Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 29 de setembro de 2013

Remédios falsos, um mercado mais lucrativo que o das drogas

Qualquer tipo de medicamento pode ser objeto de tráfico:
 antibióticos, anticoncepcionais, anti-malária e inclusive
 remédios contra o câncer. 62% de cápsulas vendidas online
 em 2011 eram falsas
Entre 2008 e 2010, Mimi Trieu vendeu cerca de dois milhões de cápsulas para emagrecer aos clientes de seu salão de beleza na Filadélfia         
 
Paris - O tráfico de remédios falsificados, no qual indivíduos particulares competem com criminosos profissionais, se tornou um novo negócio muito lucrativo, muito mais do que o das drogas, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (25/9).

Entre 2008 e 2010, Mimi Trieu vendeu cerca de dois milhões de cápsulas para emagrecer aos clientes de seu salão de beleza na Filadélfia.

Estas cápsulas, supostamente "naturais", fabricadas no Japão, renderam a ele 245.000 dólares, mas na verdade eram importadas fraudulentamente da China e continuam sibutramina - uma substância que tira a fome e é proibida nos Estados Unidos e a maior parte dos países da Europa - e outas substâncias perigosas.

Assim como Victor Cheke, um britânico detido quando voltava da Ásia com milhares de cápsulas falsas para combater problemas de ereção e que pretendia vender na internet, Mimi Trieu está entre os indivíduos descritos no relatório do Instituto Internacional de Investigação das Falsificações de Medicamentos (Iracm), que mergulhou no lucrativo mercado dos remédios falsificados.

"Há uma democratização da criminalidade e da cibercriminalidade. Hoje, mais do que nunca, qualquer pessoa pode estar relacionada a este tráfico, seja de forma totalmente autônoma ou estabelecendo alianças com outros indivíduos", explicou Eric Przyswa, investigador da Mines-ParisTech e autor do relatório.

Segundo o Center for Medicine in the Public Interest, uma organização especializada americana, a venda de medicamentos falsos aumentou 90% entre 2005 e 2010, para atingir 75 bilhões de dólares (55 bilhões de euros). A atividade seria de 10 a 25 vezes mais rentável do que o tráfico de drogas.

Qualquer tipo de medicamento pode ser objeto de tráfico: antibióticos, anticoncepcionais, anti-malária e inclusive remédios contra o câncer. 62% de cápsulas vendidas online em 2011 eram falsas.

O espaço das organizações criminosas "clássicas" e das redes terroristas neste tráfico, difícil de estimar, parece limitado, destacou o relatório. Só o Exército Republicano Irlandês (IRA) conseguiu, nos anos 1990, transformar realmente este tráfico em uma fonte de financiamento.

Para Eric Przyswa, o mercado de remédios falsificados parece dominado, ao contrário, por um tipo de "crime do colarinho branco que atua no setor da saúde" e às vezes se alia a particulares.

Entre dezembro de 2006 e maio de 2007, Peter Gillespie, especialista em contabilidade e distribuidor farmacêutico britânico, importou, através de sua sociedade, 72.000 pacotes de remédios falsificados.

Fabricados na China - principal produtor de medicamentos falsos, à frente de Índia e Rússia -, embalados na França e revendidos legalmente na Grã-Bretanha, estes produtos lhe teriam rendido três milhões de libras (3,6 milhões de euros), antes de ser condenado a oito anos de prisão.

Outros criminosos de "colarinho branco" geriram uma verdadeira rede internacional, como Igor Gusev, um homem de negócios russo que nos anos 2000 criou a Glavmed, uma das redes mais importantes de distribuição de remédios falsificados na internet.

Graças a um programa de afiliação, os intermediários podiam abrir suas próprias farmácias "pré-fabricadas" na web e obter cerca de 40% das comissões das vendas. A "promoção" das farmácias falsas era garantida pelo envio de mensagens de spam, uma presença importante nos fóruns de discussão e na manipulação dos motores de busca.

Esse sistema teria faturado para a Glavmed ganhos mensais em 2011 de mais de um milhão de dólares (740.000 euros).

Segundo a Aliança Europeia para os Medicamentos Seguros, 62% das cápsulas compradas pela internet em 2011 eram falsificadas. Nos países desenvolvidos, apenas 1% dos medicamentos são falsificados.

Mas em alguns países árabes, da América Latina e da África, um terço é de remédios falsos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nessas regiões, mais do que em qualquer outro lugar, o tráfico é particularmente perigoso: em 2009, 84 crianças nigerianas morreram depois de ingerir um xarope para tosse que continua anticongelante.
 
Correio Braziliense

Efeitos alcançados por vacina em spray superam aos do método tradicional

Homem recebe dose de vacina em spray: técnica eficiente (Sukree Sukplang /Reuters)
Homem recebe dose de vacina em spray: técnica eficiente
Medicamento tem o princípio ativo protegido por nanocápsulas de proteína, que impedem que a substância seja barrada pelas secreções nasais
 
Um dos grandes desafios da medicina é aposentar as vacinas com agulha. Não se trata de agradar aos que temem as injeções. Além de uma questão de segurança, cientistas buscam eficiência.
 
A terapia por meio de um pulverizador nasal surge como uma promissora alternativa. Estudos têm indicado que a vacina em spray apresenta mais eficácia contra doenças virais. Um dos desafios, porém, é fazer com que as secreções da mucosa não embarreirem o que é lançado no nariz.
 
Cientistas americanos podem ter dado um passo importante na solução desse impasse. A vacina tem como base nanocápsulas de proteína que revestem o princípio ativo, facilitando a chegada dele à parte do corpo que precisa ser protegida ou tratada.
“Descobrimos que as nanocápsulas foram resistentes na via respiratória e tivemos resultados além do esperado. Houve imunização sistêmica”, destaca Adrienne Li, pesquisadora do Departamento de Engenharia Biológica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
 
A integrante do estudo acredita que a estrutura criada pode se transformar em um método que revolucione a aplicação de vacinas. As nanocápsulas são formadas por combinações de proteínas cobertas de lipídeos.
 
