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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pediatras querem proibir uso de celulares por causar danos à saúde

Thinkstock
Especialista diz que celular poderá trazer danos
gravíssimos no desenvolvimento psíquico e social
Segundo estudo, efeitos nocivos das ondas eletromagnéticas "estão cada vez mais evidentes"
 
A SIPPS (Sociedade Italiana de Pediatria Preventiva e Social ) defende que o uso de telefones celulares deve ser proibido para crianças menores de 10 anos por causar danos à saúde.
 
O uso dos celulares além de provocar a perda de concentração, dificuldade de aprendizagem e agressividade "está se transformando cada vez mais em abuso" e os efeitos nocivos das ondas eletromagnéticas para a saúde "estão cada vez mais evidentes", concluíram os pediatras italianos após estudo.
 
O presidente do SIPPS, Giuseppe Di Mauro, disse que ainda não se conhece "todas as consequencias ligadas ao uso dos celulares, mas uma utilização excessiva pode levar a perda de concentração e de memória".
 
— Além de uma menor capacidade de aprendizagem e um aumento da agressividade e de distúrbios do sono.
 
A pediatra Maria Grazia Sapia, especialista em criança e ambiente, alerta que "a Itália está em primeiro lugar na Europa pelo uso de celulares por crianças e a idade média dos possuidores diminui cada vez mais".
A médica destaca os problemas biológicos que podem ser causados com o uso excessivo dos aparelhos.
 
— Como são pequenos transmissores que são mantidos normalmente próximos da cabeça durante a comunicação, os efeitos nocivos para a saúde são cada vez mais evidentes, alguns ligados aos efeitos térmicos, a interação de um campo eletromagnético com um sistema biológico provoca aumento localizado da temperatura e quando as exposições são muito intensas e prolongadas podem superar o mecanismo de termorregulação matando as células com necroses dos tecidos.
 
Grazia destaca ainda os problemas psicológicos que podem surgir.
 
— Junto às outras dependências que afligem a nossa sociedade e especialmente os jovens, como drogas, álcool e tabaco, um lugar predominante foi conquistado pela dependência por celulares, com danos gravíssimos no desenvolvimento psíquico e social.
 
É necessário então, segundo os pediatras, que sejam adotadas medidas que proíbam "totalmente o uso antes dos 10 anos" e limitem o uso depois desta idade de celulares.
 
— O pediatra tem a obrigação de se atualizar sobre este tema.
 
R7

Japão sacrifica 112 mil aves após alerta de gripe aviária

Reuters
Japão sacrifica 112 mil aves no sudoeste do país
Em três anos, esta é a primeira ameaça de epidemia no Japão
 
As autoridades japonesas informaram nesta terça-feira (15) que sacrificaram 112 mil aves no sudoeste do país após a confirmação de vários casos de gripe aviária, na primeira ameaça de epidemia no Japão em três anos.
 
Os funcionários iniciaram no domingo passado a matança de 56 mil frangos de uma granja de Kumamoto, no sudoeste do Japão, onde testes de DNA confirmaram a presença da cepa H5 do vírus em várias aves mortas.
 
Outro grupo de 56 mil aves de granja foi sacrificado na mesma operação, disse um funcionário de Kumamoto, acrescentando que não havia qualquer sinal de outro foco de infecção até a manhã desta terça.
 
— Terminamos a operação na noite de segunda-feira e acionamos os meios de prevenção para evitar a propagação do vírus.
 
Em Tóquio, o ministro da Agricultura, Silvicultura e Pesca, Yoshimasa Hayashi, prometeu "fazer todo o possível para conter, o quanto antes", a ameaça de epidemia.
 
O ministério da Agricultura manteve o alerta aos agricultores sobre os riscos de propagação da gripe aviária a todo o extremo oriental da Ásia, incluindo a Coreia do Sul.
 
No sábado passado, as autoridades locais proibiram o transporte de frangos procedentes da zona das granjas afetadas. Veículos que circulam pelas estradas próximas às granjas também estão sendo desinfectados para evitar a propagação do vírus.
 
Uma equipe de especialistas está na região para determinar a origem do surto de gripe aviária.
 
R7

Dieta detox: método limpa o organismo e acelera emagrecimento

Foto: Getty Images
Alimentos com poder anti-inflamatório fazem seu corpo funcionar melhor
 
Ao iniciar uma dieta, algumas pessoas notam que o resultado é mais lento do que o esperado para o emagrecimento e até mesmo algumas mudanças que costumam surgir por causa da alimentação saudável demoram a aparecer, como uma pele mais bonita, cabelos mais brilhantes e um sono tranquilo. Esse é o seu caso?
 
A culpa pode ser de alimentos tóxicos que você consumia antes que causam diversos processos inflamatórios no organismo e fazem com que ele não consiga mais exercer as funções corretamente. "É comum sentirmos sintomas dessa intoxicação, como dor de cabeça, fadiga e problemas intestinais", alerta a nutricionista Izabella Fratezi, consultora da Galgani Farmácia de Manipulação, em Belo Horizonte.

Para evitar esse problema, alguns nutricionistas recomendam adotar uma dieta desintoxicante antes de fazer a reeducação alimentar de fato. "Essa dieta ajuda o corpo a eliminar as toxinas acumuladas por causa do consumo de alimentos industrializados, açúcar refinado, gorduras saturadas e gorduras trans e hidrogenadas, além de vícios como álcool e cigarro", explica a nutricionista. A duração da desintoxicação dependerá de cada organismo.
 
Confira os alimentos que podem ser consumidos sem culpa durante essa desintoxicação: 
 
salmão com legumes - Foto: Getty ImagesSalmão
Esse peixe é rico ômega 3, ômega 6 e ômega 9, todos nutrientes com poderosa ação anti-inflamatória. "Além disso, durante esse processo de desintoxicação, não é aconselhável comer carne vermelha ou outros tipos muito gordurosos, que têm a digestão muito lenta e provocam inflamação", explica a nutricionista Izabella. O ideal é ingerir peixe de três a cinco vezes por semana. 
 
frutas e legumes - Foto: Getty ImagesFrutas e legumes
Além de terem uma digestão mais fácil, as frutas, legumes e verduras são ricas em vitaminas e minerais que atuam como antioxidantes. "Elas impedem ou neutralizam a formação de compostos denominados radicais livres, que são nocivos ao organismo", explica a nutróloga e dermatologista Cristiane Braga, da Associação Brasileira de Nutrologia. A quantidade diária para ingestão de frutas e legumes é de 3 a cinco porções. 
 
chá verde - Foto: Getty ImagesChá-verde
A bebida é rica em catequinas, substâncias que combatem a inflamação e os radicais livres. "As catequinas também possuem efeito termogênico, ajudando a reduzir a concentração de gorduras no sangue", afirma a nutróloga Cristiane. De acordo com a nutricionista, o chá-verde pode ser ingerido várias vezes ao dia, desde que não ultrapasse o limite de um litro diário. 
 
Gengibre - Foto Getty ImagesGengibre
Devido à presença de duas substâncias chamadas cineol e gingerois, o gengibre é um perfeito anti-inflamatório, antioxidante e bactericida. "Ele também é rico em vitamina B6, cobre, magnésio e potássio, todos nutrientes com propriedades anti-inflamatórias importantes", diz a nutróloga Cristiane. O gengibre pode ser ingerido cru, fatiado, ralado ou na forma de chás. 
 
arroz integral - Foto: Getty ImagesAlimentos integrais
Por serem ricos em fibras, os alimentos integrais atuam na melhora do funcionamento intestinal.
 
