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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dicas para não comprar medicamentos falsificados

ANS autoriza compra da Samcil pela GreenLine

por Saúde Business Web

04/05/2011

Segundo a Agência, os beneficiários já podem ser atendidos pela operadora

Nesta terça-feira, (03), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou a aquisição das carteiras de beneficiários das operadoras Pró-Saúde Planos de Saúde Ltda (Samcil) e Serma Serviços Médicos Assistenciais S/A pela operadora Green Line Sistema de Saúde.

A partir desta data, os beneficiários das duas operadoras já podem ser atendidos pela rede da Green Line, que manterá todas as condições assistenciais que eles tinham em suas operadoras de origem.

O período de mudanças das carteiras será acompanhado pela ANS para garantir o fiel cumprimento dos compromissos assumidos pela Green Line, que preencheu os critérios econômico-financeiros e assistenciais necessários para a aquisição das carteiras.

A Green Line Sistema de Saúde atua no setor de saúde suplementar desde 1992 e possui 326.081 beneficiários.

Com uma dívida de R$ 70 milhões e com três dos cinco hospitais próprios desativados desde dezembro passado, a Samcil estava desde janeiro sob o Regime Especial de Direção Fiscal da ANS. Na semana passada, a agência havia determinado que a carteira de clientes fosse repassada a outra operadora.

Entidades médicas iniciam negociação com 15 planos

por Saúde Business Web

04/05/2011

Depois das reivindicações encaminhadas às operadoras, a classe passa a negociar com empresas como Amil, Medial, Cassi, entre outras

Após manifestação nacional em 7 de abril, quando os médicos suspenderam o atendimento de planos e seguros de saúde, tiveram início em todos os Estados as negociações com as operadoras.

Em São Paulo, as entidades médicas definiram 15 planos de saúde que serão inicialmente contatados.

O estado concentra atualmente 18, 1 milhões de usuários de planos de saúde, dentre os 45,5 milhões de beneficiários da saúde suplementar de todo o país. Em São Paulo, 44% da população têm plano de saúde, estado com a maior taxa de cobertura.

Reivindicações encaminhadas aos planos de saúde

• Consulta a R$ 80,00 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM);

• Regularização dos contratos entre operadoras e médicos, com a inserção de cláusula de reajuste anual com base no índice autorizado pela ANS para os planos individuais.

Operadoras de São Paulo chamadas para negociar

• MEDICINA DE GRUPO: Amil, Medial, Intermédica, Gama Saúde, Golden Cross, Green Line
• AUTOGESTÕES: Cassi (Banco do Brasil), Caixa Econômica Federal, ABET (Telefônica), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), GEAP, Embratel
• SEGURADORAS: Porto Seguro, Marítima, Notredame

Diante das respostas das operadoras serão convocadas assembléias de médicos para discutir os rumos do movimento, informaram as entidades APM, Simesp e Cremesp.

Auditoria: uma oportunidade para médicos

por Verena Souza

04/05/2011

Área tem progredido com o desenvolvimento do setor. No entanto, o profissional não é valorizado da mesma forma pelos estados e municípios

O especial "Além do estetoscópio" tem mostrado oportunidades para profissionais de saúde fora da área clínica. Processos de auditoria no setor é uma possibilidade dentre inúmeras outras que surgem em meio ao desenvolvimento da Saúde como, por exemplo, acreditação e projetos em TI.

"Auditoria em Saúde é uma área que está progredindo, pois as instituições cada vez mais percebem a importância de implementar processos de gestão e avaliá-los", explicou a médica Rosane Amaral, do departamento de auditoria federal do Sistema Único de Saúde (SUS).

A profissão não exige nenhuma qualificação específica. Pelo contrário, busca profissionais com diferentes formações como contadores, economistas, pedagogos, engenheiros, assistentes sociais, entre outros.

Os auditores são direcionados de acordo com a necessidade de cada instituição de saúde. Os médicos, por exemplo, têm maior expertise para apurar um óbito ou analisar prontuários de pacientes. "Acho interessante atuar na área depois de ter trabalhado no atendimento clínico, com a população", ressaltou Rosane.

Para atuar junto ao sistema público de saúde é preciso conhecer a fundo a legislação do SUS. "O auditor precisa entender como funciona o financiamento dos programas, pois analisamos os repasses de recursos para os estados e municípios", explicou Rosane.

De acordo com ela, o governo promove cursos de especialização para o desenvolvimento desses profissionais. No entanto, a valorização do auditor varia entre os estados. Existem aqueles, como Mato Grosso do Sul e Bahia, que possuem plano de carreira para tais profissionais. Enquanto outros não promovem nenhum tipo de concurso para o exercício da profissão.

"Há dez anos estou neste trabalho. É uma boa opção. Mas temos que pleitear para que todos possam ter sua carreira e, assim, ter o direito de uma remuneração diferenciada. Até para atrair mais pessoas para a área", enfatizou Rosane.

Inquérito avalia gestão no SUS

por Agência Fiocruz

04/05/2011

Entre os principais produtos desta pesquisa estão a construção de um banco de experiências brasileiras de organização e gestão hospitalar

O mapeamento será feito junto com os diretores, responsáveis e gestores de hospitais brasileiros, por meio de um questionário eletrônico padronizado, que será a base para a construção do retrato das iniciativas do país. Entre os principais produtos desta pesquisa estão a construção de um banco de experiências brasileiras de organização e gestão da atenção hospitalar pública, além da organização de um catálogo com as experiências mais relevantes de inovação/qualificação da gestão do cuidado hospitalar.

O inquérito faz parte do projeto Avaliação de Experiências Inovadoras no Âmbito da Organização e Gestão da Atenção em Hospitais do SUS, desenvolvido no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Pública (Inova-Ensp). O trabalho está sendo coordenado pela pesquisadora Marilene de Castilho Sá, chefe do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps/Ensp). A pesquisa pretende identificar experiências de organização e gestão do cuidado e de introdução de inovações gerenciais neste campo, num esforço para gerar conhecimento aplicável ao enfrentamento dos problemas de qualidade da assistência hospitalar no SUS.

De acordo com Marilene, existem alguns produtos possíveis dentro da pesquisa. "Entre os principais, destacam-se a construção de um banco de experiências brasileiras de organização e gestão da atenção hospitalar pública, cujo acesso será aberto, e a organização de um catálogo com as experiências mais relevantes de inovação/qualificação da gestão do cuidado hospitalar, que será divulgado pela Ensp", comentou.

Segundo a pesquisadora, "além do inquérito eletrônico, as estratégias de investigação também envolvem o levantamento das experiências através de consulta às bases bibliográficas pertinentes, objetivando a identificação de experiências publicadas em artigos, livros, teses e dissertações; a classificação, descrição e análise das experiências levantadas por meio do inquérito; e a realização de estudos de caso com experiências mais relevantes selecionadas, incluindo visitas aos hospitais, levantamento e análise de documentos e dados, entrevistas individuais e em grupo com gestores e profissionais, entrevistas com usuários e observações participantes dos processos assistenciais".

Questionário deve ser preenchido por porfissionais qualificados

Com relação à etapa do inquérito eletrônico, de acordo com Marilene, é de extrema importância que o questionário seja preenchido por profissionais qualificados e que tenham conhecimento da realidade hospitalar, pois é composto de perguntas essencialmente técnicas e bastante específicas. "Queremos saber sobre a assistência hospitalar, os processos de trabalho, os protocolos assistenciais utilizados, os mecanismos, dispositivos e processos de gestão do cuidado utilizados pelos hospitais, entre outras condições importantes para a caracterização e avaliação das iniciativas mais relevantes adotadas pelos hospitais brasileiros com vistas à melhoria da qualidade assistencial, do cuidado", apontou.

