA. Em 2015, o número subiu para 5% na lista de espera.

Hepatites não tratadas podem levar ao câncerA cirrose hepática é o principal fator de risco para o câncer do fígado, quinto tipo mais frequente no mundo e terceira causa de óbito por câncer. Entre as causas do hepatocarcinoma, como é chamado, estão as hepatites virais, especialmente as do tipo B e C.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há no mundo cerca de 520 milhões de pessoas com os vírus das hepatites B e C. Por serem silenciosas e não apresentarem sintomas até se tornarem graves, grande parte dos casos de hepatites virais não é diagnosticada precocemente, razão pela qual podem se cronificar. Isso ocorre em 70% a 80% das infecções, e, em média, 20% delas podem evoluir para cirrose e de 1% a 5%, para câncer do fígado.

Conforme Rogério Alves, hepatologista do A.C Camargo Cancer Center, a cirrose hepática está na origem de metade dos casos de hepatocarcinoma, por sua vez associado ao alcoolismo ou à hepatite crônica. “Para não desenvolver cirrose hepática, é preciso controlar a quantidade de álcool ingerida, nunca ultrapassando duas doses por dia. Já a transmissão do vírus da hepatite B pode ser prevenida pela vacinação. Para a hepatite C, não há vacina, porém existe tratamento”, afirma.

Contaminados sem saber
O problema é que milhões brasileiros têm o vírus sem saber: isso aumenta o perigo para o avanço da cirrose e predispõe o risco de desenvolvimento do tumor. Embora a cirrose esteja presente, na maioria das vezes, entre as pessoas com câncer de fígado decorrente da hepatite C, o mesmo não ocorre nos portadores da hepatite B. Estes, caso piorem, podem ter tumor de fígado mesmo sem cirrose.

Os tumores de fígado podem ser câncer primário (com origem no próprio órgão) e secundário ou metastático (originado em outro órgão e que atinge também o fígado). O mais frequente, que ocorre em até 80% dos casos, é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular, agressivo e com curto tempo de evolução.

Os sintomas do hepatocarcinoma são dor abdominal, massa abdominal, distensão, perda de peso inexplicada, falta de apetite, mal-estar, tonalidade amarelada na pele e nos olhos e acúmulo de líquido no abdômen.

Estado de Minas

Agência suspende vermífugo Mentelmin

A Anvisa determinou a suspensão do medicamento MENTELMIN (mebendazol), 100 mg, comprimido, da empresa Theodoro F. Sobral & Cia Ltda.
 
A empresa, que já havia solicitado à Anvisa o cancelamento da apresentação do medicamento em junho de 2013, informou à Agência o recolhimento voluntário dos lotes que ainda estão no mercado.
 
O medicamento é indicado para o tratamento de verminoses em adultos e crianças.
 
A determinação está na Resolução 2.673/2015 publicada nesta quarta-feira, 23, no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Suspenso lote do antidepressivo Venforin

A empresa EMS Sigma Pharma comunicou recolhimento voluntário do lote 688317 do Venforin (cloridrato de venlafaxina), 150mg, com validade até outubro de 2016
 
O medicamento é indicado para o tratamento da depressão, incluindo ansiedade associada, prevenção de recaídas e recorrência da doença.
 
O lote citado contém em sua embalagem blisters do medicamento Itraspor (itraconazol) 100 mg.
 
O produto é indicado no tratamento de infecções fúngicas.
 
Com a confirmação da troca das embalagens, a Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso do produto.
 
A empresa deve promover o recolhimento do estoque existente no mercado.
 
A medida está na Resolução 2.672/2015 publicada nesta quarta-feira (23/9) no Diário Oficial da União (DOU).
 
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