"Com o intestino funcionando melhor, o corpo aumenta a capacidade de excreção de toxinas por meio das fezes, potencializando a desinflamação", explica Cristiane Braga. 
 
linhaça - Foto: divulgaçãoGrãos
Além de possuir vitaminas e minerais, os grãos integrais em geral possuem amidos resistentes, isto é, fibras que não são digeridas e agem promovendo a aceleração do trânsito intestinal. "Grãos como a quinua e linhaça também possuem ácidos graxos ômega 3, que são anti-inflamatórios", declara a nutricionista Izabella. Você pode consumi-los em saladas, com frutas e até batidos com sucos. 
 
lima da pérsia fatiada - Foto: Getty ImagesLimão e lima da pérsia
"Por possuir vitamina C, ácido cítrico e uma substância chamada d-limoneno, esses frutos estimulam o funcionamento do fígado e a expulsão das toxinas", explica a nutróloga Cristiane. Durante a desintoxicação, recomenda-se um copo de água com suco de meio limão em jejum, pela manhã, para limpar o organismo. "No entanto, essa prática não é recomendada para quem tem úlceras ou gastrite, pois pode piorar o quadro", lembra a médica. 
 
shitake - Foto: Getty ImagesShitake
Esse tipo cogumelo é uma importante fonte de ácido pantotênico, uma das vitaminas do complexo B que atua como cofator de outras vitaminas (B1, B2, B3, B6 e biotina) e ajuda na formação de hormônios e neurotransmissores. "O shitake também é rico em oligoelementos que realizam uma limpeza no organismo", diz a nutricionista Izabella. A necessidade diária do ácido pantotênico é de 5 miligramas, encontrados em 100 gramas de shitake. 
 
dois cocos na areia da praia - Foto: Getty ImagesÁgua de coco
Poderoso antioxidante, a água de coco combate os radicais livres e tem um alto potencial hidratante, o que estimula o funcionamento dos rins. A nutricionista Izabella afirma que a água de coco contém uma composição de minerais que satisfaz as necessidades do organismo quando é necessária uma reidratação. "Além disso, o coco também possui vitaminas A, B1, B2 e B5, que atuam na desinflamação."
 
mulher bebendo água - Foto Getty ImagesInvista na água
A maioria dos desequilíbrios orgânicos acontece no meio ácido. A ingestão de água pode ajudar a restabelecer o pH do organismo, sendo um elemento fundamental para a desintoxicação do corpo. Para combater o problema, a bebida precisa ser dotada de ORP negativo ou pH alcalino (acima de oito). Antes de comprar a sua garrafa, verifique na embalagem qual é o pH da água - se for acima de oito, o ORP já é negativo. "A ingestão adequada de água também aumenta a diurese, facilitando a excreção de toxinas pela urina, além de ajudar no bom funcionamento do organismo como um todo", complementa a nutróloga Cristiane. 
 
Minha Vida

Animais também podem ser terapeutas e ajudar no tratamento de doenças

Foto: Reprodução
A "pet terapia" pode ajudar a tratar depressão, doenças cardíacas e estresse 
 
Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença. O juramento dos matrimônios se encaixa muito bem na fidelidade dos animais de estimação. Inclusive, hoje a última parte pode ser levada ao pé da letra: está se tornando cada vez mais comum que os pets colaborem para a recuperação de pacientes dos mais variados casos clínicos. "A Terapia Assistida por Animais (TAA) consiste em tratamentos na área da saúde, onde um animal é co-terapeuta e auxilia o paciente a atingir os objetivos propostos para o tratamento", ensina Laís Milani, psicóloga e membro da diretoria da área de Terapia Assistida por Animais do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa).

No Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a entrada de bichos de estimação é liberada desde o ano de 2009, desde que autorizado pelo médico responsável de cada paciente. "Na verdade sempre existiu essa solicitação, que partia de pacientes e familiares. Como existia demanda e isso até encurta a permanência das pessoas no hospital, de acordo com diversos estudos, criamos esse fluxo e o transformamos em uma rotina, com procedimentos claramente definidos e institucionalizados", explica Rita Grotto, gerente de atendimento ao cliente do hospital.

Muitas instituições e ONGs também trabalham levando esses animais até escolas, hospitais e centros de recuperações, como no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia em São Paulo, e na APAE de Nova Iguaçu e na Casa Abrigo Betel, ambas no Rio de Janeiro. E em muitos casos o animal terapeuta não precisa ser disponibilizado por uma organização não governamental, pode ser o próprio bichinho do paciente.

Qual o animal certo para a pet terapia?
Nem todo animal nasceu para ser um terapeuta, por assim dizer. "Ele precisa ser tranquilo, ter uma personalidade que as pessoas possam abraçar, beijar e apertar, sem que ele reaja", explica o adestrador José Luis Doroci, fundador do Projeto Novo Guia. Os animais mais comuns são os cães e os cavalos, que no geral tem um temperamento mais dócil. Mas gatos, jabutis, peixes, coelhos e aves também podem e são usados nesse tipo de projeto. Até mesmo botos, cobras e aranhas, animais bem mais exóticos, são terapeutas. Quando o pet pertence ao dono, um profissional especializado em TAA pode ajudá-lo a fazer a terapia em casa com o bicho de estimação.

Animais que curam
O benefício terapêutico dos bichos já vem sendo observado há algum tempo. "Em 1955, no Brasil, a psiquiatra Nise da Silveira relatou os benefícios desta interação no convívio de seus pacientes esquizofrênicos com cães e gatos adotados pela instituição aonde trabalhava", relembra Cristiane Blanco, também psicóloga do Inataa.

Não há uma recomendação específica de quem pode ser ajudado pela pet terapia. "Qualquer paciente pode ser beneficiado, desde que não haja alguma contraindicação, como por exemplo, medo de animais, alergia ou problemas de respiração, entre outros", observa a psicóloga Fabiana Oliveira, do Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Campinas (Ateac). Porém, alguns tipos de pacientes e alguns quadros clínicos têm um resultado já atestado.
 
Confira quais são eles:
 
Criança e cão - Foto: Getty ImagesEstimula crianças
Diversos problemas infantis podem ser melhorados com o convívio com animais. Um exemplo é a melhora do quadro de portadores de autismo. "Elas têm muita dificuldade no contato social e a simples presença de um animal treinado associada a atividades adequadas para eles auxiliam nesse desenvolvimento", relata Paula Lopes, neuropsicóloga da Associação Brasileira de Hippoterapia e Pet Terapia (Abrahipe) e do Centro de Reabilitação Gessy Evaristo de Souza. Estudos mostram que as crianças autistas apresentam diminuição nos comportamentos negativos, como agressividade, alienação, isolamento, entre outros com a presença de cães nas seções, por exemplo.

Hiperativos também encontram benefícios com essa terapia. "O bicho pode deixar a criança mais calma, eu mesmo trabalho com uma que até diminuiu a dose do remédio", conta José Luis Dorici, professor de educação física, adestrador de cães e fundador e coordenador do Projeto Novo Guia, que trabalha com TAA há 13 anos.
 
Idosa e cão - Foto: Getty ImagesBenefícios para os idosos
Os animais são usados principalmente em idosos que apresentam o mal de Alzheimer, mas não existem ainda muitas pesquisas corroborando essa relação. "Observamos, porém, que o contato com o animal proporciona alguns benefícios que podem ajudar na diminuição do impacto emocional desta patologia", descreve a psicóloga Laís Milani, membro da diretoria da área de Inataa. Entre os benefícios estão a melhora do humor, relaxamento e diminuição da agressividade e do estresse, proporcionados pela doença.

O contato é muito benéfico para pessoas mais velhas em geral. José Luis Doroci, fundador do Projeto Novo Guia, de São Carlos, observa isso na prática. "Eles podem estar estressados, revoltados, mas quando você chega com o animal, começam a contar a vida dele, falar de seus problemas e melhoram", explica o educador físico e adestrador. À longo prazo, atividades e terapias com animais podem ajudar em sintomas depressivos, aumentar a socialização de alguns idosos e ate incentivar a adesão a outras terapias.
 