A união faz com que elas fiquem densas e fortes — condição para resistir à ação do muco nasal. Os resultados alcançados foram detalhados na edição de hoje da revista científica Science Translational Medicine.

Para testar a eficácia das nanocápsulas, os cientistas fizeram um experimento com camundongos. Uma parte das cobaias recebeu doses da vacina em spray. A outra, o tratamento tradicional, ou seja, aplicações por meio de injeção.
 
Os bichos imunizados com as nanocápsulas receberam proteção nos pulmões, no intestino e no trato reprodutivo. Isso foi possível porque houve uma ativação das células T, que são responsáveis pela defesa imunológica contra vírus, bactérias e fungos. “Essa resposta imune generalizada indica que o local de administração da vacina é um fator importante para a proteção de doenças infecciosas”, avalia Li.
 
Correio Braziliense

Cartilha ajuda pais em brincadeiras para filhos com síndrome de Down

Para Miryam Pires, o principal obstáculo enfrentado pelos pais é a falta de conhecimento sobre como educar o filho (Eduardo Guilhon/Divulgação)Material, chamado TO Brincando (terapia ocupacional), tem propostas pedagógicas para facilitar o aprendizado de conceitos relacionados à comunicação, ao raciocínio lógico e à percepção corporal
 
Rio de Janeiro – A organização não governamental Movimento Down, em parceria com os Correios, lançou na manhã desta sexta-feira (27/9) uma série de cartilhas para auxiliar pais e profissionais em brincadeiras e jogos adaptados para crianças com síndrome de Down.

O material, chamado TO Brincando (terapia ocupacional), tem propostas pedagógicas para facilitar o aprendizado de conceitos relacionados à comunicação, ao raciocínio lógico e à percepção corporal. A coleção foi elaborada junto com o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), será disponibilizada para download gratuito no portal da organização.

“O projeto nasce de uma necessidade de formação e informação de pessoas que trabalham com crianças com síndrome de Down. A gente vem trabalhando e desenvolvendo jogos comerciais a partir desse olhar. Então, a gente pensa nesse jogo como um que tenha mais acessibilidade física, visual e comunicativa”, disse a coordenadora do projeto TO Brincando, Miryam Pires.

Para Miryam Pires, o principal obstáculo enfrentado pelos pais é a falta de conhecimento sobre como educar o filho. “Fazemos workshop para famílias, para profissionais. A gente traz crianças para o atendimento aqui no IPPMG [Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira]. Temos mais ou menos 50 crianças em trabalho aqui”.
 
A coordenadora do Movimento Down, Débora Mascarenhas, informou que o atendimento às famílias é feito pela internet. “Por via do contato do portal, a gente tem em torno de 3 mil famílias acolhidas em um ano e meio. Temos 45 mil seguidores no Facebook. Então, de forma direta, ou indireta, esse conteúdo chega no Brasil e fora dele. Tem 25 países, além do Brasil, que acessam o portal do movimento”, disse, acrescentando que a organização foi criada em 21 de março de 2012, quando o Brasil comemorou pela primeira vez o Dia Internacional da Síndrome de Down.

O ator Breno Viola, que tem a síndrome, destacou a importância do projeto. “É muito bom estar contribuindo juntos com o TO Brincando. Os materiais são adaptados para pessoas com deficiência”, disse o ator, que participou do filme Colegas, que conta as aventuras de três jovens com síndrome de Down.
 
Correio Braziliense

Cardiologistas definem normas para avaliar deficientes para os esportes

Pelos dados da SBC, atualmente apenas 10% da população fazem exercícios na frequência recomendada (Agência Brasil)
Pelos dados da SBC, atualmente apenas 10% da população fazem
 exercícios na frequência recomendada
Os estudos para a elaboração da Diretriz levaram quase três anos e contaram com a participação de 40 especialistas em cardiologia e medicina de esporte da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
 
Pela primeira vez no mundo, os médicos vão ter um conjunto de normas para avaliar as condições de pessoas com deficiência física para a prática de esportes. A avaliação faz parte do documento Diretriz do Esporte e do Exercício. Avaliação Cardiológica e do Deficiente Físico, que vai ser apresentado durante o 68º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado a partir deste sábado (28) no Riocentro, zona oeste do Rio.

“Colocamos um item inédito no mundo inteiro, que é a avaliação dos paralímpicos, que nunca tiveram nada relacionado a eles. Como está crescendo a participação deles nas competições mundiais, fizemos questão de ter um capítulo de como preparar e como avaliar um paralímpico”, disse o cardiologista e editor do documento, Nabil Ghorayeb, em entrevista à Agência Brasil.

Os estudos para a elaboração da Diretriz levaram quase três anos e contaram com a participação de 40 especialistas em cardiologia e medicina de esporte da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). “Convidamos pessoas que tinham convivência com coração de atletas, com esporte competitivo e com nível de intensidade de exercício”, esclareceu o professor de pós-graduação em cardiologia e medicina esportiva.

A Diretriz é um documento, com atualizações em períodos de dois ou três anos, utilizado pelos médicos para orientar os profissionais de saúde sobre exames a serem solicitados para avaliação e acompanhamento da evolução de pacientes. No caso das normas de avaliação dessa última Diretriz, o cardiologista informou que foram designados três subgrupos - um de avaliação prévia para a participação em esportes, academias e lazer. O grupo 2 foi focado nas principais doenças que matam nas atividades físicas ou que complicam a vida das pessoas ou pacientes quando fazem atividades físicas; e o terceiro foi para estudar os atletas paralímpicos.
 
Para o médico, com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas deve aumentar o número de pessoas que vão buscar as atividades esportivas, por isso aumenta a importância da elaboração da Diretriz. “Vai ser fácil seguir uma conduta uniforme. Os médicos faziam os exames que achavam que deveriam ser feitos. Agora será uniformizado. E no próprio Congresso vamos discutir o documento e os que tiverem dúvidas poderão apresentar”, acrescentou, informando que a revisão das normas, para incluir os avanços na medicina, será feita em 2015.