O questionário está organizado em dois módulos, cada qual contendo blocos. O primeiro módulo é voltado para a identificação e caracterização geral do hospital, em termos de localização, porte, perfil de complexidade, entre outros. Já o segundo visa mapear as iniciativas inovadoras de organização e gestão do cuidado hospitalar, com perguntas específicas sobre os dispositivos de gestão do cuidado, práticas assistenciais, processos de trabalho, condições materiais e tecnológicas.

"Em uma fase mais avançada do projeto, também acontecerão reuniões com gestores especialmente convidados, professores e pesquisadores de outras instituições, para uma profunda avaliação das experiências mapeadas", falou Marilene entusiasmada, que continuou dizendo que "um dos desafios é discutirmos o que de fato pode ser considerado inovação neste campo, seu impacto sobre a qualidade do cuidado e as possibilidades de implementação dessas mudanças na realidade hospitalar brasileira".

Unidade hospitalar recebeu login e senha para responder o questionário

Para responder ao questionário, cada unidade hospitalar recebeu, por meio de um ofício assinado pelo diretor da Ensp, Antônio Ivo de Carvalho, um convite com um login e uma senha de acesso próprio. Vale ressaltar que os hospitais com 100 leitos ou mais, que tenham interesse em responder ao inquérito, mas não receberam o comunicado do grupo de pesquisa, podem clicar aqui ou entrar em contato com a equipe da pesquisa para mais informações pelo e-mail

Além de Marilene, o projeto também conta com a participação da pesquisadora do Daps/Ensp, na qualidade de vice-coordenadora do projeto, Creuza da Silva Azevedo, dos pesquisadores da Escola Sérgio Pacheco, Victor Grabois e Otávio Porto, da pesquisadora-visitante do Daps Lilian Miranda, da bolsista de pesquisa Marcela Cunha, da aluna de mestrado Raquel Andrade Barros e da bolsista de iniciação científica Herika Cristina da Silva, além de uma equipe especialmente contratada para o contato telefônico com os hospitais.

Para identificar e avaliar experiências inovadoras de organização e gestão do cuidado hospitalar do SUS, está disponível, na página da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), um inquérito eletrônico voltado para hospitais públicos, privados contratados ou filantrópicos em todo o país que tenham 100 leitos ou mais. Compreendendo a natureza complexa e multidimensional do cuidado em saúde, o trabalho volta-se para a análise dos limites e possibilidades de implementação de mudanças nos processos de trabalho em saúde e de melhoria da qualidade da assistência hospitalar. O inquérito tem como objetivo identificar e avaliar, nos hospitais do SUS, experiências de organização e gestão do cuidado, voltados para a introdução de inovações gerenciais neste campo.

CAS ouve Padilha sobre denúncias de fraude no SUS

por Saúde Business Web

04/05/2011

Senadores aguardam que o ministro fale sobre as denúncias de desvio de recursos que deveriam ser destinados ao Sistema Único de Saúde

Os rumos do Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos do Ministério da Saúde para os próximos anos serão assuntos que o ministro Alexandre Padilha deverá discutir com os senadores em audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realizada nesta quarta-feira (04).

De acordo com a assessoria de imprensa da CAS, os senadores aguardam que o ministro fale sobre as denúncias de desvio de recursos que deveriam ser destinados ao SUS.

As investigações administrativas realizadas por órgãos federais, concluídas entre 2007 e 2010, apontaram desvios de R$ 662,2 milhões no Fundo Nacional de Saúde e, infelizmente, o prejuízo ainda pode ser bem maior, porque a União fiscaliza apenas 2,5% dos recursos transferidos para a Saúde - afirmou o senador Jayme Campos (DEM-MT), que preside a comissão.

Votações

Logo após a audiência com o ministro, a CAS continuará reunida para a votação de projetos. Acompanhando a vontade do presidente do Senado, José Sarney, de priorizar o exame de projetos voltadas à área da saúde, Jayme Campos incluiu na pauta todos os projetos relativos a esse assunto cujos relatórios já foram entregues.

*Com informações da Agência Senado

MP dos Hospitais Universitários será revista

por Saúde Business Web

04/05/2011

Transferência da gestão para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) não poderá ferir a autonomia acadêmica

O relator da Medida Provisória 520/10, deputado Danilo Fortes (PMDB-CE), irá modificar o texto da medida para deixar claro que a alteração da gestão dos hospitais universitários para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) não poderá ferir a autonomia universitária.

De acordo com a Agência Câmara, o relator divulgou os principais pontos do seu parecer durante audiência pública da Comissão de Educação e Cultura sobre a MP, realizada nesta terça-feira, (03). A MP cria a Ebserh (uma empresa privada de direito público) para padronizar e normatizar a contratação de funcionários para os hospitais universitários federais. Os representantes dos servidores das universidades são os principais opositores da MP. Eles afirmam que a medida privatiza a gestão dos hospitais.

Entre as alterações que fará na MP, Fortes citou: "Colocação clara do princípio da autonomia universitária, a utilização de eventuais lucros em investimentos na própria unidade hospitalar, a participação do Ministério da Saúde dentro do Conselho Administrativo, a criação do controle social e a garantia que os dirigentes da empresa serão escolhidos pela comunidade acadêmica."

Críticas

O ex-diretor-geral do Hospital Universitário da Universidade de Brasília Gustavo Romero, que pediu demissão na segunda-feira (2) por discordar da MP, afirmou que não houve discussão com a comunidade acadêmica e que a proposta não resolve os complexos problemas que envolvem o funcionamento de um hospital-escola.

Um dos autores do pedido da audiência, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) considera que a proposta atinge a essência da autonomia universitária. Ele mostrou dados que mostram que o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que serviu de modelo para a elaboração da MP, recebeu nos últimos anos o dobro de recursos de instituições que funcionam em cidades muito maiores. Marinho questiona a razão pela qual o governo federal afirma que tem recursos para essa reestruturação dos hospitais, mas não usa para atender já as instituições.

"A MP fere frontalmente o artigo 207 da Constituição, porque cria uma estatal e essa estatal passa a ter autonomia inclusive para promover as ações pedagógicas e de ensino da instituição. E mais, o governo diz o seguinte: na hora em que a estatal for estabelecida, está resolvido o problema de financiamento dos hospitais. Ora, se o governo ela tem o recurso para fazer isso, por que não o faz no modelo atual?", questiona o deputado.

O representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior e novo diretor do Hospital da UnB, João Batista de Souza, afirmou que não está claro se as instituições que não aderirem à empresa continuarão a receber recursos do governo federal.

O secretário nacional do ensino superior do MEC, Luís Claúdio Costa, garantiu que os repasses vão continuar. "Hoje, as verbas são distribuídas mediante uma matriz. Então, temos uma matriz orçamentária, que verifica a quantidade de professores, de servidores, de atendimento. Se a universidade entender: eu tenho um modelo, eu quero fazer dessa forma, ela vai receber os recursos que a matriz destina a ela", afirmou.

O relator acredita que a MP estará pronta para ser votada na próxima semana.

EMS economiza mais de 4 milhões com iPad em vendas

por Saúde Business Web

04/05/2011

Empresa investiu R$ 2,5 milhões para fornecer essa nova tecnologia para todos os propagandistas

A EMS, indústria farmacêutica, iniciou em 2010 um projeto de implantação do iPad, tablet da Apple, em sua força de vendas. Atualmente, pelo menos 800 propagandistas da divisão de prescrição da EMS Sigma Pharma já estão abordando os médicos com o equipamento. E até o final de maio, 100% da área estará utilizando a ferramenta.