Cão no hospital - Fotos: Getty ImagesTratamento contra o câncer
O tratamento do câncer, principalmente quando envolve radioterapia ou quimioterapia, resulta em muitos efeitos colaterais e desgastes para os pacientes. Nesses casos, há uma grande melhora terapêutica no convívio com animais, com uma série de benefícios. "Dentre eles podemos citar a maior interação com os profissionais envolvidos no tratamento, alívio da dor e desconforto, redução da ansiedade e de sintomas depressivos, diminuição da sensação de solidão ocasionada pelo tratamento, entre outros...", lista Cristiane Blanco, psicóloga do Inatta.
 
Cão com estetoscópio - Foto: Getty ImagesTratamento de doenças cardíacas
Há uma literatura médica extensa sobre a relação entre animais e o tratamento de doenças cardíacas. Uma pesquisa realizada pela Baker Medical Research Institute comprovou que proprietários de cães e gatos apresentam taxas menores de colesterol e triglicérides que aqueles que não tinham animais. Ambas as taxas favorecem a aterosclerose, formação de placas que entopem as artérias, possibilitando infartos e outros problemas no coração. Além disso, ter um animal de estimação faz com que pacientes com maiores riscos de problemas cardiovasculares, por apresentarem fatores de risco como fumo e excesso de peso, melhoram seus hábitos ao possuírem um animal de estimação.

"Já existe um vínculo formado entre o animal de estimação e seu dono. Há de se pensar na empatia estabelecida entre ambos, o que reforça aspectos psicológicos positivos nesta interação, pois envolve emoções, lembranças", acredita a psicóloga Fabiana Oliveira, do Ateac. 
 
Mulher passeando com cachorro - Foto: Getty ImagesReduz o estresse
É comprovado que o contato com os animais ajuda a liberar diversos hormônios do bem: endorfinas beta, prolactina e oxitocina. Eles todos atuam regulando as taxas de cortisol, hormônio relacionado ao estado de alerta, o que reduz o estresse. A psicóloga Laís Milani, da Inataa, relembra outros benefícios: "Estudos indicam que a interação homem-animal traz uma sensação de bem-estar e conforto, resultando na diminuição dos níveis de adrenalina, relacionado ao aumento da pressão arterial". Além disso, essa convivência libera outro hormônio, a acetilcolina, que está relacionada ao estado de tranquilidade, diminuição da pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, todos sintomas do estresse.
 
Mulher e cão - Foto: Getty ImagesMelhora o quadro de depressão
É um consenso entre os especialistas que estar com um animal de estimação aumenta a autoestima, senso de valor próprio, o estabelecimento de hábitos positivos e o interesse pelo outro. Tudo isso pode beneficiar pacientes depressivos, que apresentam problemas nessas áreas. "Estudos verificaram um aumento da produção e liberação da serotonina e dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e alegria, após 15 a 20 minutos de interação com o cão", reitera a psicóloga Cristiane Blanco.
 
Homem em cadeira de rodas e cão - Foto: Getty ImagesAjuda no tratamento de paralisias
A pet terapia pode ajudar na reabilitação de pacientes de um derrame cerebral, vítimas de acidentes ou portadores de paralisia cerebral, entre outros quadros que envolvem a paralisia. São casos que envolvem muita fisioterapia e também uma queda de autoestima dos pacientes, portanto a interação com os bichos pode ser fundamental para evoluir a parte motora e também atuar no aspecto emocional do paciente. ?As crianças com paralisia cerebral se beneficiam demais, principalmente nos aspectos cognitivos, motores e emocionais?, relata Paula Lopes, neuropsicóloga da Abrahipe. Os cães, por exemplo, podem ser usados durante os exercícios inclusive, o que tira o foco do tratamento para a doença, e o torna uma brincadeira, mesmo para o adulto.
 
Minha Vida

Certificação como fator da segurança do paciente

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Para que coleta de dados não agrida privacidade dos pacientes, série de normativas precisam ser seguidas
 
Por Fábio de Almeida Usier
 
O maior desafio das instituições de saúde no cenário atual é colocar a segurança dos seus pacientes como o foco de suas estratégias. É necessário proporcionar mais confiabilidade em seus serviços, e estamos falando não somente do corpo clínico, mas também de setores como limpeza, cozinha, administrativo e até mesmo terceiros ou fornecedores deste hospital. Uma das formas de gerir tais processos são os meios de certificação disponíveis, que no cenário de transformação da sociedade em uma aldeia global tornam-se a cada dia mais importantes.
 
Notamos que a TI possui papel de protagonista em um hospital, e a certificação é imprescindível para a gestão desse setor. Por exemplo, quando o software de prontuário eletrônico da instituição é certificado, proporciona ao paciente agilidade em seu tratamento, o que pode, inclusive, salvar vidas.
 
Um médico pode ter acesso aos últimos exames e diagnósticos do cidadão sem que haja a necessidade de solicitar a pasta física ao SAME. A inserção de dados clínicos são feitos de forma estruturada e a assinatura digital garante sua inviolabilidade. Temos, então, uma situação segura e que auxilia o corpo clínico a dar o diagnóstico o mais rapidamente possível.
 
Estamos falando de uma quantidade de dados que precisam ao mesmo tempo ser tratados com confidencialidade e proporcionar bibliografia médica que possa ajudar em diagnósticos. Imaginemos poder comparar as análises de um hospital com as análises de outras instituições. Dados de tratamento de doenças endêmicas, quadros de sinais e sintomas específicos, qual tratamento foi mais eficaz em cada situação e qual o tempo médio de recuperação dos pacientes em diversas regiões.
 
Para que esse processo não agrida a privacidade dos pacientes foram desenvolvidas uma série de normativas que precisam ser seguidas. Possuímos diversos meios para garantir que a tecnologia trabalhe para melhorar o atendimento das instituições com total segurança para as pessoas. Podemos citar como exemplo a SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde), que em parceria com o CFM (Conselho Federal de Medicina), emite certificações que garantem a utilização adequada de todos os dados gerados pelo hospital, clínica ou posto de saúde. Trabalhar sem a certificação adequada acarreta colocar em risco essas informações.
 
Essa estruturação tem uma série de desafios e o maior de todos eles é fomentar melhores práticas em todos os setores do hospital, como um conjunto de inovações que façam parte do dia a dia da instituição e consequentemente do software em si. É preciso que processos sejam criados para que a inserção e manuseio de todos os dados sejam feitos corretamente. As certificações implicam também, na adequação destes processos garantindo confiabilidade. Com estes pontos estruturados notamos uma significativa melhora dos processos internos dos hospitais, o que por consequência impacta diretamente no bom atendimento aos pacientes.
 
* Fábio de Almeida Usier é diretor de operações na Wareline
 
Minha Vida

Consumir carotenoides na infância diminui risco de doenças da mama

Foto: Reprodução
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Cenoura, couve e outros alimentos reduzem propensão ao problema pela metade, diz estudo
 
Meninas que comem frutas e vegetais ricos em carotenoides podem ser menos propensas a ter doenças benignas da mama. É o que sugere um novo estudo da Harvard School of Public Health e Brigham and Women's Hospital, em Boston (EUA).

Os carotenoides são um grupo de pigmentos que normalmente produzem a cor laranja, vermelho ou cor verde escuro nos alimentos. Acredita-se que ele tem propriedades antioxidantes que podem proteger o organismo. Existem aproximadamente 600 tipos de carotenoides, sendo que cerca de 10% deles são precursores da vitamina A. O betacaroteno é o carotenoide mais ativo e de maior bioconversibilidade no organismo humano.

As doenças benignas da mama se descrevem como uma variedade de condições não cancerosas na região - entretanto, algumas formas da doença podem aumentar o risco de câncer de mama. O tipo mais comum de doença benigna da mama em adolescentes e mulheres jovens é um tumor não canceroso conhecido como fibroadenoma.

