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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Homens também podem sofrer depressão durante a paternidade


Homens também podem sofrer depressão durante a paternidade Konrad Baranski/Stock.xchng
Foto: Konrad Baranski / Stock.xchng
Pais deprimidos castigam mais e interagem menos com as crianças
Sintomas atingem jovens pais antes e depois da chegada dos filhos
 
A depressão pode atingir duramente jovens pais, com sintomas aumentando dramaticamente durante alguns dos anos mais importantes da vida de seus filhos, um novo estudo da Northwestern University relatou.
 
Os sintomas depressivos aumentaram, em média, 68% ao longo dos primeiros cinco anos de paternidade para esses jovens, os quais tinham cerca de 25 anos de idade quando se tornaram pais.
 
A pesquisa é a primeira a identificar quando este grupo está em maior risco de desenvolver sintomas depressivos. Craig Garfield, principal autor do trabalho, diz que os resultados são significativos e podem levar a intervenções mais eficazes e tratamentos os jovens nos primeiros anos de paternidade.
 
— Não são apenas as futuras mães que precisam ser levadas em consideração quando o assunto é depressão, os pais estão em risco também. Depressão parental tem um efeito negativo sobre as crianças, especialmente durante os primeiros anos, os quais são essenciais para o vínculo entre pais e filhos. Precisamos ajudar os jovens pais nesse período de transição— afirma Garfield.
 
Pesquisas anteriores mostraram que pais deprimidos castigam mais, leem menos com os pequenos e também interagem pouco com seus filhos. Eles ainda são mais propensos a estarem estressados e serem negligentes. Em comparação com os filhos de pais não-deprimidos, essas crianças tendem a desenvolver mais problemas de comportamento e transtornos de conduta.
 
— Este é um alerta para quem conhece um jovem que recentemente se tornou um pai. Esteja atento a como ele está lidando com esse período de transição. Se ele está se sentindo extremamente ansioso ou triste e incapaz de desfrutar as coisas na vida como fazia, incentive-o a buscar ajuda— explica o cientista.
 
A investigação utilizou dados coletados de 10.623 jovens e incluiu uma amostra nacionalmente representativa de adolescentes nos EUA, acompanhando-os ao longo de quase 20 anos no início da vida adulta.
 
A maioria desses pais vivia na mesma casa como seus filhos. Pais jovens que não moravam com as crianças não sofreram um aumento tão dramático dos sintomas depressivos na paternidade precoce, segundo o estudo. Em vez disso, os sintomas foram elevados antes de se tornarem pais e começaram a diminuir durante a paternidade. Os sintomas de depressão dos pais residenciais eram mais baixos antes da paternidade e, em seguida, aumentaram drasticamente após o nascimento da criança.

Zero Hora

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