Com essa iniciativa, a empresa inicia uma nova era na comunicação com a classe médica, substituindo o modelo baseado na utilização de material impresso como principal meio de levar informação aos consultórios.

A empresa investiu R$ 2,5 milhões para fornecer essa nova tecnologia para todos os propagandistas, que realizam mais de 400 mil contatos médicos por mês. Com a implantação definitiva desse projeto, o laboratório economizará R$ 4,2 milhões por ano com a impressão e distribuição de materiais e deixará de utilizar cerca de 50 toneladas de papéis, quantidade registrada no ano passado.

De acordo com a organização, a EMS pretende modernizar o contato periódico realizado com os profissionais. Além de buscar uma alternativa economicamente viável e que possua relação com as práticas sustentáveis adotadas pela empresa

Benefícios

Com a nova plataforma digital, as informações a serem transmitidas estarão sempre atualizadas. No tradicional modelo de propaganda médica, se um determinado material apresentar erros ou estiver incompleto, o representante não pode fazer nada, a não ser esperar que uma nova versão seja impressa. Com a ferramenta, a apresentação poderá ser modificada a qualquer momento, rompendo, assim, os atuais limites existentes.

A adoção dos tablets também ampliará o repertório e a base de dados que o representante levará para as visitas. Com a tecnologia, ele pode ter em mãos informações de todo o portfólio da empresa, algo que em uma comunicação baseada em material impresso é impossível. Além disso, se o médico pretender visualizar as conclusões de um determinado estudo clínico, este conteúdo estará vinculado à apresentação e poderá ser compartilhado na mesma hora com o médico via e-mail, já que o equipamento tem acesso à internet.

HUB vai pedir R$ 3,7 milhões ao MEC

por Saúde Business Web

04/05/2011

Dinheiro será pedido ao Ministério da Educação e deve pagar a folha de 600 funcionários do hospital

O Hospital Universitário de Brasília precisa de R$ 3,7 milhões para fechar as contas nos próximos três meses. O dinheiro será pedido ao Ministério da Educação, e deve pagar a folha de 600 funcionários precarizados do hospital até que a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hispitalares (EBSERH) seja votada no Congresso Nacional. As informações do MaisComunidade, de Brasília.

A empresa será responsável por gerir todos os hospitais universitários do país e contratar os 26 mil trabalhadores precarizados nas unidades - entre eles, médicos, enfermeiros e plantonistas.

Atualmente, o HUB possui dívidas de R$ 8 milhões. Para o vice-reitor João Batista de Sousa, que assumiu a direção do hospital nesta segunda, o ponto mais crítico é a falta do pronto-socorro, fechado há três anos. O projeto para a obra ficou pronto há dez dias, e a licitação, segundo ele, deve acontecer em breve. O prazo para a finalização da construção é de 8 a 10 meses.

João também esteve na Câmara dos Deputados para participar de uma audiência pública sobre a medida provisória 520, que cria a EBSERH. Segundo o relator do processo, deputado Danilo Fortes (PMDB-CE), a expectativa é que a votação em plenário aconteça na semana que vem. O prazo final para a votação é 2 de junho.

Privatização

A diretora da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), Léa Oliveira, disse que a EBSERH vai fazer a privatização dos hospitais universitáros. O vice-reitor lembrou que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ainda tem muitas dúvidas sobre a MP, e ainda não fechou posição.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), acredita que a MP 520 despersonifica o perfil de escola dos hospitais. Segundo ela, a empresa é uma central empresarial pública mas submetida a critérios de gerenciamento privado, sem compromisso com a vocação acadêmica.

No Rio de Janeiro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, saiu em defesa da MP 520. Para ele, a empresa será 100% pública, 100% SUS, para auxiliar e profissionalizar a administração dos hospitais.

Os ex-diretores do HUB justificaram sua demissão por causa de divergências sobre a MP 520.

Certificação digital para médico avança nos conselhos de medicina

por CFM

04/05/2011

A novidade ajudará a aproximar o médico das entidades de medicina

Ainda este ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) pretende dar início ao projeto-piloto de implantação da certificação digital para médicos no país. A expectativa é de que o trabalho permita os ajustes necessários à implementação da iniciativa em todos os estados.

A informação foi dada pelo presidente da entidade, Roberto Luiz d"Avila, durante simpósio preparado especificamente para discutir o tema.
O encontro - realizado na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) - acontece nos dias 4 e 5 de maio e tem a participação de várias entidades relacionadas ao tema, como a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (Sbis), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Instituto Nacional de Identificação (INI/DPF/MJ) e Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), entre outros. As contribuições ajudarão o CFM no desenvolvimento de sua solução.

"Não há volta neste caminho. Nosso objetivo é garantir ao médico a melhor solução para que possa usar essa ferramenta com facilidade e oferecendo ao paciente a devida segurança", alertou d"Avila. Para ele, debates como os desta semana são fundamentais para fazer o diagnóstico da situação atual dos conselhos no uso da informática em saúde e permitir o planejamento estratégico para superar os desafios que se impõem.

Durante simpósio, será estimulada a troca de experiências. Também está prevista a participação de representantes de profissionais de outras categorias que já contam com certificação digital, como os advogados, e de estabelecimentos de saúde que implantaram sistema de prontuário eletrônico.

O conselheiro Desiré Callegari, responsável pelo Setor de Tecnologia da Informação do CFM, afirmou que a certificação digital para médico é inevitável. "A Medicina não pode perder o passo da história. As novas tecnologias exigem dos profissionais a perfeita adequação às novas ferramentas, o que pode trazer ganhos significativos inclusive na qualidade da assistência", lembrou.

De acordo com ele, a novidade ajudará a aproximar o médico dos conselhos de medicina devido à ampliação da oferta de serviços que poderiam ser realizados à distância pelos médicos. Com a assinatura eletrônica, por exemplo, seria possível solicitar e emitir atestados, certidões ou acompanhar o andamento de processos sem sair de casa ou do consultório.

Propagandas antigas - Acabou o lança-perfume


Excesso de demanda provocou falta de lança-perfume no Carnaval de 1931:

“Atenção! A Sociedade de Produtos Químicos L. Queiroz agradece à sua distinta freguesia a honrosa preferência e, por estar já colocada toda a fabricação, comunica que não lhe será possível atender a novos pedidos do seu produto. Lança Perfume Pierrot”.

15 de fevereiro de 1931

Fiocruz busca parceria para desenvolver vacinas

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Desenvolver vacinas em conjunto com outros laboratórios é um dos objetivos do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos), que organiza o 2º Simpósio Internacional sobre o tema. Entre hoje (4) e sexta-feira (6), cerca de 300 especialistas do Brasil, dos Estados Unidos e de Cuba se reúnem no Rio de Janeiro para tratar do assunto.

"Estamos buscando parcerias nacionais e internacionais para alavancar nosso desenvolvimento. Ou parcerias para a transferência de tecnologia ou para o desenvolvimento conjunto", disse o diretor da instituição, Artur Roberto Couto. A Bio-Manguinhos é uma das maiores produtoras de vacinas e kits para diagnóstico de doenças infectoparasitárias da América Latina.

O programa de imunização no Brasil atende a pelo menos 3 milhões de pessoas e é referência no mundo. Segundo o diretor, a introdução de vacinas no programa contribuiu para reduzir a ocorrência de uma série de doenças e a eliminar algumas como a varíola, o sarampo e a poliomielite.

Na Bio-Manguinhos, segundo Couto, está em estágio avançado o desenvolvimento de vacina contra as meningites B e C.