Para o estudo, foram analisaram os relatórios de alimentos no período de 1996 a 1998, em seguida, fizeram a análise de relatórios em 2005, 2007 e 2010 a partir de meninas que tiveram um diagnóstico de doença benigna da mama após uma biópsia.

Ao todo, foram acompanhadas quase 6.600 meninas, sendo que 122 delas relataram um diagnóstico de doença benigna da mama. Olhando para a ingestão de carotenoides, foi encontrada uma relação entre consumo de carotenoides e menor risco da condição. As chances de doença benigna da mama naquelas que consumiram verduras e legumes riscos no nutriente tinha quase a metade do risco de sofrer com doenças benignas da mama.

Meninas do grupo de maior consumo comeram duas a três porções de alimentos ricos em carotenoides por semana. O estudo está publicado na edição de maio da revista Pediatrics.

Segundo os autores, esse é um estudo observacional, portanto não se pode dizer com certeza se os carotenoides realmente tem uma relação direta com o menor risco de doenças da mama. Só é possível dizer que há uma associação. Eles também afirmam que não se sabe ao certo o porquê dessa associação, mas que provavelmente ela acontece devido ao poder antioxidante desses alimentos.

Inclua mais frutas na dieta com esses sete hábitos
Mais do que uma opção saudável de alimento, as frutas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Fontes de vitaminas e minerais, elas deveriam ser consumidas todos os dias em pelo menos três porções. Por isso, se essa regra ainda não faz parte da sua rotina e você quer aumentar a inclusão de frutas na dieta, preste atenção às dicas que as nutricionistas Amanda Epifanio Pereira, do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional), e Daniela Cyrulin, de São Paulo, sugerem.
 
Suco de laranja - Foto Getty ImagesPeça suco
A maioria dos restaurantes já oferece opções de sucos naturais no cardápio. Ainda assim, muitas pessoas optam por acompanhar a refeição com um calórico refrigerante. Se você é uma dessas pessoas, saiba que, além de não estar consumindo nenhum nutriente, você está colocando a sua saúde em risco, alerta a nutricionista Daniela.

Por outro lado, não pense que beber sucos naturais é uma alternativa ao consumo do alimento sólido. Isso porque as fibras presentes no bagaço e na casca são, em geral, desprezadas no preparo. Além disso, o suco é muito mais calórico, uma vez que, para produzir o equivalente a um copo, são utilizadas várias frutas.                    
 
Café da manhã - Foto Getty ImagesInclua frutas nas refeições
Ricas em nutrientes e também deliciosas, as saladas que combinam frutas e verduras podem ser uma boa saída para aumentar o consumo diário desse alimento. Em alguns casos, a união pode até se complementar, como acontece com a couve verde e a laranja. "O ferro presente no vegetal só é absorvido na presença da vitamina C, encontrada na fruta", explica a nutricionista Amanda.

Ela também sugere incluir frutas logo no café da manhã. Nesse caso, não é preciso qualquer preparação especial para consumo, já que esse momento, em geral, precede algum compromisso. Se houver tempo, entretanto, pratos quentes mais rebuscados para o almoço ou jantar, como lombo agridoce com abacaxi, são uma ótima opção.
 
Homem comendo maçã - Foto Getty ImagesLeve uma fruta com você
"Transportar frutas para o trabalho deve ser encarado como um ato de cuidado com a saúde e com o corpo e não como um fardo ou sacrifício", critica Amanda. Afinal, a maioria das pessoas carrega dezenas de inutilidades em suas bolsas e mochilas. Por que não incluir uma simples fruta?

Se a relutância é o medo de que ela amasse, saiba que há diversos produtos no mercado para auxiliá-lo, desde simples potinhos plásticos até recipientes no formato de cada fruta. Na ausência de protetores, invista na maçã, que é bastante resistente.
 
Frutas variadas - Foto Getty ImagesComa nos intervalos das refeições
De acordo com as nutricionistas, o ideal é que uma pessoa não passe mais de quatro horas sem ingerir qualquer alimento. Por isso, além das três refeições principais - café da manhã, almoço e jantar - recomenda-se fazer pequenos lanchinhos. "Nesses intervalos, o mais indicado é consumir uma fruta, pois é um alimento rico em micronutrientes e fibras, pouco calórico e com variedades para cada dia", conta Daniela.

Segundo a especialista, todas as frutas são boas opções de lanches, mas quem está seguindo uma dieta deveria evitar o abacate e o açaí, que são bastante calóricos.
 
Frutas secas - Foto Getty ImagesAproveite as variedades
É inevitável que, em algumas situações, você não tenha tempo de ir ao supermercado ou ainda não tenha se interessado a nenhuma oferta de fruta. Nem por isso você está fadado a passar o dia sem consumi-la. Uma alternativa são as frutas desidratadas. Embora industrializadas, elas também são ricas em nutrientes. Há diversas opções no mercado, como damasco, ameixa, abacaxi e banana.

Outra opção é comprar polpa congelada. Como o processo ocorre bem perto da hora da colheita, a fruta mantém as suas propriedades nutritivas. O importante é não ter medo de experimentar as variedades.
 
Morangos - Foto Getty ImagesAcompanhe a estação
Algumas frutas, como o morango e o caqui, não estão disponíveis o ano todo. A primeira é típica dos meses de junho e julho e o caqui é comum nos meses de maio e junho. Por isso, é importante ter em mente ou mesmo anotar o que é melhor em cada mês. "Frutas sazonais compradas fora de sua época podem desapontar o consumidor, fazendo com que ele não consuma esse alimento", explica a nutricionista Amanda.

Por isso, o ideal é aproveitar a fruta da estação e, na falta dela, é possível ainda encontrar outras opções o ano todo, como banana, laranja, maçã e pera.
 
Vitamina - Foto Getty ImagesCrie vitaminas
A grande vantagem das frutas é que elas seguem a mesma lei que rege a nutrição: quanto maior a variedade, melhor. Assim, não tenha medo de criar combinações e misturar sabores com água, leite ou verduras. O único problema é que o alimento perde parte de suas fibras ao ser batido no liquidificador. Por isso, o consumo de frutas não deve ser limitado apenas às vitaminas. Fique atento também para não deixar a bebida muito tempo parada. Ela deve ser consumida imediatamente após o preparo.
 
Minha Vida

MP exigirá DNA de corpos de bebês em hospital da UERJ

Hospital Pedro Ernesto
Reprodução
Corpos de 40 bebês foram encontrados, 15 sem identificação, no necrotério da casa de saúde. Alguns estavam no local há mais de quatro anos
 
O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro vai solicitar ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, pertencente à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, exames de DNA dos corpos de 15 bebês que estão no necrotério da casa de saúde sem identificação, alguns há mais de quatro anos.
 
A promotora Ana Cristina Macedo, que esteve no hospital, disse que cerca de 40 corpos de recém-nascidos estão amontoados nas geladeiras do necrotério. “Agora temos que identificar cada corpo, [avisar] os parentes e fazer com que todos os corpos sejam devidamente sepultados. A situação dos corpos era horrível. Havia corpos enrolados em lençóis, sacos, alguns já se desfazendo. Chocante”, lamentou Ana Cristina.
 
De acordo com a promotora, o Ministério Público também vai investigar o motivo do armazenamento dos corpos e exigir providências do hospital como um todo, “para que situações como esta não mais aconteçam e para que o responsável seja responsabilizado”.
 
O Ministério Público descobriu os corpos depois de receber pedido da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso para investigar o caso de um bebê que fora abandonado pela mãe, usuária de crack, e morrera no hospital. O corpo da criança continuava no hospital mais de um ano depois de sua morte. “Fomos em busca do corpo desse bebê e encontramos 40 [corpos], mas este, especificamente, não foi encontrado, porque 15 não tinham identificação”, explicou a promotora.
 
