Da Redação
Quem lidera o ranking são os escorpiões, responsáveis por 6.783 casos, quase 50% do total
Segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, na última década (2000 a 2010), o número de acidentes com animais peçonhentos no Estado subiu de 6.873 para 14.601.
Quem lidera o ranking são os escorpiões, responsáveis por 6.783 casos, quase 50% do total. De acordo com os especialistas da APRAG (Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas) várias são as causas deste aumento, entre elas, a expansão urbana e a grande oferta de alimentos e abrigos para estes animais.
“Todas as pragas urbanas necessitam de alimento, água e locais para se abrigar. O avanço das cidades para áreas antes não habitadas, a precariedade das habitações e a grande quantidade de lixo e entulho à disposição formam o ambiente ideal para a proliferação e esconderijo dessas pragas”, afirma o vice-presidente executivo da APRAG, Sérgio Bocalini. As baratas, por exemplo, são o alimento preferido dos escorpiões e os ratos servem de atrativo para as serpentes.
Embora destaque a precariedade de alguns ambientes como razão para o aparecimento dos animais peçonhentos, Sérgio Bocalini afirma que é possível a população tomar algumas medidas para diminuir o perigo.
“A limpeza e conservação das casas, quintais e terrenos é a principal arma da população. A vegetação precisar ser mantida rasteira, lixos bem tampados, assim como frestas em paredes e muros. E o ambiente precisa estar dedetizado, para evitar a disponibilidade de alimentos”, explica.
Quando a prevenção não é realizada de forma adequada, outras medidas são necessárias para controlar esses animais, como os tratamentos químicos, que só podem ser realizados por empresas profissionais, especializadas no controle de pragas urbanas.
Dependendo da espécie, um único escorpião pode gerar até 40 filhotes por ano, chegando a 160 filhotes durante sua vida, e sua picada, além de causar dores e lesões, pode levar à morte.
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