Hoje, durante a abertura do simpósio, a Bio-Manguinhos lançou um kit para diagnóstico rápido de HIV, o Dual Path Platform, que custa cinco vezes menos que o utilizado na rede pública.

Mulheres que se esquecem da pílula têm 8% de chances de engravidar

Jornal da Band

A pílula é um dos métodos mais utilizados pelas mulheres para evitar a gravidez. Mas a maioria das mulheres admite que esquece de tomar o anticoncepcional de vez em quando. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) esquecer de tomar o comprimido aumenta a possibilidade de uma gestação indesejada de 0,3 para 8 %. E entre 65 e 80% das mulheres esquecem pelo menos uma vez por mês.

O médico Marcelo Matias explica que o risco de gravidez aumenta o risco do momento do ciclo em que ocorre o esquecimento. “A pílula mais perigosa de ser esquecida é a primeira, porque algumas meninas já vão ter ovulado e no momento que ela vai iniciar a cartela tardiamente e aí ela já pode estar gravida quando começar a tomar a nova cartela e pode já ser ineficaz o anticoncepcional", diz.

Se a mulher esqueceu de tomar uma pílula, a recomendação é tomar duas ao mesmo tempo. Se esqueceu duas, deve tomá-las assim que lembrar e usar camisinha ou não ter relações sexuais até tomar o comprimido por sete dias consecutivos. A dica para não esquecer é ingerir a pílula sempre no mesmo horário.

Alguns tipos de pílulas podem causar trombose nas mulheres

Da Redação, com Band News FM


Um estudo indicou que alguns tipos de pílula anticoncepcional podem acarretar o desenvolvimento de trombose nas mulheres. O anticoncepcional aliado ao hormônio drospirenona aumenta o risco do desenvolvimento da doença em quase três vezes. Segundo o colunista da BandNews FM José Bento de Souza, sempre que a mulher utilizar um método contraceptivo, é imprescindível consultar um médico.

De acordo com o especialista, mulheres com trombofilia (cerca de 10% da população) têm maior probabilidade de formar trombos e, os médicos, através de exames, podem saber se elas têm essa predisposição ou não.

Mulheres que apresentam essa tendência não podem utilizar método contraceptivo hormonal e, caso façam uso dele, têm 150% mais chances de desenvolverem trombose. Assim, de acordo com José Bento, é importante marcar uma consulta com um ginecologista para evitar uma doença indesejada.

Acidentes com aerossol podem causar danos à visão

Da Redação

Crianças e adolescentes, com idades de zero e 18 anos, são as maiores vítimas de acidentes envolvendo embalagens aerossol, segundo um estudo realizado pela Brown University, dos Estados Unidos. Do total, é na faixa de zero a quatro anos que se concentra o maior índice, com 25% dos acidentes.

O estudo realizado entre 1997 e 2009 aponta que esses acidentes resultaram em problemas de visão. “Os incidentes com aerossol que mais acometem a visão das crianças é o uso de desodorantes, perfumes, produtos de limpeza, tintas, repelentes e protetor solar. Quando essas embalagens estão ao alcance dos menores e não há supervisão, o resultado pode ser lamentável”, diz o médico Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos.

O médico diz ainda que esse tipo de ocorrência também é bastante comum no Brasil. “Quando a criança aponta o spray em sua própria direção, as irritações são as consequências mais frequentes, seguidas de queimaduras químicas, arranhões e ferimentos no globo ocular provocados por coceira”, explica.

“Os danos dependem do produto borrifado nos olhos. Por isso é muito importante que, ao procurar uma clínica especializada ou um pronto-atendimento hospitalar, os responsáveis levem a embalagem do produto. Só assim é possível identificar com precisão a causa e saber que medidas tomar”, recomenda Neves.

Para o especialista, a redução desses incidentes – que podem realmente ser graves e comprometer a visão – depende de as embalagens trazerem alertas mais visíveis, maiores, e de os adultos terem mais cuidado ao armazenar os sprays fora do alcance das crianças.

Ataques de animais peçonhentos dobram em São Paulo

Da Redação

Quem lidera o ranking são os escorpiões, responsáveis por 6.783 casos, quase 50% do total

Segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, na última década (2000 a 2010), o número de acidentes com animais peçonhentos no Estado subiu de 6.873 para 14.601.

Quem lidera o ranking são os escorpiões, responsáveis por 6.783 casos, quase 50% do total. De acordo com os especialistas da APRAG (Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas) várias são as causas deste aumento, entre elas, a expansão urbana e a grande oferta de alimentos e abrigos para estes animais.

“Todas as pragas urbanas necessitam de alimento, água e locais para se abrigar. O avanço das cidades para áreas antes não habitadas, a precariedade das habitações e a grande quantidade de lixo e entulho à disposição formam o ambiente ideal para a proliferação e esconderijo dessas pragas”, afirma o vice-presidente executivo da APRAG, Sérgio Bocalini. As baratas, por exemplo, são o alimento preferido dos escorpiões e os ratos servem de atrativo para as serpentes.

Embora destaque a precariedade de alguns ambientes como razão para o aparecimento dos animais peçonhentos, Sérgio Bocalini afirma que é possível a população tomar algumas medidas para diminuir o perigo.

“A limpeza e conservação das casas, quintais e terrenos é a principal arma da população. A vegetação precisar ser mantida rasteira, lixos bem tampados, assim como frestas em paredes e muros. E o ambiente precisa estar dedetizado, para evitar a disponibilidade de alimentos”, explica.

Quando a prevenção não é realizada de forma adequada, outras medidas são necessárias para controlar esses animais, como os tratamentos químicos, que só podem ser realizados por empresas profissionais, especializadas no controle de pragas urbanas.

Dependendo da espécie, um único escorpião pode gerar até 40 filhotes por ano, chegando a 160 filhotes durante sua vida, e sua picada, além de causar dores e lesões, pode levar à morte.

Desafio de emagrecer é saber separar a fome do impulso de comer

Da Redação


O que fazer para perder peso? a resposta parece fácil: aprender a comer. Mas certamente não é tão fácil. Identificar a tênue linha que separa a fome do impulso de comer é o principal desafio no processo de emagrecimento. Comer pausadamente é uma das etapas para retirar o impulso de comer.

O neurologista especializado em psiquiatria Dr. Sidney Chioro explica que o cérebro precisa processar a informação do alimento que entra, e entender a mensagem de saciedade que a comida proporciona, por isso, alimentar-se pausadamente reduz a ingestão de alimentos e, consequentemente, a chance de ganho de peso.

“Se não houver controle sobre o impulso de comer certamente a ingestão de alimento ocorrerá em maior quantidade, respeitar o tempo do cérebro na assimilação da mensagem de saciedade é o primeiro passo para identificar e diferenciar a fome do impulso de comer”, explica Sidney.

A comida não é só uma necessidade física do ser humano, mas também, uma fonte de prazer. Muitas vezes, ela é tratada como vilã, o que é uma grande mentira. “Não se pode ter medo da comida, é possível comer de tudo e ser magro. Quando se aprende a lidar com ela, emagrecer e permanecer magro deixa de ser uma tortura e passa a ser algo natural”, finaliza o neurologista.

Termômetro do noticiário médico


Acaba de completar cinco anos uma iniciativa interessante de monitoramento do noticiário sobre medicina e saúde nos Estados Unidos – o HealthNewsReview.org. Nesse período, foram avaliadas quase 1.500 notícias sobre o tema publicadas on-line em dezenas de fontes, entre jornais, revistas, redes de TV e agências noticiosas.

