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domingo, 29 de setembro de 2013

Efeitos alcançados por vacina em spray superam aos do método tradicional

Homem recebe dose de vacina em spray: técnica eficiente (Sukree Sukplang /Reuters)
Homem recebe dose de vacina em spray: técnica eficiente
Medicamento tem o princípio ativo protegido por nanocápsulas de proteína, que impedem que a substância seja barrada pelas secreções nasais
 
Um dos grandes desafios da medicina é aposentar as vacinas com agulha. Não se trata de agradar aos que temem as injeções. Além de uma questão de segurança, cientistas buscam eficiência.
 
A terapia por meio de um pulverizador nasal surge como uma promissora alternativa. Estudos têm indicado que a vacina em spray apresenta mais eficácia contra doenças virais. Um dos desafios, porém, é fazer com que as secreções da mucosa não embarreirem o que é lançado no nariz.
 
Cientistas americanos podem ter dado um passo importante na solução desse impasse. A vacina tem como base nanocápsulas de proteína que revestem o princípio ativo, facilitando a chegada dele à parte do corpo que precisa ser protegida ou tratada.
“Descobrimos que as nanocápsulas foram resistentes na via respiratória e tivemos resultados além do esperado. Houve imunização sistêmica”, destaca Adrienne Li, pesquisadora do Departamento de Engenharia Biológica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
 
A integrante do estudo acredita que a estrutura criada pode se transformar em um método que revolucione a aplicação de vacinas. As nanocápsulas são formadas por combinações de proteínas cobertas de lipídeos.
 
A união faz com que elas fiquem densas e fortes — condição para resistir à ação do muco nasal. Os resultados alcançados foram detalhados na edição de hoje da revista científica Science Translational Medicine.

Para testar a eficácia das nanocápsulas, os cientistas fizeram um experimento com camundongos. Uma parte das cobaias recebeu doses da vacina em spray. A outra, o tratamento tradicional, ou seja, aplicações por meio de injeção.
 
Os bichos imunizados com as nanocápsulas receberam proteção nos pulmões, no intestino e no trato reprodutivo. Isso foi possível porque houve uma ativação das células T, que são responsáveis pela defesa imunológica contra vírus, bactérias e fungos. “Essa resposta imune generalizada indica que o local de administração da vacina é um fator importante para a proteção de doenças infecciosas”, avalia Li.
 
Correio Braziliense

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