Em nota, a direção do hospital informou que nomeou uma comissão de sindicância para apurar os fatos e aspectos operacionais envolvidos. Além disso, diz a casa de saúde, uma comissão especial está reavaliando as rotinas dos setores que lidam com o assunto para aprimorar o processo.
 
Segundo o Pedro Ernesto, muitos corpos de fetos e natimortos são abandonados pelos pais e, por falta de uma norma legal determinando um prazo máximo para o sepultamento, alguns são mantidos no necrotério, à espera de providências dos parentes.
 
De acordo com o hospital, todos os corpos de fetos estão acondicionados e identificados, com exceção de cinco que tiveram a identificação comprometida por fatores físicos. A casa de saúde informou que os corpos sem identificação serão identificados por exames de DNA, se for necessário.
 
Sobre o bebê que era considerado desaparecido, o hospital informou que o corpo está identificado, permanece no necrotério e que o serviço social comunicou a morte à família e à Vara da Infância e Juventude.
 
“O serviço social foi, então, autorizado a comparecer em cartório com a Declaração de Nascido Vivo para a elaboração da certidão de nascimento civil, que, por sua vez, permitiu a declaração de óbito pelo hospital e a emissão do alvará de sepultamento pela Justiça”, informa a nota do Pedro Ernesto. Ainda segundo a nota, o original da declaração de óbito ficou retido no processo e a falta dela vem dificultando a realização do sepultamento.
 
SaudeWeb

Projeto de reabilitação cardíaca inova tratamento de pacientes

Centro de Reabilitação Cardíaca do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas aposta na manutenção da atividade física de portadores de Chagas e outras doenças
 
Perto de completar seu primeiro aniversário, em 24 de abril, o Centro de Reabilitação Cardíaca do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Ipec) faz um balanço das atividades. O projeto estimula socialização e independência física de pacientes com insuficiência cardíaca ocasionada pela doença de Chagas e síndrome metabólica devido ao tratamento de HIV/Aids. Não fossem os aparelhos de aferição cardíaca e consultórios, o cenário lembra uma academia de ginástica comum: esteira, bicicleta, supino, pesinhos, espelho. O Centro de Reabilitação Cardíaca chega ao seu primeiro ano como um projeto inovador no setor público de saúde, atendendo a uma das recomendações das diretrizes de tratamento em cardiologia: a manutenção do paciente com atividade física regular, supervisionada e orientada.
 
O programa, que atende pacientes do instituto com insuficiência cardíaca ocasionada por doença de Chagas e síndrome metabólica ou cardiopatia decorrente do tratamento para HIV/Aids, integra avaliação e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar na supervisão de exercícios individualizados. Além das atividades físicas, o paciente recebe o apoio de profissionais das áreas de Nutrição, Farmácia e Serviço Social.
 
“Fazemos o acompanhamento clínico nas três vezes por semana em que o paciente vem, e assim, além da melhora da capacidade funcional, que é o nosso objetivo, conseguimos identificar precocemente fatores de descompensação”, diz a médica Fernanda Sardinha. “Acredito que a grande oportunidade que apresentamos com a reabilitação cardíaca seja a melhora da aptidão física do paciente em relação ao condicionamento físico, força e flexibilidade”, informa a educadora física Vivian Mattos.
 
De acordo com Vivian, o condicionamento físico é otimizado com treinamento aeróbico. “A força e a flexibilidade são variáveis importantes, uma vez que temos alguns pacientes idosos e eles apresentam riscos de queda maior. A partir do momento em que melhoramos essa parte, também elevamos a qualidade de vida e autoestima, ao promover a independência nas atividades do dia a dia, como varrer a casa ou ir ao supermercado”.
 
Além das consultas e atividades físicas, o centro também tem a responsabilidade de acompanhar o tratamento farmacológico de seus usuários. “Conseguimos identificar, junto com a equipe, os pacientes que têm mais dificuldade cognitiva para conseguir cumprir seu tratamento”, explica o farmacêutico Gilberto Marcelo Sperandio. “Temos a oportunidade de ajudar o paciente com uma prática que ainda é pouco comum no Brasil, a atenção farmacêutica. Identificamos possíveis eventos adversos e podemos contribuir para o aumento da adesão ao tratamento”.
 
O projeto também tem colaborado na socialização desses pacientes. “Muitos pensam que são os únicos na gravidade de sua doença, mas encontram aqui pessoas com o mesmo problema. Isso faz com que eles se ajudem mutuamente no tratamento”, afirma a médica e pesquisadora Andrea Silvestre. “Tão importante quanto o benefício cardiovascular, é a melhora na qualidade de vida desses pacientes”. O Serviço Social também participa desse processo, ao conferir a frequência dos usuários e possíveis problemas que eles possam enfrentar para comparecer às consultas e treinos.
 
Paciente do INI/Ipec em tratamento para doença de Chagas, a dona de casa Maria Fonseca dos Santos está no projeto desde o início: “Cheguei aqui cheia de dores, mas o (programa de) exercício funcionou. Me sinto mais disposta”, afirma, destacando a integração com outros pacientes. “Formamos uma família”.
 
“Estou sentindo mais disposição. Em casa, ficamos curtindo a preguiça, mas aqui reagimos. Todos aqui nos tratam muito bem, com profissionalismo. Estou gostando muito”, conta o gesseiro João das Neves, o único paciente transplantado do programa.
 
Educador físico, Mauro Mediano destaca a multidisciplinaridade e o ineditismo do programa. “É um projeto inovador, em se tratando de doença de Chagas. Não existe nenhum projeto ou tratamento multidisciplinar para esse público. A resposta que temos no dia a dia é muito significativa. Percebemos que a socialização, o momento de estar entre os pares deles, de trocar informações sobre o tratamento, os medos sobre a própria doença, é fundamental. Conseguimos contribuir para a saúde e bem-estar desses indivíduos”.
 
Funcionamento
O paciente tem direito a um período de 3 a 6 meses em treinamento com exercício no espaço. Na admissão, ele passa por uma avaliação detalhada, que inclui avaliação nutricional, exames laboratoriais e ecocardiograma. “Além das atividades físicas, ele também recebe o apoio de toda a equipe – que conta com profissionais das áreas de Nutrição, Farmácia e Serviço Social – para melhorar a aderência ao tratamento e controlar os fatores de risco, como o sobrepeso”, comenta Andrea.
 
Outro foco de atenção do projeto são os pacientes HIV reativos. As novas terapias antirretrovirais aumentam a sobrevida e a possibilidade de complicações não relacionas diretamente ao HIV. “Antes, cerca de 15% dos pacientes que faleciam de causas não relacionadas ao HIV. Hoje, mais de 40% vão a óbito por causas não relacionadas, e as doenças cardiovasculares são as principais responsáveis. Grande parte dessas complicações estão relacionadas ao próprio tratamento de controle do vírus”.
 
Para utilizar o espaço, os pacientes devem comparecer ao local pelo menos três vezes na semana. A pesquisadora afirma que um dos maiores desafios do projeto é sensibilizar o paciente para a importância do exercício. “As pessoas colocam empecilhos em relação ao trabalho, disponibilidade de tempo, de dinheiro. O Serviço Social está presente, porque temos que garantir que o paciente e sua família (ou o empregador, caso ele tenha vínculo empregatício) entendam que isso é fundamental, porque você vai melhorar sua qualidade de vida e aumentar a sobrevida”, diz. “Isso faz parte do tratamento. Muitas vezes, o paciente não consegue esse benefício nem em rede privada”.
 
A missão do programa é reabilitar e promover a saúde cardiovascular através de uma mudança no estilo de vida com intuito de que o paciente seja capaz de manter suas atividades após a alta do programa. “O mundo ocidental hoje sofre com isso: as pessoas se alimentam cada vez pior, fazem menos atividades físicas e tendem a desenvolver obesidade, hipertensão. Temos um número grande de pacientes que podem se beneficiar com esse projeto”
 
SaudeWeb

Monitores de glicemia: como eles ajudam o paciente com diabetes?