O diretor da Divisão Clínica do Laboratório de Pesquisa, Treinamento e Simulação em Emergências Cardiovasculares do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Sérgio Timerman, disse que a preocupação é que muita gente, na busca por uma vida mais saudável, começa a fazer exercícios físicos sem procurar um especialista antes para uma avaliação médica. “Procurar uma vida saudável significa procurar saber também se a pessoa está saudável para uma atividade física”, contou.

O médico alertou para os casos de morte súbita que ocorrem durante a prática de exercícios sem uma avaliação preliminar das condições físicas da pessoa. “Nessa avaliação inicial pode-se detectar o risco ou não de essa pessoa fazer uma atividade que, em vez de melhorar a qualidade de vida, leve a uma morte súbita”, explicou.

Sérgio Timerman defendeu que as academias façam sempre testes físicos na admissão de novos usuários. “Existem academias facilitando a entrada de pessoas sem nenhuma análise”, disse.

Pelos dados da SBC, atualmente apenas 10% da população fazem exercícios na frequência recomendada, de cinco vezes por semana.

Correio Braziliense

Senado aprova projeto que prevê parto humanizado pelo SUS

O filme 'Renascimento do Parto' abordou a falta de informação
em torno do parto natural no Brasil,
Se os deputados federais aprovarem a medida que altera a Lei Orgânica da Saúde, todos os profissionais e estabelecimentos da área de saúde mantidos pelo governo terão que oferecer um tratamento diferenciado a gestantes e recém-nascidos
 
O projeto de lei que prevê parto humanizado nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) foi aprovado nesta quarta-feira (25) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em caráter terminativo. Se os deputados federais aprovarem a medida que altera a Lei Orgânica da Saúde, todos os profissionais e estabelecimentos da área de saúde mantidos pelo governo terão que oferecer um tratamento diferenciado a gestantes e recém-nascidos.

“Ainda que o termo “parto humanizado” comporte interpretações variadas, caberá às normas infralegais editadas pelos gestores do SUS detalhar os princípios e as diretrizes, bem como as normas técnicas que deverão orientar a assistência ao parto, de forma a que sejam atendidas as condições que garantam um parto de qualidade e com características humanizadas”, explicou a relatora da matéria, senadora Ana Rita (PT-ES).

O autor do projeto, senador Gim Argello (PTB-DF), destacou que a aprovação da matéria vai garantir que as recomendações já feitas pelo Ministério da Saúde saiam do papel e virem uma prática. Segundo o parlamentar, o projeto estabelece a garantia da privacidade e autonomia da paciente que participará de qualquer decisão médica.

O colegiado também aprovou a proposta que institui a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem no SUS. O texto prevê que as medidas terão quer ser implementadas e mantidas permanentemente pelo sistema, com procedimentos de prevenção, detecção precoce, diagnóstico e tratamento de doenças que afetam exclusiva ou predominantemente a população masculina.

Os dois projetos seguem para análise da Câmara dos Deputados.
 
Correio Braziliense

Conheça alguns cuidados para um sono de qualidade na terceira idade

O tempo de descanso sofre alterações com o avanço da idade
Dormir bem é fundamental para regular as funções do organismo
 
Um sono de qualidade contribui para uma vida mais longa e saudável. O sono não é apenas um momento de descanso. Dormir é essencial para a manutenção do corpo e da mente, pois regula funções vitais no organismo. Um sono profundo, somado a outros hábitos saudáveis, como exercícios físicos e boa alimentação, colabora para que o indivíduo alcance uma expectativa de vida maior.
 
Segundo a fisioterapeuta e especialista em Medicina do Sono Carolina Elena Carmona de Oliveira, o período de sono regular em adultos é, em média, de oito horas por noite. No entanto, com o decorrer da idade, o tempo de descanso vai, aos poucos, diminuindo e sofrendo algumas alterações.
 
— Na terceira fase da vida, por exemplo, o sono se torna mais leve, o adormecer fica mais demorado, ocorrem interrupções durante a noite e, geralmente, uma noite de sono não chega a oito horas, que é o período recomendado por especialistas — explica.
 
Além destes fatores, a fisioterapeuta ressalta o impacto das alterações da estrutura óssea dos idosos.
 
— Nesta fase, as pessoas vão ficando mais baixas, por conta dos encurtamentos musculares que ocorrem nas regiões da coluna cervical e lombar, diafragma e membros inferiores. Fatores biológicos, traumatismos ou hábitos errôneos, também colaboram para a mudança na posição do indivíduo e do seu centro de gravidade. Sendo assim, é indispensável que o idoso mantenha o cuidado diário com a postura e adote medidas saudáveis para dormir, a fim de evitar dores e problemas estruturais — complementa.
 
Confira abaixo algumas dicas da fisioterapeuta:
 
Ao levantar da cama
O idoso deve virar as pernas para o lado em que pretende levantar, apoiar os braços na cama e erguer o tronco. Em casos de repouso na cama por longos períodos é recomendado que mude sempre de posição e seja orientado e incentivado para tal, evitando assim um atrofiamento e o surgimento de úlceras de decúbito.
 
Condições favoráveis para a qualidade do sono
O travesseiro, o colchão e até mesmo a temperatura do ambiente contribuem para um sono renovador. Portanto, na hora de dormir, o idoso deve, preferencialmente, dormir de lado e utilizar um travesseiro que complete exatamente o espaço compreendido entre a cabeça e o colchão (formando um ângulo de 90 graus no pescoço), alinhando assim toda a coluna com o tronco. Isso facilita a circulação sanguínea e permite que os estímulos elétricos sejam perfeitamente enviados pelo cérebro aos órgãos do corpo.
 
Ao sentar
Deve-se apoiar os braços e se aproximar bastante do assento até encostar a parte de trás do joelho. Em seguida, apoiar as mãos nos braços do assento e inclinar-se para frente, flexionando o joelho até sentar. O encosto do assento deve acomodar a coluna, e os pés devem estar apoiados no chão ou em algum suporte.
 
Ir para cama somente quando tiver sono
O sono no idoso é mais fragmentado e menos profundo, sendo menos concentrado à noite e mais disperso no dia, por conta do ritmo biológico. É importante evitar assistir televisão ou ler um livro deitado, e evitar tomar chás e cafés, pois funcionam como estimulante. É muito importante manter a disciplina e tentar dormir sempre na mesma hora.
 
