04/05/2011
Dinheiro será pedido ao Ministério da Educação e deve pagar a folha de 600 funcionários do hospital
O Hospital Universitário de Brasília precisa de R$ 3,7 milhões para fechar as contas nos próximos três meses. O dinheiro será pedido ao Ministério da Educação, e deve pagar a folha de 600 funcionários precarizados do hospital até que a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hispitalares (EBSERH) seja votada no Congresso Nacional. As informações do MaisComunidade, de Brasília.
A empresa será responsável por gerir todos os hospitais universitários do país e contratar os 26 mil trabalhadores precarizados nas unidades - entre eles, médicos, enfermeiros e plantonistas.
Atualmente, o HUB possui dívidas de R$ 8 milhões. Para o vice-reitor João Batista de Sousa, que assumiu a direção do hospital nesta segunda, o ponto mais crítico é a falta do pronto-socorro, fechado há três anos. O projeto para a obra ficou pronto há dez dias, e a licitação, segundo ele, deve acontecer em breve. O prazo para a finalização da construção é de 8 a 10 meses.
João também esteve na Câmara dos Deputados para participar de uma audiência pública sobre a medida provisória 520, que cria a EBSERH. Segundo o relator do processo, deputado Danilo Fortes (PMDB-CE), a expectativa é que a votação em plenário aconteça na semana que vem. O prazo final para a votação é 2 de junho.
Privatização
A diretora da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), Léa Oliveira, disse que a EBSERH vai fazer a privatização dos hospitais universitáros. O vice-reitor lembrou que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ainda tem muitas dúvidas sobre a MP, e ainda não fechou posição.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), acredita que a MP 520 despersonifica o perfil de escola dos hospitais. Segundo ela, a empresa é uma central empresarial pública mas submetida a critérios de gerenciamento privado, sem compromisso com a vocação acadêmica.
No Rio de Janeiro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, saiu em defesa da MP 520. Para ele, a empresa será 100% pública, 100% SUS, para auxiliar e profissionalizar a administração dos hospitais.
Os ex-diretores do HUB justificaram sua demissão por causa de divergências sobre a MP 520.
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