Reprodução: Monitor de Glicemia
Saber como está o nível de açúcar no sangue é chave para bom controle
 
Por Dra. Andressa Heimbecher Soares
 
Os monitores de glicemia são pequenos aparelhos que foram desenvolvidos para que as pessoas pudessem testar seus níveis de açúcar no sangue de forma rápida e precisa, sem precisar depender dos exames de sangue coletados em laboratório. Eles funcionam por meio do mesmo princípio básico: fazem a leitura da glicose no sangue, sendo para isso necessário que a pessoa fure o dedo da mão com uma lanceta, que nada mais é do que uma pequena agulha, e então insira uma pequena gota de sangue na fita de leitura da glicose, que será inserida no monitor. A partir daí o aparelho realiza a leitura e o resultado aparece na tela.
 
Os monitores podem armazenar vários dias e horários diferentes de resultados. Alguns mais modernos podem ser conectados ao computador via cabo USB ou wireless e fornecem um gráfico das medidas da glicose ao longo do dia para o paciente e para o médico.
 
Quando falamos em diabetes, é muito importante entender que os níveis de açúcar no sangue deverão estar controlados, para que a pessoa não sofra as complicações da doença, como problemas na retina e nos pés, infartos, derrames ou problemas renais. Ao realizar as medições de forma frequente, o que chamamos de automonitoramento glicêmico, o paciente diabético se torna mais consciente dos seus níveis de açúcar no sangue e também fornece ao médico dados mais precisos dos horários em que os níveis estão mais altos ou baixos.
 
Além disso, é sabido que os pacientes que medem regularmente sua glicemia aderem mais ao tratamento: aplicam insulina e tomam os medicamentos em horários mais regulares, além de apresentarem menos complicações da doença em longo prazo, porque estão mais informados sobre quais alimentos elevam mais seus índices de açúcar no sangue, por exemplo.
 
Infelizmente, medir glicemia é ainda um procedimento um pouco doloroso e desconfortável, ainda mais nas pontas dos dedos. Para minimizar este desconforto, alguns monitores permitem que o sangue seja coletado em outro local, como braços e antebraços, palmas das mãos e coxas. Para saber se isto é possível, basta consultar o manual que acompanha o seu monitor e verificar se existe esta possibilidade, chamada de locais alternativos para testes.
 
Em resumo, o que desejamos para o diabetes é o controle da glicemia. Saber como está o nível de açúcar no sangue é o primeiro passo para controlar a doença!
 
Minha Vida

Crowdfunding: próxima tendência para serviços de saúde?

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Enquanto capitalistas de risco buscam o próximo grande lucro em serviços de saúde, e startups da área correm para lançar novos aplicativos e serviços, outro setor tem encontrado uma forma de levar produtos ao mercado. Empreendedores individuais e pequenas empresas estão recorrendo a sites de crowdfunding para subsidiar novas tecnologias de serviços de saúde.
 
Esses médicos empreendedores, enfermeiros que entendem muito de tecnologia e desenvolvedores de códigos orientados a serviços de saúde querem entrar para um mercado que deve gerar US$ 57 bilhões até 2017. Sites de crowdfunding oferecem acesso a recursos financeiros, mindshare e um barômetro instantâneo de comercialização. Pouco surpreende, portanto, que o crowdfunding – que apenas no ano passado levantou mais de US$ 5 bilhões – atraia aplicativos, dispositivos e outras coisas projetadas para área de saúde.
 
No passado, inventores utilizavam recursos próprios, cartões de crédito e amigos para financiar a tecnologia dos sonhos. Hoje, eles podem misturar diferentes abordagens. “Até agora, o projeto foi financiado com o trabalho de turnos extra”, disse o Dr. Charles Rocamboli, fundador da startup CureCrowd, em entrevista. “Recentemente, começamos com crowdfunding no Indiegogo, e acreditamos que será duplamente favorável. Ajuda a espalhar a ideia e nos ajuda a levantar dinheiro para desenvolvimento contínuo”.
 
“Por ser recurso público, esperamos que o crowdfunding e as doações nos ajudem conforme continuamos nos desenvolvendo”, acrescentou.
 
Se meros 1% de todos os investimentos de longo prazo dos Estados Unidos fossem transferidos para crowdfunding, contabilizariam US$ 300 bilhões, de acordo com a Forbes. Isto é 10 vezes mais do que todo o dinheiro que capitalistas de risco investiram em negócios em 2011, segundo a publicação.
 
Crowdfunders – os indivíduos que investem no suporte dessas iniciativas – geralmente sentem uma conexão com o investimento: Considere o ressentimento que alguns dos primeiros investidores do Oculus no KickStarter expressaram quando o Facebook adquiriu a empresa de realidade virtual em Março. Os ânimos ficaram tão exaltados que alguns funcionários da Oculus relataram ter recebido ameaças de morte.
 
Porém, geralmente, os receptores do crowdfunding devem se preocupar apenas em arrecadar fundos e pagar a taxa do site. Os sites normalmente cobram uma taxa de 4% dos fundos, além de qualquer outra cobrança do cartão de crédito ou PayPal.
 
Sites de crowdfunding, incluindo Kickstarter, Indiegogo, Appbackr, RocketHub, FunderHut e GoFundMe têm suas próprias regras. Alguns sites como MedStartr e HealthTechHatch (em parceria com o Indiegogo) focam exclusivamente em saúde.
 
Um projeto típico bem sucedido no MedStartr levanta mais de US$ 13 mil imediatamente e mais de US$ 450 mil em seis meses, de acordo com a empresa. O Indiegogo não compartilha dados de projetos publicamente, mas relatórios sugerem que cerca de 9% de todos os 142.301 projetos realizados até Agosto de 2013 arrecadaram 100% ou mais de fundos. (Os arrecadadores do Indiegogo podem ficar com as doações, mesmo que o projeto não seja completamente financiado, se optarem pelo financiamento flexível).
 
Crowdfunding se popularizou tanto que escolher um site ou um projeto para apoiar se tornou uma tarefa complexa. O CrowdFunding4All – também conhecido como CF4ALL – inclui projetos de diversas plataformas. Usuários registrados acumulam “CrowdCredits” por meio de diversas ações, e podem gastar esses crédito para endossar projetos.
 
Empreendedores podem aproveitar o poder do crowd para mais do que recursos e suporte social. Não é um conceito tão novo assim: Desde 1964, os mentores do SCORE oferecem planejamento gratuito de negócios, mentoria e outros tipos de aconselhamento para mais de 10 milhões de PMEs (Pequenas e médias empresas).
 
O CrowdIt, no mês passado, incluiu um portal “Suits” para networking, mentoria e outros serviços de negócios. Profissionais credenciados, como advogados e contadores, criam perfis semelhantes ao do LinkedIn para atrai empreendedores, disse a empresa. A falta de financiamento é apenas um dos motivos para o fracasso de um negócio. Outras causas incluem incompetência (46%); falta de experiência (30%); conhecimento insuficiente sobre o negócio (11%); e negligência, fraude ou desastre (1%), de acordo com o CrowdIt. Alguns negócios fracassam devido a um produto fraco ou a um serviço pouco procurado, e o crowdfunding não melhora uma ideia ruim.
 
Escolhemos 10 produtos de saúde em crowdfunding que parecem ótimas ideias. Acompanhe nossa galeria e conte-nos, nos comentários abaixo, se concorda conosco e qual produto mais lhe impressiona. Sua empresa consideraria comprar alguns desses produtos ou serviços caso cheguem ao mercado?
 