Evite ficar encurvado
Recomendamos manter a postura firme. Para não ficar encurvado, o idoso deve deixar os pés um pouco mais afastados e posicionar o quadril alinhado ao tronco, com os pés firmes no chão.
 
Zero Hora

Confira 10 dicas para garantir uma dieta rica em fitoquímicos

Eles são componentes naturais encontrados em frutas, legumes e cereais, que podem proteger de várias doenças
 
 
Os fitoquímicos são componentes naturais encontrados em frutas, legumes e cereais que comemos, ou deveríamos comer, todos os dias.

Esses compostos, além de serem os responsáveis por dar cor aos alimentos, podem nos proteger ou ajudar a tratar de doenças fatais como câncer, problemas cardíacos, diabetes, hipertensão, entre outras.

— A dieta deve ser variada em frutas e vegetais. Lembre-se: quanto mais colorida a dieta, maior variedade de fitoquímicos

— Beba uma xícara de chá de camomila antes de dormir. Ele é rico flavonas (um fitoquímico) e também ajuda a dormir. Um sono reparador ajuda ao bom funcionamento do organismo

— Invista em beterraba, goiaba, melancia, pimentão vermelho e tomate. Esses vegetais ajudam a prevenir o estresse e funcionam como antioxidante no controle dos radicais livres.

— Não cozinhe e processe demais os alimentos, pois eles podem perder seus componentes bioativos. O mais indicado é sempre consumir os alimentos da forma mais natural possível.

— Se não tiver restrição médica, consuma um cálice de vinho tinto ou um copo de suco de uva por dia. Eles são ricos em catequinas e resveratrol, poderosos antioxidantes que ajudam na redução de risco de doenças cardiovasculares.

— Se não tiver restrição médica, consuma um dente de alho fresco por dia. Ele ajuda a reduzir pressão sanguínea.

— Inclua sempre saladas na hora do almoço e do jantar. É interessante, também, acrescentar saladas no sanduíche do lanche da tarde.

— Você pode beber nos lanches intermediários sucos naturais, que são ricos em fitoquímicos.

— Inclua na dieta frutas oleaginosas (amêndoa, avelã, castanha de caju, entre outros), aveia e azeite de oliva, que são ricos em fitoquímicos.

— As sopas de legumes (cenoura, vagem, brócolis, moranga, repolho roxo, cebola, chuchu) são uma ótima forma de consumir os vegetais à noite.
 
Zero Hora

Fitoquímicos dão poder e cor aos alimentos

Fitoquímicos dão poder e cor aos alimentos Fernando Gomes/Agencia RBS
Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
Em tratamento com cardiologista e nutricionista, Daisy adotou
 alimentação mais colorida
Elementos naturais de frutas, legumes e cereais podem proteger de várias doenças
 
Se o único colorido do seu prato é o da louça, prepare-se para rever preferências culinárias e incluir novos ingredientes no cardápio. Além de estudos que indicam a importância dos nutrientes presentes nos alimentos vegetais — como fibras, vitaminas e minerais —, uma descoberta vem despertando cada vez mais o interesse dos pesquisadores e daqueles que buscam na alimentação uma forma de manter a saúde em dia. Estamos falando dos fitoquímicos, componentes naturais encontrados em frutas, legumes e cereais que comemos, ou deveríamos comer, todos os dias.

Esses compostos, além de serem os responsáveis por dar cor aos alimentos, podem nos proteger ou ajudar a tratar de doenças fatais como câncer, problemas cardíacos, diabetes, hipertensão, entre outras.

Uma dieta balanceada e saudável sempre foi defendida por médicos e nutricionistas como elemento fundamental para a manutenção do bem-estar físico e mental. A constatação, na verdade, é mais antiga do que pensamos. Há mais de 2,5 mil anos, o filósofo grego e "pai da medicina", Hipócrates, já dizia: "Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio". Para o pensador, as doenças estavam relacionadas ao meio em que vivemos, à raça e ao que comemos. Com as mudanças econômicas, o processo de industrialização dos alimentos e o aumento no consumo de fast foods, salgadinhos e refrigerantes, isso tem sido relegado ao esquecimento.

Interesse crescente por esse tipo de composto
Mas o que a sociedade foi deixando de lado, a ciência está resgatando.

— Vários estudos mostram que uma dieta rica em frutas, vegetais, cereais integrais e leguminosas pode trazer benefícios à saúde e diminuir o risco de doenças crônicas degenerativas, o que explica o interesse crescente nesses compostos — destaca a nutricionista Denise Dillenburg Osório, coordenadora do Curso Técnico em Nutrição e Dietética da Escola Profissional da Fundação Universitária de Cardiologia.

Ainda que não sejam essenciais para a sobrevivência do homem — os fitoquímicos não são considerados nutrientes porque sua falta não gera deficiências vitais —, estes compostos apresentam benefícios que têm feito muitos autores considerá-los verdadeiros "guardiões da saúde".

Cuidado com os processados
Cada tipo de vegetal pode conter centenas de fitoquímicos. Para se ter uma ideia, apenas uma laranja contém 170 ou mais compostos diferentes. Por formarem um grupo altamente numeroso (existem milhares deles), seus benefícios para os seres humanos ainda não são totalmente conhecidos. Entre os já identificados, estão as propriedades antioxidantes desses compostos, o que significa que eles nos protegem contra substâncias chamadas radicais livres, que podem danificar as células saudáveis do organismo.

Mas é preciso ficar atento aos produtos industrializados que se dizem "ricos em fitoquímicos". Conforme a nutricionista Vanessa Franzen Leite, especialista em nutrição clínica e esportiva, o processamento dos alimentos influencia na redução significativa ou na perda total desses compostos.

— Os fitoquímicos são encontrados nas frutas e vegetais naturalmente. Quando esses alimentos são processados ou cozidos, os compostos acabam sendo destruídos ou removidos — explica a nutricionista.

O ideal é consumi-los in natura, recomenda Vanessa. Dessa forma, eles podem ajudar a modular a coagulação sanguínea, a aumentar as defesas do corpo, a retardar o envelhecimento, entre outros benefícios à saúde.