A HealthNewsReview.org se interessa por um tipo bem específico de notícias – aquelas que discutem a eficácia ou a segurança de tratamentos médicos. As notícias selecionadas são analisadas por três avaliadores independentes (jornalistas, médicos e profissionais da saúde), que dão notas de 1 a 5 para as notícias em função de dez critérios, como custo, benefícios e efeitos colaterais dos tratamentos noticiados.

Os resultados de cinco anos de monitoramento, divulgados no fim de abril, não são muito abonadores para os jornalistas. É verdade que o dever de casa foi feito em alguns quesitos – mais de 70% das notícias souberam relatar bem a novidade ou a disponibilidade dos tratamentos noticiados. Mas o desempenho foi fraco em critérios mais centrais para a prática de um jornalismo responsável. Pouco mais da metade das notícias cobriu satisfatoriamente a existência de conflitos de interesses, e apenas um terço ou menos tratou adequadamente dos efeitos colaterais ou dos benefícios dos tratamentos.

“Acredito que todos os critérios são importantes, mas alguns são claramente mais importantes que outros, e esses são, infelizmente, os que têm o pior desempenho”, disse Gary Schwitzer, editor do HealthNewsReview.org, ao site The Observatory.

Mais que um exercício estéril de crítica de mídia, a iniciativa espera contribuir para a melhoria da cobertura de saúde nos Estados Unidos. O site está publicando, por exemplo, recursos para ajudar os jornalistas que trabalham nessa área. O HealthNewsReview.org é financiado por uma organização não governamental – a Fundação para a Tomada de Decisões Médicas Informadas.

Iniciativas como essa são especialmente importantes num campo como a cobertura de medicina e saúde, que lida muito proximamente com anseios e expectativas dos leitores.

* * * * *

Vem do Reino Unido outra iniciativa curiosa com o objetivo de melhorar a qualidade do jornalismo, não só de medicina ou ciência. É o site Churnalism.com, batizado com o neologismo que designa um jornalismo preguiçoso, feito com retalhos colados de comunicados de imprensa e outras fontes (em inglês, to churn out significa produzir em grande quantidade em detrimento da qualidade).

O site permite que o internauta compare um determinado comunicado de imprensa com um vasto banco de dados composto por reportagens publicadas na imprensa britânica desde 2007. Em segundos, o site aponta possíveis reportagens ‘inspiradas’ pelo press-release em questão.

O objetivo, de acordo com os criadores da iniciativa, é ajudar o público a identificar o churnalism e estimular o jornalismo original.

O blog experimentou fazer um teste com um comunicado enviado à imprensa pela revista Nature no início de abril, relatando os resultados de um estudo com células-tronco. A ferramenta funcionou e delatou um artigo do Daily Telegraph que reproduz frases inteiras do comunicado da Nature.

Não seria de todo mau que dispuséssemos de ferramentas similares para monitorar o jornalismo brasileiro.

Adiar gravidez expõe mulher a miomas

Médicos dizem que tumor atinge até 80% das mulheres e é a principal causa da retirada de útero

Ao adiarem a gravidez para depois dos 35 anos, as mulheres se tornam mais vulneráveis ao surgimento de miomas no útero, que atingem até 80% da população feminina, de acordo com os médicos. Só no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, são atendidas cerca de 400 mulheres por mês com a doença. Esse tipo de tumor, embora benigno, é o principal responsável pelas cirurgias de retirada do útero (histerectomia), que já está entre os procedimentos mais comuns da área ginecológica e impossibilita gestações posteriores.

"Hoje, se fala muito mais em mioma porque as mulheres começam a vida reprodutiva mais tarde", diz o ginecologista e obstetra Alberto d´Áuria, do Hospital e Maternidade Santa Joana. Segundo ele, a gravidez é o único fator reconhecidamente protetor contra a doença. Isso porque o mioma é "alimentado" pelo hormônio estrógeno e inibido pela progesterona. "Durante a gestação, a produção aumentada de progesterona durante 14 meses atua como um tratamento suficiente para amansar e acalmar as células que estão na iminência de se multiplicar e se transformar em mioma", completa o especialista.

Cerca de 25% das mulheres com mioma sofrem com os sintomas da doença, caracterizados por dor, sangramento e infertilidade. Nesses casos, o tratamento do tumor pode ser de várias formas (veja quadro acima): há opções clínicas, com a administração de remédios que minimizam os sintomas, mas apenas a técnica cirúrgica é capaz de impedir a reincidência da doença, afirma o médico Nilo Bozzini, responsável pelo Ambulatório de Mioma Uterino do HC. "A histerectomia é uma das alternativas mais eficazes", diz. No HC, por exemplo, entre 50% e 60% das pacientes passam pelo procedimento cirúrgico.

A assistente administrativa Rosana Monteiro, de 42 anos, descobriu ter dois miomas mas ainda não sabe qual tratamento irá adotar: histerectomia ou laparoscopia. "Como não pretendo ter filhos, eu tiraria tudo. Mas estou com dúvidas porque tem gente que diz que tirar o útero não é bom para a saúde da mulher."

O ultrassom mais recente feito por Rosana apontava que os miomas já estavam com quase 10 cm. Ela lembra que, no início do quadro, há três anos, o problema chegou a ser confundido com outras doenças. "Sinto muita dor e, a princípio, achei que era por causa de pedras nos rins que eu costumava ter", conta. Por causas das dores, ela diz que vive à base de analgésicos cinco dias por mês, sempre antes do período menstrual.

Obesidade e hipertensão. A doença tem forte componente genético, mas há alguns outros fatores de risco - além da gravidez tardia - que são observados na prática clínica: obesidade e hipertensão estão entre eles, segundo o ginecologista Eduardo Zlotnik, do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, mulheres negras são mais suscetíveis ao problema se comparadas às brancas e asiáticas.

"Infelizmente, não sabemos por que uma célula começa a se multiplicar de forma desordenada. É uma doença hormônio-dependente e vemos que mulheres que usam anticoncepcional oral correm menos riscos, mas não conhecemos uma ação preventiva forte", diz o ginecologista Rodrigo Aquino Castro, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Icesp tem técnica experimental para destruir tumores

No mês passado, o JT revelou que o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) começou a testar um novo equipamento capaz de destruir tumores por meio de ondas de ultrassom superpotentes. O primeiro tipo de tumor a ser tratado experimentalmente pelo High Intense Focus Ultrassound (Hifu) foi o mioma. No momento do anúncio, o equipamento já tinha sido usado para tratar miomas de seis mulheres com sucesso. A vantagem da técnica é o fato de ser pouco invasiva: não há necessidade de cortes e o tumor é eliminado sem a danificação de tecidos adjacentes.

O Hifu combina a ressonância magnética, que permite localizar o tumor com precisão, com um feixe de ultrassom cerca de 20 mil vezes mais potente do que o usado em exames de imagem. Esse feixe é direcionado apenas para o tumor e a temperatura no local chega a 80ºC. Assim, o tumor é queimado sem danificar os demais tecidos.

A técnica ainda não está disponível em larga escala, sendo usada experimentalmente em pacientes selecionados pelo Icesp.

PINGUE-PONGUE: Nilo Bozzini - ginecologista responsável pelo ambulatório de mioma uterino do hospital das clínicas - ‘Maioria não provoca Sintomas’

Como o mioma uterino costuma ser diagnosticado?

Apesar de 80% das mulheres terem mioma uterino, a maioria é assintomática, ou seja, sem sintomas. Elas acabam descobrindo o problema em exames ginecológicos de rotina ou, então, procuram o médico por causa de sangramento, dor, aumento do volume abdominal ou infertilidade.

Quais são as alternativas de tratamento para a doença?