* por Alison Diane, da InformationWeek Healthcare USA

SaudeWeb

Governo e Direção de Hospitais - A grande mudança no novo manual da JCI

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Por Heleno Costa Júnior
 
A cada três anos os manuais de acreditação da Joint Commission International (JCI), que no Brasil é representado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) são integralmente revisados. O objetivo da revisão é garantir que os padrões que compõem os manuais estejam devidamente atualizados e sejam adequadamente aplicados nas instituições que os utilizam. A última revisão foi a do Manual Hospitalar, que alcança a sua quinta edição.
 
Um Comitê Internacional de Padrões é mantido pela JCI, o qual tem formação multidisciplinar, incluindo representantes dos cinco continentes, do qual tenho a honra e a rica oportunidade de participar. O trabalho do comitê se foca nas revisões dos padrões, as quais estão baseadas em informações coletadas por meio do trabalho realizado em cerca de 60 países, onde até dezembro de 2013, mais de 600 instituições de saúde tinham recebido o selo de acreditação internacional. No Brasil, cerca de 56 instituições já são acreditadas.  Através dos projetos de consultoria e avaliações, o comitê desenvolve um monitoramento contínuo da aplicação dos manuais e seus respectivos padrões, além de, periodicamente,  realizar pesquisas diretas e consultas públicas com profissionais e instituições para complementar informações relevantes sobre o conjunto de padrões que a JCI utiliza em seus programas.
 
Na revisão do manual hospitalar, para a publicação da quinta edição que passou a vigorar no último dia 01 de abril, o principal foco da mudança foi o Capítulo que trata do Governo, Liderança e Direção, que agora passa a ser o maior capítulo do manual. Nesta mudança a essência foi trazer para a responsabilidade direta dos gestores, em todas as suas instâncias, a gestão da qualidade e segurança dos processos de cuidado ao paciente. Nesta nova edição, os gestores, em especial a Direção Geral, deverá apresentar evidências de que prioridades de melhoria e segurança estão sendo definidas e implementadas e como essas melhorias estão impactando os resultados da instituição, considerando os  aspectos de custo e de eficiência.
 
Essa análise de impacto deve ser feita por meio do uso contínuo de indicadores, relatórios, análises críticas e outros instrumentos e ferramentas que, de forma sistemática, evidenciem a efetividade das ações de melhoria. Um relatório anual sobre os impactos prioritários deverá ser apresentado pela direção. Um conjunto de padrões foi incluído nesta nova edição visando a criação e manutenção de uma cultura de segurança na instituição, pautada em conceitos e princípios que devem ser definidos e disseminados diretamente pela direção e suas principais lideranças.
 
O uso e os resultados da aplicação de protocolos clínicos institucionais também foram alocados neste capítulo e serão avaliados quanto a sua efetividade na melhoria dos desfechos clínicos dos processos ou patologias para os quais são aplicados. Outro área trazida para a responsabilidade da liderança está relacionada com a realização ou desenvolvimento de pesquisas clínicas nos serviços da instituição.
 
Por fim a direção geral, liderança e gestores de departamentos e serviços serão responsáveis pelo gerenciamento de risco, a partir do recebimento e análise regular de relatórios sobre a ocorrência de eventos adversos e eventos sentinelas que eventualmente aconteçam na instituição.
 
O manual também foi aperfeiçoado em seu conjunto geral de informações, trazendo as referências técnicas e cientificas que foram utilizados para revisar, complementar ou incluir padrões nos diferentes capítulos. Também foram incluídos dois novos capítulos que serão aplicados quando o hospital for uma instituição de ensino que esteja diretamente vinculada com uma única faculdade de medicina, para desenvolvimento de atividades de ensino relacionadas com a graduação médica e que tenha centro de pesquisa clínica.
 
SaudeWeb

Lentidão faz Brasil perder 112 pesquisas de remédios

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Demora para aprovação de pesquisas clínicas leva entre 12 e 15 meses no País. Países desenvolvidos levam em torno de dois meses
 
A demora para aprovação da pesquisa clínica fez com que o Brasil deixasse de participar do desenvolvimento de 112 remédios. É o que apontam dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), divulgados essa semana no lançamento da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, que pretende sensibilizar as agências reguladoras para a mudança da regulação do setor.
 
“Não estamos querendo facilidade, queremos agilidade neste processo”, disse Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), entidade participante do movimento.
 
Necessária para o desenvolvimento de novos medicamentos, a pesquisa clínica é a fase em que os desenvolvedores testam o novo remédio em voluntários e comparam o resultado com os efeitos das drogas mais modernas do mercado, usadas por outro grupo de pacientes.
 
Laboratórios e universidades de todo o mundo buscam ao mesmo tempo diversos países para executarem suas pesquisas, e junto delas também vão investimentos nas entidades que a recebem, inclusive em universidades. Para isso são elaborados protocolos que explicam, entre outras coisas, no que consiste a pesquisa, a que tipo de procedimento o paciente será submetido, os possíveis sintomas. Estes protocolos são avaliados pelos países, que autorizam ou não a pesquisa.
 
Segundo a Aliança, o processo para a aprovação desta fase no Brasil, que é o sexto maior mercado farmacêutica do mundo e 15º em participação em pesquisas clínicas, demora entre 12 e 15 meses, enquanto que nos Estados Unidos, maior mercado mundial de medicamentos e maior centro de pesquisa, dura cerca de dois meses e na maioria dos países europeus dura pouco mais de dois meses e meio. Nos vizinhos Peru e Argentina, esse processo demora cerca de quatro meses.
 
De acordo com o professor da PUC de Porto Alegre e membro da Aliança, Carlos Barrios, há em média 170 mil estudos em andamento em todo o mundo, menos de 2% deles estão acontecendo no Brasil. “De acordo com a nossa potencialidade nós temos uma proporção irresponsável de estudos que a gente poderia participar e não participa”.
 
Segundo Barrios, a pesquisa clínica beneficia o paciente que participa, porque tem acesso a um tratamento potencialmente melhor do que os existentes, com acompanhamento de especialistas, beneficia a instituição, que vai receber recursos porque o paciente está entrando na pesquisa clínica, também beneficia o investigador, que está produzindo a pesquisa naquela instituição e eventualmente vai ganhar informações, conhecimentos, publicações e vai receber pelo trabalho. Ele também ressalta que o país ganha recursos e também o patrocinador ganhar porque eventualmente vai produzir uma droga comercial. “É um círculo virtuoso”, diz.
 
“Com essa demora, o Brasil aborta a possibilidade de o paciente ter acesso a ótimos tratamentos, o país perde transferência de conhecimento inovação. Desenvolvimento está intimamente ligado a pesquisa”, avalia Irani Francischetto, diretora executiva do Centro de Diagnostico e Pesquisa da Osteoporose do Espírito Santo e membro da Aliança.
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), principal órgão do setor de medicamentos, reconhece que a pesquisa clínica tem papel estratégico na vinda de recursos e conhecimento ao país. A entidade se comprometeu recentemente a apresentar ao Senado proposta que melhore os prazos atuais.
 
Segundo a agência, em 2012 foi publicada determinação que autoriza pesquisa clínica já avaliados por outras agências reguladoras que têm os mesmos critérios adotados no Brasil, como Estados Unidos, Europa, Japão, Austrália e Canadá.
 
SaudeWeb

Comissão de biossegurança aprova mosquito da dengue transgênico

Mosquito modificado geneticamente impede desenvolvimento de larva. Para que possa ser usado, ainda falta autorização da Anvisa
 
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira (10) a liberação comercial de um mosquito transgênico criado para controlar a população do Aedes aegypti selvagem, que transmite a dengue.
 
O mosquito ainda não estará no mercado imediatamente. Segundo nota do da CTNBio, um parecer será publicado no Diário Oficial da União e, a partir daí, órgãos de registro e fiscalização terão 30 dias para se manifestar.
 
Após esse período, caberá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitir autorizações e registros para o uso em campanhas de saúde pública. Segundo o órgão, ligado ao Ministério da Ciência, é o primeiro inseto geneticamente modificado a obter licença no Brasil.