E a cada nova pesquisa, novas descobertas são feitas:

— Estudos recentes demonstram que os fitoquímicos podem atuar em diferentes fases de desenvolvimento das células adiposas, estimulando a quebra de gordura, e, consequentemente, reduzindo a obesidade — complementa a nutricionista Carla Haas Piovesan, mestre em Ciências da Saúde e professora do curso de graduação em Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Para quem e de que forma são eficazes
Para a especialista, o ideal é consumir esses alimentos de forma variada, com frequência diária e dentro de um plano alimentar balanceado e individualizado. Dessa forma, eles podem ser muito eficazes para quem ainda não tem fatores de risco a determinadas doenças. Entretanto, para os que já apresentam sintomas ou já foram acometidos por enfermidades, o consumo de fitoquímicos deve ser visto como um complemento do tratamento médico, e não como substituto dos medicamentos.

— Nessas situações, a dieta serve para agir, junto aos medicamentos, na melhora do paciente — explica Carla.

Mais cor, menos dor
Uma dieta mais colorida foi a recomendação dada pela nutricionista Carla Piovesan para a educadora física Daisy Guimarães, 53 anos. Foi quando entrou na menopausa, por volta dos 50 anos, que ela sentiu algumas mudanças significativas no corpo. As alterações hormonais típicas dessa fase fizeram Daisy — acostumada a praticar exercícios diariamente — ganhar peso, aumentar o nível de estresse, sentir dores no corpo e palpitações que a obrigaram a reduzir as atividades. Ao consultar um médico, viu que diversos exames, como colesterol e pressão, estavam alterados.

— O mal-estar começou a ficar muito grande. Tive de abrir mão dos exercícios e isso não estava me fazendo bem. Então, fui a um cardiologista e à nutricionista. O trabalho em conjunto deles me fez melhorar muito — conta.

Além dos medicamentos receitados, Daisy passou a seguir dieta rica em fitoquímicos. Pratos mais coloridos, sucos e frutas ao longo do dia foram algumas das recomendações que passou a seguir rigorosamente:

— Hoje, aprendi, inclusive, a preparar as saladas de formas variadas. Com temperos diferentes, elas ficam mais gostosas.

Um ano e meio após o início do tratamento, a educadora física comemora os 12 quilos a menos e uma disposição muito maior do que a apresentada anteriormente.

— A Daisy estava em grupo de risco para doenças crônicas, com exames alterados e pressão aumentada. Uma reeducação alimentar colaborou no tratamento das alterações existentes e preveniu a piora. Hoje, ela está com exames melhores — afirma Carla.

Menos estressada e mais disposta, a educadora física voltou a praticar esportes e faz dança, natação e pilates.

Mais de 2 mil pigmentos
Descobertos na década de 80 pelo químico Gary Postner, da John Hopkins University, nos Estados Unidos, os fitoquímicos se originaram para ajudar as plantas a sobreviverem em ambientes hostis. A palavra '"fitoquímico'' significa, literalmente, química da fito (planta).

Desde a tonalidade vermelha dos morangos ao aroma do alho, os fitoquímicos ajudam a dar às plantas as suas distintas cores, cheiros e sabores. Há mais de 2 mil pigmentos vegetais conhecidos em alimentos, e as diferentes cores podem indicar seus papéis fisiológicos e benéficos para o homem.
Zero Hora

Conheça as principais causas do zumbido no ouvido

Qualquer alteração metabólica pode estar por trás do zumbido
Alimentação e uso de medicamentos são fatores que podem contribuir para o problema
 
Diversos fatores desencadeiam o zumbido no ouvido, um sintoma que acomete adultos de todas as idades e já aparece também em adolescentes e até em crianças. Erros alimentares, uso de medicamentos tóxicos e até o hábito de escutar músicas com som alto, especialmente com fones de ouvido, são fatores que podem contribuir para o problema.
 
O primeiro passo para o tratamento do zumbido é a realização de exames auditivos e de sangue para análise das particularidades do paciente, como explica a otorrinolaringologista especializada em zumbido, Tanit Ganz Sanchez.
 
— São realizados exames como a audiometria e a acufenometria, que identificam o grau de perda de audição, o tipo e o volume do zumbido. Exames de sangue que demonstram se há anemia, aumento de glicose, colesterol ou triglicérides. Ainda é possível identificar com tomografia ou ressonância magnética eventuais tumores no nervo auditivo — explica a especialista.
 
Fazer jejum prolongado, comer doces com frequência ou ingerir alimentos gordurosos são hábitos alimentares que podem interferir no problema. Além disso, a ingestão de mais de quatro xícaras diárias de café, chá preto, refrigerante ou chocolate também pode atrapalhar. Algumas pessoas têm alergia alimentar ou intolerância a lactose/glúten e as manifestações podem afetar o ouvido.
 
— Qualquer alteração metabólica pode estar por trás do zumbido. Nesses casos, é indicado que o paciente interrompa o consumo desses alimentos por cerca de 30 dias para reavaliação do quadro. Se o zumbido começar a diminuir é um indício que os agentes causadores sejam eles — complementa Tanit.
 
Segundo a especialista, o sintoma também pode aparecer por desequilíbrio hormonal no organismo.
 
— Pode ser tanto um problema dos hormônios da tireoide, o hipotireoidismo, como dos hormônios femininos e masculinos a menopausa e a andropausa. Nesses casos, é recomendada a reposição hormonal, desde que esteja de acordo com a orientação correta dos médicos — afirma Tanit.
 
Se o zumbido não ocorre devido à alimentação inadequada ou alterações hormonais, os pacientes podem receber outros tratamentos, sejam medicamentosos ou com aparelhos auditivos, entre outros.
 
— Há vários tipos de medicamento com potencial para ajudar mas, curiosamente, nenhum deles foi inventado com esse propósito. A maioria foi descoberta de forma acidental, como no caso dos medicamentos para circulação, dor, convulsão, ansiedade e depressão. Em qualquer um dos casos é necessário uma avaliação e acompanhamento do quadro — explica Tanit.
 