A maioria dos miomas não requer tratamento específico. Para os casos que pedem tratamento, o que resolve tudo é a retirada do útero, mas é uma técnica que não se aplica a todo mundo. Uma jovem que deseja gravidez deve ser submetida a um tratamento conservador. Já para uma paciente que tem prole determinada, a histerectomia, ainda que muitos critiquem, é um tratamento eficaz que não compromete a sexualidade nem a feminilidade da paciente. Os tratamentos cirúrgicos conservadores são a miomectomia, em que se retira só o mioma, e duas técnicas novas: a embolização e a ablação por ressonância magnética. Em alguns casos, anti-inflamatórios podem ser usados para diminuir sangramento e dores.

No caso do Ambulatório do HC, que parcela faz a histerectomia? No HC costumam cair quadros clínicos difíceis. Das pacientes que recebemos, de 50 a 60% vão para o tratamento mais radical, a histerectomia. Ainda que existam tratamentos mais novos, que constituem alternativas, a retirada do útero ainda é uma das técnicas mais utilizadas.

A histerectomia oferece riscos?

Como em qualquer cirurgia, existem riscos, mas hoje a execução do procedimento é tecnicamente avançada. Não existe tratamento único e não existe o melhor tratamento. Existe o melhor tratamento para cada pessoa, considerando o quadro, a idade e as circunstâncias de vida.

TRATAMENTOS

CLÍNICO

Anti-inflamatórios: minimizam dores e sangramentos, mas não diminuem o mioma

Análogos do GnRH (hormônio): simulam a menopausa, diminuindo mioma e do útero. Mas não é um tratamento definitivo

CIRÚRGICO

Histerectomia: retirada total do útero, sem risco de reincidência

Miomectomia: retirada do mioma por meio de técnicas diversas, mas há risco de retorno dos miomas

Embolização: Com um cateter, são inseridas partículas pela artéria que nutre o mioma, que morre com o fim do fluxo de sangue

Bio-Manguinhos apresenta teste rápido de Aids

Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo

Cerca de 40% das pessoas que fazem teste de HIV não voltam para buscar o resultado do exame. Para driblar o problema, o Ministério da Saúde quer que todos os que queiram fazer o teste saiam dos centros de saúde sabendo se são soropositivos ou não.

Essa meta fica mais próxima de ser alcançada com o lançamento do novo teste rápido confirmatório, o Imunoblot, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).Divulgado ontem, durante o 2.º Simpósio Internacional de Imunobiológicos, o teste é feito por meio de uma picada no dedo do paciente. O resultado sai em 20 minutos.

"O kit é sensível e eficaz já a partir do 25.º dia de infecção", afirma o gerente do programa de Desenvolvimento de Reativos, Antonio Ferreira. Atualmente, a pessoa faz o teste de HIV pelo método Elisa. Se der positivo, ela volta ao serviço de saúde, recebe orientação e faz o exame confirmatório, pelo método western blot ou imunofluorescência. O resultado leva dias ou semanas.

Inicialmente, os kits rápidos serão usados em grupos vulneráveis, como moradores de rua, prostitutas, garotos de programa; populações indígenas e ribeirinhas; grávidas que não completaram o pré-natal; e campanhas específicas do ministério.

Será avaliada a capacidade de produção dos testes e os custos, mas a estimativa é de que em dois anos tenha sido completada a substituição dos métodos Elisa/western blot, cinco vezes mais caros, pelos kits rápidos.

Criança que faz xixi na cama não deve ser punida, dizem médicos

Fazer xixi na cama é motivo de constrangimento para qualquer criança.

Para piorar, bronca e impaciência dos pais costumam acompanhar o problema, que é muito comum: cerca de 15% das crianças de até seis anos molham a cama durante a noite.


"Essa é uma questão obscura, as pessoas não falam sobre isso. Sentem vergonha e não procuram ajuda", diz o neurologista Abram Topczewski, diretor da clínica de enurese do Hospital Israelita Albert Einstein.

A enurese é a falta de controle da urina à noite por um período maior do que seis meses. É mais comum em crianças, mas atinge 2% de adolescentes e adultos.

O problema é duas vezes mais comum em meninos, de acordo com uma pesquisa com 6.000 crianças, publicadas no periódico "Journal of Pediatrics".

CASTIGO

Questões psicológicas são a causa do descontrole do xixi em só 10% das crianças. Na maioria dos casos, a origem é orgânica, como a baixa produção de um hormônio antidiurético à noite, segundo o urologista Flávio Trigo, do Hospital Sírio-Libanês.

"A enurese não está ligada a problemas psicológicos, mas atitudes punitivas por parte dos pais podem afetar a autoestima das crianças."

De acordo com um estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 89% das crianças e dos adolescentes que tiveram o problema sofreram algum tipo de agressão dos pais.

Paradoxalmente, muitos que castigam seus filhos faziam xixi na cama quando eram crianças, segundo Topzcweski.

Quando um dos pais teve enurese, os filhos têm 40% de chance de também ter o problema. Se pai e mãe faziam xixi na cama, a probabilidade sobe para 70%.

Segundo especialistas, é importante deixar isso claro para a criança e diminuir a culpa que ela sente.

"Os pais precisam entender que a criança não faz xixi na cama de propósito. Eles têm que encarar como um problema médico e procurar um especialista", diz Trigo.

O tratamento pode ser feito com remédios, quando a origem é hormonal. Outra opção é um alarme que acorda a criança quando ela começa a fazer xixi.

INCENTIVO

O que também ajuda é ter atitudes construtivas em vez de punir a criança.

Para começar, é bom oferecer menos líquidos à noite. Os pais podem usar um calendário e colar estrelinhas nos dias em que a criança acordar com a cama seca -há quem use adesivos de sol e chuva.

O problema cessa com o passar dos anos. Mas, diz Topzcweski, não dá para saber quando isso acontecerá. Por isso, é melhor tratar de uma vez.

"Muitos pediatras dizem que vai passar mas, enquanto isso, a criança vai crescendo com o problema, não pode dormir na casa dos amigos. Coisas triviais, como ir a um acampamento, acabam virando um transtorno."

Indústria do fumo nega irregularidades na composição de produtos

A Souza Cruz diz que não há nenhuma irregularidade nos ingredientes e na fumaça dos cigarros que produz.

A empresa afirma que contesta na Justiça a taxa cobrada pela Anvisa, que seria usada para construir um laboratório, porque a considera anticonstitucional.

A Constituição prevê que "taxa não pode ter base de cálculo própria de um imposto, o que ocorre no caso", segundo nota da empresa.

Outra questão discutida é que a taxa teria de ser proporcional ao serviço prestado pela Vigilância Sanitária, o que não acontece, de acordo com a avaliação da empresa.

O melhor exemplo da inexistência dessa proporcionalidade, ainda de acordo com a Souza Cruz, é que a taxa passou de um ano para outro de R$ 1.563,20 para R$ 100 mil, sem explicações.

Setores como bebidas e medicamentos, também controlados pela Anvisa, não pagam taxas anuais, afirma a Souza Cruz.

A companhia diz que foi a primeira do país a divulgar espontaneamente os componentes de seus cigarros, o que mostra a transparência da empresa na relação com o consumidor.

A Philip Morris não quis se pronunciar sobre a contestação da taxa da Anvisa. Em outras ocasiões, a empresa afirmou que as informações enviadas ao governo sobre seus produtos são provenientes de alguns dos melhores laboratórios do mundo.

Hospital francês testa radiação para operar lesões no cérebro

O hospital francês Pitié-Salpétrière, em Paris, começou a usar uma técnica minimamente invasiva para operar o cérebro dos pacientes sem abrir o crânio.