Os integrantes do órgão aprovaram por 16 votos a 1 a produção da linhagem OX513A, desenvolvida pela empresa britânica Oxitec, que já realiza ensaios no país desde 2011, na cidade de Jacobina (BA). Os testes são aplicados pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a organização social Moscamed.

A tecnologia consiste em produzir em laboratório mosquitos machos com dois genes diferentes do Aedes aegypti original. Fêmeas que vivem na natureza e cruzam com esses espécimes modificados geram filhotes que não conseguem chegar à fase adulta.

Além disso, as crias do OX513A herdam ainda um marcador que os torna visíveis sob uma luz específica, o que, segundo a Oxitec, facilita o monitoramento e assegura o controle dos insetos.
 
Testes feitos na Bahia
Os experimentos consistiram em liberar os insetos transgênicos em comunidades de Jacobina (BA).
 
De acordo com a Moscamed, em ao menos dois bairros houve redução de 81% e 100% no registro de casos de dengue. Após os testes, a Oxitec protocolou a solicitação de liberação comercial na CTNBio.
 
A empresa abriu uma biofábrica com capacidade de produzir 500 mil mosquitos transgênicos por semana.
 
Infográfico Dengue (Foto: Arte/G1)
Além da liberação comercial, a comissão definiu também a necessidade de monitorar a população do mosquito Aedes albopictus, outro vetor do vírus da dengue, devido ao risco de a espécie ocupar o nicho ecológico deixado pela supressão do Aedes aegypti original.
 
G1

Níveis baixos de açúcar no sangue aumentam brigas no casamento, alerta estudo


Níveis baixos de açúcar no sangue aumentam brigas no casamento, alerta estudo Michael Paz Frantzeski/Divulgação
Foto: Michael Paz Frantzeski / Divulgação
O vínculo entre glicemia e raiva persistiu mesmo entre casais
 que disseram estar satisfeitos com sua união
Segundo pesquisadores, fome é um fator de tensão entre os casais
 
Níveis baixos de açúcar no sangue fazem com que, em um casamento, cada cônjuge sinta mais raiva do outro, e também aumentam o risco de agressividade, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.
 
A pesquisa demonstra como o simples fato de ter fome, resultado de baixos níveis de glicose, pode ser um fator de tensão entre os casais, provocando discussões e até mesmo violência, explicou Brad Bushman, psicólogo da Universidade de Ohio e principal autor do trabalho publicado nas Atas da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).
 
O estudo foi feito durante 21 dias com 107 casais. Para medir a raiva, os cientistas deram a cada participante um bonequinho de vodu — que supostamente representava o cônjuge — e 51 alfinetes.
 
No fim do dia, cada um dos cônjuges deveria enfiar um certo número de alfinetes no boneco, segundo o grau de raiva que sentisse do companheiro. Ao mesmo tempo, cada cônjuge devia medir seu nível de glicose no sangue antes do café da manhã e antes de dormir.
 
Os resultados demonstraram que, quanto menor o nível de açúcar, maior era a quantidade de alfinetes cravados no boneco. O vínculo entre glicemia e raiva persistiu mesmo entre casais que disseram estar satisfeitos com sua união.
 
Ao final dos 21 dias, pediu-se aos casais que se submetessem a um segundo teste: apertar um botão com tanta força quanto possível quando um ponto vermelho aparecesse na tela de um computador. O vencedor de cada casal teve a oportunidade de submeter seu cônjuge, então, a um barulho forte e decidir sobre intensidade e duração da exposição. Os resultados mostraram que aqueles que com grau de glicose mais baixo preferiam ruídos mais fortes e duradouros.
 
Um terceiro teste demonstrou que aqueles que enfiaram mais agulhas foram os que submeteram seus casais aos piores ruídos.
 
Este fenômeno se explica pelo fato de a glicose ser o principal combustível do cérebro, e o autocontrole necessário para manter a raiva e os impulsos agressivos requer muita energia, segundo os autores.
 
— O cérebro representa 2% do nosso peso, mas consome 20% das calorias — afirmou Bushman, recomendando aos casais que, antes de uma discussão difícil, estão certos de que não têm fome.

AFP /Zero Hora

Ministério diz que vai analisar estudo que questiona eficácia do tamiflu

Orientações sobre H1N1 (Foto: Arte/G1)Estudo concluiu que remédio para H1N1 não evita disseminação da gripe.  Ministério disse que indicação se baseia em recomendações da OMS
 
O Ministério da Saúde informou que vai avaliar em profundidade o estudo da Cochrane Collaboration – rede independente e global de pesquisadores especializada em revisões sistemáticas na área da saúde – que concluiu que o medicamento antiviral tamiflu (oseltamivir) não evita a disseminação da gripe e nem reduz as complicações perigosas da doença, apenas ajuda com os sintomas. O estudo foi publicado na quinta-feira (10).
 
O governo brasileiro vai iniciar, de 22 de abril a 9 de maio, a campanha de vacinação contra a gripe em todo o país. A meta deste ano é imunizar 49,6 milhões de pessoas. A imunização protege contra os subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e B.
 
No combate ao vírus H1N1, segundo o estudo britânico, o medicamento não seria mais eficaz do que um paracetamol, analgésico popular usado em vários países. O tamiflu tem sido usado em larga escala no Brasil e no mundo para o combate ao vírus H1N1 desde a pandemia de gripe A de 2009.
 
Em nota ao G1, o Ministério da Saúde afirmou, no entanto, que "o antiviral oseltamivir (tamiflu) é indicado para o tratamento de casos graves e de pessoas com fatores de risco.  Esta indicação se baseia em estudos clínicos e respaldada por recomendações de instituições de referência, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos".
 
O ministério acrescenta ainda que "estudos realizados no Brasil têm confirmado a importância da administração do oseltamivir, rapidamente, nas situações indicadas como medida capaz de reduzir complicações e mortes decorrentes da influenza (gripe)".
 
Estudo anterior
Em 2009, um levantamento feito pela Central Estadual de Regulação Hospitalar, da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, já havia chegado a uma conclusão preliminar de que o tamiflu poderia não determinar uma evolução melhor do paciente.
 
Na época, foram analisados 203 casos de pacientes que foram internados em UTI por suspeita ou confirmação de H1N1. Desse total, apenas 83 tiveram a evolução conhecida.
 
Dos 30 pacientes que receberam o tamiflu em até 48 horas após o início dos sintomas, 12 morreram. Entre os 32 pacientes que receberam o tamiflu depois de 48 horas, houve 14 óbitos. Já entre os 21 pacientes que não receberam o medicamento, houve apenas 6 óbitos.
 
Na época, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul afirmou que o estudo seria ampliado. Atualmente, porém, a pasta afirma que não tem mais registros sobre o levantamento e não sabe informar se ele teve desdobramentos.
 
O Ministério da Saúde diz ainda que vai sempre "avaliar estudos que sejam desenvolvidos para garantir sempre que as condutas preconizadas estejam baseadas nos mais sólidos conhecimentos científicos disponíveis".
 
G1

Prefeitura de Cedro - CE

A Prefeitura de Cedro, município da Região Centro Sul do Ceará, lançou edital para realização de concurso público para nível fundamental, médio e superior. As inscrições podem ser feitas entre os dias 30 de abril e 7 de maio no site da Universidade Regional do Cariri (Urca).

São ofertadas 208 vagas distribuídas para os cargos de agente de combate às endemias, agente comunitário de saúde, assistente social, educador físico, educador social, merendeira, motorista, técnico em enfermagem e psicólogo, entre outras vagas.

A isenção do pagamento da taxa de inscrição pode ser requerida entre os dias 14 e 17 de abril, segundo o edital do concurso.

As provas objetivas serão aplicadas no dia 25 de maio. O concurso também oferta oportunidades para pessoas com deficiência. As remunerações variam de R$ 724,00 a R$ 8.500,00.