Zero Hora

Descubra como os jogos virtuais podem ajudar no aprendizado

Descubra como os jogos virtuais podem ajudar no aprendizado Genaro Joner/Agencia RBS
Foto: Genaro Joner / Agencia RBS
Reflexos mais ágeis são alguns dos benefícios proporcionados
 pelos games
Segundo especialistas, durante partida de videogame, pode-se aprender idiomas, quebrar barreiras familiares e conhecer pessoas de todo o mundo
 
Aos 14 anos, o universitário Jefferson Prado, hoje com 19 anos, ficou surpreso ao perceber que sabia com detalhes a resposta correta de uma das perguntas da prova de história do 9º ano do Ensino Fundamental. A questão tratava de uma passagem importante na vida do romano Júlio César. A resposta só veio fácil porque o estudante estava, à época, entusiasmado com um jogo virtual de estratégia sobre o Império Romano. A escola cobrava a volta de César de Gália, uma das fases mais importantes do game.

— Foi fácil porque no jogo eu era Júlio César, eu vivia como César — conta.

As mesmas partidas provocaram no adolescente reflexões complexas para a idade dele. Uma das fases questionava como seria o mundo atual se Roma tivesse sido vencida por Cartago durante as Guerras Púnicas.

— Na época, eu me questionei se a nossa sociedade, tão influenciada por Roma, teria algumas características de Cartago. Jogar me levou a essa reflexão — diz Jefferson.

Cada vez mais comuns entre os jovens, os jogos virtuais podem abrir espaço para o aprendizado e auxiliar no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Reflexos mais ágeis, maior capacidade de tomar decisões rápidas, novos conhecimentos e até o aprendizado de novas línguas são alguns dos benefícios proporcionados pelos games, dizem especialistas. Os benefícios não vêm apenas dos jogos desenvolvidos especialmente para a educação, explica a professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e especialista em educação e tecnologia Lynn Alves.

— Os jogos comerciais também podem ser um estímulo para a aprendizagem — afirma.

A professora coordena o site Comunidades Virtuais. Ligada à Uneb, a iniciativa disponibiliza jogos gratuitos e educativos.

Incentivo da mãe
Psicólogo, Luiz Mello Gallina confirma a ideia de que mesmo os jogos não pensados com a proposta educativa podem promover benefícios. Gallina pondera, entretanto, que a influência dos jogos depende das especificidades do usuário.

— Um mesmo jogo pode ser benéfico para alguns jogadores e não para outros. Os benefícios podem vir se a pessoa usar a experiência para refletir sobre a vida — explica.

No caso de Jefferson, o estímulo para começar a jogar veio da mãe. Quando ele tinha seis anos, ela colocava o garoto para brincar com um jogo cujo objetivo era construir e administrar cidades. A intenção era instigar e desenvolver melhor o raciocínio lógico. Jefferson acredita que a criatividade também foi aguçada durante essas partidas.

— Tinha de criar novas cidades, organizá-las, atividades difíceis para uma criança daquela idade e que me estimularam muito a pensar diferente — afirma.

O estudante de engenharia conta que os games também lhe renderam benefícios que, raramente, são relacionados aos jogos virtuais, como a possibilidade de fazer novos amigos.

— Eu era muito tímido quando mais novo. Foi com o contato que eu precisava ter com outras pessoas nos jogos online que me soltei mais — explica.

Jefferson diz também que a competitividade dos games o ensinou a liderar e trabalhar bem em equipe.

— Em alguns jogos, você não faz nada sozinho. A vontade de ganhar me fez aprender a trabalhar melhor em conjunto, o que ajuda na universidade, na vida fora do jogo — avalia.

Em família
Doutora em psicologia e especialista em tecnologia educacional, Lairtes Júlia Vidal acredita que os jogos, além de uma maneira eficaz de se obter novos conhecimentos, pode aproximar pessoas.

— Pode ser divertimento que ensina novos conteúdos, curiosidades e que auxilia a socialização — afirma.

Mesmo dentro de casa, as relações podem ser melhoradas. Apesar das dificuldades que os pais geralmente encontram para dominar a linguagem e o ambiente dos jogos, a atividade pode ser um meio de aproximá-los dos filhos. Segundo o psicólogo Luiz Mello Gallina, conversar com filhos sobre jogos e mostrar interesse na atividade podem representar um reconhecimento de que os gostos e as escolhas dos mais jovens são valorizados.

— Isso facilita uma aproximação, permitindo que os pais possam tratar dos receios que têm em relação aos jogos e tomar decisões mais adequadas — complementa.

O universitário Lucas Sanches, 18 anos, começou a jogar por volta dos cinco anos. Para o estudante de Engenharia, os games foram uma maneira divertida de estar próximo da família. Tios, primos e o pai do jovem sempre foram parceiros dele na atividade.

— Era uma momento de diversão entre nós — diz.

Devido à rotina de trabalho do pai, Lucas conta que eles tinham pouco tempo para estar juntos:

— Meu pai sempre trabalhou muito. Quando jogávamos, era uma oportunidade de ficarmos mais próximos.

Além de colaborar para aproximar a família, os games auxiliaram Lucas no aprendizado do inglês, já que a maioria dos jogos é desenvolvida nessa língua. O contato com jogadores de outros países também é um fator importante para a aprendizagem de idiomas.

— Você se acostuma com as palavras, com o jeito que o idioma é, aprende mais vocabulário. Grande parte do que sei de inglês aprendi jogando — explica o universitário.

Interações facilitadas
No imaginário de muitas pessoas, quem gosta de jogos virtuais é visto como alguém que se isola em um quarto e, com um computador ou uma televisão à frente, esquece-se do mundo ao redor. Especialistas e jogadores, entretanto, afirmam que os games podem ser, na verdade, um meio de se obter novos relacionamentos e aumentar a interação social dentro e fora do espaço virtual. Para o psicólogo Luiz Mello Gallina, grupos de amizade se formam por conta do interesse comum nos jogos, fazendo com que a importância deles extrapole o ambiente digital:

Um jogo que envolve a presença de outros jogadores abre a possibilidade de interações sociais mais frequentes, o que pode ser benéfico para pessoas com dificuldades de relacionamento.