O novo instrumento radioativo foi apelidado de "faca gama" e pode ser aplicado contra tumores e malformação de vasos sanguíneos. Raios gama são usados para "bombardear" a lesão.


O primeiro paciente a ser submetido à técnica nesse hospital tem 72 anos. Seu sobrenome não foi divulgado.

René tem câncer na parte frontal do cérebro. Antes da operação, uma moldura foi fixada em seu crânio com um sinalizador dos alvos da radiação. Para evitar excesso de toxicidade, a técnica só é aplicada a pequenos tumores.

Comer menos sal não reduz riscos cardíacos, diz estudo

Pessoas que comem muito sal não estão mais propensas a ter hipertensão, e correm menos risco de morrer de doença cardíaca do que aquelas com baixa ingestão da substância, indica um novo estudo europeu publicado no "JAMA" (Journal of American Medical Association).


Os resultados "se contrapõem à recomendação atual de diminuir o consumo de sal", disse o autor do estudo, Jan Staessen, da Universidade de Leuven, na Bélgica.

Orientações atuais sobre o consumo do sal, incluindo as lançadas pelo governo dos EUA em janeiro, se baseiam em dados de estudos de curto prazo com pessoas que seguiram uma dieta de baixo teor de sal, ou rica no alimento, segundo Staessen.

O governo norte-americano recomenda que as pessoas consumam menos de 2.300 mg de sal por dia --1.500 mg para quem têm mais chance de sofrer hipertensão arterial ou doenças cardíacas.

Enquanto estudos anteriores sugerem que o baixo consumo de sal é benéfico para a pressão arterial, a pesquisa ainda tem que provar se os resultados se traduzem em melhor saúde do coração para a população em geral.

Os pesquisadores usaram dados de dois estudos diferentes. Eles analisaram cerca de 3.700 europeus que tiveram o consumo de sal medido por meio de amostras de urina no começo das pesquisas. Staessen e seus colegas dividiram os participantes em três grupos: aqueles com consumo de sal mais elevado; mais baixo; e com consumo médio.

Nenhum dos participantes tinha uma doença cardíaca no início, e dois terços tinham pressão arterial normal. Eles foram seguidos por cerca de oito anos, período em que os investigadores determinaram quantos deles foram diagnosticados com doença cardíaca e, em um grupo menor, quantos tiveram hipertensão.

A chance de desenvolver doenças cardíacas e dos vasos sanguíneos não foi diferente nos três grupos. No entanto, os participantes com menor ingestão de sal apresentaram a maior taxa de mortalidade por doença cardíaca durante o acompanhamento (4%), e as pessoas que comeram mais sal tiveram a menor (menos de 1%).

Em todos os grupos, um em cada quatro participantes do estudo que começou com pressão sanguínea normal foi diagnosticado com pressão arterial elevada.

Os pesquisadores descobriram que uma medida de pressão arterial --pressão arterial sistólica-- aumentou após maior ingestão de sal ao longo do tempo. Apesar disso, a mudança foi muito pequena, por isso não é relevante para os resultados, de acordo com Staessen.

Reduzir a ingestão de sal pode ainda ser uma boa ideia para as pessoas que já têm pressão arterial elevada ou que tiveram problemas cardíacos no passado, acrescentou, mas o estudo não encontrou nenhuma evidência de que o sal da dieta aumenta essas condições.

"É claro que se deve ter muito cuidado na defesa da redução generalizada no consumo de sódio entre a população em geral", disse Staessen. "Pode haver alguns benefícios, mas também pode haver alguns efeitos adversos."

Hillel Cohen, epidemiologista do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, disse que quando restaurantes ou empresas de alimentos colocam menos sal em seus produtos, eles podem acrescentar outras substâncias potencialmente nocivas para compensar o sabor perdido, ou para conservá-los.

Os consumidores não devem mudar seu comportamento alimentar com base em estudos limitados, que tentam determinar a ligação entre o sódio e os riscos para o coração, acrescentou Cohen, que não estava envolvido na pesquisa atual.

Os autores advertem que a pesquisa analisou apenas brancos europeus, por isso os resultados podem não servir para pessoas de outras etnias.

País terá laboratório público para análise química de cigarros

O Brasil terá o primeiro laboratório da América Latina para análise química de cigarros, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Só existem cinco laboratórios públicos desse gênero no mundo.

O centro de pesquisa, que será construído no Rio, está orçado em R$ 12 milhões, dos quais R$ 8,3 milhões já estão liberados. O laboratório deve ser aberto em dois anos, de acordo com Agenor Alves, diretor da Anvisa que supervisiona a área de tabaco.

Duas máquinas que simulam o ato de fumar já foram compradas, por US$ 327 mil (cerca de R$ 520 mil).


PÉ ATRÁS

O objetivo do laboratório é checar se as informações fornecidas pelos fabricantes de cigarro são verídicas.

Hoje, as empresas informam que ingredientes há em seus cigarros a partir de análises feitas em laboratórios privados dos EUA, do Canadá e do Reino Unido.

A tarefa de checagem é extremamente complexa porque o cigarro tem mais de 6.000 componentes tóxicos.

Há grande desconfiança sobre essas informações porque a indústria do tabaco tem um histórico de esconder dados cruciais sobre saúde, diz Tânia Cavalcanti, do Inca (Instituto Nacional de Câncer). As fábricas americanas sabiam desde os anos 50 que fumar causa câncer e só admitiram isso 40 anos depois.

A Folha revelou anteontem que uma pesquisa da Universidade de Lausanne, na Suíça, descobriu que os fabricantes adicionaram ou fizeram planos de incluir no cigarro drogas que inibem o apetite, entre 1949 e 1999.

Um laboratório como o que o Brasil vai construir no Instituto Nacional de Tecnologia, na Ilha do Fundão, serviria para conferir se essa prática continua. As fábricas negam usar esses aditivos.

Centros de pesquisa desse tipo já fizeram descobertas importantes sobre o fumo. Análises do Centro de Controle de Doenças, do governo dos EUA, revelaram que a concentração de nicotina no Marlboro vendido no mundo varia conforme a política de controle existente no país.

Se há órgãos reguladores atuantes, como no Canadá e no Brasil, a concentração de nicotina é menor. Nos países sem controle, o Marlboro tem mais nicotina, o que torna o produto mais viciante, segundo os pesquisadores.

REVEZES

A ideia de criar um laboratório para fazer pesquisas sobre tabaco surgiu junto com a criação da Anvisa, em 1999.

O projeto original era cobrar pelo registro das marcas de cigarro e aplicar esse valor em pesquisas. O registro de cada marca custa R$ 100 mil por ano.

A Souza Cruz e a Philip Morris, que dominam o mercado brasileiro, contestam a taxa na Justiça ""alegam que ela é inconstitucional (leia texto nesta página), mas depositam o valor em juízo.

Os depósitos somam hoje cerca de R$ 70 milhões, segundo a Anvisa, mas não podem ser usados até que o mérito da causa seja julgado.

Em 2007, a agência chegou a licitar um centro de pesquisa, mas o processo foi anulado por trapalhada do órgão. A mesma empresa que fez o projeto venceu a disputa, o que é proibido por lei.

Grávida com gripe suína tem mais chance de ter filho com baixo peso

Bebês nasceram com peso inferior a outros que nasceram de mães que tiveram gripe comum


Pesquisas publicadas recentemente nos Estados Unidos apontam que as mulheres que contraíram a gripe H1N1, popular gripe suína, durante a gravidez, tinham mais chance de dar à luz a bebês de baixo peso, em comparação com outras que tiveram apenas uma gripe comum. Os trabalhos foram compilados por uma equipe de cientistas da Divisão de Medicina Materno-Fetal em Mulheres e Crianças do Hospital de Rhode Island, coordenada por Brenna Anderson.

