Estudo realizado pela CDPI, com o objetivo de avaliar a incompetência cronotrópica (IC), incapacidade de chegar a 85% da frequência cardíaca máxima prevista durante o exercício, mostrou que, de um total de 391 pacientes que foram estudados, 11,5% apresentavam o distúrbio. Esse resultado revela que pacientes que se encaixaram nessa porcentagem podem apresentar problemas relacionados ao coração.
Para a cintilografia ser considerada ideal para o diagnóstico de isquemia miocárdica é preciso que o paciente atinja, pelo menos, 85% da frequência cardíaca máxima. Quando isso não acontece, é diagnosticada a incompetência cronotrópica. “No caso dos exames diagnósticos para isquemia miocárdica, normalmente é recomendado que seja empregada uma alternativa por meio do estresse farmacológico”, afirmou o médico cardiologista e participante do estudo, Dr. Ronaldo Leão, da CDPI.
A conclusão do estudo mostrou que a incompetência cronotrópica foi associada à isquemia miocárdica. “As maiores taxas de eventos mais graves, como morte, infarto do miocárdio e revascularização, foram observadas em pacientes com IC, de acordo com a maior extensão da isquemia do miocárdio observada nesses pacientes”, completou o médico.
O resultado do trabalho provoca uma mudança na avaliação diagnóstica da coronariopatia e sugere que o conceito de que o estresse farmacológico deve sempre substituir o teste ergométrico quando o paciente não consegue atingir a FC submáxima deve ser reavaliado. “A IC pode ser um marcador de doença arterial coronariana, e as ligações entre IC, miocárdio, isquemia e prognóstico desfavorável sugerem que a validade de exercícios para fins de diagnóstico não pode ser perdida quando 85% da frequência cardíaca máxima predita não é atingida”, finaliza o médico. Ele ressalta que pacientes que usavam medicações que reduzem o aumento da frequência cardíaca, como os betabloqueadores, não foram incluídos no presente estudo.
Assessoria de Imprensa
Juliana Xavier
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