Os universitários Jefferson Prado,19, e Lucas Sanches, 18, contam que conheceram diversas pessoas dentro do ambiente de jogo. Os dois acreditam que os jogos facilitam a interação com pessoas de outras cidades e até países em relações que, muitas vezes, migram para fora das telas.

— Muitos dos meus melhores amigos eu conheci jogando, pessoas de outros países e mesmo alguns da minha cidade — diz Jefferson.

Gallina adverte que é preciso ficar atento ao risco de que os jogos se transformem, de fato, em uma forma de isolamento. Outros afazeres, segundo o especialista, não podem ser deixados de lado pelo envolvimento com os games.

— Deve-se ponderar que existem outras atividades e acontecimentos igualmente importantes. Os jogos não podem tomar todo o tempo de convívio com a família, amigos ou colegas —alerta.

Alguns benefícios
— Auxiliar no desenvolvimento de crianças e adolescentes

— Reflexos mais ágeis

— Maior capacidade de tomar decisões rápidas

— Novos conhecimentos

— Aprendizado de novas línguas

— Instigar e desenvolver o raciocínio lógico
 
Correio Braziliense/Da Press

Parar de fumar pode diminuir a dor nas costas, aponta estudo

Na pesquisa, fumantes relataram significativamente mais dor
quando comparados com os pacientes que nunca fumaram
Diversas pesquisas relacionam nicotina e o aumento da dor
 
Diversas pesquisas têm revelado uma ligação entre o tabagismo e o risco aumentado para a dor lombar da coluna. Um novo estudo, publicado no The Journal of Bone and Joint Surgery, revela que os fumantes que sofrem de distúrbios da coluna vertebral e dor lombar relataram maior desconforto do que pacientes com transtornos da coluna vertebral que pararam de fumar durante uma período de tratamento, com duração de oito meses.
 
Os pesquisadores revisaram o histórico de tabagismo e de dor de mais de 5,3 mil pacientes com dores oriundas de alguma desordem da coluna, que tenham sido tratados com cirurgia ou não, ao longo de oito meses.
 
Durante o período do estudo, pacientes que nunca fumaram e os fumantes que deixaram o vício há algum tempo relataram dor significativamente menor na coluna em comparação aos fumantes atuais e aqueles que tinham parado de fumar durante o período de estudo. Os fumantes relataram significativamente mais dor quando comparados com os pacientes que nunca fumaram.
 
Os pesquisadores também descobriram que aqueles que pararam de fumar durante o curso do estudo relataram uma melhora mais acentuada na dor nas costas do que aqueles que continuaram a fumar.
Além disso, a média de melhora na classificação da dor nas costas foi clinicamente mais significativa entre os não-fumantes e o grupo que continuou a fumar durante o tratamento não apresentou nenhuma melhora clinicamente significativa no relato da dor.
 
— Já sabemos que a nicotina aumenta a dor. Neste estudo, os pacientes que pararam de fumar durante o período da pesquisa melhoraram muito mais. Os que continuaram a fumar não apresentaram estatisticamente nenhuma melhora, independentemente do tratamento empregado.
 
Fumar é ruim para a saúde e especificamente para os que sofrem com problemas de coluna.
 
Basicamente, a probabilidade de melhorar com o tratamento cirúrgico ou não-cirúrgico é diminuída dramaticamente se o paciente é um fumante — diz o neurocirurgião especialista em coluna Cezar Augusto Oliveira.
 
Para o médico, o estudo reforça a necessidade da criação de programas de apoio ao paciente com doença da coluna vertebral dolorosa que desejam parar de fumar.

Zero Hora

Dormir "é chave" para combater obesidade

Especialista avalia que campanhas de saúde devem aliar alimentação saudável e exercícios físicos a boas noites de sono
 
As campanhas de saúde para combater a obesidade tendem a se concentrar na importância de uma dieta saudável e da prática de exercícios físicos. Mas a esta equação também devem ser somadas boas noites de sono.
 
Pesquisas recentes mostram que comer menos e de forma mais saudável, além de se exercitar diariamente, tem pouco resultado na redução dos níveis de obesidade.
 
Talvez, a razão por trás disso possa ser encontrada em vários estudos que mostram que poucas horas de sono podem estar associadas à obesidade em adultos e crianças.
 
E é mais do que coincidência o fato de que, nos últimos anos, as pessoas vêm dormindo menos ao passo que tem aumentado o número de obesos.
 
Por meio de exames de ressonância magnética, cientistas mostraram que a falta de sono afeta áreas do cérebro responsáveis pela tomada de decisões complexas e a vontade de ter "recompensas", o que pode levar a escolha por alimentos calóricos e com alto teor de gordura.
 
Maçã ou cupcake?
Noites mal dormidas também afetam os níveis dos hormônios da fome, provocando uma queda nos níveis de leptina, que regula o consumo de alimentos e sinaliza quando já comemos o bastante, e o aumento do nível de grelina, que estimula o apetite e produção de gordura.
 
As pesquisas indicam que essas variações hormonais elevam em 24% a sensação de fome, em 23% o apetite e em 33% a vontade consumir comidas calóricas e gordurosas.
           
Os levantamentos mostram ainda que as pessoas que dormem pouco ficam ávidas para beliscar entre as refeições, temperar demais os alimentos, comer menos legumes e verduras e mais junk food.
 
Afinal de contas, quando está com sono, o que você prefere: uma maçã ou um cupcake?
 
A campanha pelo "coma menos, mova-se mais" não terá muitas chances de sucesso se não for combinada a orientações para que as pessoas durmam mais.
 
iG

'Meu filho é um milagre biológico', diz americana que teve câncer na infância

Michael Dwyer/The New York Times
Família completa: Karen Cormier,sobrevivente de um câncer raro,
 passeia com filhos que nunca imaginou ter
À medida que mais crianças com câncer chegam à idade adulta, pesquisadores descobrem para muitos sobreviventes, as chances de superar a infertilidade são grandes
 
Assim como muitos adultos que sobreviveram ao câncer durante a infância, Karen Cormier sempre presumiu que nunca poderia ficar grávida.
 