Desde a aparição do vírus em 2009, as autoridades de saúde relacionaram a gravidez como forte fator de risco, afirma Anderson.
O último estudo - "Características e resultados neonatais de gestações complicadas por infecção de gripe durante a pandemia de 2009" descobriu que mulheres que tiveram H1N1 durante a gravidez estavam mais propensas com peso inferior a de uma grávida que não teve a doença.

- A média de idade gestacional no parto foi inferior a 39 semanas e os bebês nascidos de mulheres com o vírus H1N1 pesava em média 285 gramas a menos do que outros bebês. Três dos bebês foram internados na UTI neonatal após o nascimento.

O objetivo do segundo estudo intitulado "As características clínicas de mulheres grávidas com doença semelhante à influenza durante a pandemia de H1N1 de 2009 e o uso de um algoritmo de gerenciamento padronizado” foi a de criar um método de rastreamento de gravidez e do parto durante a temporada de gripe no futuro. Para isso, foram separadas e acompanhadas as mulheres com o vírus H1N1 e aquelas com doenças semelhantes à gripe.

- Sabíamos que aumentam as taxas de mortalidade por gripe H1N1 durante a gestação e, durante esse estudo, pudemos determinar que o tempo que decorre a partir de quando uma mulher grávida apresenta os sintomas clínicos e de quando é dada a ela terapia antiviral é uma importante determinante do resultado.

Novo método de diagnóstico pode reduzir morte súbita em até 79%

Maioria dos casos se deve a uma doença cardíaca e metade é de origem genética

Uma equipe multidisciplinar que reúne cardiologia e genética clínica e molecular desenvolveu um método de diagnóstico de risco de morte súbita que pode reduzir este tipo de caso em até 79% nas pessoas com menos de 35 anos, e em 55% com mais 35 anos.

A Fundação Grupo Eresa e a Fundação Sistemas Genômicos, que apresentaram "Coração em ON", uma unidade que une o diagnóstico por imagem e o genético para detectar com adiantamento o risco de uma morte súbita antes que se produzam os primeiros sintomas.

A unidade é liderada pelos doutores José Zamorano e Salvador Campos e é formada por dez integrantes, dos quais cinco são especialistas em cardiologia dedicados ao diagnóstico cardiológico por imagem e o resto em genética clínica, molecular e bioinformática.

A abordagem de diagnóstico de cardiopatias é baseada em uma análise simultânea de 72 genes relacionados com a morte súbita, como miocardiopatias e transtornos genéticos do ritmo cardíaco, que se combina com um estudo cardiológico por imagem para obter uma "avaliação do diagnóstico em um prazo recorde de 90 dias".

Desta forma, a sequenciação genética em massa se dirige a genes específicos (next generation secuencing, NGS) e a tecnologia de imagem se baseia na cardiorresonância magnética (CRM) e a cardiotomografia computerizada (CTC).

Concretamente, a unidade dispõe de equipamentos de CRM de 1.5T e dos "mais inovadores" equipamentos de 3T, que oferecem a máxima rentabilidade diagnóstica, assim como um de CTC de alta resolução, que proporciona imagens de muito alta qualidade das artérias coronárias nas quais se podem detectar lesões ou más-formações.

As ferramentas se completam com o centro no qual fica esta equipe, onde os pacientes e seus parentes podem realizar um estudo genético e mediante a utilização das plataformas de alto rendimento, obter resultados com uma confiabilidade de 99,9%.

A Fundação Grupo Eresa lembrou em seu comunicado que 90% dos casos de morte súbita se deve a uma doença cardíaca, e que até a metade destas são de origem genética e constituem a maior proporção dos casos de morte súbita em menores de 35 anos.

Segundo esta unidade, "nas cardiopatias de origem hereditária é de grande importância a identificação genética no paciente e nos parentes em risco, já que a detecção dos pacientes com uma mutação genética permite estabelecer medidas terapêuticas ou preventivas".

Nos últimos anos, vários esportistas de elite morreram por morte súbita, como é o caso dos jogadores Daniel Jarque (2009), Antonio Puerta (2007), Miklos Feher (2004) e Marc-Vivien Foé (2003), entre outros.

Veja como cuidar da sua coluna

Sem a coluna, nenhum ser humano seria capaz de realizar movimentos tão comuns para nosso corpo,como como caminhar, correr ou mesmo sentar. A má postura, falta de exercícios ou uma carga exagerada de atividade física mal feita podem trazer graves problemas como escoliose, cifose, lordose, hérnia e lombalgias, que provocam dores muito fortes.

A melhor forma de manter uma coluna vertebral saudável é procurar mexer com o corpo, com atividades como caminhar,e correr. Mas sempre mantendo a coluna reta e a cabeça erguida. E no dia a dia, ao se sentar, sempre deixe a coluna ereta, usando o encosto para se apoiar.

E se você estiver lendo, procure deixar o livro, revista, jornal ou tela do computador numa posição mais acima, de modo que você não tenha que curvar o pescoço e baixar a cabeça para fazer a leitura.

Menino de 5 anos paga tratamento de câncer vendendo desenhos na internet

A família não precisou vender a casa para pagar as despesas hospitalares


Um menino americano de cinco anos conseguiu pagar o próprio tratamento de câncer vendendo 3.000 desenhos de monstros, palhaços e alienígenas na internet, muitos deles feitos na cama do hospital.

Aidan Reed, que vive em Kansas City, nos Estados Unidos, foi diagnosticado com leucemia em setembro do ano passado.

Os pais dele, Katie e Wiley, tiveram de ver o filho enfrentar semanas de sofrimento com o tratamento de quimioterapia e outros procedimentos dolorosos, mas tinham esperanças, já que os médicos haviam dito que o tipo de câncer de Aidan tem uma taxa de cura de 90%.

Só que com as contas de hospital se acumulando, os Reed tiveram de colocar a casa da família à venda. Foi aí que surgiu a ideia de transformar um hobby de Aidan em fonte de recursos.

Aidan Reed disse o que gosta de desenhar ao Survivors Club, uma organização que ajuda pessoas que enfrentam adversidades.

- Eu gosto de desenhar cavaleiros, bobos da corte, palhaços assustadores e alienígenas. Eu também gosto de me vestir de palhaços bons e palhaços malvados. Eu posso ser um lobo ou um zumbi...

Sucesso

Durante o tratamento, Aidan gostava de desenhar monstros. Esses desenhos foram colocados à venda na internet pela tia do menino, Mandi Ostein.

- Meu número de sorte é 60, então eu decidi que iria vender 60 desenhos.

Mas o sucesso foi tanto que a tia de Aidan acabou transformando sua casa em um centro de impressão e envio de desenhos. Muitos deles eram "assinados" pelo artista.

Pedidos chegaram de vários países do mundo, inclusive do Brasil. Wiley Reed, o pai do menino, disse que ficou impressionado com o sucesso.

- Eu fiquei chocado com a reação aos desenhos de Aidan. Acho que para ele também tem sido uma boa distração da doença.

No fim, foram vendidos cerca de 3.000 desenhos, arrecadando mais de R$ 47 mil (US$ 30 mil), o suficiente para cobrir todos os gastos com o tratamento e cancelar a venda da casa da família.

A tia do garoto conta que o resultado foi inacreditável.

- É absolutamente inacreditável. Nós somos moradores de uma cidadezinha do meio oeste americano. Este tipo de coisa não acontece com a gente.