Cormier, de 39 anos, desenvolveu uma forma rara de câncer no rim quando tinha cinco anos de idade. A quimioterapia ajudou a curá-la, mas seus médicos avisaram que os tratamentos danificariam seu órgãos reprodutivos e ela provavelmente seria infértil.
 
Cormier, que trabalha com marketing online e vive em Mendon, Massachusetts, foi a um especialista em fertilidade quando ela e o marido estavam prontos para formar uma família, há cerca de oito anos, esperando que houvesse alguma chance de que ela tivesse sobrevivido àquela provação com a fertilidade intacta. Porém, dois anos depois de tentar engravidar sem sucesso, eles interromperam o tratamento de fertilidade e se voltaram para a adoção, encontrando o filho, Luke, em 2008.
           
Então, três anos mais tarde, o impensável aconteceu: Cormier descobriu que estava grávida.
 
"Fiquei absolutamente chocada", afirmou. "Não encontrava as palavras para contar ao meu marido".
 
Há 15 meses, Cormier deu à luz o filho Ryan.
 
"Ele é um milagre biológico ambulante", afirmou. "Estou muito feliz com o fato de termos dois filhos que nunca imaginei que pudesse ter."
            
Para crianças com câncer, a quimioterapia e a radioterapia são facas de dois gumes. Muitas das crianças que sobrevivem ao câncer enfrentam dificuldades para engravidar depois que chegam à idade adulta. A infertilidade clínica, ou seja, a incapacidade de engravidar depois de um ano de tentativas, é especialmente comum entre adultas que tenham recebido radiação pélvica e uma classe de medicamentos quimioterápicos conhecida como agentes alquilantes. Há algum tempo, os oncologistas praticamente não se preocupavam com os efeitos colaterais nos órgãos reprodutivos, já que tão poucas crianças sobreviviam. Entretanto, à medida que mais crianças com câncer chegam à idade adulta – a taxa de mortalidade diminuiu 66 por cento desde os anos 1970 – a perspectiva em relação à fertilidade também mudou. Médicos oferecem a pacientes jovens opções de preservação no momento do diagnóstico e pesquisadores estão descobrindo que para muitos sobreviventes, as chances de superar a infertilidade são surpreendentemente grandes.
 
No mês passado, um grande estudo realizado pela The Lancet Oncology revelou que cerca de dois terços das sobreviventes que buscaram tratamentos de fertilidade na idade adulta conseguiram engravidar – um nível de sucesso comparável ao de outras mulheres inférteis. Outros estudos recentes revelam que homens que tiveram contagens de espermatozoides baixas como resultado do tratamento pediátrico – um efeito colateral sofrido por dois terços dos meninos que fazem quimioterapia – podem passar por procedimentos de coleta de espermatozoides viáveis, permitindo que sejam pais dos próprios filhos.
 
Porém, para que o tratamento de fertilidade seja bem sucedido, o tempo é essencial. Normalmente, mulheres com menos de 35 anos, por exemplo, são encorajadas a tentar engravidar por ao menos um ano antes de buscar um especialista em fertilidade. Para aquelas com histórico de câncer, a nova mensagem deve ser: "Não esperem", afirmou a Dra. Lisa R. Diller, CMO do Hospital do Câncer Infantil e Centro de Doenças Sanguíneas Dana-Farber/Boston.
 
"Supondo que uma mulher tenha 25 anos, tenha se curado do câncer na infância e esteja tentando engravidar há seis meses, eu diria para ela se consultar com um especialista", afirmou Diller, a principal autora do estudo publicado na Lancet.
 
Tradicionalmente, a discussão sobre fertilidade envolve descobrir a quais terapias contra o câncer os pacientes foram submetidos e qual é sua situação hormonal. Contudo, o novo objetivo no campo da fertilidade após o câncer, ou oncofertilidade, é ser o mais proativo possível, afirmou a Dra. Teresa K. Woodruff, chefe da divisão de preservação da fertilidade na Faculdade de Medicina Feinbert, na Universidade Northwestern.
 
Os oncologistas estão cada vez mais defendendo a ideia da abordagem da fertilidade no momento do diagnóstico, discutindo opções como o congelamento de óvulos, esperma e embriões antes do tratamento. Em pacientes mais jovens que ainda não entraram na puberdade, algumas clínicas de fertilidade oferecem a opção de congelar o tecido ovariano e testicular, que pode ser reimplantado quando os pacientes estiverem mais velhos.
 
"Agora que os pacientes estão se curando e têm décadas de vida pela frente, a fertilidade se tornou uma grande prioridade para eles", afirmou Woodruff.
 
Porém, os procedimentos de criopreservação são caros e geralmente custam a partir de 10.000 dólares. Algumas clínicas de fertilidade oferecem descontos para pacientes com câncer e programas sem fins lucrativos como o Fertile Hope e o Heart Beat podem fornecer ajuda financeira e medicamentos de fertilidade gratuitos.
 
Woodruff espera pelo dia em que a fertilidade deixe de ser uma vítima dos tratamentos contra o câncer. Ela e o marido, Thomas O’Halloran, químico na Northwestern, estão trabalhando em um novo sistema de liberação para a quimioterapia, que libera os medicamentos em bolhas microscópicas, ou nanobinas, que se dissolvem assim que chegam ao ambiente ácido do tumor, poupando os órgãos reprodutivos.
 
Em estudos com animais, a técnica foi eficaz contra linfomas que causam danos nos ovários e também pareceu promissora contra o câncer de mama. Estudos clínicos em seres humanos ainda não serão feitos nos próximos anos, segundo O'Halloran.
 
"A maior parte da comunidade de desenvolvimento da quimioterapia e de outros medicamentos não pensa a respeito disso porque todos estamos em busca de uma forma de matar essa doença de todas as formas possíveis", afirmou. "Entretanto, encontrar um tratamento que preserve a fertilidade é extremamente importante."
 
"Estaremos devolvendo uma vida plena", afirmou, "ao invés de uma vida comprometida, como em muitos casos".

iG